A Little Piece Of Heaven escrita por Moonie


Capítulo 1
Capítulo um – O novato bonitinho e a despedida.


Notas iniciais do capítulo

Os três primeiros capítulos serão para introdução da personagem. Vai ser meio que um resumo e eu não tenho base de palavras, alguns podem ser curtos, outros não. Espero que gostem ♥
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Avisos:

Não recomendado para menores de 16 anos.

Advertências: Palavras de baixo calão, problemas familiares, bebidas alcoólicas e conteúdo sexual leve (ecchi, pegação).

De manhã.

– Senhorita Cromwell, lembra-te da conduta de regras impostas na Escola secundária Donto Frenchair? – A diretora Slygh dizia com um ar sério e impiedoso. Eu odeio essa mulher, cara!

– Era para ter lido aquela coisa? – Eu realmente não fazia ideia, olha bem para a minha cara de quem ia ler um livro gigantesco de regras, normas, condutas ou sei lá que diabos são.

– Estás a gozar de minha face? – Ela se levantou com uma tremenda cara de raiva, arrepiei com o diabo em minha frente e prestei atenção no ‘gozar’ tentando não maliciar aquilo.

– Claro que não, eu sou uma mulher. Mulheres não fazem isso.

– Chega! Você está expulsa desse colégio! – Pois é essa a minha pena.

Oh, espere... Você não está entendendo nada, correto?

Bem, para começar: Eu me chamo Thalia Cromwell, mas me chame de Lia ou Tha. Eu particularmente acho ‘’Tha’’ bem estranho, mas enfim... Eu nasci nos EUA [1] numa cidade pequena chamada Beacon, Iowa. Minha mãe é Americana com descendências francesas e meu pai é americano, eles se conheceram em um momento clichê de viagem á trabalho. Eles são separados e vivem brigando por minha causa, eu realmente não consigo me conter. E obviamente, eu moro com minha mãe. Eu não sou a típica patricinha e nem “garota confusão”, mas eu pareço um ímã para confusão. Minha família só tem eu, minha mãe, meu pai e minha tia Agatha sei lá das quantas.

Como eu fui me meter nessa roubada? Bem simples, uma garota ridícula me chamou de vadia e eu soquei a cara dela, simples. OK, eu não só soquei como a fiz cuspir um dente... Mas isso por acaso iria atrapalhar ela nos boquetes que ela paga para os garotos?

A minha má sorte foi que ela revidou e eu me ferrei. Só eu mesmo, pois ela é a queridinha da escola.

E agora estou eu aqui ouvindo meus pais discutirem por de trás da porta. Sim, já tinha saído da escola e vindo para a casa como vocês podem notar.

Eu não devia ter pagado aulas de artes marciais para ela. – Minha mãe se culpava em voz alta.

Essa garota é um erro, uma pedra em meu sapato! O que pretende fazer agora, huh? Mudá-la de escola sem nenhuma bronca? Mandar pães de mel todas as manhãs para ela na nova escola, até que tenha de repetir tudo isso de novo? – Esse é meu pai, sempre carinhoso quando o assunto sou eu. Aquilo já não me dói tanto, pois ele já havia dito para mim mesmo.

– Eu tenho uma ideia. Alô, Agatha? Sou eu, Alyah. Então, eu queria saber se você podia me fazer um favor... – Droga! O que diabos ela vai falar com minha tia encapetada e louca para me arranjar um par qualquer? Ninguém merece!

De tarde.

Vou é sair de casa antes que eu me ferre bacana... Quer dizer, mais do que eu já estou. Sai correndo da porta da sala e entrei no meu quarto, trancando a porta, pegando meu CD que eu gravei para emergências e colocando no reprodutor de áudio. Quando eles tentarem entrar, vão ouvir um “Me deixem em paz!”. Claro que eu vou me ferrar mais ainda depois, mas agora minha prioridade era pular a janela – sorte que eu morava em casa, não apartamento -.

Logo fiz impulso com as mãos no parapeito da janela, sentindo a grama tocar em meus tênis. Comecei a correr até dois quarteirões depois, batendo na porta de um amigo meu.

