A Winchester escrita por LeShary


Capítulo 37
Swan Song


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pelo apoio de vocês! Cinco recomendações e mais de 300 reviews me deixam muito feliz!
Mais mistérios serão resolvidos nesse cap.



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Swan Song – P.D.V – Dean

Eu já estava a um bom tempo naquela porcaria de porão. Comecei a me irritar. Falei pro Sammy para nós arranjarmos uma maneira de sair daqui. Ele resolveu pedir ajuda a Ruby e Melodie. Talvez as duas juntas pudessem nos ajudar a quebrar o selo que nos prendia. Após alguns minutos, elas conseguiram. Eu arrombei a porta e dei passagem a todos. Silenciosamente, conseguimos sair da casa. Por um segundo, fiquei feliz porque não havíamos sido descobertos em nossa fuga. Mas essa felicidade não durou muito tempo.

Ouvi passos atrás de nós. Virei-me e vi Cameron e Lúcifer vindo em nossa direção. Lúcifer disse:

- Vocês me surpreenderam conseguindo fugir até aqui. Devo dar os parabéns a vocês, Ruby e Melodie. – ele falou sorrindo

- Que bom que superamos as suas expectativas. Espero que esteja orgulhoso. – Melodie disse com sarcasmo

- Não tenho tempo para deter vocês. Cameron, acabe com eles. Miguel está clamando por uma batalha. – o pirralho, que não tinha dito nada até agora, assentiu e respondeu:

- Sem problemas, mestre. Eu sempre quis fazer isso. – após ouvi-lo, Lúcifer desapareceu.

Estava começando a pensar em algo. Se Miguel clamava por uma batalha, isso queria dizer que ele estava possuindo um vassalo. Será que a…

Não tive tempo nem de concluir meu pensamento, pois Sam me falou:

- Dean, cuidado! – Cameron estava avançando em minha direção. Consegui me desviar por um triz. Falei para Mariana:

- Tire todos daqui. Eu quero acabar com o pirralho sozinho. – ela assentiu e falou isso para Melodie e Ruby. As três formaram pares com Ralph, Lise e Sam, e rapidamente, deixaram o local. Assim que todos saíram, Cameron disse:

- Que bom que todos saíram em segurança, não é Dean? Assim não vou ter distrações quando acabar com você.

Swan Song - P.D.V – Sam

Em alguns minutos, estávamos em Syracusa. Lise e Ralph foram mandados para casa, já que “ter assistido todos os episódios de sobrenatural” não qualifica ninguém como caçador. Só restava eu, Ruby, Melodie e Mariana.

 O primeiro lugar que nós fomos foi o hotel. Quando chegamos ao quarto, encontramos uma cena bem exótica. O meu corpo, o de Dean e Mariana estavam estirados no chão, sem vida. Isso seria uma cena comum para todos os que estavam presentes no quarto, mas quem havia matado aqueles metamorfos?

Vasculhamos por um bom tempo o quarto, e não achamos nada de útil. Apenas o caderno de desenhos da Taylor, as minhas coisas e do Dean. Mariana tirou o caderno da minha mão, sacudiu-o e pegou uma folha solta, na qual havia escrito:

“Fomos lutar em Tribune, Minnesota. Não tentem nos encontrar, estamos invisíveis. Tudo vai ficar bem. Vejo vocês em breve.

Taylor”

Então ela tinha mesmo dito sim para Miguel. Nunca acreditei que isso fosse possível, já que  eu conhecia muito bem o seu jeito orgulhoso Deixar outra pessoa fazer algo que ela talvez pudesse fazer não era do feitio dela. Taylor deve ter tido seus motivos para fazer isso.

Mas, eu não poderia fazer o que ela tinha pedido para nós. “Não tentem nos encontrar…”? Sem chance. Ruby era a favor de nós ficarmos aqui mesmo em Syracusa, mas ninguém deu ouvidos a ela. Mariana falou que era possível encontrar Miguel/Taylor, mas isso precisaria de um encantamento poderoso, que poucas pessoas eram capazes de realizar. Mas isso era inviável no momento, pois nós não tínhamos tempo. Estávamos em estado de urgência.

Melodie disse a melhor opção que tínhamos. O jeito era improvisar indo a Tribune e procurando os dois do “jeito clássico.” Não era má ideia. Mas como os enxergaríamos? Eu não tinha a mínima ideia.

