Endless Love escrita por STatic


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Heey amores!
Todo mundo revolts com o celular, né? hahahahah Como não ficar?
Depois das noticias sobre a Penny que partiram meu coração, aqui estou com capitulo novo!
Então, vamos ver o que acontece agora, depois do encontro do último capítulo... Muito obrigada pelos comentários, como sempre! Vocês são incríveis!
Boa leitura, espero que gostem!



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Kate POV

Não? O que diabos ele queria dizer com isso? Não? Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele estava mesmo dizendo não para eu voltar a trabalhar? Para ter algum tipo de normalidade novamente? Para eu ter minha vida de volta? Eu realmente não conseguia acreditar que era isso.

–O quê? –pergunto, a descrença e raiva presentes em sua voz apenas um minuto atrás agora expressa em minha própria. –O que você quer dizer com não?

Ele desvia seu olhar de Gates e me encara, como se também não entendesse o motivo de eu estar alarmada daquela maneira.

–Eu quero dizer que não tem jeito nenhum de você voltar para cá agora!

–Sr. Castle... –Gates tenta, mas ele a corta.

–Não! Como você pode sequer pensar isso? Ela não está pronta!

–Sr. Castle, ela vai se sair bem. Ela vai passar por uma avaliação, e vai ficar principalmente dentro do distrito até se ajustar propriamente, não é como se fossemos colocá-la para fazer prisões ou pra perseguir bandidos por aí... –Gates tentou acalmar o homem nervoso ao meu lado, e eu pude ver quando ela falou a palavra errada. Fechei meus olhos e respirei fundo, tentando me manter sob controle.

–Não vai mesmo. –ele respondeu, a voz mais controlada, mas não completamente. – Porque ela não está voltando.

Eu estava atônita. Como ele podia fazer isso? Como ele podia sequer cogitar tomar uma decisão dessas por mim?

Gates voltou seu olhar para mim, esperando que eu dissesse alguma coisa. Eu não tinha a menor ideia do que dizer, ou fazer. Eu não me lembrava de já ter visto Castle assim, tão irritado e autoritário. Era um pouco apavorante, me deixava sem ar, e eu não conseguia pensar em nada para dizer. Não conseguiria tomar uma decisão sobre esse assunto agora. Não com Gates me encarando tão profundamente, esperando eu impor-me, que fosse forte e autoritária, como eu sabia que havia sido um dia. Mas essa não era eu. Eu não faria isso agora.

–Eu te ligo depois. –faço uma pausa e respiro fundo mais uma vez, antes de me levantar. –Para te dar minha resposta.

Me viro, o nó em minha garganta ficando maior, e saio da sala andando em direção ao elevador. Não demora nem dois segundos para eu ouvi-lo me seguindo.

–Kate! –eu não me viro, apenas paro em frente ao elevador e pressiono o botão, ignorando os olhares que Ryan e Esposito lançavam em nossa direção. –Ei! –ele fala mais baixo, agora parado ao meu lado.

Eu não conseguia encará-lo. Não conseguia manter o foco, sequer sabia o que estava fazendo. As portas do elevador se abriram e eu entrei, ainda sem olhar para Castle. Podia sentir seus olhos em mim, e sabia que ele estava se preparando para dizer algo. Eu não queria falar nada, ao menos não agora, não aqui.

As portas se abriram e eu rapidamente saí do elevador, andando o mais rápido que podia até o carro.

–Kate... –ele começou quando entramos, e eu rapidamente o cortei, podendo sentir as lágrimas se formando. Eu estava descontrolada, desesperada para colocar meus pensamentos em ordem.

–Não. –digo apenas, o calando e me virando para a janela, um recado claro de que eu não queria falar agora.

O caminho até em casa foi silencioso. Não era um silêncio confortável, ou um silêncio cúmplice, como o que compartilhamos algumas horas antes. Ao contrário, era um silêncio cheio de tensão, de pensamentos que dessa vez eu podia apostar não levarem ao mesmo lugar.

Saí rapidamente do carro assim que estacionamos, andando até o elevador. Respirei fundo antes de entrar no loft, sabendo o que poderia vir agora.

–Kate... –ele tenta novamente e dessa vez deixo que ele termine a frase. –Você sabe o porquê de não poder voltar. –sua voz era baixa e suave, mas não importava, porque não combinavam com as palavras.

–Eu sei? Sei mesmo, Castle? –perguntei, incapaz de manter minha voz tão baixa quanto a dele. Desde que me lembrava, eu nunca havia discutido com ninguém. Bom, pelo menos não desde que voltara para casa. As lembranças de brigas e discussões que eu tinha pareciam sempre distantes, como se não fosse eu. Mas dessa vez era comigo e era muito real, o que me deixava ainda mais espantada. –Sabe o que eu sei?

Esperei que ele dissesse alguma coisa, mas ele não o fez. Caminhei em direção a sala, e depois me virei para encará-lo.

