Entre o Espinho e a Rosa escrita por Tsumikisan


Capítulo 9
Os Elfos de Guarda


Notas iniciais do capítulo

Como vocês sabem, eu tenho bastante coisa escrita e é muito triste saber que (no word) a fic ta acabando T-T Quando eu terminar de escrever vai ser só post post post tananan -q Boa leitura.



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Eu sabia que aquele idiota do McLeggen não prestava. Serio, que imbecil! Nem me lembro o que me deu na cabeça de convidar logo ele para o baile. Se acha o rei do universo só porque é bom em Quadribol. Esse jogo devia ser permanentemente proibido! Olha só o que ele faz com os garotos, ficam todos parecendo animais por causa disso. E o McLeggen exagera muito. Olhe o Harry por exemplo. Eu não entendo muito disso, mas sei que ele é um ótimo apanhador. Draco voa muito bem também e Rony... Bem, deu para entender. Mas nenhum deles fica se gabando 24 horas por dia por causa desse jogo! E agora, por causa de McLeggen Harry está na enfermaria junto com Rony.

E ajudaria muito se Draco não estivesse tentando segurar o riso.

— Pare com isso, não é engraçado.

— Eu não estava rindo.

— Estava sim. – revirei os olhos.

— Bem, me disseram que a cara que o Potter fez quando viu o que o McLeggen estava fazendo foi muito engraçada. – Ele sorriu inocentemente.

— Ele podia ter se machucado seriamente!

Ele deu mais uma risadinha e se inclinou para me beijar. O por do sol poderia parecer muito mais bonito ali, sentada com ele na beira do lago, se eu não estivesse tão preocupada com Harry. Ainda não haviam permitido visitas, já que ele estava desacordado e a espera me deixava tensa.

— Porque você não foi ao campo? – perguntei.

Ele mexia no meu cabelo distraidamente, desfazendo os nós impossíveis de evitar quando se tem um cabelo cacheado. Quando eu perguntei, ele parou bruscamente.

— Já disse, dever de casa.

— Não insulte a minha inteligência. – bufei.

— Nunca sonharia com isso. – Ele sorriu e afastou meu cabelo, deixando meu pescoço exposto. Passou os lábios de leve pela área sensível e mordeu o lábio de leve ao me ver estremecer.

— E nem tente me distrair! – disse, cruzando os braços.

Draco suspirou.

— Eu não posso te contar Mione. Tenho certeza que tem coisas que você esconde de mim também.

Não concordei, mas sabia que ele tinha razão. Mas não era exatamente um segredo meu, era sobre o Harry e ele nunca me perdoaria se eu contasse, por mais que eu confiasse em Draco. Harry acreditava que eu era tão cega quando Dumbledore confiando em Snape.

Harry e Rony saíram da ala hospitalar bem cedo no dia seguinte. Eu fui bem cedo à ala hospitalar para poder acompanha-los até o café. Rony parecia de muito bom humor e nós conversávamos como se nada tivesse acontecido. Parecia que nada de ruim poderia acontecer. Eu estava tão feliz que comentei:

— Gina e Dino discutiram ontem a noite, sabe. – disse mais para Harry do que para qualquer outro.

— E qual foi o motivo? – Harry tentou parecer desinteressado, mas sua voz saiu um tanto alegre.

— Ah, uma coisa realmente boba. Dino estava rindo porque McLeggen te acertou com um bastão. – fechei a cara.

— Deve ter sido realmente engraçado. – ele murmurou. – Aposto que não foi só ele que riu, não é Hermione?

Senti minhas bochechas assumindo um tom avermelhado, ignorando seu tom sugestivo. Ele queria que eu contasse para Rony o mais rápido possível, mas eu simplesmente não sabia por onde começar. Não era algo tão simples de dizer.

Entramos em um corredor silencioso do sétimo andar. Uma garotinha estava parada adiante, olhando fascinada para uma tapeçaria. Quando nos viu ela gritou como se estivesse fazendo algo errado e deixou a balança pesada que segurava cair no chão.

— Tudo bem! – eu disse gentilmente. – Veja: Reparo!

A garotinha não agradeceu, continuou nos olhando até virarmos o corredor e descermos um lance de escadas. Achei a cena um pouco estranha, mas não comentei com os meninos, pois eles já estavam começando a discutir como por o time de quadribol nos eixos. Estava tão alheia que não ouvi os passos atrás de nós nem senti sua presença até que ele chamasse:

— Mione?

