Endless Love escrita por STatic


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Ei, ei amores!
Okay, isso vai ser longo. Primeiro, MIL desculpas pela demora! Eu vou resumir e dizer que a faculdade não é nada fácil e que meus professores esse semestre não são fãs de tempo livre. Nem um pouquinho. Nada. Então o único tempo que eu tinha era quando estava dormindo/ desmaiada por aí hahahsah
Segundo, muuuito obrigada pelos comentários! São os comentários de vocês que me incentivam sempre, então obrigada! Terceiro, eu tenho que agradecer as meninas que me deixaram saltitantes de felicidade: serenapgaiola, caskettlove, caskettshipper, Jana Katic e Mayim Beckett Benson que favoritaram! Muito obrigada! E a liiinda da Bella Caskett que fez uma recomendação maaravilhosa, e eu não podia ter ficado mais feliz! MUITO obrigada, de verdade! Eu amei demais!!
Enfim, dez anos depois, aqui está capitulo novo! Ele está bem grandinho... não sei o que ta rolando, mas não consigo escrever capítulos pequenos mais ajajsasjah Eeentão... Boa leitura, espero que gostem!
P.S.: Eu vou manter meu irmão bem longe daqui, não se preocupem ahhahahah



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Kate POV

Eu tentava fazer com que meu corpo trêmulo se movesse para frente, um passo de cada vez. Era praticamente impossível, para mim, manter um ritmo constante agora. Ao mesmo tempo em que eu queria correr o mais rápido possível para o quarto que eu sabia que ele estava, minha mente se retraía e me incapacitava de dar mais do que alguns passos lentos de cada vez.

Eu devia estar mais tranquila, devia mesmo. A princípio, eu ficara apavorada com a expressão no rosto do médico quando ele veio pra perto de nós. Seu semblante cansado havia feito meu coração quase parar de bater no peito, mas foi tudo em vão. Assim que nós nos apresentamos, ele contou tudo o que havia acontecido realmente com Castle desde que ele chegara no hospital, tantas horas atrás que eu nem sabia mais quantas exatamente.

–Seu marido –ele disse para mim, mas trocava olhares com os outros também. – saiu da cirurgia, e ocorreu tudo perfeitamente bem.

Era impossível descrever o alivio que eu senti ao ouvir aquelas palavras. Era como se o peso de todo o mundo tivesse sido retirado dos meus ombros. E ele continuou explicando com detalhes, mas a essa altura eu só conseguia pensar em ver Castle, de modo que acabei ouvindo apensa fragmentos da explicação cuidadosa do médico.

–A bala o atingiu no lado esquerdo do corpo, em uma região que poderia ser um problema grave se a bala entrasse alguns centímetros em qualquer direção. Um pouco mais para baixo atingiria o peito, e mais para o lado direito o pescoço... O que causaria muitos problemas. Mas está tudo bem agora e ele está estável. Ele usava o colete, mas não protegia exatamente a área que ele foi atingido. – ele parou e esperou que eu assimilasse tudo. Quando eu acenei com a cabeça, ele concluiu. –O Sr. Castle teve muita sorte.

Sorte. Que coisa estranha para se dizer sobre alguém que tinha acabado de levar um tiro... Mas aposto que, considerando as opções que ele tinha dito, Castle realmente teve sorte. Um pouco. E eu também.

O médico ainda havia dito que o motivo de Castle ter perdido tanto sangue era devido ao local em que fora ferido, e que ele estaria fora do hospital em poucos dias... Isso sim era um alivio. Eu não era a única que completamente detestava hospitais.

E aqui estava eu, seguindo a enfermeira pelos corredores silenciosos até o quarto dele. Assim que o médico havia terminado seu relato, eu exigi ir vê-lo. O médico insistiu dizendo que ele estava dormindo e que precisava descansar, que havia acabado de passar por uma cirurgia, que estava fraco. Mas eu não podia me importar menos. Eu só precisava vê-lo. E o médico acabou por consentir, enquanto Martha e Alexis afirmavam que iriam pra casa e voltariam mais tarde para vê-lo e trazer roupas para nós dois –as minhas ainda estavam sujas de sangue.

A enfermeira finalmente parou e me indicou uma porta, dizendo que estaria no fim do corredor se eu precisasse de alguma coisa. Eu assenti fracamente enquanto me encaminhava para a porta, dando um último passo e olhando para dentro do quarto.

