Endless Love escrita por STatic


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Eei vocês, que saudades daqui!! Gente, eu sei que demorei absurdamente, mas a explicação horrível da vez está na faculdade e (mas nem tanto) nas outras fics, além de eu ter custado me animar e organizar tudo... Eu já tenho alguns capítulos praticamente prontos, e tinha decidido voltar a postar apenas quando eu concluísse todos, maaas demorou tempo demais, então aqui estou heheh
O capítulo de hoje está pequeno, mas fofo - nós bem que precisamos - e encerra esse arco da amnésia. Daqui para frente vamos focar no restinho de gravidez e aproveitar, porque já sabemos o futuro da nossa seriezinha... Ok, chega de bad!

Só mais uma coisinha: Vocês não imaginam como me deixaram feliz com as reações ao último capítulo. Foi uma parte importante da história, então foi importante saber que gostaram. MUITO obrigada pelos comentários, vocês são demais.

Boa leitura, espero que gostem!
E, ah, obrigada a Rosiy que favoritou!



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Kate POV

—E você se lembra quando fomos abduzidos? – Castle perguntou enquanto caminhava ao meu lado.

Nós havíamos ficado ali por muito tempo; Tempo suficiente para que começasse a ficar mais frio, e agora voltávamos lentamente até o carro. Depois do choque passar – ao menos parte dele -, Castle havia se jogado em um interrogatório interminável. Ele tinha um brilho nos olhos e uma animação de garotinho que me fazia querer chorar.

— Eu me lembro, Castle. – respondi enquanto revirava os olhos. Apertei sua mão para pará-lo quando ele abriu a boca para mais uma pergunta. – E nós não fomos abduzidos!

Ele me olhou com os olhos estreitados em desconfiança.

— Por um segundo você achou que fomos. – disse com certeza.

—Não achei, não. – eu respondi rápido demais.

Ele riu, a expressão de quem havia vencido um argumento decisivo.

— É, você se lembra.

— Foi o que eu disse... Nas últimas trinta perguntas.

Castle deu de ombros, voltando a olhar para frente.

— Só estou checando!

Pensei por um segundo e, bom, dois podiam jogar esse jogo. Puxei um pouco sua mão, o obrigando a parar.

— Bom, talvez eu devesse checar. Ou te ajudar com isso. – ele me olhou assustado com meu tom de voz.

— O que quer dizer? – ele parecia mesmo confuso. E chocado. Decidi clarear um pouco a memória dele.

— “Oh, você amou o nome Cosmo e queria desesperadamente dar esse nome para o nosso bebê”. – citei. Bom, mais ou menos.

— Tudo bem, eu tenho certeza que não usei essas palavras. – Castle disse, e depois fez uma careta. – E essa não é minha voz.

— “E, Kate, você esteve apaixonada por mim desde o primeiro dia, e admitiu que teve que se segurar e tomar longos banhos para não pular em mim todos os dias”.

— Sério, péssima imitação.

Eu revirei os olhos, voltando a andar, os passos lentos, sem qualquer pressa ou preocupação. Era bom, agradável além da compreensão... Simplesmente estar, simplesmente ser, sem culpa, ou medo, ou cérebros defeituosos.

— Só estou checando. – disse a frase que ele havia dito antes.

— Tudo bem, acho que mereci essa. – eu ri. – Eu só estou me certificando que se lembra de tudo, ainda me parece surreal. É bom para todo mundo!

—Você é muito teimoso!

Após alguns minutos paramos em frente ao carro. Ele encostou na porta do motorista, abrindo um pouco os braços em convite. Eu aceitei, me apertando a ele, e seus braços passaram a me envolver de maneira deliciosa.

— Eu me sinto estranha também. – disse e olhei para cima, encontrando seus olhos colados aos meus. – Parece que a qualquer momento eu vou esquecer tudo de novo, e isso me apavora só um pouquinho.

Castle me apertou mais forte por um segundo.

— Você não vai. E se acontecesse, eu estaria aqui para te lembrar novamente.

Eu sorri, voltando a esconder meu rosto em seu peito. Aquele homem doce!

— Eu sei.

— E quais as chances de isso acontecer? Segundo meus cálculos, são... péssimas! – ele disse com a voz mais alta, aquele tom que ele já havia usado tantas vezes antes, em cenários diversos. E eu me lembrava de cada uma. O tom de voz mais alto, brincalhão, aquele que ele usava especialmente para me animar.

