Harry Potter, Um Conto Nada Infantil escrita por Potteriana
Era extremamente proibido para as meninas dormir no dormitório dos meninos, o mesmo valia para os meninos, caso decidissem dormir no das meninas. Porém, ninguém controlava isso, muito menos nesta noite quando todos estavam cansados devido ao casamento.
Hermione dividiu a cama de Ron, e os dois dormiram abraçados. Era um sentimento inexplicável e eles sentiam bem como nunca. Nenhum dos outros garotos teve forças para ir até o dormitório depois da festa, e assim o casal estava sozinho.
Hermione e Ron discutiram a possibilidade de Lockhart estar distribuindo os colares, porém não chegaram a nenhuma conclusão, e o único método de descobrir a verdade era procurar. Aproveitando então, que não haveria aula no dia seguinte, e que todos estavam cansados da noite anterior, levantaram às 7 da manhã.
- Será que o Harry não vai ficar bravo se descobrir que a pegamos? – perguntou Ron após Hermione ter pego a capa da invisibilidade do amigo.
- Ora, é por uma boa causa. Se ele estivesse aqui até ajudaria a gente.
- Se você diz – diz Ron meio cético.
Os dois se escondem de baixo da capa e vão até a sala comunal, onde veem alguns alunos esparramados no sofá e no tapete. Mas todos dormiam profundamente, e ninguém se mexia.
- Prepararam um quarto especial para os noivos em uma torre longe de todas as salas comunais. Provavelmente para não ouvirmos os barulhos. – disse Hermione quando estavam no corredor, do lado de fora.
- Que barulhos?
Hermione o olha com um meio sorriso. Ron compreende.
- Ah – diz ele.
***
O dormitório de Lockhart não foi difícil de ser invadido. Provavelmente o professor não sabia tanto sobre feitiços de proteção quanto sabia sobre perfumes. Um simples Alohomora abriu a porta e Ron e Hermione entraram.
As paredes de pedra estavam todas cobertas por um papel de parede rosa, e um cheiro fortíssimo de morango estava espalhado pelo ar.
- Acho que não vou comer morangos por um ano inteiro – comenta Rony.
- Temos que procurar alguma pista, também não sei exatamente o que, provavelmente ele deve ter mais colares desses espalhados por aí.
— Com o “espalhados” você deve querer dizer “escondidos”.
— Bem, não sabemos exatamente se ele realmente sabe o que eles fazem. Pode ser que estejam simplesmente juntos com as outras joias.
Hermione jogou a capa de invisibilidade em cima de um puf roxo que roncava e começou a procurar. Ela quase não tinha joias, mas quando ia para casa nas férias as mantinha guardadas em uma caixinha dentro da cômoda ao lado da cama.
Mas o quarto de Gilderoy era enorme e não havia nenhuma cômoda. No meio do dormitório estava uma cama enorme, e Ron não tardou para se jogar em cima dela. Havia ainda um sofá, uma lareira, paredes cheias de quadros do próprio professor sorrindo e piscando, uma prateleira cheia de livros, e só.
- Ele deve ter um closet ou algo do tipo, aliás, todas as vestes dele devem estar em algum lugar – diz Hermione
- Não sei o que é isso, mas um banheiro também falta.
- Olhe atrás dos quadros, algum deles deve servir de porta.
Ron olha em volta.
— Algo me diz que é aquele ali – ele aponta para um quadro onde Gilderoy está deitado em uma banheira, com o rosto aparecendo sorridente. Ron caminha rapidamente até lá e tenta puxar o quadro pela moldura.
— Não consigo.
Hermione se junta a ele.
— Pense como o Lockhart. Como você faria para entrar no seu banheiro?
Ron pensa por um instante. Então se depara com o pé do professor que está fora da água.
— Bem, talvez assim... – ele estica a mão e faz cócegas no pé de Lockhart. O rosto do quadro dá uma risadinha e uma porta se abre.
- É, ele realmente não é muito criativo – diz Hermione.
Eles entram no banheiro, e imediatamente uma música romântica começa a tocar, e uma banheira em forma de coração começa a se encher.
- Isso sim é luxo. Imagina o que ele e o diretor não devem ter feito aqui dentro – Ron dá uma risada.
Para colaborar a água da banheira era avermelhada, e dela saíam bolhas em forma de coração.
- Desse jeito até dá vontade de tomar banho – diz Ron.
- Esse cheiro de morango me dá vontade de vomitar, isso sim. Procure Ron!
Eles abrem as diversas gavetas, mas não encontram nada além de produtos de higiene, dos quais o professor tinha em excesso.
- Com isso minha família inteira se manteria limpa pelo resto da vida. – diz Ron assustado ao ver as fileira de shampoos.
- É, não está aqui também – diz Hermione após examinar a pia - Vamos voltar.
Eles saem do banheiro, e imediatamente a banheira para de se encher e a música para de tocar.
- Agora o closet.
- Hermione, o que é isso?
- É tipo um quarto que serve de guarda roupa.
Ron olha em volta
— Aposto que é esse! – Ele aponta para um quadro onde Lockhart está segurando uma veste nas costas.
- Isso é muito óbvio – diz Hermione e corre até lá.
Porém como abrir era um pouco mais difícil. Tentaram fazer cócegas no pé, na mão, na barriga, mas nada se movia. Tentaram empurrar e bater, e não adiantou.
- É só bater palma duas vezes – diz uma voz atrás dos dois de repente. Assustados Ron e Hermione se viram e lá está parado ninguém menos do que Dobby.
- Como nos achou aqui Dobby?
- Dobby jura que foi pura coincidência, Dobby veio perfumar o quarto do professor Lockhart, pois ele disse estar de volta pelas 10:00 horas.
- E que horas são agora? - pergunta Hermione.
- Faltam 50 minutos ainda. Mas o que os amigos de Harry Potter fazem aqui? Podem se meter em encrenca.
- É uma missão secreta Dobby, mas pode nos ajudar. Precisamos entrar aqui – fala Hermione.
- Dobby já disse que era só bater palma duas vezes – e ele bateu.
O quadro se abriu como se fosse uma porta, e os três entraram.
- Isso sim é um closet – afirma Rony.
Tinham entrado numa sala gigante, cheia de manequins, os quais usavam todos vestes deslumbrantes e cada um uma peruca loira distinta. As paredes estavam cheias de espelhos, e uma música de discoteca começou a tocar.
- Ron! Olhe nos pescoços dos manequins! – Em cada um havia um colar distinto. Alguns com pingentes grandes, outros pequenos.
- Você acha que é algum destes? – pergunta Ron.
- Só há um modo de descobrir – Hermione retira o colar do pescoço de um manequim e pega mais três de outros.
- Dobby não quer parecer intrometido, mas Dobby acha importante avisar de que o professor Gilderoy irá sentir falta destes.
- Sentimos muito Dobby, mas precisamos leva-los. Prometemos os trazer de volta.
Dobby balança a cabeça concordando, mas engolindo seco. Os dois saem do closet, o quadro encosta novamente na parede. Pegam a capa de invisibilidade e saem do dormitório dando um último aceno a Dobby.
***
Durante o almoço, o Grande Salão estava cheio novamente com as mesas e os bancos em seus lugares. Os alunos ainda pareciam estar cansados, e alguns cochilaram e cima dos pratos. Mas o sono foi interrompido quando alguém entra gritando pelo portão.
- ROUBADO! EU FUI ROUBADO! LADRÕES EM HOGWARTS! – Era a voz de Gilderoy Lockhart.
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