O garoto de cabelos negros e olhos marrons abriu a porta para mim, sorridente.

– Nich! – Gritei e me pendurei em seu pescoço, quase o fazendo cair. Nicholas Frandeir era meu amigo desde os cinco anos de idade, desde então não nos desgrudamos mais – mesmo que ele não estude na minha ex-escola.

– Lia! O que você está fazendo aqui? – Pude sentir confusão em sua fala enquanto ele me abraçava de volta, de forma fraca. – Se meteu em confusão?

– Eu fui expulsa! – Disse em meio á choramingo dramático. – Eles vão armar para mim. Ligaram para minha tia. Ajuda-me!

– E c-como eu posso ajudar? – O garoto perguntou, me colocando para dentro da casa.

– Não sei. Distraía-me, quer ir a uma festa comigo?

– M-minha mãe é adoentada. Não posso deixá-la assim... A enfermeira teve folga hoje...

Uma breve atualizada: Nicholas Frandeir, a mesma idade que eu. Possui uma mãe adoentada e uma irmã vadia. Bem, não adoentada... Devo dizer que apenas ás vezes ela tem crises asmáticas.

– Oh, então você de nada me serve. – Disse fazendo pouco caso, o garoto arregalou os olhos. Eu costumo ser grosseira, sim, mas quase nunca com ele. – Aliás, me serve sim. Vou assaltar o guarda roupa de sua irmãzinha querida. – Comecei a subir as escadas daquela grande casa. A sala ficava em baixo, e nela tinha uma escada que levava aos quartos e ao banheiro. A cozinha ficava ao lado da sala e eles tinham uma entrada subterrânea no quintal, tampada por uma grama linda e florida. Ele segurou meu braço, como se quisesse me impedir e abriu a boca várias vezes, mas nada falava. Ah, qual é. A irmã dele tem um guarda roupa farta, nem daria falta e eu acho que ele pensava nisso, por fim me largou e disse:

– Sobe devagar, não quero que mamãe acorde. – Eu sorri e dei um pulinho em comemoração/agradecimento. Logo achei o quarto daquela mesquinha, pois já tinha ido á casa dele várias vezes. Digamos que eu e ela não nutrimos ódio em si, mas um leve desprezo uma pela outra.

Abri o armário dela com facilidade e passei meus dedos calmamente pelos cabides. Achei o vestido perfeito e em poucos minutos, eu serei a luz que iluminará a noite!

–x-

Batidas na porta do quarto e apenas um “Me deixem em paz!” como resposta. Claro que eles não eram tolos, quando entraram, não viram a garota e sim um rádio com a porcaria de uma gravação.

Maldita! Ela fugiu! – O homem gritou.

– Vou ligar para Nicholas, com certeza ela está com o garoto.

–x-

Arrumei tudo e desci as escadas totalmente me achando. Acho que minha moral está muito lá em cima para quem acaba de ser expulsa da escola. Nicholas me encarou com um olhar sério e preocupado quando me viu... Pois é, lá vinha bomba.

– Seus pais ligaram. Uma gravação, sério? – Pronto, estava bom demais para ser verdade. Minha moral despencou.

– Umm, não tinha ideia melhor. Por quê? Quer me dar umas dicas? – Mantive aquele ar brincalhão, mesmo sentindo-o pesar. O garoto riu.

– Você não tem jeito mesmo. Prometa que voltará para sua casa viva e eu não te deduro.

– Eu prometo, ora essas! Aliás, como estou? – Dei uma voltinha com um sorriso sacana.

– Pedindo para ser assediada. Não tinha vestido maior não?

– Ora! Você lá é meu pai, por acaso?

– Graças á deus não. Ta louca eu ser aquele velho doido. – Essa foi minha brecha para cair na gargalhada. – Hein, hein! Minha mãe está dormindo!

– Deixa de ser pateta. Vou indo, vem não? – Fiz um olhar de cachorro sem dono. Sempre colava, vai que...

– Não.

... Cola dessa vez. Não, com certeza não. Sai bufando daquela casa, tão raivosa que bati a porta fazendo-o gritar e mal falares.

