Fuckin' Perfect escrita por LelahBallu


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde. Espero que gostem do capítulo, estou um pouco apressada então as notas serão apenas isso hoje.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588492/chapter/18

POV FELICITY

Era surpreendente a forma com que as coisas mudavam rapidamente, em um momento eu estava abraçada fortemente a Oliver, chorando em seus braços, por que havia visto aquela maldita chave em seu pescoço e isso tinha tido o poder de me deixar desnorteada, petrificada e então profundamente abalada, não pude me conter, por mais que eu quisesse não pude impedir as lágrimas que vieram, e então ele me beija e isso tira tudo da minha mente, isso me confunde a primeiro momento, e por fim eu me entrego totalmente ao beijo, um beijo se transforma em outro e outro e estamos cada vez mais próximos de apenas tirar nossas roupas fora, minhas mãos passeiam livres por sua pele desnuda, enquanto as suas serpenteiam pelo meu corpo chegando à barra do meu vestido e a erguendo, demorou alguns longos segundos até que eu percebesse o som do meu celular tocando e fosse obrigada a empurra-lo suavemente para longe, eu não quero fazer isso, eu quero puxa-lo de volta, mas esse toque é bastante característico é o toque que atribuí para Roy, e se Roy estava me ligando agora, sabendo o quanto esse encontro era importante para mim, significava que havia algo de errado com Mel.

– É Roy. – Murmurei percebendo a pergunta em seus olhos, afastei-me ainda abalada e caminhei de volta a sala em busca do meu celular, eu podia sentir seu olhar em mim, sabia que havia me seguido, e eu podia inclusive sentir a pontada de preocupação quando disse o nome de Roy. – Oi. – Atendi o celular. – O que aconteceu? Melaine está bem?

– Intuição materna é fogo. – Murmurou do outro lado da linha. – Escute, não é nada sério, não queria incomodar, mas eu sabia que se não te avisasse você ficaria chateada e nunca mais deixaria eu ficar com ela, sem falar que Oliver já não confia muito em mim...

– Roy. – Cortei seu discurso nervoso. – O que aconteceu? Quer saber eu estou subindo para ai.

– Subindo? – Perguntou estranhando. – Vocês estão em casa?

– Sim. –Concordei enquanto me movia inquieta procurando minhas chaves. – O que aconteceu com Melaine? Ela caiu?

– Você não pode vir Lis. – Negou.

– Por que não? – Perguntei estranhando.

– Quer dizer, você pode vir até nós, mas não estamos no apartamento de Thea. – Corrigiu.

– Como assim vocês não estão... Roy Haper onde inferno vocês estão? O que aconteceu com minha filha? – Perguntei nervosa, sentia vagamente a mão de Oliver em minha coluna me confortando.

– Felicity se acalme, Melaine está bem, agora. – Acrescentou. – Ela ficou um pouco enjoada e com febre e você sempre disse para ficar atento quando uma criança tivesse febre, então a levei para o médico. Está bem, mas está assustada e chamando por você.

– Vocês estão em um hospital? – Lancei um olhar a Oliver que assentiu e saiu com passos apressados de a volta a cozinha, quando retornou vestia sua camisa manchada, e me aguardou junto à porta. – Estamos indo para ai Roy, tente acalma-la. – Murmurei antes de desligar o celular rapidamente. – Eu preciso achar minhas chaves. – Falei para Oliver.

– Estão bem aqui. – Falou apontando para a porta. – O que aconteceu? Melaine está bem? – Sua voz soava tão preocupada quando a minha, assenti distraída e caminhe até ele. – Felicity?

– Ela estava com febre. – Informei fechando as portas. – Está assustada e chamando por mim... Eu preciso vê-la. Roy disse que ela estava bem, mas eu sei que ela fica assustada em hospital, ela nunca foi antes sem mim, então precisamos ir... Rápido. – Ele assentiu uma última vez antes de sairmos apressados, quando chegamos à ala infantil do hospital rapidamente fomos guiados para onde Mel estava, Thea estava lá com Roy, ambos a rodeando tentando distrai-la. Suspirei aliviada ao observa-la sorrir para Thea e me aproximei, tão logo os alcançamos o sorriso dela aumentou quando me viu.

