Endless Love escrita por STatic


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Hey! Eu falo isso sempre, mas vou falar de novo: Eu AMEI os comentários uauhuhauh amei saber que gostaram do último capítulo, muito mesmo! Muito obrigada de novo todo mundo que ta lendo, acompanhando e comentando, me deixa super feliz! E muuuito obrigada a janaina que favoritou!
Nesse capítulo eu usei uma das sugestões que não deu pra usar no último, espero que gostem!



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CASTLE POV

É absurdamente maravilhoso quando algo que causou tanto medo e preocupação, surpreendentemente se torna algo tão bom e compensador.

Durante um bom tempo, as mudanças que aconteceriam quando Kate voltasse para casa foram motivos de apreensão. Foram noites mal dormidas e longas torturas mentais imaginando o que aconteceria quando esse momento chegasse.

Tudo em vão.

Já havia se passado quase uma semana que Kate tinha voltado pra casa, e até então, está tudo na perfeita calma.

Ela dormia no quarto ao lado do meu, e eu não conseguia me impedir de entrar sorrateiramente no seu quarto toda madrugada e observá-la dormir por alguns minutos. Era o melhor que podia fazer pra sentir um pouco de justiça, já que não podia dormir ao seu lado. Ainda. Eu estava mesmo disposto a mudar isso.

Durante essa última semana, tudo caminhou quase que perfeitamente. Nos levantávamos de manhã, tomávamos café todos juntos e quando Alexis e minha mãe saíam, ficávamos o dia todo no sofá vendo TV e conversando. Era maravilhoso, quase como se nada tivesse acontecido. Quase.

Kate andava, na maior parte do tempo, confusa. Nós conversávamos bastante e eu explicava tudo o que pudesse ajudar a se sentir melhor. Os outros também apareciam quase diariamente, o que a deixava animada, assim como a mim.

Mas ainda assim eu podia vê-la às vezes caminhando pela casa e olhando para as coisas com um olhar distante, meio perdido.

Eu podia notar que ela estava melhor, menos desconfortável, mas ainda não completamente.

Kate ainda se cansava com muita facilidade, de modo que ainda não saímos de casa. Mas como isso vinha melhorando aos poucos, acho que logo seria possível levá-la pra visitar alguns lugares. Talvez ir aos lugares que ela costumava frequentar a ajude.

Quando ficávamos no sofá praticamente o dia inteiro, nós dois conversávamos sobre tudo o que vinha a cabeça. Sobre o passado, sobre o presente, e até sobre o futuro ocasionalmente. Eu não aprofundava muito em alguns assuntos no começo, mas agora até já tinha contado sobre algumas de nossas muitas experiências de quase morte. Tinha muita coisa pra contar e ela ouvia avidamente.

Mas enquanto não podíamos sair, resolvi que seria bom começar por aqui mesmo.

KATE POV

É bastante interessante o que as mudanças causam. Em um primeiro momento, eu fiquei completamente apavorada com tudo o que podia acontecer. Tive medo de sair do hospital e ir pra casa, do que isso provocaria, em como seria daí pra frente... De encarar a realidade onde eu não sabia nada sobre mim mesma.

Mas agora, depois de menos de uma semana apenas, eu sabia que ficaria bem. Eu me sentia bem. Era praticamente normal e eu me sentia em casa. Mas não era sempre.

Com alguma frequência, eu acabava um pouco perdida. Algumas vezes, ao encarar determinado objeto ou quando alguém dizia uma palavra qualquer, eu me lançava num mar de confusão. Ficava confusa por não conseguir entender o motivo de certas coisas me deixarem inquieta.

Muitas vezes, ao ver ou ouvir algo, eu ficava em alguma espécie de transe. Bom, não exatamente, mas era parecido. Era como se meu cérebro quisesse muito que eu visse uma coisa, mas tivesse algo bloqueando. Não tinha força suficiente pra derrubar a barreira e isso me irritava. E frustrava, porque eu queria saber tudo.

Eu às vezes –quase todas as noites na verdade- sonhava. Eu não tinha muita certeza se eram mesmo sonhos ou se eram lembranças reprimidas, como a daquela primeira noite. Tinha esperanças que fossem lembranças. Porque eram ótimas.

Geralmente se tratavam de representações das conversas com Castle ou com os outros, o que apoiava minha teoria de que fossem lembranças e isso me deixava extremamente feliz e esperançosa.