–x-

Tinha chego à festa. Quem diabos fazia festas á tarde? Mas oras, eu não estava de penetra... Minhas amigas da escola que eu estudava até hoje de manhã me convidaram, era uma espécie de despedida e boas vindas aos novatos.

O clima era muito bagunçado lá, estava tocando “Summer” do Calvin Harris. Pelo menos aqui no EUA só tem som bom. Fui adentrando no meio daquelas pessoas, todas espremidas, andando, se pegando e bebendo. Era muito bom passar entre um grupo de garotos e apertar a bunda deles sem nem se preocupar de suspeitas... Fazer o que né, eu tenho esse pequeno probleminha.

Olhei para todos os cantos procurando alguma de minhas amigas, já estava próxima a um pequeno bar que montaram ali quando avistei Clarice, com um pacote de pipoca na mão (que eu nem sei de onde ela tirou aqui, pois isso não vende em festas) e encarando uma bebida no balcão. Cheguei nela e falei num tom bem assustador:

Coma a pipoca! – E dei um grito, fazendo-a se assustar e jogar a mesma longe. Clarice tinha um pequeno distúrbio alimentar, ela queria estar sempre linda e por isso não comia, também não sentia vontade. Eu faço de tudo para que ela coma todo o almoço na escola, ás vezes eu consigo e ela se emputece. Uma hora vai acabar reconhecendo que eu faço tudo para o bem dela, bem que os pais não parecem notar que ela necessita.

– Ai, garota! Quer me matar, só pode! – Ela pôs a mão no coração de forma dramática e eu me sentei, pedindo logo uma bebida.

– Onde estão Elise e Irina?

– Elise está pagando um boquete na ala norte. – Ala norte significa o beco que tinha ao lado da casa de shows onde a festa ocorria. – E Irina está se pegando com a Kate. – Ela terminou de responder, desanimada. Peguei a bebida e virei toda em minha boca, fazendo-a descer rasgando minha garganta.

– E você, porque não está “se divertindo” com os rapazes? Ou com as garotas, sei lá né... – Gargalhei.

– Olhe para mim, Lia... Eu sou feia e sem atrativos. – Pronto, começou o drama! Não, ela não era feia. Talvez um pouco sem curvas, mas feia não. Tinha traços joviais que chamavam bastante atenção, cabelos na altura do ombro, encaracolados e negros. Além de seus olhos verdes.

– Você é linda. Talvez um pouco reta, para não mentir. Mas é linda, deveria aproveitar um pouquinho mais a vida. – Dei um tapinha em seu ombro.

– Não gosto muito desse tipo de aproveitamento... – Ela se encolheu e eu bufei, olhando novamente para o grupo de garotos ali. Um deles, alto, cabelos ruivo-alaranjado e olhos azuis cristalinos fitou-me com intensidade, dando uma piscadela singela que me fez derreter, soltei até mesmo um suspiro. – Olha quem já está toda se suspirando pelo o novato...

– Ele é o novato? – Perguntei ainda desnorteada, fitando o garoto.

– Sim, seu nome é Breno. Ele é um tremendo gato... Pena que você foi expulsa e blablablabla... – Não ouvi a última coisa que ela disse, pois o garoto veio até mim e beijou minha mão.

– Permita-me dançar com a senhorita, dama?

Puta que pariu assim você me mata! Me pega de jeito!

– Claro, porque não? – E me puxou até a pista. Claro que ele não queria somente uma dança, mas por mim, ele poderia sugerir qualquer coisa!

Agora tocava Troublemaker do Olly Murs e nossos corpos se mexiam freneticamente pela pista, até ele me puxar, segurar minha cintura e colar definitivamente nossos corpos e fazer nossos narizes se tocarem. Eu senti o hálito fresco de menta batendo em meu rosto e seus olhos nos meus, suas mãos apertaram um pouco mais minha cintura e ele finalmente me beijou com voracidade enquanto meus braços se entrelaçavam com seu pescoço e minha mão bagunçava seu cabelo. Senti suas mãos frias e ásperas passarem por de baixo de minha blusa, pelas minhas costas inteiras. Eu arrepiei, mas ainda estava lúcida. Não iria fazer nada mais do que uns pegas das galáxias com ele.