– Olá linda. – Falei a abraçando, seus bracinhos envolveram meu pescoço, a abracei com força sentindo seu cheirinho e alisando seus cabelos loiros, afastei-me apenas para notar o brilho de lágrimas que haviam sido derramadas. – Você estava chorando?

– Eu estava com saudade mamãe. – Murmurou encarando meu rosto. – E doí aqui. – Murmurou apontando para a garganta.

– Eu estou aqui querida. – Murmurei beijando sua testa e me mantive abraçada a ela. – Roy. – O chamei, ele tinha se afastado dando-me espaço. – Onde está o médico? – Perguntei quando voltou a se aproximar.

– Uma das enfermeiras o chamou. – Falou cruzando os braços. – Mas ele disse que podíamos leva-la, ele a medicou e nos deu entregou isso. – Continuou me entregando a receita com os remédios que deveria comprar. – Falou que não é nada sério, apenas uma inflamação na garganta, o problema foi apenas a febre mesmo, ele falou para darmos esses remédios, nesse intervalo de tempo e logo a dor na garganta passaria.

– Ah. – Assenti. – Isso é ótimo. – Sorri. – Que bom que nada foi sério... – Olhei em volta com o intuito de falar para Oliver, mas ele não estava na pequena sala de exames. – Onde está Oliver? – Perguntei franzindo o cenho.

– Ollie está aqui? – Mel perguntou com esperanças.

– Ele não entrou. – Thea falou. Eu tinha estado tão absorta com Mel que não havia percebido que Oliver não havia entrado comigo, acariciei mais uma vez os cabelos de Mel e voltei a encarar Thea e Roy.

– Vocês podem ficar com ela mais um pouco? – Perguntei recebendo acenos positivos. – Vou procura-lo, ele estava logo atrás de mim. – Fale. – Mamãe já volta. – Prometi a Mel que me encarava preocupada. Mel como toda criança quando doente ficava mais manhosa e dependente de mim, emocionalmente. Com um último beijo sai atrás de Oliver, não precisei ir muito longe, ele estava no corredor apenas alguns metros longe, estava encostado contra a parede, à cabeça baixa. Aproximei-me e segurei sua mão o surpreendendo a puxa-lo, ele franziu o cenho, mas me acompanhou, notei que seu olhar desceu até nossas mãos unidas e que sua expressão estava mais confusa, o que aumentou ainda mais quando eu após ler a plaquinha pregada à porta a abri e entramos juntos em um armário onde ficava alguns utensílios de uso médico.

– O quê...

– Você está bem? – Perguntei finalmente soltando sua mão. Ele não respondeu a pergunta apenas olhou em volta e meneou a cabeça confuso. – Oliver! – Chamei-o segurando em seu antebraço, seus olhos entraram em contato com os meus. – Você está bem.

– Sim. – Falou por fim. – Eu só... Eu não sei.

– Por que você não entrou comigo?

– Eu estava preocupado. – Confessou. – Você falou muito pouco durante o caminho e eu não quis que você ficasse mais preocupada e quando chegamos perto eu recuei.

– Ela está bem Oliver. – Murmurei observando seu rosto. - É apenas uma inflamação na garganta, ela vai ficar chorosa e dengosa por que a incomoda, mas não foi nada sério, o médico passou remédios e já podemos leva-la inclusive. Ela está bem.

– Eu sei. – Assentiu. – Só é novo para mim.

– Ninguém vira pai de uma hora para a outra. – Murmurei em tom compreensivo. – Para ser sincera eu nunca vou deixar de me preocupar, mesmo sendo um pequeno resfriado ou um joelho ralado, é natural. - Sorri.

– Eu só estava pensando nas outras vezes. – Confessou.

– Outras vezes?

– Em que você teve que trazê-la a um hospital e eu não estava por perto. – Continuou. – Eu não quero que isso aconteça mais.

– Eu sei que você estará sempre presente Oliver. – Apertei seu braço. – Eu sei que você realmente quer fazer parte da vida dela, vai ter momentos assustadores, confie em mim, vai ter, mas terá momentos incríveis que compensará qualquer outro.