Arregalei os olhos. Rony virou-se antes que eu pudesse fazer algo, então sem saída, eu também me virei para encarar ele. Senti Harry me fuzilando com o olhar, mas o ignorei, abrindo um sorriso amarelo para Draco. Ele me olhou confuso.

— Malfoy?! – Rony quase cuspiu o nome.

— Não chamei você, Weasley. – seus olhos cinzentos registraram a presença dele rapidamente, antes de olhar para mim novamente, parecendo incerto. – Ah... Você quer ir tomar café?

— Ah... Eu...

— Por que ela tomaria café com você? – Rony perguntou com desprezo.

— Por que, - Draco tinha um brilho de satisfação no olhar e um sorriso irônico nos lábios. – ela é minha namorada, Weasley. Que tal não se meter?

— Sua...?

Harry chutou Rony na canela o mais discretamente que pode. Ele ficou vermelho como um pimentão, mas fechou a boca e me encarou como se esperasse uma resposta. Mas não era naquele momento que eu tinha uma resposta para ele, por isso agradeci mentalmente quando Draco falou:

— Vamos?

— Ah... Vamos sim. Vocês não se importam não é, meninos?

— Não. – Harry se apressou a dizer, tampando a boca de Rony.

— Certo. – segurei a mão de Draco e descemos o resto das escadas para o salão principal juntos.

Senti o olhar de Rony pairar sobre mim durante todas as aulas, uma vez eu até cheguei a abrir a boca e pedir para ele olhar para sua preciosa Lilá. Mas não tive coragem, pois não queria mais brigas. Eu e ele éramos apenas amigos e mais dia menos dia ele teria que aceitar esse fato.

No domingo a tarde nós três nos sentamos no salão comunal. Eu não estava com Draco por que ele disse que tinha que terminar os deveres, ao que eu retruquei que ele devia parar de deixar deveres para ultima hora, mas fui ignorada. Rony terminava um trabalho também e Harry folheava o livro de poções. Logo adivinhei o que ele queria.

— Você não vai achar nada ai. – disse com firmeza.

— Não começa Hermione. – Rony retrucou com a voz amarga. – Se não fosse o Príncipe, eu nem estaria aqui.

— Estaria, se Harry tivesse prestado atenção ao Snape no primeiro dia de aula! – disse no mesmo tom.

Rony parecia mudar constantemente quando eu estava perto. Por vezes eram gentil até demais, outras era extremamente cordial, e na maioria me respondia com falta de educação. Eu sabia que era tudo resultado de eu estar namorando Draco, coisa que eu tentei explicar para ele depois, mas ele simplesmente fez um grunhido estranho que eu interpretei como “tá”.

Decidido a não discutir comigo, Rony começou a falar sobre aparatação com Harry. Não era algo muito difícil, agora que eu havia conseguido varias vezes chegar no aro. E o teste estava se aproximando mais rápido do que prevíamos.

— Eu não vou poder fazer o teste... – Harry suspirou.

— Pelo menos você já pode aparatar! – Rony disse furioso.

Realmente, até Harry já tinha conseguido chegar ao centro do aro. No momento, alem de Crabbe e Goyle, os únicos que não conseguiam eram o próprio Rony e Draco. Cheguei a perguntar por que ele achava tão difícil e Draco me respondeu que simplesmente não conseguia esvaziar a cabeça e pensar apenas naquele aro estúpido.

— Você vai conseguir, Rony. – disse gentilmente.

— Espero que sim.

Ficamos um tempo em silencio. O som de Harry passando as paginas do livro brutalmente começou a me irritar. Afinal, não era culpa do livro que não tinha nenhum modo de extrair as lembranças de Slughorn

— Já disse que esse príncipe idiota não vai te ajudar! – resmunguei.

— Eu sei Mione, mas não custa tentar. – ele murmurou, parecendo cansado.

Me levantei. Rony pareceu alarmado e logo me perguntou:

— Onde você vai?

— Me encontrar com Draco.

Harry deu um sorrisinho, escondendo o rosto com o livro de poções. O ignorei, juntando minhas coisas.

— Por que você tem que encontrar com ele agora? – as orelhas de Rony estavam vermelhas.

— Eu posso encontrar com ele quando eu bem entender. – respondi.