Porque não vamos para outro lugar? – Aquela voz sexy indagou em meu ouvido.

– Porque eu não quero nada mais do que isso. – Cortei-o rápido e ele assentiu rapidamente, encostando-me a parede próxima dali e dando beijos e mordidas pelo pescoço. Aproveitei e passei a mão por de baixo de sua blusa também, sentindo claramente seu abdômen bem trabalhado. Oh lá em casa!

Depois de vários minutos naquilo, já sentindo meu pescoço doer de tantos chupões e meus lábios se cansando, eu o empurrei e sorri.

– Obrigada por ser usado por mim. Volte sempre. – Ele me olhou com uma cara de “Mas que diabos?” e eu olhei o meu relógio de pulso. Droga estava ficando tarde!

Sai correndo daquele lugar, ouvindo agora tocar Burn da Ellie Goulding. Acabou que eu peguei o novato e nem contei para minhas amigas... Ah, existe skype para isso mesmo.

Peguei o primeiro táxi que apareceu e enquanto a mulher dirigia – sim, uma mulher taxista. Eu me surpreendi quando notei. – passei maquiagem em meu pescoço para que não notassem.

– Moça, se importa se eu trocar de roupa aqui? – Não a deixei responder, já tirando minha blusa e pegando a que eu troquei lá na casa de Nich e vestindo com facilidade. Tirei a maquiagem do rosto e guardei a outra roupa, a de festa, na bolsa. Liguei para Nicholas.

– Nich! Você me dedurou?

– Não, seus pais falaram que se você está comigo, eu deveria levar você de volta para casa. Onde tu ta? – Obrigada pela festa ser perto dali, eu agradeci mentalmente.

Droga! – Gritei no telefone e tirei-o do ouvido, falando com a motorista. – Moça, desvia essa rua e entra naquela! – A mulher somente bufou e fez o que eu disse. – Nich, obrigada por salvar minha vida!

– Você tem que parar de ser assim...

– Oras, eu só queria esfriar a cabeça depois de tanta coisa acontecendo...

– O.K, está bem.

– To chegando aí. – Desliguei o telefone e joguei algum dinheiro para a mulher, batendo na porta de Nicholas.

– Até que enfim, entra! – Ele me puxou e foi aí que eu não entendi nada. – Seus pais me contaram o que queriam com sua tia... – Pronto, mas um pouco de moral 100% despencada agora.

– O que?! Conta logo! – Eu sacudia o garoto.

– Vão te mandar para passar a temporada lá, até você tomar jeito. – E então, meu mundo pareceu desabar. Eu não acredito, eu vou ter que ir morar com ela? Desde quando isso ajudaria em meu comportamento?

– Não! Eles não podem me obrigar!

– Eles podem, são seus pais... – O garoto agora parecia irritado.

– Eu grito, digo que estou sendo espancada!

– E como isso te ajudaria? – Ele passava a mão na testa, ainda mais irritado. Ele tinha razão, eu não estava falando coisa com coisa... Fazer isso só traria um grande nada.

Mas eu não consigo! Eu tenho uma vida aqui! Tenho amigos, tenho festas, tenho uma casa na qual moro com minha mãe e nos relacionamos bem até. Eu tenho meus cursos de atividades extras, tenho o clube de acampamento, tenho o maldito curso de francês que agora vai me servir muito bem, tenho meus ficantes...

Olhei para Nich em prantos, via sua cara de tristeza e decepção. Eu teria que abandoná-lo também. Deixar meu melhor amigo sem ajuda, com sua mãe doente e ainda preocupado comigo. Eu sei que ele ficaria.

Abracei-o em um impulso, molhando sua camisa com minhas lágrimas. Ele me apertou com força, fazendo aquele abraço ser tudo o que eu precisava naquele momento.

– Eu os odeio! Eu odeio! – A única coisa que ele disse foi um “Shh, vai ficar tudo bem.” Mas não ia, isso eu tinha certeza.

Thalia e Nicholas: Clique aqui.

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Breno (Novato): Clique aqui.

EUA = Abreviação de Estados Unidos da América, ou USA.


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Notas finais do capítulo

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