Eu ri, balançando a cabeça. – Por que você é especialista em cálculos.

— Nesse caso, sim. O maior de todos.

Balancei a cabeça mais uma vez, por que ele era simplesmente absurdo! Depois de alguns minutos, meu estomago começou a reclamar, me lembrando que nós estávamos ali a tempo demais, e que eu não estava sozinha.

— Castle? -chamei.

— Sim?

— Eu odeio quebrar o momento... mas eu estou com fome.

Para minha surpresa ele riu, o corpo se movendo embaixo do meu.

— Pequeno Cosmo está com fome! – disse e se encolheu quando me afastei e o acertei no peito.

— Nem comece. - avisei. Se ele achava que podia vir com esse nome para mim, eu provaria o quão errado ele estava.

Castle riu novamente, parecendo uma criança feliz. Completamente impossível.

— Que tal irmos para casa e eu alimentar vocês? - Rick sugeriu.

— Acho que foi a melhor pergunta de todo o dia.

Ele fingiu uma expressão machucada, mas depois me beijou ao mesmo tempo que me guiava até o lado do passageiro, voltando correndo para o do motorista antes que eu sequer tivesse tempo de me recuperar.

— Eu dirijo! – praticamente cantou enquanto abria a porta.

Suspirei, mas abri minha própria porta.

— Você não vai crescer, não é? – perguntei enquanto ajeitava o cinto de segurança.

Quando terminei e o olhei, ele também me encarava, o sorrisinho cúmplice.

— Eu prometo. – disse e ligou o carro.

Revirei os olhos novamente, mas incapaz de evitar o sorriso. Foi uma pergunta retórica, e ele sabia.

Alguns minutos já haviam se passado, nós dois em silêncio e perdidos nos próprios pensamentos. Castle continuou dirigindo e eu peguei meu celular, selecionando alguns contatos e digitando uma única mensagem.

Nós temos um menino! E minha memória de volta.” Curta e direta. Apertei "enviar" sem um segundo pensamento.

— Você vai contar aos outros? Sobre... o bebê e, você sabe, estar de volta. – Castle disse, tirando minha atenção do telefone.

—  Hã... Acabei de fazer isso.

Pude sentir que ele virou para me olhar, e de repente me senti culpada. E se ele quiser fazer isso? Eu conhecia Castle e seus momentos, sua necessidade de transformar certas coisas em eventos. Era gentil em algumas situações, mas não o que eu queria agora.

— Quando... Okay, como? - ele reformulou a pergunta depois de pensar melhor.

— Uma nova tecnologia chamada mensagem de texto!

— Oh! Informal.

— Eu sei! Eu não queria uma comoção, e, para ser honesta, não queria lidar com ninguém além de você hoje. – sorri, deixando claro o que queria dizer. – Você quer fazer algo? Por que nós podemos... Se quiser.

—Não! Não, só nós dois, eu e você, é suficiente. – anunciou rápido e eu ri.

— Ótimo. – respondi, olhando para ele e depois para o celular, quando esse vibrou.

— Uma resposta? – Castle perguntou.

— Lanie. Hm.– eu resmunguei depois que li a mensagem. Mas é claro.

— O quê?

—“Eu achei que sua memória já tivesse voltado.” Sério? Minha melhor amiga! – balancei a cabeça e resmunguei de novo quando Castle riu, e então o celular vibrou novamente. Voltei a ler a mensagem: – “Um menino! Isso vai ser muito divertido.” Letras maiúsculas e muitas exclamações.

Castle riu alto dessa vez, do conteúdo da mensagem ou da minha voz ao lê-la, eu não poderia saber.

— Lanie novamente?

—Sim, e eu acho que ela não está brincando! Ela vai estar sempre por perto para nos ver surtando...

— Com uma câmera. – ele concordou, adicionando algo a cena do meu pesadelo. – Ela sabe que você tem uma arma?

Assenti. – Ela tem uma teoria. – disse e ele esperou que eu explicasse. – Lanie acha que eu jamais atiraria nela. Eu achava que ela tinha razão, mas as coisas mudam.

—Oh, eu sei! – Castle riu e eu me virei um pouco no banco, o observando com cautela.