De repente, tudo o que havia acontecido voltou a minha mente de uma única vez, fazendo minhas pernas ficarem bambas e minha respiração ficar presa enquanto um choro estrangulado saía da minha garganta. Imagens de minutos antes de entrarmos naquele prédio -com as piadas no carro e a felicidade em que eu sentia enquanto imaginava como iria contar sobre nosso pequeno milagre para ele-, se misturavam com as imagens do homem levantando a arma e o barulho ensurdecedor dos tiros que se seguiram- de ambas nossas armas- e o som do corpo de Castle caindo no chão, seu sangue manchando sua roupa perfeitamente alinhada, sua mão tremula buscando as minhas, e depois subindo pelo meu rosto, secando as lagrimas... Tudo girava em minha mente fora de controle enquanto eu tentava vê-lo através das lagrimas que novamente caíam pelo meu rosto.

Eu não sabia se de alguma maneira os hormônios já estavam tomando conta de mim, ou se era a situação que me fazia tão fora de controle e me deixava quase desidratada de tantas lágrimas. Talvez fossem os dois.

Respirei fundo mais uma vez e entrei completamente no quarto, dando os últimos passos e acabando de uma única vez com a distância que nos separava.

Ele estava dormindo, assim como o médico disse que estaria. E estava parecendo pacifico e sem dor, todo o medo que eu havia presenciado mais cedo completamente apagado de suas feições. Mas ainda assim, ele parecia mortalmente pálido e frágil, tão completamente diferente do que eu era acostumada a ver... Ele respirava calmamente, seu peito se movimentando levemente enquanto ele dormia.

Me aproximei o máximo possível da cama e me abaixei um pouco, me inclinando e colando meu lábios nos dele delicadamente, logo me afastando novamente e encarando seu rosto por um minuto, meu coração se acalmando um pouco mais, a angustia que eu sentia diminuindo. Não muito, mas era o suficiente, por enquanto. Eu só me acalmaria completamente quando ele abrisse os olhos, quando sorrisse pra mim, quando eu pudesse ouvir sua voz e dizer que o amava mais do que qualquer pessoa nesse mundo já amou alguém, e quando ele pudesse dizer de volta pra mim.

E ele iria, eu podia saber disso com tanta certeza quanto eu tinha de que o sol nasceria amanhã. Simplesmente é o que nós somos. Nós somos parte um do outro, arranque um de nós e o outro nunca funcionará corretamente.

Me afastei novamente apenas para pegar uma cadeira no canto do quarto –tinha uma poltrona grande ali também-, e arrastá-la até perto da cama, o mais perto que era possível. Olhei para o seu rosto novamente, constatando com uma onda de prazer que apesar da palidez e da estranha fragilidade, ele ainda era Castle, e se parecia com ele. Com o meu Castle. O Castle que era capaz de iluminar um ambiente apenas com sua presença, sua personalidade e sua risada. O Castle que mesmo depois de tudo, ainda conseguia fazer eu me sentir a mulher mais incrível de todo o mundo.

Levei minhas mãos para tocar a dele, sentindo a maciez das costas de sua mão, fazendo pequenos círculos com o polegar ali. Sua mão estava fria, mas ainda era capaz de me aquecer completamente por dentro. Movi minhas mãos mais pra cima, subindo pelo seu braço e repousando-as em seu peito, sentindo sua respiração o mover sob minhas palmas, provando mais uma vez que ele estava ali, vivo. E que iria ficar bem. Continuei subindo minha mãos, acariciando seu rosto e depois seus cabelos. Eles eram tão cheios e tão macios, e eu simplesmente amava a sensação dos meus dedos entre os longos fios, entrelaçando-os e simplesmente adorava o sorriso em seu rosto quando eu fazia isso.

–Você gosta quando eu faço isso, não é? –perguntei enquanto meus dedos ainda brincavam com seus cabelos – Eu também. –suspirei, ficando quieta por um momento, apenas observando seu rosto.

–Eu te amo. –sussurrei depois de um tempo em silencio. –Eu te amo demais, então não ouse morrer.

Mesmo com as palavras do médico, eu ainda estava nervosa. Eu precisava que ele abrisse os olhos e me dissesse que estava mesmo bem.

–Você bem sabe que eu não funciono se você não estiver por perto... Eu esqueço de comer, eu não durmo direito, esqueço completamente que existem outros lugares no mundo além da delegacia e além do mais, fico completamente sem rumo se você não está em casa. –continuei tagarelando sem saber realmente o motivo, mas apenas falando e acariciando seus cabelos e sua mão que estava próxima a minha. –E eu estou com saudades. Já. E tenho uma cosa para te contar que realmente não pode mais esperar, por que dessa vez eu devo ter aprendido a droga da lição.