– Eu estou com medo. – Falou em tom baixo. – De não ser um bom pai.

– Só o fato de você temer isso já mostra que você será um bom. – Inclinei minha cabeça o analisando. – Na verdade eu acho que você será um excelente pai, você já é. – Isso fez com que um sorriso chegasse aos seus lábios.

– Obrigado. – Murmurou sincero. Virei-me para sair, mas foi a vez de sua mão alcançar a minha, fazendo com que eu voltasse a encara-lo. – Eu acho que deveríamos conversar sobre a chave.

– A chave? – Pisquei surpresa.

– Você chorou quando a viu. – Deu de ombros. – O que ela significa?

– Não tem um significado exato. – Falei por fim. – Eu chorei por que você ainda a tem, todos esses anos e você ainda a manteve com você. – Ele ainda me encarava incerto sobre o que eu estava falando, suas mãos se ergueram tirando o cordão do pescoço e erguendo a chave na altura dos seus olhos. – É a chave da minha casa. – Falei enquanto ele ainda a observava. – Da minha antiga casa, é uma cópia.

– Você me deu? – Perguntou com o cenho franzido.

– Não exatamente. – Ri ganhando um olhar interrogativo. – Você a roubou. Eu não sei quando ou como, apenas que você e Tommy sempre foram bem abusados, entravam e saiam na casa que eu dividia com Caitlin quando queria... Você na verdade, Tommy apenas o acompanhava. Eu chorei. – Afirmei novamente. – Por que ao ver essa chave em seu pescoço eu me lembrei de nossas brigas tolas nas quais eu a exigia de volta, mesmo sabendo que você não devolveria, chorei por que eu sinto falta daquele tempo e principalmente por que eu queria que você sentisse também.

– Mas eu sinto. – Protestou. – Não é por que eu não me lembro, que eu não seja capaz de sentir, todas as vezes que vocês falam sobre o passado eu sinto, eu sempre tenho vontade de fechar meus olhos e lembrar, mas se não é possível eu me contento apenas com as imagens que eu crio quando você ou Tommy descrevem, eu sinto saudades Felicity, eu sinto falta do que éramos antes, mesmo não lembrando como éramos. Eu não sei explicar, mas eu sinto. – Insistiu se aproximando, podiam-se ler as emoções, a intensidade delas em seus olhos. – Eu sinto sua falta. – Segurei a respiração com o que disse, ele estava cada vez mais próximo que por um momento eu pensei que o beijo se repetiria, e talvez tivesse repetido se a porta do armário não tivesse sido aberta por uma morena vestida com jaleco, ela nos encarou com surpresa, mas logo se recompôs.

– Desculpe. – Murmurou. – Mas vocês não podem ficar aqui.

– Oh nós já estávamos saindo... – Murmurei envergonhada. – Desculpe.

– Desculpe. – Oliver murmurou com um sorriso tímido, ela não foi imune ao seu sorriso e devolveu o sorriso, sai do armário meneando a cabeça com diversão, ele ainda exibia um sorriso de canto enquanto andamos pelos corredores juntos, eu estava tentando me recuperar de sua frase e do quase beijo e quando paramos diante a porta eu sabia que dessa vez ele entraria junto comigo. Mel ficou animada quando o viu, Oliver conseguia ser pior do que eu quando estava perto dela, falava em tom baixo e preocupado mimando-a, como se ali em sua frente tivesse uma princesa frágil, de fato sua princesa, ele a abraçou e a ergueu levando-a junto consigo, ela abraçou seu pescoço e ele cheirou seus cabelos, um reflexo do que eu havia feito, mas ao vê-los tive que me afastar para não agir como uma mãe chorona, eles eram tão perfeitos juntos, eu precisava encontrar uma maneira de administrar isso logo, encarei Thea que também observa a cena com carinho.