Ele me ignorou por alguns minutos, depois, parecendo incapaz de se conter, desviou o olhar para mim.

— O quê? – perguntou.

— Você é bonito.

— Eu sei. – disse sem ao menos hesitar. – Mas por que toda a encaração?

— Sério, encaração? Você é escritor! – acusei. -  É de se esperar que tenha uma palavra melhor.

— Tenho passe livre no mundo das palavras, detetive Beckett. E você não me respondeu.

Pensei por um segundo. Eu não saberia dizer o motivo, mas meus olhos não se cansavam dele. Que Castle era lindo, ninguém podia negar. Ainda assim, eu não parecia capaz de tirar meus olhos dele por mais do que alguns minutos, como para me certificar de que ele ainda estava ali. Eu odiava que tivesse esquecido minha vida. Odiava que tivesse esquecido meus pais, meus amigos, meu passado e de mim mesma. Mas odiava ainda mais ter me esquecido dele e de nossa história.

Eu não podia ao menos imaginar o que ele tinha passado. Se algum dia acordasse e Castle não se lembrasse de mim... Eu não era capaz de imaginar aquilo.

— Me desculpe. – minha saiu quase como um sussurro, e eu não tinha certeza de que ele ouvira. Mas ele se virou para mim, me fazendo notar que o carro estava parado e que estávamos em casa.

— Você só estava encarando! E, bom, não acho que alguém te culparia por me encarar assim com esses olhos e essa baba escorrendo...

Eu ri e ele sorriu fracamente, mas continuou.

— Eu te encaro também, mesmo quando você está dormindo e diz que é assustador. Eu até te encarava dormir naquelas primeiras vezes quando você voltou do hospital... – ele parou, sua expressão falei-demais clara.

Dei um tapa leve em sua mão que ainda estava no volante.

— Eu não quis dizer desculpa por encarar... E eu já sabia sobre isso. Você não era tão discreto quanto imaginava e eu...

— “Tenho sono leve”. – me imitou e eu toquei a ponta do nariz duas vezes com o indicador, indicando que ele estava certo. – Então...

Respirei fundo, soltando o cinto de segurança e me virando para ele completamente.

— Me desculpe ter esquecido de você.

Ele parecia chocado, a boca se abrindo um pouco e olhos arregalados, como em um desenho animado.

— Kate...

— Rick, eu jamais faria isso se... Eu não pude, mas queria tanto me lembrar de você, e eu sinto tanto o que fiz você passar. Novamente!

Eu não estava chorando dessa vez, e aquilo era um bônus, mesmo que soasse totalmente patética.

— Kate. – ele começou, soltando o próprio cinto e se aproximando de mim da melhor maneira possível. – Não foi fácil, mas você estava lá também! Nós dois sofremos, mas nós dois passamos por isso, e nós dois sobrevivemos e criamos algo tão lindo! Não peça desculpas por isso, porque você continua aqui, e eu continuo aqui, e em alguns meses nós teremos uma criaturinha mais importante que tudo.

Droga. Como é que ele fazia aquilo? Algum dia eu ficaria imune as palavras de Rick Castle? Eu duvidava.

— Eu amo você. –sussurrei como uma idiota, me aproximando e escondendo o rosto em seu peito, tentando impedir as lágrimas de caírem.

— Eu sei, e eu amo você também. Você não ouse se culpar pelo que aconteceu, tudo bem? Não foi sua culpa, e já passou, tudo está bem!

— Eu sei, eu só... sinto muito.

— Eu também. Apenas mais uma curva na nossa historia bagunçada, hã?

Eu ri um pouco da tentativa ridícula de fazer humor.

— Apenas mais uma curva.

— Isso. Agora que tal fazermos uma linha reta até nossa cozinha e preparar o jantar?

— Parece maravilhoso.

— Ótimo! – ele beijou o topo da minha cabeça, e eu me movi, capturando seus lábios nos meus.

Ele desceu do carro, dando a volta e me encontrado já na calçada. Pegou uma das minhas mãos e me guiou, dando inicio a noite e ao resto das nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Lanie e baby caskett, eu nem....
Acho que agora vou poder voltar e escrever, então vou terminar e correr para postar para vocês, tudo bem? Mas enquanto isso, me contem o que acharam!
Beijão!



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