— Ele não serve para você!

— Você não decide isso Ronald!

— Ele é um Sonserino! Um sangue puro! Tem te insultado dês do primeiro ano!

Toquei o colar. A cobra enroscada no coração. Nada daquilo importava.

— E o que você sugere? – disse com lagrimas nos olhos. – Que eu fique sozinha, esperando você se cansar das outras!? Que eu veja a Lilá e você se agarrando por ai e não seja feliz?

— Não... – ele olhou para Harry em busca de ajuda.

— Argh! – sai pisando forte pelo buraco do retrato, não rápido o suficiente, pois pude ouvir Lilá descendo as escadas do dormitório feminino e pulando no colo de Rony.

— Uon- Uon! – ela disse com a voz melosa.

—Vê se me erra Lilá. – ouvi Rony dizendo, amargo.

Sai de cabeça baixa, as lagrimas escorrendo dos meus olhos. Quem o Ronald pensava que era? E eu imaginei que eles tinham terminado depois dele dizer o meu nome na ala hospitalar. Patético.

Na verdade não estava esperando encontrar Draco realmente. Eu iria para a biblioteca e esperaria que ele aparecesse em algum momento para ver se eu estava lá. Foi uma surpresa então, quando no meio do caminho eu o ouvi chamar:

— Mione?

Levantei os olhos. Ele vinha em minha direção.

— Ah, oi. – tentei limpar as lagrimas, sem sucesso.

— Porque esta chorando? – ele me olhou desconfiado.

— Não é nada. – disse passando a mão no rosto.

Ele me abraçou. Escondi o rosto em seu peito, ouvindo seu coração batendo. Gostaria de ficar ali para sempre, me escondendo.

— O Ronald é realmente um idiota. – resmunguei.

Draco ficou tenso. Senti imediatamente seus músculos retesarem. Ele me afastou, o ódio visível em seus olhos.

— Por quê? Por que você ainda liga para o que aquele Weasley pensa?! Achei que a opinião dele não valia de nada. Aquele traidorzinho de sangue...

O encarei com raiva, cruzando os braços.

— Se ele é traidor de sangue o que eu sou mesmo? Vamos Draco, diga! – fuzilei-o com o olhar. – O que você é?

Ele abriu a boca e a fechou rapidamente, envergonhado. Parecia arrependido de suas palavras, mas eu não arredei o pé, desafiando-o a discordar. Draco passou a mão pelo cabelo, deixando-o cair sob o rosto. Estava com olheiras muito profundas e ar absolutamente cansado. Seu rosto parecia ter perdido a cor que havia adquirido.

— O que tem feito que parece tão doente? – perguntei, desconfiada.

— E-eu? – ele pareceu ligeiramente desconcertado. – Nada.

— Eu não acredito em você. – o empurrei e me afastei, mesmo sem saber para onde ia.

Ele me alcançou. Me abraçou, acariciando meu cabelo de leve. Respirei fundo, sentindo seu cheiro. Draco me afastou apenas alguns centímetros e olhou bem nos meus olhos, parecendo completamente sincero, disse:

— Hermione, eu te amo. Você acredita?

E ali estava. Já estávamos namorando a semanas e nenhum de nós dois tínhamos arriscado aquelas palavras. E o medo de ser rejeitado? Eu sabia que nos dois temíamos não sermos tão correspondidos assim. As palavras eram doces, melodia para os meus ouvidos. Fechei os olhos e sorri, apreciando-as em minha mente. Nada mais parecia importar.

— Eu também te amo. Desculpe. – sussurrei. – Não vamos brigar.

Ele me beijou levemente e disse que me amava novamente. Draco estava certo, eu realmente não deveria ligar para o que Rony pensa.

****

— Ele tem parecido doente? – perguntou Harry, já de noite no salão comunal.

— Sim. – suspirei. – E sempre que eu pergunto ele da um jeito de desviar minha atenção.

Corei, não especificando de que formas ele desviava minha atenção. Rony tentava se concentrar no trabalho de poções, mas eu sabia que estava ouvindo nossa conversa. De repente ele jogou o pergaminho em um canto e fechou a cara.

— Acho que minha pena esta acabando a tinta. – ele respondeu aos nossos olhares curiosos.

— Dá aqui, eu corrijo. – peguei o trabalho do chão e comecei a passar a pena nos pontos errados.