Quando terminei de falar, minha voz diminuindo até que não passava de um sussurro, eu podia sentir lagrimas rolando pelo meu rosto outra vez. Eu não achava possível um ser humano ter tantas lágrimas assim.

–Sem esperar mais, Richard Castle. –concluí, sorrindo mesmo com as lágrimas –Sério, lição aprendida.

Aos poucos, enquanto o resto da adrenalina se esvaia do meu corpo e os eventos do dia tomavam o melhor de mim, deixei que o cansaço me vencesse e soltei seus cabelos, voltando minhas mãos para as suas e me abaixando, deitando a cabeça no colchão ao lado do seu corpo. Não era a posição mais confortável, mas eu não sairia dali de maneira nenhuma.

CASTLE POV

Meu corpo parecia pesar uma tonelada. Tudo o que eu queria fazer agora era abrir meus olhos, mas mesmo esses pareciam demasiado pesados para sequer se moverem um centímetro. Eu –obviamente- não podia ver nada, mas podia escutar um barulho incessante e totalmente irritante em algum lugar que eu não conseguia identificar, mas que eu gostaria muito que fosse silenciado.

Tentar abrir meus olhos estava me deixando cada vez mais frustrado e exausto, então simplesmente parei de tentar. Resignado, apenas continuei parado- não que eu tivesse muita escolha, de qualquer maneira-, esperando o momento em que meu corpo decidiria obedecer meus comandos.

Não faço a menor de ideia de quanto tempo depois- talvez eu tenha voltado a dormir em algum momento-, mas eu agora podia sentir meu corpo ficando mais leve. Eu ainda não conseguia me mover, mas enquanto eu recobrava o controle do meu corpo, eu podia sentir outras coisas. Com os olhos ainda fechados, eu podia ouvir ainda mais claramente o barulho irritante de antes, e podia sentir o cheiro de um lugar extremamente limpo.

E tinha algo em minha mão. Eu não conseguia move-la ainda, mas estava decidido a descobrir o que era. Eu podia sentir minha mão mais quente e algo macio a tocando, fazendo certa pressão. Depois de alguns segundos pude deslizar muito fracamente meus dedos por ali, reconhecendo imediatamente a textura do que estava em minhas mãos e, eu podia saber, espalhados por todos os lados envolvendo o rosto delicado que eu amava observar.

E então tudo me atingiu de repente, meus olhos se abrindo de uma única vez.

–Ai. –murmurei sem qualquer força na voz, tentando ajustar meus olhos a claridade repentina.

Quando pude enxergar novamente e meus olhos pararam de queimar, olhei em volta. Certo, eu claramente não estava em casa. Era um quarto grande e preparado para parecer aconchegante, e eu tinha passado tempo suficiente dentro de um quarto de hospital alguns meses atrás para reconhecer um quando eu via. Além do mais, eu podia ver agora a máquina que fazia o barulho irritante, alguns fios saindo do meu corpo e conectados a ela.

Antes que eu pudesse pensar mais a respeito, minha atenção foi novamente atraída para minhas mãos, em especial a que eu sentia os cabelos de Kate repousando delicadamente. Ela estava sentada em uma cadeira e se inclinava sobre a cama em que eu deitava, sua cabeça repousando em suas mãos que estavam unidas com as minhas decididamente, como se para ter certeza de que eu não sairia dali. Seus olhos estavam fechados e ela respirava calmamente enquanto dormia, mas eu podia ver que seu rosto –apesar de pacífico- estava um pouco inchado.

Meu coração se partiu um pouco com a cena. Ela parecia tão pequena, tão frágil e tão cansada deitada ali. Parecia totalmente vulnerável.

Em algum momento enquanto eu a observava, Kate começou a dar sinais de que iria acordar. Alguns fios de cabelo haviam caído pelo seu rosto e ela fez uma careta –adorável-, seus olhos se abrindo lentamente logo depois, encarando diretamente o meu rosto.

–Ei Bela Adormecida. –disse com a voz ainda fraca.

Observei quando seu rosto imediatamente se iluminou e um sorriso descrente apareceu em seu rosto.

–Acho que eu devia estar falando isso. –ela brincou, mas eu podia ver as lágrimas se formando.

–Bem, eu sou mesmo belo. - respondi.

Ela riu um pouco enquanto se endireitava. –Como está se sentindo?

–Chapado. –respondi com honestidade e ela voltou a rir. –Acho que eles exageraram no remédio pra dor... O que aconteceu?