Swan Song - P.D.V – Taylor

Era muito estranho compartilhar o meu corpo com Miguel. Eu me sentia muito mais forte, mas não controlava esse poder. Em uma descrição mais precisa, eu era uma expectadora dos acontecimentos, e quem comandava eles eram Miguel e Lúcifer.

Assim que assumiu meu corpo, Miguel me explicou o que iríamos fazer. Vencer a luta com Lúcifer. Mas havia riscos, se ele fosse derrotado por Lúcifer eu poderia morrer, pois estávamos entrelaçados de uma maneira física e mental. Porém eu sabia que faríamos de tudo para vencer. Sentimos um tremor.

 Lúcifer se aproximava para a batalha. Perguntei-me onde estariam os outros. E se eles estavam a salvo. Para minha surpresa, Nick continuava sendo o vassalo de Lúcifer. Eu sempre achei que Sam se renderia. De uma maneira ou de outra.*

Miguel falou para mim que já era hora. Então, pude sentir ele preparando-se para atacar. Contudo, Lúcifer fora mais veloz. Fomos atingidos por uma esfera de luz pulsante. Eram como se meu corpo, nosso corpo estivesse sendo congelado por dentro e depois queimado. As sensações extremas de frio e calor estavam me confundindo.

Mas não a Miguel, ele sabia exatamente o que fazer, pois já parecia estar acostumado com esse tipo de ataque de Lúcifer. Então, ele lançou uma esfera de uma luz que podia ter deixado alguém cego. Tentei fechar meus olhos, mas Miguel não permitiu porque apesar de ser um Arcanjo poderoso, ele dependia do meu corpo.

Piscamos por alguns segundo até recuperarmos em totalidade a nossa visão.

Fomos atingidos novamente pelo contra-ataque de Lúcifer. A sensação havia mudado agora eu sentia que estava sendo chicoteada em cada centímetro do meu corpo. Isso não foi problema para Miguel.

Rapidamente, ignorando o desconforto físico, ele começou a pronunciar algumas palavras em enoquiano e de repente, duas espadas surgem do céu. As lâminas são enormes, com quase um metro de comprimento. Uma foi em direção a Lúcifer e a outra a Miguel.  Então, os dois avançaram na mesma direção brandindo as espadas.

 

Swan Song - P.D.V – Dean

A luta estava empatada. Eu devia admitir, o Cameron possuía boas estratégias de defesa. Mas eu tinha muito mais experiência em combate do que ele, o que nos deixava “nivelados”. Apesar de tudo, achava muito estranho que ele fosse do mal.

 Não que eu tivesse alguma consideração por ele, mas a possibilidade dele ter sido um espião desde St.Paul não se aplicava a este caso, já que Cameron possuía apenas 13 anos. Pra mim, algo tinha acontecido nesses cinco anos.

Mas como ninguém percebeu nada? Nem mesmo a Tay, que nunca deixou passar um detalhe sequer sobre algo dos casos que resolvíamos juntos. Tudo ainda estava muito confuso.  

Ele avançou para mim e me deu uma seqüência de golpes bem treinados. De repente, tudo ficou mais claro. Esses golpes significavam que ele era experiente, ou seja, provavelmente um demônio, metamorfo ou ghoul.

Então, o verdadeiro Cameron não havia traído ninguém, ele devia estar preso em algum lugar ou morto. O que me fazia ter certeza disso era que ele não tinha experiência em combates e se aparecesse sabendo lutar muito bem de uma hora para outra, todos iriam ficar desconfiados.

Essa substituição deve ter ocorrido recentemente, o que significava que alguém próximo de nós e que sabia de tudo, armou isso para desviar a nossa atenção para ele, enquanto tentava manter a sua “imagem” normal.

 As últimas pessoas que haviam conversado com Cameron eram Ralph e Lise. A troca não podia ter sido em outra hora.

Esses eram os dois traidores. Por isso que os dois haviam insistido tanto em ir com os outros procurarem a Taylor (Sam havia me contado isso por telefone), assim como sabiam que nós nunca deixaríamos civis se envolver em nosso trabalho, eles teriam um álibi. Mas para quê?

Dessa vez, eu ataquei primeiro e o arremessei contra a parede. Ele ficou imóvel por algum tempo, mas logo se recuperou.

Entramos dentro da casa. Na antiga sala, havia montes de cadernos espalhados por todos os cantos. O segurei pela gola da camisa e joguei-o em cima da pilha.

Papéis voaram para todos os lados. Um deles grudou no meu rosto. Tirei-o da minha cara e com pânico vi o que havia escrito nele. “Vírus Croatan”. Então esse era o plano de Ralph e Lise! Eles continuariam na cidade para espalhar o vírus.

