Wrong | Cobrina escrita por Bruna


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

OIE, GALERA!

Olha eu aqui! Atrasada? Talvez um pouco... Kkkkk

Muito obrigada a Cobrina 4ever e a Anny por recomendarem. Nem preciso dizer o quão boba eu estou.

Agradeço também a todos os comentários. Amei cada um deles!

Acho que é isso, vejo vocês nas notas finais... Boa leitura!



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— Eu ainda não acredito nisso... — sussurrei mais para mim mesma do que para qualquer outra pessoa.

— O QUÊ? — a garota gritou com um sorriso estampado no rosto enquanto dançava com e como o idiota.

— NÃO ACREDITO QUE ESTOU AQUI! E o pior: — baixei um pouco tom, enchendo os meus pulmões de ar, para soltar ainda mais alto — SEGURANDO VELA PRA VOCÊ E ESSE VICIADO! — gritei indignada, mesmo sabendo que minha voz seria abafada por todas aquelas batidas incessantes que tomavam conta da boate.

O som estava alto. Muito alto. Tão alto que minha cabeça chegava a doer.

Sentia as batidas preencherem todo o meu corpo, e diferente de todos ali, eu não tinha a mínima vontade de dançar, de colocar pra fora toda aquela alegria de um sábado à noite. Minha cabeça estava rodando e a visão começava a se embargar. E não, eu não estava bêbada. Mesmo depois de todos aqueles convites, eu ainda me mantive sóbria. Diferente daqueles dois que já estavam um pouco altos, mas ainda assim lúcidos.

Maldita seja a hora em que eu me deixei ser arrastada pela minha irmã para aquela, também, maldita boate.

“Você pode ir, mas não sozinha”, meu pai disse simplesmente. João se ofereceu. O que não foi suficiente. E foi aí que Bianca entrou em ação. Usou a sua melhor cara, me convencendo a ir. Por um instante achei que o mestre não fosse liberar, achei que a minha ida não fosse o suficiente, mas para a minha total surpresa - infelicidade -, ele soltou um: “Tudo bem, podem ir. Mas me apareçam em casa antes das três. Sem bebidas, drogas e, pelo amor de Deus, não me apareçam aqui grávidas, decoraram?”. E depois disso, João fez uma piada sobre o que o mestre havia diti. E só depois, seguimos os três até uma boate. Mesmo não tendo idade, eu e João conseguimos entrar com um certo esforço.

E lá estava eu agora: sozinha na multidão enquanto via aqueles dois em um chove não molha insuportável.

— Eu não te obriguei — seus lábios me informaram. A ouvir era quase impossível.

— Sim, me obrigou — disse indignada — Sabe disso!

— Você tava precisando sair um pouco! — eu a ouvi plenamente graças aos segundos de silêncio que se fizeram quando a música chegou ao seu fim — Deveria me agradecer!

— ISSO É VERDADE! — o gamer gritou assim que uma outra música começou a tocar — A SUA BRIGA COM O SNAKE TE DEIXOU PRA BAIXO — fiquei surpresa ao ouvir aquilo — ELE É UM IDIOTA, K! FALOU TUDO AQUILO SÓ PRA TE MACHUCAR E TE AFASTAR. E, DE CERTA FORMA, ELE ESTÁ CONTENTE EM TER CONSEGUIDO O OBJETIVO — tapou a boca com as próprias mãos, inflando as bochechas controlando o riso. Estava bêbado. João era tão fraco para bebidas que apenas alguns copos o fizeram chegar àquele estado — Eu não devia tá te contando essas coisas... Cobra me mataria se soubesse que eu abri a boca — ele já não gritava, mas ouvia o que ele falava, pois me aproximei um pouco do garoto — MAS — alongou a palavra, quase perdendo o equilíbrio — EU ESTOU ALTO O SUFICIENTE PARA COLOCAR A CULPA NA BEBIDA... ENTÃO, FODA-SE!

E sem mais palavras, o gamer saiu dançando com Bianca que estava agarrada a seu pescoço, me deixando para trás e totalmente sem palavras. A garota não pareceu estar surpresa com tudo o que o João havia dito - talvez até soubesse de tudo -, mas eu estava. Muito surpresa.