–Você não se lembra? –sacudi a cabeça. Tudo estava um grande borrão em minha mente. – Um idiota atirou em você.

E então eu podia me lembrar. Com uma exatidão apavorante, eu podia ouvir novamente o som dos passos que haviam me chamado a atenção, antes da dor profunda e do impacto do meu corpo contra o chão, e da fraqueza que rapidamente me tomava... E Kate. No meio de todo o caos, seu rosto era a única coisa que fazia sentido, apesar do terror escrito em suas feições e as lágrimas ininterruptas.

–Oh... –murmurei quando voltei a mim, observando seu rosto novamente. – E depois?

–Eu atirei nele, mas não sei como está. Não me importa. -ela sacudiu a cabeça- Ele acertou seu ombro e você perdeu muito sangue, mas o médico disse que vai ficar bem... –ela faz uma pausa, antes de mais lágrimas começarem a se formar e ela sussurrar. –Eu estava com tanto medo, Castle.

–Tudo bem, eu vou ficar bem. –assegurei. Tudo o que eu queria era puxá-la para os meus braços e abraça-la até que as lágrimas secassem, mas eu mal podia manter meus olhos abertos agora. Eles realmente haviam me dado as boas coisas aqui.

–Eu queria te abraçar. –ela disse ainda em um sussurro, parecendo com uma garotinha assustada. Eu já havia visto Kate Beckett em vários momentos, mas em nenhum deles ela me parecera tão frágil e vulnerável. –Mas a enfermeira me arrastaria pra fora daqui, então não é uma boa ideia eu te apertar agora.

Eu ri. –Vem cá. – disse e peguei sua mão, a segurando enquanto meu polegar fazia círculos nas costas. Quando levantei meu rosto para olhá-la, pude ver uma luz de reconhecimento em seus olhos, um sorriso aparecendo lentamente em seus lábios. Ela sabia. Ela se lembrava exatamente o que aquele gesto significava para nós.

–Obrigada. –ela suspirou e eu sorri. Meus olhos estavam voltando a ficar pesados novamente e era quase impossível os manter abertos. –Castle? –ela perguntou, a voz transbordando nervosismo.

–Shh... São só os remédios.

–Você devia dormir... – ela parou de repente. –Mas eu preciso te contar uma coisa.

Meus olhos estavam começando a fechar agora e sua voz parecia cada vez mais distante.

–Que tal quando eu estiver lúcido? –tentei sorrir. –Eu acho que vou apagar a qualquer momento.

–Não! –ela quase gritou. –Eu não posso esperar, Rick!

–Tudo bem, Kate... Eu não vou a lugar nenhum. E por outro lado, é muito provável que eu não me lembre dessa conversa depois, de qualquer maneira.

Eu posso sentir que ela está com medo, e que claramente o que ela tinha para dizer era importante e eu queria estar completamente acordado pra ouvir. Ela parece considerar o que eu disse por um segundo e, apesar de ainda estar nervosa, assente.

–Tudo bem, me desculpe...Você precisa descansar. –ela sorri um pouco e se inclina, encostando nossos lábios. Posso ver lágrimas começando a surgir em seus olhos e aperto um pouco mais contra mim.

–Vai ficar tudo bem, eu prometo.

–Eu sei. -ela se afasta e se senta na cadeira novamente. -Eu só estou com medo. Apavorada. Por isso não vou sair daqui até você acordar e...

–Nós podermos conversar.

–Isso. -ela para e sorri. -Quando você estiver lúcido.

–Quando eu estiver lúcido. -concordei -Eu amo você. -digo sorrindo de volta, meus olhos se fechando e a escuridão voltando a tomar conta de mim. A última coisa que eu fui capaz de ouvir foi o "eu te amo" sussurrado enquanto mãos macias acariciavam as minhas próprias.


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Notas finais do capítulo

Ookay, antes que me matem: Eu queria muito Kate contado sobre o bebê, mas o capitulo ia ficar gigante e eu quero fazer isso direitinho, sem pressa hahhhahah e com a sofrência chegando ao fim, o amor voltará a reinar em Endless Love! YAY!
Eu não posso prometer não demorar assim de novo, mas eu vou tentar voltar o mais rápido possível... Enfim, me contem o que acharam? Quando vocês comentam sempre me enchem de inspiração e eu largo as listas de exercícios de cálculo pra escrever ~~aquelas kaoksjdaiojh Me digam o que acharam! E se tiverem sugestões, sempre amo ouvir!
Beeejo e eu amo vocês!