Elizabeth movia os dedos rapidamente pelo teclado digitando palavra por palavras. Ela precisara terminar de escrever a matéria que com certeza valia a primeira pagina do jornal. Mas aqueles estalos a estavam distraindo. Ela o fuzilara com o olhar e voltou a digitar. O barulho se seguiu.

— Pare de estalar esses malditos dedos! — advertiu furiosa. E depois sorriu simpática ajeitando os óculos — Ou eu os arranco fora.

— Hormônios. — Kol riu balançando a cadeira de rodas em que estava sentado. E começou a bater com os dedos na mesa.

— Se você não quer trabalhar problema é seu, mas eu quero. Então com licença colega. — Ela deu um último gole em seu cappuccino e levantou girando a cadeira de Kol para a saída e o deixando dentro do elevador, com a cadeira.

— Você ta brincando? — Ele fala balançando a cabeça incrédulo. Elizabeth sai do elevador e acena para Kol assim que as portar começam a se fechar. Ele se levanta rindo. — Alguém vai ter que levar a cadeira de volta. — Gritou quando as portas se fecharam

— Mande o elevador subir de novo. — Elizabeth gritou de volta e acrescentou — Sem você.

Voltou para a mesa e seu celular vibrou anunciando uma mensagem de Kol. E assim que ela passou os olhos no que ele mandara se sentiu culpada por mandá-lo embora.

‘’Estou esperando você no meu carro. Faço questão de levá-la para casa. Apesar do seus hormônio estarem loucos’’.

— Idiota. — Murmurou com um sorriso contido.

Elizabeth enviou o trabalho para seu e-mail para terminar em casa e desligou o computador. Já era meia noite não tinha mais ninguém trabalhando, notou ao olhar em volta e ver varias mesas vazias.

Agarrou sua bolsa e quando fora para o elevador, o mesmo se abriu revelando a cadeira de Kol vazia, cujo Elizabeth deixou na mesa dele e depois voltou para o elevador.

Passou tanto tempo dentro daquele prédio que se surpreendeu quando saiu e viu como a noite estava gostosa. Como era bom sentir aquela brisa gelada balançando seus cabelos...

— Você vai demorar? — Kol estava do outro lado da rua encostado em seu vanish. — Não que eu não esteja apreciando a vista... — Sorriu malicioso.

E Elizabeth sorriu de volta, caminhou em sua direção e comentou:

— Espero que não dirija como uma velhinha. — Ele fez uma careta e acompanhou-a até o outro lado do carro abrindo a porta para que ela entrasse. E voltou-e para o banco do motorista.

Kol a deixou em frente ao prédio em que morava. E seguiu para o seu apartamento. Ele até pensou em ligar para Klaus e dizer que a tinha encontra e se gabar de como foi fácil encontrá-la enquanto Klaus continuava um tolo ansioso revirando o mundo atrás da garota. Mas ele não ligaria, Klaus nunca fez nada por ele se não o trazer dor e roubar seus séculos de vida, Kol não devia nenhum favor a seus irmãos mais velhos. E ela se mostrou um belo entretenimento para ele.

— Elizabeth Clare — pronunciou seu nome com um sorriso de orelha a orelha.

Ela não fazia idéia do que a esperava.