Castle estava presente na maior parte desses sonhos, o que era ótimo, sendo a maioria ótimos sonhos. Ele havia me contado há pouco tempo, que nós tivemos diversas experiências de quase morte, o que deixou um tanto quanto apavorada. Mas era completamente compreensível, considerando minha profissão. Não me impediu de ter um pesadelo sobre isso na mesma noite.

A parte interessante desse pesadelo foi que, quando eu acordei, um pouco assustada, Castle estava lá. Bom, não exatamente, por que ele estava saindo e não me viu acordar. Mas ainda assim estava lá, e como pude notar nos próximos dias, provavelmente ele esteve lá desde que eu voltei. Era um pouco divertido saber que ele não fazia ideia que eu o via ali. Eu podia entender e também, isso era no mínimo, reconfortante.

Durante todos esses dias, nós ficamos apenas em casa, da cozinha pra o sofá, sem alteração e embora isso possa parecer um sonho pra a maioria, estava ficando um pouco enjoativo. Ele disse que não era bom sairmos agora porque eu ficava cansada com facilidade, e eu não pude discordar disso; realmente estava quase o tempo inteiro cansada, de modo que o sofá parecia uma boa escolha por enquanto.

–Kate? –ouço a voz de Castle perguntar, me tirando de meus devaneios.

Nós tínhamos acabado de almoçar, e eu tinha me sentado novamente no sofá passando os canais da TV, fingindo procurar algo pra ver.

–Oi?

–Eu estava pensando, nós provavelmente já vimos tudo o que é assistível na TV essa semana. –ele começa e pega o controle da minha mão, desligando a televisão. – Que tal fazermos algo diferente hoje?

–Tipo o que? –pergunto já me animando.

–Sei lá... Eu pensei em sairmos, mas está meio frio lá fora- faz uma careta, completamente adorável- então acho melhor deixar pra amanhã...

–Mesmo? E onde vamos amanhã? –pergunto me sentindo cada vez mais como uma criança.

–Pensei em talvez passar pra dar um oi pra a capitã e os meninos, talvez Lanie... E depois a algum outro lugar, podemos pensar nisso.

Eu apenas sorrio e concordo com um movimento da cabeça.

–Legal, é um encontro. –ele faz uma cara galante. – E que tal hoje vermos, hm, sei lá, algumas fotos? Eu tenho umas bem legais por aqui...

Ele parecia um pouco tímido, o que era algo completamente novo, e a cara que ele fazia me dava vontade de apertá-lo e encher de beijos. Completamente inapropriado, acho. Ou quem sabe não...

–Claro, parece legal. Quem sabe me ajude a lembrar de outras coisas. –Eu respondo, a fim de mudar a direção de meus pensamentos.

–Certo. –ele sorri e sai andando em direção ao escritório.

Eu havia contado a ele sobre os sonhos/lembranças, e ele pareceu ainda mais animado do que eu. E completamente cheio de esperanças. Bom, eu faria de tudo pra que as esperanças dele valessem a pena, pra fazer tudo se concretizar.

Ele volta correndo para a sala carregando uma caixa, e posso ver o notebook em cima dela.

–Pronto! –ele diz animadamente enquanto se senta. –Na caixa tem algumas fotos, não são muitas já que a maioria está no computador. Aliás, eu tive a brilhante ideia de procurar o documentário. –completa.

–Documentário?

–Isso- ele confirma- Uma vez, durante um dos nossos casos, uma equipe gravou um documentário na delegacia. Eles acompanharam nossos passos durante todo o caso, causaram até alguns conflitos com certa detetive. –ele me encara com a sobrancelha levantada.

–Ah qual é, sério mesmo? Eu apareço em um documentário na TV? –aquilo era meio surreal.

–Pode apostar. Foi interessante ver como todos se comportaram diante das câmeras- ele ri e fica meio distante, como se estivesse se lembrando. –Só teve um pequeno probleminha...

–O que? –ele aponta pra mim- Não, sério, o que houve?- eu devia parecer meio desesperada, o que fez ele rir ainda mais.

–Digamos apenas que você não foi muito receptiva, detetive Beckett.

Dito isso, ele colocou o notebook no colo e se acomodou ao meu lado. Depois de me lançar uma olhada de quem parecia se divertir, ele apertou o play.