Não sabia que Cobra tinha contado a João.

Algumas semanas haviam se passado desde a minha conversa com Cobra. Desde que ele me afastara. Desde que eu decidi me afastar. A tarefa foi mais difícil do que imaginei. Meus olhos sempre encontravam os dele. E desviá-los dos castanhos do moreno era uma tarefa árdua. Nenhuma palavra fora dita.

Mesmo com todas as dificuldades, eu consegui. Não me aproximei e não o procurei em nenhum momento. Ele também não. Parecia firme na decisão. Tão marrento quanto ele mesmo me julgava.

As palavras dele ainda martelavam em minha mente. Uma parte minha insistia em dizer que tudo aquilo foi só uma jogada para me afastar enquanto a outra estava magoada o suficiente para não esquecer. E era aquela parte que me mantinha afastada, que me alertava que talvez aquilo fosse só o início de algo catastrófico.

Nos últimos dias, ele e Jade se aproximaram bastante. E não foi surpresa. Antes de começarmos a brigar, eu mesma o incentivara a apoiá-la, e não me arrependia disso. Talvez o arrependimento me corroesse um pouco quando eu os via tão próximos, tão sorridentes e tão cúmplices. Me perguntava se a Dama e o Vagabundo haviam reatado. E pensar naquilo não me era tão bom.

— Bianca! — chamei enquanto atravessava aquela multidão de pessoas, os procurando — Bianca! — tentei de novo, em vão. Nem mesmo eu ouvia a minha própria voz, o que dirá eles.

Meus olhos se estreitaram e passaram a observar o local, tentando a todo custo encontrá-los. Várias pessoas dançavam naquela gigantesca pista, algumas bebiam no barzinho atrás de mim, outras choravam e tinham como consolo talvez as belas palavras do garçom, e a grande maioria delas se pegava. Sério. Se beijavam loucamente como se não houvesse amanhã. E quando os achei, pude comprovar que os dois se encaixavam perfeitamente na última categoria.

João e Bianca estavam em um canto mais afastado da multidão, e só os reconheci pelas silhuetas. Se beijavam de uma forma sagaz.

Sorri ao vê-los.

Joanca parecia decolar para a total e plena felicidade do gamer.

— Cara, — puxei a barra da blusa de um rapaz qualquer — cê pode me emprestar o celular?

Eu havia esquecido o meu.

— Claro, gatinha! — revirei os olhos ao ouví-lo. Mas agradeci mentalmente ao vê-lo tirar o aparelho do bolso e me entregar.

Disquei o número da minha irmã enquanto a observava tentar se livrar dos lábios do garoto. Quando conseguiu, retirou o aparelho da pequena bolsa que usava.

Alô?

— Desculpa atrapalhar o momento do casal, mas eu liguei pra avisar que já estou indo pra casa — disse um pouco alto, ainda segurando a blusa do cara, que não ficava quieto de maneira nenhuma, tentando a todo custo acompanhar a música. Não podia perdê-lo de vista, ainda tinha que lhe devolver o aparelho — Eu vi vocês! Quê? — tinha dificuldade de ouví-la — Não, eu não ligo se ainda são meia noite. Eu vou pra casa, com ou sem vocês... Tudo bem, tudo bem, eu vou esperar na praça. Não demorem muito! Tá bom... Ah, o telefone é de um cara — levantei meus olhos encontrando o loiro que me sorriu de uma maneira cafajeste — Tenho que ir, Bi. Ok, te espero lá!

E desliguei.

— Obrigada! — o entreguei o celular. Achei que não fosse conseguir me livrar do cara rápido, mas para a minha total surpresa saí sem nenhuma dificuldade.

Mergulhei naquele mar de pessoas e finalmente alcancei a porta, saindo do local.

Respirei fundo sentindo aquela maravilhosa sensação. Ar puro. A rua tinha poucas pessoas e o som não era tão alto quanto lá dentro, o que já era algo maravilhoso.

Não foi muito difícil avistar um táxi, já que os mesmos faziam uma espécie de fila em frente a movimentada boate. Entrei em um carro e alguns minutos depois, pus os pés na praça José Wilker que, pela experiência de estar ali naquele horário, já sabia que estaria quase vazia. Então fiquei um pouco surpresa em ver o Perfeitão ainda aberto.

