Pov Ally

Faz um tempo que eu venho pensando, será que entregar os pontos é a melhor opção? , será que nunca irei poder amar novamente ?, será que um dia irei poder ser feliz ?. Várias perguntas atordoam o meu pensamento, enquanto estou em um sono profundo. Então, vou explicar um pouco a vocês sobre a minha vida, me desculpem se não gostarem, essa história não é uma das melhores, e nem muito menos um conto de fadas, a qual vocês esperam pelos felizes para sempre. Tudo começou, há uns sete anos atrás, eu era apenas uma criança, e ele também, nossos pais eram amigos, e pareciam manter uma relação boa, o seu pai era advogado bem sucedido na cidade em que morava, mais já o meu pai, não posso dizer o mesmo, pelo menos nossas mães tinham algo em comum, elas eram donas de casa, mais tinha algo nas nossas famílias, que as tornavam diferentes, a família Moon era rica, e já a minha os Dawson, estávamos com uma situação nada boa. Éramos duas crianças inocentes que tinham nojo de abraços, ou qualquer contato com alguém do sexo oposto, pode parecer besteira, mais acho que até hoje temos uma ligação, lembro das nossas brincadeiras, risadas, festas de aniversário, jogos do nosso time, e festas comemorativas. Lembro-me que uma vez nossos pais se encontraram no shopping, e lembro que ficamos até ele fechar, após sairmos do shopping fomos a uma pizzaria que tinha ali perto, pena que essa pizzaria agora é um restaurante japonês, chinês, não sei o certo, e sempre quando vou lá com meus pais cismo em ir ao banheiro só para lembrar um pouco de quando ele me mostrou o banheiro, e nós demos um chá de sumisso da vista dos nossos pais.

"'- Ally, este é o banheiro das meninas! - Disse o loiro."
Abri uma das portas e entrei, e quando sai percebi que ele saía de uma porta ao lado.

"- Austin, o que você tá fazendo aí? -Perguntei incrédula ao garoto.
O mesmo sorriu e disse.

– Ué, fui usar o banheiro."

Nós rimos e voltamos para o lado de fora e voltamos a brincar de pega-pega.
As lembranças param, meio que borram, e percebo que começo a esquecer o seu rosto, luto contra a mim mesma, para não esquecer, afinal, essas lembranças são as melhores, grito internamente, mais ninguém me escuta, é como se eu tivesse gritando em um lugar vago, aonde não tem ninguém... E cada vez me sinto mais sufocada.

– Meu Deus, porque ninguém me escuta ?- Perguntei a mim mesma,e mais uma vez, uma pergunta bem elaborada, ida para o lixo.

Horas se passam, e cada um da família Dawson ficam mais frustrados com a situação da jovem Ally.

– Senhora Dawson.. Senhora Marie Dawson? -Um jovem rapaz fala, ao entrar na sala de espera do hospital.

– Sim, sou eu.. E quem é você? - Dona Marie pergunta aflita.

– Eu sou o médico, encarregado no caso da Senhorita Allysson, Meu nome é Dallas, mais temo não trazer notícias boas.

– E quais são Doutor ?- Marie pergunta aos prantos, mesmo antes de saber.

– A senhorita Allysson, não vêem reagindo muito bem aos exames, e afinal, já irá fazer dois meses que ela está em coma, e outros médicos, já perceberam que o caso dela é grave. Estamos pensando em fazer outros exames nela, e precisaremos que algum parente da família que tenha sangue compatível com a paciente possa doar. Pois, no estoque estão com falta o sangue AB positivo, o qual é muito raro. Se alguém que tiver, pode doar, apenas precisaremos fazer alguns exames antes.

– Doutor, temos um problema, na nossa família, ninguém tem o sangue compatível com a Ally. - Marie fala, ao meio de soluços.

– Teremos que dar um jeito !- O Doutor fala e sai.

Para qualquer um poderia ser uma manhã boa, alegre mais quis o destino que essa manhã não fosse assim para a jovem Allysson Dawson.