– Podemos ir? – Oliver perguntou me encarando enquanto seguia com ela agarrada a si. Assenti concordado e me juntei a eles, Roy e Thea andando atrás de nós. Fiquei surpresa quando senti sua mão alcançar a minha, o encarei confusa, mas logo sorri ao perceber o que aquele gesto pequeno significava, entrelacei meu braço no seu e o segurei seu braço enquanto andávamos lado a lado. Era bom, parecíamos realmente uma família e isso soava... Ótimo. – Felicity? – O encarei aguardando o que diria, a forma como Mel estava posicionada não me deixava ver seu roso, mas acredito que já estava com olhos fechados sonolenta, em breve estaria dormindo, ela não dava trabalho para dormir, com a ajuda de remédios e os braços fortes de Oliver não tenho dúvida que ela já estava quase lá. Abandonei os pensamentos sobre braços fortes e voltei a me concentrar em Oliver. – Não foi a primeira vez que nos trancamos em um armário não é mesmo? – A forma como ele perguntou, o sorriso leve, o brilho de diversão em seus olhos fez como que eu exibisse um sorriso em retorno. Era bom encarar suas perguntas com diversão e não como um fato triste de que ele não se lembrava, Sara estava certa eu deveria me concentrar no agora, não no passado.

– Não. – Murmurei com um sorriso. – E devido ao nosso histórico não duvido que não será a última.

POV SARA

Encarei a porta em minha frente com receio. Havia uma grande, enorme na verdade, possibilidade de essa fosse uma completa idiotice, uma estupidez, mas estupidez ou não respirei fundo e toquei a campainha. Arrependi-me de imediato e cogitei dei meia volta, mas no momento em que dei as costas escutei a voz masculina.

– Eu posso te ver, você sabe não é? – Virei-me sabendo que encontraria um sorriso somado ao tom divertido.

– É eu esperava que sua vista tivesse sofrido algum problema de repente. – Brinquei.

– Por que você não entra? – Sugeriu acenando com a cabeça a porta aberta. – Então você pode me contar o que a fez tocar minha campainha e sair correndo.

– Eu não estava correndo. – Neguei chegando até ele.

– Não? – Ergueu uma sobrancelha.

– Não mesmo. – Repeti passando por ele e entrando em sua casa. Observei a sala com interesse, o ambiente com cores escuras e perfeitamente organizado. Não parecia o que era de se esperar de um homem solteiro, eu não estava esperando que ele fosse desorganizado ou algo do tipo, mas a sala era decorada, havia porta retratos, o piso de madeira, papel de paredes em tons escuros e coisas mínimas que dava um toque familiar.

– Você gosta? – O encarei percebendo o tom ansioso em sua voz, o sorriso caiu e suas sobrancelhas se juntaram cominando com o cenho franzido. – Você não gosta.

– Não, não é que eu não goste. – Murmurei apressadamente. – Só que é um ambiente tão... Familiar.

– Eu não fui criado por lobos. – Sorriu. – Quero dizer, alguns dos meus parentes poderiam ser confundidos com um, mas eu tive uma família.

– Sim, só que você é um cara solteiro. – Esclareci virando para ficar em sua frente. – Eu estava esperando paredes brancas, quadros caros que ninguém pode entender e pouca mobília, eu não espera que morasse em uma casa para começo de história, você não deveria morar em um desses apartamentos luxuosos no último andar, decorado por alguma designer egocêntrica?

– Você está decepcionada? – Perguntou confuso.

– Apenas surpresa.

– Eu não entendo. – Falou por fim. – O que eu fiz que parecesse que sou um empresário frio que vive em um apartamento frio e sem vida?

– Nada. – Dei de ombros. – Eu acho que eu desejava que você fosse assim. – Confessei. Ele me encarou surpreso e me guiou até o enorme sofá.

– Você queria que eu fosse frio? – Perguntou, eu podia que perceber que ele tentava a todo custo não rir.

– Não ria! – Reclamei quando ele não conseguiu conter seu sorriso.

– Eu só não consigo compreender por que você tem tanto medo do que eu posso oferecer. – Falou por fim.

– Tudo em você grita compromisso. – Eu sabia que tinha falado de forma errada, o jeito que falei pareceu que fosse um defeito, e não era.