Lembrei que teria de esperar o casal. E sabe-se lá a hora em que eles voltariam, resolvi sentar em um banquinho qualquer.

Depois de alguns minutos encarando a água que jorrava na fonte, tive vontade de ir até em casa só para buscar o meu celular e os fones. Seriam muito útil naquele momento de total tédio.

— Oi, Maria macho! — cumprimentou Jade com um sorrisinho enquanto passava por mim.

— Maria macho é a sua —

— Calma, Karina! — uma voz sorridente interrompeu o meu xingamento, o que fez a morena sorrir ainda mais.

— Pedro... — disse um pouco baixo, surpresa.

Não estava nos meus planos encontrá-lo, nem conversar com ele. Não que isso já não houvesse acontecido depois de toda a coisa, claro que tinha. Nós éramos agora... amigos, eu acho. Mas as conversas que tivemos sempre foram rodeadas de pessoas, nunca sozinhos. E eu temia aquele momento.

— Posso? — apontou para o espaço ao meu lado.

— Pode — assenti, o observando sentar — Mas só porque estou com os pés no chão. Não tenho risco de cair — brinquei, lembrando da vez em que caí da janela.

Ele também sorriu, mas não comentou nada sobre.

— Eles voltaram? Quer dizer, os dois tinham se afastado e agora... — apontou discretamente para a loja de suplementos, onde Cobra abria porta, dando passagem para a bailarina.

— Eu não sei — respondi de maneira sincera sem encarar Pedro. Meus olhos estavam muito ocupados com os do moreno que também encontraram os meus como sempre faziam — Parece que sim... Voltaram — desviei os olhos e os voltei para o guitarrista ao meu lado, tentando pôr fim em quaisquer pensamentos que poderiam vir.

— E está tudo bem pra você? — perguntou um pouco receoso — Esse lance dos dois...

— Porque não estaria? — arqueei uma de minhas sobrancelhas, o questionando.

— Sei lá. Vocês andavam meio... juntos — disse a última palavra com um certo nojo.

— Não viaja! — tentei lhe sorrir de uma maneira convincente, evitando aquele assunto — Mas fala aí, porque o restaurante tá aberto uma hora dessas? Já está bem tarde...

— É que toda a galera da banda estava aqui — explicou — Vamos participar de um programa de TV, esquentadinha! — os olhos transbordavam felicidade, mas ficou sério de repente — Desculpa, K... É que as vezes eu esqueço que cê não gosta quando te cham —

— Ei! — o interrompi, com um olhar compressivo — Sem problemas. De verdade...

— Que bom — sorriu um pouco mais.

— E eu fico muito feliz por vocês. Merecem tudo isso! — parabenizei sincera. Nos últimos tempos, a banda era a sensação bairro a fora. A agenda parecia estar cada vez mais lotada.

— Valeu, K! — agradeceu — Mas e você, tá fazendo o quê por aqui?

— Esperando o João e a Bianca — respondi zangada — E só posso entrar quando os dois chegarem. O que é uma grande merda! — revirei os olhos enquanto suspirava pesadamente.

— Eles estão juntos? — parecia surpreso.

— Não sei se "juntos" é a palavra certa, mas acho que sim — sorri ao lembrar do casal — Achei que soubesse...

— Faz tempo que não falo com ele... — disse de uma forma distante — E ele pareceu arranjar outro melhor amigo — estava zangado. Eu não precisei perguntar para saber de quem ele falava.

— Você o afastou, Pedro — meus olhos se fixaram no chão. E diferente do que imaginei, meu tom não era de acusação — E ele não arranjou outro melhor amigo — repeti as palavras dele — Cobra e João são amigos, sim. Mas você é o melhor! — garanti.

Ele não disse nada, mas pareceu concordar.

— Eu devia ter contado — sussurrou em um fio de voz.

— Mas não fez isso. E talvez nunca faria — o encarei séria — O que ele fez foi quase um favor... E você deve muito ao João. Foi mais difícil pra ele do que pra qualquer outra pessoa.

— Ele me afastou de você, Karina... — senti suas mãos afastarem alguns fios que cobriam minha testa.