 Então, a população provavelmente seria dizimada. Mas se Miguel vencesse, isso seria um grande dano. Lúcifer estava jogando cegamente. Com ou sem derrota, o que ele queria era deixar destruição pelo caminho.

Eu tinha que derrotar Cameron e voltar para Syracusa. Devia haver alguma maneira de detê-los. Ouvi um leve estalido e mais um par de mãos me ajudou a guerrear com Cameron. Castiel. Após sucessivos golpes, conseguimos derrotá-lo. Antes de morrer, a criatura falou sorrindo malignamente:

- Cameron está morto.

Isso não me surpreendeu. Fiquei triste não só pelo garoto, mas como também pela Taylor. Castiel me disse que não havia tempo a perder, então ele nos tele-transportou até Tribune, onde a luta deveria estar acontecendo neste exato momento. Quando chegamos ao local, nós nem imaginávamos o que poderia ter acontecido enquanto estávamos lutando. Na verdade, ninguém poderia.

Swan Song - P.D.V - Melodie

Após quase meia hora, conseguimos encontrar um local que parecia ser apropriado para uma “Fúria de Titãs”, como descrevia Mariana, uma freqüentadora assídua dos cinemas. Uma grande clareira na cidade, o antigo ferro velho. Mas que lugar inspirador. Não se fazem mais campos de batalha como antigamente.

 Nos espalhamos por ele. Eu fiquei na parte sul, Melodie na oeste e Sam na norte. Deixamos o leste livre, porque sabíamos que Dean não iria demorar muito para chegar. Olhamos por um bom tempo e o lugar não parecia ter nenhum sinal de luta, como fagulhas, explosões, coisas desse gênero.

De repente, Sam gritou. Ele apontava para o centro da clareira e dizia sem parar “Eles estão lutando!”. Mas é claro! Eu já devia saber disso! Se ele é o vassalo de Lúcifer, então era claro que Sam poderia ver ele, o que também significava que Dean poderia ver Miguel.

 Mas ele não havia chegado ainda e Sam não conseguia ver mais nada da batalha. Nós três ficamos olhando o campo esperando algo de interessante acontecer. A nossa espera não durou muito tempo.

 De repente, uma forte luz branca surgiu do centro da clareira. Depois, a escuridão e novamente a luz. Permanecemos nesse “jogo de luz e sombra” por pouco tempo.

Quando tudo pareceu voltar ao normal, foi a vez de Mariana gritar. Ela falou que estava vendo a Taylor. Corri em direção a ela e vi que era mesmo a Taylor que estava deitada no chão, intacta.

Quando cheguei mais perto dela, para me certificar de que ela não estava ferida, vi umas marcas estranhas no chão. Elas eram enormes e cada uma ocupava metade da clareira, eram cores opostas, preto e branco.

 Quando acompanhei o contorno dela com os olhos, pude ver a sua forma real. Eram marcas gigantes de asas. Sam já havia ajudado ela a se levantar. Mariana a estava praticamente fazendo um interrogatório a Tay, perguntando o que realmente havia acontecido.

A garota nem teve chance de responder, pois nessa hora Dean e Castiel chegaram. Os dois pareciam ainda mais confusos do que nós, pois não sabiam o que havia acontecido antes daquele momento. Todos começaram a falar ao mesmo tempo. Taylor exaltou-se e falou:

- Chega! Nós temos que voltar para Syracusa, ou você acham que existe vacina para o Vírus Croatan? – quando Dean a perguntou como ela sabia de tudo isso, ela apenas disse que Miguel havia contado tudo para ela. Até mesmo sobre a morte do Cameron.

 Então, ela transportou Dean e Sam para lá e eu, Castiel e Ruby fomos sozinhos. Quando chegamos à cidade, finalmente vimos um local que tinha sinais de batalha.  Várias casas parcialmente destruídas, carros queimados, o local parecia o Inferno.

 Eu tinha mesmo estado lá e podia comparar os dois lugares. Aquela parte da cidade estava deserta, porém após andar um pouco, eu pude ouvir aplausos não muito longe. Nem precisei avisar aos outros, eles já estavam indo pra lá.

Quando chegamos ao lugar de onde vinha o som dos aplausos, encontramos uma cena inusitada. Os corpos de Lise e Ralph estavam estendidos no chão, sem vida. Uma pessoa estava perto deles, com uma arma na mão. Eu já tinha ouvido falar dele, mas ele estava morto, como poderia estar ali? John Winchester.