– Por que eu gosto de estar com alguém. De me preocupar com essa pessoa, de receber isso em troca, eu gosto das pequenas coisas, eu gosto do conjunto. – Esclareceu. – O que há de errado nisso?

– Não há nada de errado nisso. – Falei. – Só saiu de forma errada.

– Então vou mudar um pouco a pergunta. – Encarou-me sério. – Eu já disse que gosto de estar em um relacionamento, eu não sou o tipo de cara que gosta de algumas horas na cama com alguém, não quero horas de sexo sem compromisso e flertes inconsequente, eu quero o pacote completo, eu quero passar mais do que alguns momentos roubados, eu sou esse tipo de cara, é errado querer isso com você?

– Nós mal nos conhecemos. – Murmurei surpresa. – Eu vim aqui depois de conversar com Felicity, eu me sentia segura e pronta para conversar com você, mas apertei a campainha e dei meia volta.

– Eu ainda estou surpreso com relação a isso. – Confessou. – Mas escute a si mesma, “nós mal nos conhecemos”, e é disso que trata eu quero conhece-la melhor... Eu sei que nós nos tivemos um encontro, nos beijávamos... – O encarei sem graça, eu contei apenas a Felicity sobre o encontro. – Depois veio mais beijos e depois...

– Eu entendi. – O cortei.

– Sexo. – Terminou. – Então você sumiu, você saiu sorrateiramente, até o momento eu não tive a oportunidade de conhecê-la.

– Eu não me dou bem com relacionamentos. – Confessei.

– Eu não tinha imaginado. – Falou com ironia. – Do que você tem medo? Eu acho você uma mulher interessante... E queria conhecer mais dessa mulher, podemos levar isso devagar, eu não a pedi em casamento. – Brincou.

– Eu só acho que talvez você possa estar gastando seu tempo com a pessoa errada. –Argumentei.

– Deixe que eu julgo isso. – Retrucou. O encarei por alguns momentos antes de assentir em concordância, Felicity estava certa, merecíamos uma chance. Ele suspirou aliviado e se ergueu. – Eu tinha acabado de me trocar e ia fazer alguma coisa para comer, você já jantou?

– Você cozinha? – Perguntei em uma mistura de surpresa e divertimento.

– Muito bem. – Confirmou estendendo uma mão convidando-me a me erguer também, deixei que minha mão alcançasse a sua sem, entretanto me erguer ainda, ele sorriu confiante. – Não se preocupe, você está em boas mãos. - Antes que eu pudesse deduzir o que ele faria, ele se curvou e plantou um beijo em meus lábios, foi casual, como se fosse uma rotina nossa, pisquei surpresa enquanto ele me puxava e ou o seguia ainda segurando sua mão. – Eu posso inclusive ensinar algumas receitas. – Continuou como se sua última frase na verdade não tivesse sido em um sentindo mais profundo, mas sorri entrando no clima.

– Eu acho que você precisaria me ensinar praticamente tudo então. – Falei. – Sou péssima na cozinha. Durante a faculdade maioria das vezes comia na cantina ou com Felicity e Caity, quase nunca algo que eu mesma fazia.

– Precisamos mudar isso. – Devolveu.

– Mas não se preocupe posso ajudar a cortar verduras e essas coisas básicas para alguém que não tem talento algum para a culinária. – Falei indo até a pia para lavar minhas mãos.

– Eu sempre quis ensinar uma mulher bonita a cozinhar. – Escutei a provocação antes de sentir seu corpo junto ao meu atrás de mim, a água escorria por minhas mãos quando suas mãos apertaram minha cintura e senti sua respiração em meu pescoço enquanto falava. – Você sabe, para ficar atrás dela sem nenhuma razão concreta, mas ainda assim aceitável.

– Aceitável? – Perguntei fechando a torneira, mas ainda não me permitindo me virar.

– Sim. – Seus lábios roçaram de leve minha pele ao murmurar as palavras. – Afinal estou apenas fazendo uma boa ação.

– É claro. – Concordei com um sorriso. – Eu pensei que queria ir devagar. – Comentei ao sentir sua mão deslizar por debaixo do tecido da blusa.

– Não tanto. – Murmurou em retorno. – Podemos encontrar nosso próprio ritmo Sara.