— Não... — sussurrei fixando meus olhos nos dele — Você me afastou. Sua mentira me afastou...

Ele assentiu, concordando, e eu senti meus olhos marejarem junto com os dele. Pedro me abraçou, minha cabeça estava enterrada em seu peito, e eu sentia perfeitamente o seu cheiro. Tão familiar e acolhedor.

— Desculpa, Karina... — sussurrou enquanto plantava um beijo no alto da minha cabeça — Desculpa...

Eu não respondi. Apenas fiquei encolhida em seus braços, sem ter a mínima vontade de me afastar.

— VAGABUNDO! — o grito de uma Jade desesperada fez com que nos afastássemos — Você não vai! Que merda, Cobra!

Nos levantamos e andamos até lá. Jade impedia que Cobra fosse até a moto enquanto ele a encarava impaciente.

— Você não vai se meter nessa roubada — sibilou, brava.

— Qual a da vez, minhoca? — debochou Pedro.

— Não interessa, descabelado! — devolveu o réptil no mesmo tom — Jade, por favor, sai da minha frente — voltou os olhos para a bailarina, que parecia disposta a permanecer ali o tempo que fosse preciso.

— Não vou sair! — garantiu — Você não vai se meter em uma luta ilegal.

— Ele o quê? — questionei descrente enquanto ouvia Pedro soltar um "típico de marginal". Poderia ter o repreendido, mas estava tão absorta nas palavras da bailarina que não fiz nada.

— Isso mesmo que cê ouviu novinha! — talvez fosse a primeira frase direcionada a mim depois de tudo — Eu vou e ninguém vai me impedir.

— Eu vou te impedir! — caminhei até ele — Você só se mete em roubada, cara.

— Porque é isso que marginais fazem, Karina. Devia saber... — se aproximou um pouco de uma maneira desafiante — E você não devia estar tão próxima, lembra? — fez referência a nossa última conversa — Ia se afastar...

— É, eu me afastei! Mas cê não consegue passar uns dias na linha, Cobreloa! — quase gritei, controlando todas as palavras que insistiam em rasgar a minha garganta — Sempre tenho que voltar.

— Por que? — desafiou no mesmo tom.

— Porque eu me importo! — o encarava com raiva — Porque mesmo eu tentando me afastar, ficando longe, eu ainda me importo com você... — sussurrei.

— Por que? — perguntou em um sussurro.

— Porque eu gosto de você! — admiti, sentia meus olhos arregalados tentando fazer com aquele idiota entendesse aquilo — E te odeio por isso.

Ele assentiu sem nenhuma expressão e deu as costas.

— Ok — Jade foi a primeira a se pronunciar. Eu tinha esquecido completamente daqueles dois — Alguém pode me dizer o que eu perdi aqui?

— Ah, mas eu te digo... — Pedro respondeu com um certo pesar — Você perdeu seu Vagabundo, e eu minha esquentadinha... — sussurrou.

Eu balancei a cabeça levemente, pensando no que faria. E sem pensar demais e até mesmo antes que a razão viesse à tona, eu entrei no QG. Tranquei a porta, tentando a todo custo evitar aqueles dois ao lado de fora.

Foi fácil encontrá-lo. Já conhecia aquele lugar como a palma da minha mão.

Os músculos de suas costas estavam rígidos, sua cabeça apoiada no saco de areia e por um segundo pude jurar que ouvi um suspiro profundo.

— Você não é a única que odeia... — ele disse baixo enquanto se virava lentamente para me olhar — Eu também te odeio.

Apenas quatro palavras. Mas que fizeram meu corpo enrijecer e nenhum som sequer deixar minha boca. Quando eu disse aquilo lá fora, não foi em um sentido literal. Eu estava com raiva. Só queria descontar.

Mas Cobra parecia ter certeza do que dizia, do que sentia. E aquilo me assustou.

Ele me odiava, e eu não sabia o que sentir em relação a isso.

— Por que? — foi a única coisa que eu consegui deixar escapar.

Ele balançou a cabeça negativamente e levou alguns de seus dedos até os emaranhados fios de seu cabelo.

— Quer a verdade? — questionou sério, e em passos lentos o moreno veio em minha direção.

Eu assenti, sabendo que não conseguiria falar uma palavra sequer.