–O que eu sei Castle, é que eu sou uma bagunça! Eu continuo tendo essas lembranças, e algumas são ótimas e parecem mesmo que são minhas, que são reais, mas a maioria? Não parecem comigo, não me pertencem. Eu sei que são, e eu amo saber que as tenho de volta, mas às vezes é mais como se eu estivesse observando a vida de outra pessoa. Como se não fosse eu, e isso... –eu paro, um nó em minha garganta.

–Kate... – ele repete meu nome, se aproximando. –Eu não fazia ideia!

–Eu sei que não. –digo, a voz agora tão baixa quanto a dele. –Como poderia? Eu não te disse! Castle, eu não sei quem eu sou! Eu fico observando e pensando sobre toda a minha vida, e por mais que eu conheça agora alguns detalhes, eu não sinto como deveria! Não sou eu! –eu levanto meu olhar pra ele, e seus olhos estão cheio de uma angustia que eu não podia suportar. –Eu amo você. É o que eu sinto de verdade, a certeza que eu tenho. É o que eu senti mesmo antes de abrir meus olhos naquele hospital, mesmo sem saber quem você era, ou saber o que esse sentimento era.

As lágrimas agora escorriam livremente pelo meu rosto, tão ferozes que era impossível pará-las. Ele avançou, acabando com a distância entre nós e colocando os braços fortes ao redor do meu corpo.

–Você é parte de mim de uma maneira maravilhosa e assustadora, mas eu me apaixonei por você novamente. Eu aprendi a amar todos os outros novamente. Mas o resto das coisas é completamente diferente... Eu sei que aconteceram, mas não sinto que são completamente reais. –eu paro e me afasto um pouco, levantando meu rosto para olhá-lo. –Eu preciso disso, Castle! Eu preciso de memórias, de lembranças, de propósitos! Eu preciso fazer alguma coisa, e eu preciso saber quem eu sou, o que eu sei fazer! Não o que eu sabia. Eu preciso fazer algo que seja real, que eu sinta.

Por que ele não podia simplesmente entender isso? Eu estava tão exausta! Exausta de tentar encontrar sentido em tudo o que fazia, em tudo o que eu via ou me lembrava. Eu precisava saber que estava viva, que eu não era apenas uma sombra de outra pessoa, de alguém que eu não conhecia.

Eu estava feliz. Estava feliz aqui, com Rick, apenas ficando em seus braços, amando e sendo amada, vivendo um dia de cada vez, sem tantas preocupações. Era quase suficiente. Quase. Cada dia mais eu sentia que precisava de mais, e eu sabia que depois de ter Castle, ter meu emprego de volta era apenas um começo para conseguir seguir em frente, voltar a me sentir completa novamente. Eu precisava daquilo, e não foi até eu realmente receber a oferta de Gates que eu percebi o quanto eu precisava.

Era o segundo passo para conseguir ter uma vida novamente, uma vida minha, que eu me lembrasse e sentisse como sendo.

O segundo passo, porque o primeiro estava parado bem a minha frente me olhando com olhos suplicantes.

–Você é real Kate! –ele diz, tentando me convencer. –Você vai ter sua vida de volta, mas ainda é muito cedo para voltar, você não está pronta!

–Como é que você pode saber disso, se não vai nem ao menos me dar uma chance de tentar? -acusei, incapaz de evitar o tom irritado.

–Porque eu sei! Eu conheço você melhor do que você mesma, caso tenha se esquecido disso. Eu me lembro exatamente do que você já passou, me lembro de cada pequena coisa que já aconteceu com você, cada perigo, cada momento em que eu tive que prender a respiração e tentar manter meu coração dentro do peito com você em perigo. –ele disparou, a voz uma mistura de raiva e desespero

–E então? –pergunto, tentando pensar claramente.

–E então que nessas muitas vezes, você tinha anos de prática, treinamento e... –ele parou.

–E? – o incentivei a continuar.

–E agora você não tem. –completou. –Não que você se lembre.

–Toda essa prática não impediu que eu me machucasse. –disse baixinho, as lágrimas voltando a cair pelo meu rosto, e eu notei o quão afastados nós estávamos agora.

–Não. –ele concordou. –Nem mesmo toda a prática impediu que algo terrível assim acontecesse, então você pode imaginar o que poderia acontecer agora? Sem prática nenhuma? Se mesmo quando você era você isso aconteceu, imagine agora que... –ele parou e voltou o olhar pra mim, quando um soluço involuntário escapou dos meus lábios.

–Agora que eu não sou eu? –completei para ele, colocando a mão em frente a minha boca para me impedir de soluçar novamente.

–Você sabe que não foi isso que eu quis dizer. –ele deu alguns passos em minha direção, e eu me movi na direção contrária.

–É, eu sei o que você quis dizer. –respondi enquanto me virava em andava para longe dele. Para longe dele e de seu olhar torturado.


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Notas finais do capítulo

.....
Então? Preciso me esconder?
Vou dizer que amei ver gente nova nos comentários, muito obrigada meninas!
Eu espero mesmo que vocês tenham gostado, me contem o que acharam amorinhos!
Beeeijos eu amo vocês!




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