– Por que essa frase soa sexual? – Perguntei encostando meu corpo contra si como se não fosse o suficiente.

– Por que fui eu que disse. – Brincou arrancando um riso meu que terminou em suspiro quando sentir finalmente alcançar a borda do meu sutiã. – E por que é isso que você quer. – Argumentou. – Eu não tinha como retrucar isso, não quando virei-me em seus braços e agarrando-me a sua camisa alcancei seus lábios em um beijo que conseguiu ser provocante, intenso e romântico ao mesmo tempo, o último parecia tão improvável para mim. Tommy tinha Caity, Oliver tinha Felicity, eu nunca pensei que eu teria alguém, não como eles tinham, não tão intenso, não uma pessoa para valer, que eu pudesse chamar meu, talvez fosse Ray.

POV OLIVER

– Obrigada. – Felicity murmurou em frente a sua porta, Roy havia entrado com Mel e nos deixado a sós. – Por nos acompanhar até aqui. – Completou.

– Eu moro alguns andares acima Felicity. – Sorri. – E eu não deixaria de fazer isso mesmo que não morasse. – Confessei.

– Eu sei. – Assentiu.

– Eu estava pensando...

– Isso pode ser um problema. – Falou rapidamente e fechou os olhos brevemente como se arrepende-se. – Desculpe, é que as vezes as frase com “Eu estava pensando” pode não acabar bem.

– Eu estava pensando... – Continuei ignorando seu constrangimento. – Eu sei que nosso primeiro encontro não bem como planejado, houve alguns tumultos e interrupções, mas eu espero que não tenha feito você correr na direção oposta e que esteja disposta a repeti-lo.

– É claro que não vou correr na direção oposta. – Sorriu. – E adoraria repeti-lo, claro sem todas coisas extras, como mãe e ex-namorada, ou filha doente.

– Poderia ser amanhã? – Sugeri rapidamente.

– Amanhã? – Piscou surpresa.

– Não é bem um encontro. – Confessei. – Estou meio que trapaceando aqui, eu estou procurando uma casa, eu quero comprar uma casa, eu gostaria muito de sua opinião, eu preciso da sua opinião na verdade.

– Por que não de Tommy? – Perguntou cruzando os braços um desafio em seus olhos.

– Por que Tommy irá me mostrar os melhores apartamentos para solteiro. – Confessei. – E eu quero uma casa, eu preciso de sua opinião por que pretendo que esse seja o lar de Mel também, eu quero fazer um quarto para ela e eu acho que não tem ninguém melhor que você para me dizer qual a melhor casa em que nossa filha vai se sentir em casa, vai sentir que é seu lar.

– Ok. Você me convenceu. – Seus braços caíram ao lado do seu corpo, ela olhou para trás como se tivesse checando que não tivesse perdido nenhum chamado. – Eu acho melhor eu ir. Até amanhã então. – Olhei por cima do seu ombro procurando por Roy. Ela notou meu olhar e me encarou confusa.

– Eu posso pedir um beijo de despedida? – Murmurei esclarecendo, ela franziu o cenho ainda mais confusa.

– Você pode entrar Oliver, mas ela já está dormindo, então nem vai perceber. – Explicou já dando as costas para entrar esperando que eu a acompanhasse. Segurei seu braço impedindo que ela prosseguisse e a virei para mim. – Oliver?

– Eu não estava falando de Melaine. – Murmurei antes de beija-la não dando tempo para que ela emitisse qualquer protesto, não acho que eu deveria ter me preocupado com isso, ela se aferrou aos meus ombros com firmeza, seus lábios correspondia ao beijo com vontade e quando eu me afastei ela parecia hesitante em permitir isso, sua mão alcançou minha mandíbula e voltou a se aproximar prolongando o beijo. Quando por fim nos separamos havia um sorriso pequeno em seus lábios. – Boa noite Smoak. – Seu sorriso se estendeu, o brilho em seus olhos deixando-me saber que havia chegado até eles.

– Boa noite Queen.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, nos vemos nos comentários... Xoxo LelahBallu



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fuckin' Perfect" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.