— Você que pediu por isso, marrenta. Que fique bem claro!

A simples menção daquele apelido idiota me fez relaxar por alguma razão desconhecida. Mas não foi suficiente para que as lágrimas não marejarem meus olhos.

— Eu te odeio porque, por algum motivo, você traz pra fora um lado meu que eu tinha planejado enterrar pra sempre — uma de suas mãos escorregou por meu rosto, o acariciando. Fechei os olhos e senti uma lágrima quente descer até minha boca — Eu te odeio por me fazer me importar, por me deixar tão preocupado. Droga, Karina! Você não tem noção do quão bravo eu fiquei com aquele cara da boate. Achei que ele fosse tentar alguma coisa com você... Na verdade, só não tentou porque eu o acertei com um soco. E fui expulso logo depois...

— Você me seguiu? — abri meus olhos, surpresa.

Ele estava tão próximo. E, aos poucos, sentia aquela muralha que cercava o moreno desabar bem na minha frente. A sensação era uma das melhores possíveis.

— Eu já estava lá quando vocês chegaram — explicou impaciente.

— Bateu no cara? — perguntei indignada.

— Não vem ao caso — uma de suas mãos desceu até minha nuca, a apertando levemente — Agora cala a boca e me deixa continuar! — ordenou. Pensei em retrucar, mas apenas acenei em concordância — Eu te odeio por não perceber o efeito que tem sobre mim; em um minuto me tira do sério e no outro segundo me acalma de maneira que jamais ninguém conseguiu — ele praticamente gritou a última frase — Eu te odeio por você ser tão corajosa a ponto de me dar uma chance, mas mais do que isso, te odeio por me fazer querer essa chance — o lutador fechou os olhos, e com um sussurro terminou — Eu te odeio por me fazer querer você. E, Deus, eu te odeio por isso, Karina.

O cômodo pareceu mergulhar em um silêncio profundo, assim como meus olhos que se perdiam nos castanhos dos dele.

— Vou entender se não quiser mais nada comigo — disse sincero, levantando o olhar — Mas achei que quisesse saber disso. Do meu ódio por você... — seus lábios se repuxaram um pouco, em um discreto sorriso. Os meus o acompanharam.

— E eu gostei! — garanti, minhas subiram por todo o seu peitoral até conseguir enlaçar meus braços em seu pescoço — Droga, Cobra! Odeio a forma como age! — foi a minha vez de berrar — João tem razão... Você só falou aquilo pra me afastar. Te odeio mais ainda por ter dado certo... — disse mais para mim mesma.

— Você está aqui agora, não está? — suas mãos rodearam minha cintura, passando a andar lentamente, me guiando até a cama — Eu estava com saudades de você... — beijou toda a extensão de meu pescoço enquanto me deitava. Seus cotovelos estavam apoiados na cama, fazendo com que seu peso não ficasse todo em cima de mim.

— Vocês voltaram? — perguntei a ele. Meu olhar não conseguiu sustentar o dele, o que fez com que eu baixasse meus olhos.

— O que você acha? — arqueou as sobrancelhas — Claro que não, marrenta.

Puxei seu rosto em direção ao meu, encontrando finalmente seus lábios.

Ele sorriu brevemente, antes de aprofundar o contato.

Permiti que boa parte de minha sanidade fosse levada com todos aqueles beijos e toques que o moreno distribuía pelo meu corpo. E junto com ela, meu pai, João, Bianca, Pedro, Jade, o horário e tudo o que fosse problema para nós naquele momento foram embora.

Éramos só eu e ele, sem mais.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO? O que acharam? Eu amei escrevê-lo! Espero que tenham curtido também. Me digam lá! Acho que cês devem tá se perguntando se rolou ou não a primeira vez Cobrina. Como gosto de fazer vocês sofrerem, só falarei no próximo! KKKKKK AMO!

Talvez eu demore um pouco mais com o 20 :( Motivos? Tenho que pensar como vou levar a fic ao final, sabe? Acho que faltam 5 capítulos, e eu sou uma pessoa muito indecisa. Então já podem imaginar que vai levar um pouco mais de tempo pra organizar as ideias. Sejam compreensíveis, please! Kkkk

Beeeeeijos. Amo vocês!