— Adoro você Hermione. – Rony disse, parecendo cansado.

— Não deixe a Lilá ouvir você dizendo isso. – resmunguei.

— Não deixarei. – ele disse abafando um bocejo. – Ou talvez... Quem sabe ela me largaria?

— Porque você não termina com ela então? – Harry perguntou.

Rony fez um muxoxo de irritação.

— Você nunca terminou com ninguém não é? Você e Cho simplesmente...

— Nos afastamos, sei.

— Gostaria que isso acontecesse comigo e Lilá.

Ele soltou outro enorme bocejo.

— Aqui Rony. – devolvi o pergaminho para ele.

—Valeu. Me empresta a sua pena para escrever a conclusão?

Ouvi Simas e Dino se despedindo sonolentos e subindo para o dormitório masculino. Tudo estava calmo, só podíamos ouvir o fogo crepitar e a pena de Rony arranhando o pergaminho quando... CRAQUE! Um elfo domestico de aspecto terrível se materializou na nossa frente, fazendo uma profunda reverencia a Harry.

— O senhor disse que queria relatórios sobre o que o garoto Malfoy esta fazendo, por isso Monstro veio apresentar...

— Harry! – gritei, nervosa.

— Que?! – ele perguntou, desviando o olhar.

—Você o mandou espionar o Draco! – rosnei. – Harry, isso é errado, muito errado mesmo!

— Mione, relaxa, eu...

Mas então, CRAQUE!

Dobby apareceu ao lado de Monstro, parecendo nervoso. Seus olhos enormes iam de monstro a Harry tão rapidamente que eu fiquei tonta. Ele usava um abafador de chá na cabeça e a situação poderia ser cômica se eu não estivesse tão brava com Harry.

— Dobby esteve ajudando também, Harry Potter! – guinchou o elfo. – Monstro deve avisar quando vem ver Harry Potter para Dobby vir também!

— Algum de vocês descobriu alguma coisa? – Harry perguntou, se inclinando.

— O senhor Malfoy anda com uma nobreza que condiz com seu sangue puro, as feições dele lembram a ossatura delicada de minha senhora... – crocitou Monstro.

— Draco Malfoy é um garoto mal! – Dobby guinchou e olhou para mim com um sorriso mínimo. – Mas parece diferente quando esta com a senhorita. É amiga de Harry Potter, então deve ser uma boa amiga para o senhor Malfoy também! Talvez ele... ele... Deixe de seguir os caminhos horríveis do antigo senhor de Dobby!

Harry segurou Dobby antes que ele pudesse se atirar nas chamas como castigo. Monstro olhava para Dobby enojado, mal dava para acreditar que os dois eram da mesma espécie.

— Não precisamos ouvir você falar de sua paixão por Malfoy Monstro. – disse Harry, soltando Dobby quando este pareceu se acalmar. – Vamos passar adiante e falar sobre o que ele anda fazendo.

— O senhor Malfoy come no salão, dorme nas masmorras... E...– Monstro lançou um olhar de ódio para mim. – Anda pelos jardins com a sangue ruim! Tornando o jovem senhor Malfoy em um traidor de sangue! Se a Senhora de Monstro soubesse... O menino Malfoy deveria ser retirado da tapeçaria, deveria sim...

— Não a chame de sangue ruim! – Harry protestou. – Conte você, Dobby.

— Harry Potter senhor, - Dobby comentou, se curvando. – O jovem Malfoy não esta desobedecendo nenhuma ordem que Dobby conheça, come no salão dorme e anda pelos corredores com a senhorita. – Dobby olhou assustado para mim novamente. – Mas quando não estão juntos, o jovem Malfoy faz tudo para que não o vejam.

— Como assim?

— Quando não esta com a senhorita, ele faz visitas frequentes ao sétimos andar com uma variedade de alunas vigiando a porta.

Abri a boca, estupefata. Quantas vezes eu havia esbarrado com ele no sétimo andar e nunca me perguntara o que ele estava fazendo tão longe das masmorras? Eu sabia que ele estava tramando alguma coisa, não era só dever de casa.

— Na sala precisa! – Harry interrompeu meus pensamentos. – É onde ele vai quando vive desaparecendo do Mapa!

A qualquer segundo ele e Rony olhariam para mim com aquele olhar de eu bem que te avisei e eu não estava nem um pouco ansiosa para aquilo. Harry parecia muito feliz em ter descoberto o que Draco fazia.