 

Swan Song - P.D.V – Taylor – Dois dias depois

Estava no meu quarto, feliz. Já sabia tudo que precisava para esclarecer os acontecimentos de dois dias atrás. Era bem complicado, mas depois de repassar tudo várias vezes na minha cabeça, eu compreendi. Lúcifer tinha um plano – me derrotar.

 Então, ele precisava criar uma maneira de me fazer dizer sim a Miguel. Tudo quase funcionou. Ele fez com que Ralph e Lise se aproximassem, matassem Cameron, o substituindo por um metamorfo. Isso aconteceu por último, mas ele devia ter me contado antes de eu dizer sim para Miguel. Então, Lúcifer raptou a minha família, junto com o falso Cameron e Ralph Lise (já que os verdadeiros estavam aqui na cidade planejando como espalhar o Vírus Croatan).

 Ele mandou os metamorfos que estavam aqui no hotel me matarem para que eu pudesse falar com Miguel (isso depois de toda aquela história de Taylöe que Miguel havia me explicado) e dizer sim para ele.

Após a fuga, os falsos Ralph e Lise arrumaram uma desculpa para sair e dizimar a população da cidade enquanto todos nós estávamos fora. E depois, aconteceu o que deveria acontecer. Os irmãos foram destruídos, a paz reinaria até que eles ressuscitassem e começassem novamente o Apocalipse.

Mariana, Ruby e Melodie tinham voltado a fazer o que elas normalmente faziam antes de se envolver conosco.

Mas a única parte legal de todo esse plano, foi a que meu pai foi libertado da prisão de Lúcifer depois que ele foi morto. Na verdade, todas as pessoas boas que estavam lá foram libertadas.

Eu ainda estava triste por causa da morte do Cameron, ele era uma das pessoas que eu mais amava.

- Vem, pirralha! – Dean chamou

- Já estou indo, cabeção! – pude ouvir as risadas de Sam e do pai, que estavam na porta de entrada da república me esperando. Nós iríamos voltar às caçadas.

Três de nós, pelo menos, já que Sam finalmente poderia concluir seu curso em Stanford. Papai parecia muito feliz, mas eu não acho que ele vai continuar assim quando vir o estado que o interior do Impala está. Peguei as minhas mochilas e desci correndo.

Esbarrei em alguém. E derrubei meus livros.

Era um garoto alto, com olhos verdes delicados e cabelos loiros. Ele se levantou ao mesmo tempo em que eu e disse:

- Me desculpe por ter derrubado os seus livros...

- Taylor.

- Bom, me desculpe por ter derrubado os seus livros, Taylor. Ah, me esqueci de me apresentar, sou Phillip D. Fluorite, mas pode me chamar de Phi. Você parece apressada. – ele pegou uma caneta e rabiscou algo na capa de um dos meus livros.

- E estou mesmo, vou viajar com a minha família. – ele me estendeu os livros e eu peguei

- Boa viagem, Taylor!

- Tchau, Phi!

Eu fui em direção ao Impala com um sorriso radiante no rosto. Todos pareceram desconfiados, mas ninguém perguntou nada.

Entrei no carro em silêncio, esperando Dean e papai pararem de brigar para decidir quem ia dirigir. Como eles estavam demorando demais, eu falei:

- Parem de brigar! Eu dirijo! – peguei a chave da mão do papai

Quando eu vi que eles iam questionar, de um olhar que significava “eu mereço dirigir” para eles. Então, Dean se sentou na frente e o papai atrás.

Antes de dar a partida no carro, olhei para o caderno que o Phi tinha escrito algo. Era um número de telefone. Sam falou:

- Taylor, tudo bem? Você pode dar a partida no carro?

- Ah, desculpe! – falei isso e liguei o carro, dirigindo a 140 km/h em poucos minutos. Eu sorria enquanto encarava a estrada.

Pode ter certeza de que eu vou te ligar, Phi. Então, discutindo com papai, Sam e Dean sobre quem iria controlar o rádio, eu continuei a minha vida sobrenatural.

 

 


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Notas finais do capítulo

Deculpem, irmãos Rainu! Eu não podia deixar a história do Cameron tão confusa!
Espero muitos comentários para esse capítulo, já que ele é o maior que eu já escrevi.
Beijos Reviews? Pontos de popularidade? Quem me der pop, avisa pra eu poder retribuir.



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