Era completamente surreal. Ver a mim mesma fazendo coisas e interagindo com pessoas, quando sequer conseguia me lembrar de já ter estado naquele lugar que eu parecia tão confortável. Principalmente me ver tão completamente irritada e não hospitaleira. E mandona.

Assim como Castle parecia se divertir com minhas reações a tudo que acontecia no vídeo, Ryan e Esposito pareciam se divertir gravando. Era absurdamente cômico observar os dois se exibindo na frente das câmeras e até mesmo Lanie teve seus momentos. Parecia um lugar incrível pra se trabalhar.

–Isso é demais –digo rindo- Parece que eu não fui mesmo muito legal, mas vocês fizeram um ótimo trabalho se mostrando pra câmera.

Ele ri. –Bem, o que posso dizer, nós somos demais.

–É, parece que sim... Pareceu muito divertido, hm, trabalhar lá.

–É sim, mesmo considerando o que temos que fazer... É importante. Agora vamos às fotos!

Ele pega novamente a caixa e coloca no sofá entre nós.

Dentro da caixa tinham principalmente fotos de Alexis, Martha e ele, um pouco mais antigas. Eles formavam uma família linda, o que teria me feito sentir um pouco de fora se não tivesse encontrado fotos minhas ali. Na maioria as fotos eram minhas e de Castle; imagens nossas em casa e em outros lugares que eu não conhecia. Tinha um parque, um restaurante, um outro apartamento... Vários lugares que eu não reconhecia.

–Esse era o seu apartamento. –ele explica vendo minha expressão confusa- Você morava lá antes de se mudar pra cá.

–Parece bonito.

–E é. E aliás, foi palco de alguns momentos memoráveis. –ele faz uma cara um tanto maliciosa.

–Mesmo? –pergunto me virando pra ele.

–Oh claro... Aquelas paredes testemunharam muita coisa, detetive.

Eu apenas o encaro e ele me encara de volta, e não demora muito pra eu sentir meu rosto esquentar e eu desviar o olhar pra a caixa novamente.

Depois que vimos as fotos da caixa, passamos ao notebook. Lá também tinham muitas fotos nossas. E também do pessoal da delegacia; Tinha uma sequencia incrível de Ryan, Espo e Castle fazendo poses diante das câmeras. Muitas fotos mesmo.

–Vocês têm muito amor próprio, hã?- digo com uma careta, mas sem conseguir conter a risada.

–O que posso dizer, as câmeras nos amam.

–Posso ver. –digo ainda rindo - Quem é ele?- pergunto quando ele passa uma foto e tem um homem que não reconheço. Ele está parado bem ao meu lado, com os braços nos meus ombros, então eu devia conhecê-lo bem.

–Ah esse é o antigo capitão. –ele parece um pouco desconfortável, temeroso até. – Ele faleceu há alguns anos atrás.

Como ele ainda parecia meio desconfortável, eu resolvi deixar passar. Apenas assenti e me adiantei, passando pra a próxima foto. Era outra foto minha com Castle, dessa vez no loft, nessa mesma sala ao que parecia.

–Nós somos lindos! –ele exclama convencido. –Essa foto foi tirada no dia que contamos aos meninos e Lanie que tínhamos nos casado... Deus, eles ficaram bravos!

–Por quê? –digo meio chocada.

–Digamos que nós meio que fugimos e nos casamos sem convidá-los.

–Isso é sério?- pergunto rindo.

–O que? Nós estávamos com pressa. –diz inocentemente.

Eu apenas sorrio, encarando a foto. Nós estávamos sentados no sofá, um nos braços do outro sorrindo alegremente para a câmera, como se tivéssemos no melhor momento de nossas vidas. E talvez tivesse sido mesmo; nós parecíamos muito felizes, como se nada mais importasse a não ser nós.

“Nós somos mesmo lindos” penso, dando uma última olhada em nossos rostos radiantes antes de passar para a próxima foto.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Então, quinta feira eu começo o primeiro semestre na faculdade, e minha rotina de não fazer nada com certeza vai acabar *me desejem sorte* uahuhsuuhauauha eu devo demorar um pouquinho mais pra postar, mas nada muito absurdo espero... E prometo que não vou abandonar!
Mas enfim, me digam o que acharam, se gostaram, se tem sugestoes, qualquer coisa! comeeentem pleeease! Bjoss



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