— Dobby você conseguiu entrar para ver o que Malfoy esta fazendo lá dentro? – perguntou.

— Não Harry Potter, isto é impossível. – as orelhas de Dobby se abaixaram.

— Não, não é. – Harry respondeu imediatamente. – Malfoy entrou na nossa sede no ano passado, então posso entrar e espioná-lo também!

Ele e Rony olharam para mim, era agora. Antes que pudessem falar qualquer coisa eu me manifestei.

— Acho que não vai ser possível Harry. – disse lentamente. – Draco sabia exatamente para que estávamos usando a sala, não é? Porque a burra da Marieta deu com a língua nos dentes. Ele precisou que a sala se transformasse na AD e ela se transformou.

— Não tente mudar o assunto Hermione! – Rony se levantou. – Nós bem que...

— Ronald, eu nunca neguei que Draco estava fazendo alguma coisa. – eu disse seria. – Na verdade eu já sabia disso a muito tempo.

— Já?! Mas porque não nos contou...? – Harry me olhou estupefato.

— Harry Potter meu senhor Dobby e Monstro precisam voltar para a cozinha, podemos...? – o elfo guinchou, olhando para os três um pouco acanhado.

— Claro, você foi genial Dobby.

— Monstro também foi ótimo! – protestei, mas o elfo me olhou com desgosto e desapareceu com Dobby num sonoro “craque”.

— Hermione!Porque não nos contou que Malfoy estava tramando alguma coisa? – Rony reclamou em voz alta assim que os elfos sumiram.

— Eu não estava conversando com você lembra? – lancei para ele um olhar de censura. – E Draco...

Draco! Você está pior que o Monstro! Fala serio Hermione, você só fez isso para se vingar de mim, não é como se o amasse! O Malfoy nunca iria mudar...

— Escuta aqui Ronald. – me levantei, apontando o dedo para ele. – Só porque você não acha que as pessoas podem mudar, não quer dizer que esteja certo! O Draco mudou, e eu amo ele sim. E você tem um emocional de uma cenoura se não percebe isso!

—Gente... GENTE! – Harry chamou nossa atenção, Rony e eu nos sentamos mal humorados. – O que acharam?

— É, incrível. – Rony disse com raiva. – Mas nós já sabíamos que eles estavam tramando algo.

— Mas não que era na sala precisa! Isso torna tudo mais fácil – Harry franziu a testa. – Ouvi ele dizendo a Crabbe que não era da conta dele o que estava fazendo... Mas o que será que ele fala pra essas... Essas...

— Vagabundas? – sugeri. Rony revirou os olhos.

— Essas garotas... São Crabbe e Goyle! Havia um pouco de poção polissuco na sala de Slughorn noutro dia, Malfoy bem que podia ter afanado um pouco!

— Você acha? – perguntei, meio incerta.

— É claro, tudo se encaixa! Todas elas vem rodando o sétimo andar a séculos! As garotas que eu vi com Malfoy quando ele faltou a partida de Quadribol...

— Ele estava com garotas? – perguntei de boca aberta.

— Calma Mione, eram Crabbe e Goyle!

— Você quer dizer... – perguntei baixinho. – Que aquela garota que eu consertei a balança quando Draco me chamou para tomar café...

— É claro! – Harry falou em voz alta olhando para mim. –Ela deixou a balança cair para avisar Malfoy que tinha alguém ali. E depois avisou que era você, obviamente.

— Ele esta obrigando Crabbe e Goyle a se transformarem em garotas? – Rony caiu na gargalhada. – Fico surpreso que não mandam Malfoy tomar...

— Não mandariam se ele mostrasse a Marca Negra que tem. – Harry afirmou confiante.

— A Marca Negra que sabemos que não existe. – me levantei brava.

— Mione, como pode ter certeza?!

— Ah não sei Harry, talvez por que eu seja a namorada dele e nós fazemos mais do que só conversar?

Balancei a cabeça, nervosa. Rony engasgou com a própria saliva e Harry ficou vermelho. Me dirigi ao dormitório feminino e enquanto subia as escadas, pude ouvir Rony perguntando a Harry num tom descrente:

— Você acha realmente que ela esta apaixonada pelo Malfoy?


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Notas finais do capítulo

:3