Save me escrita por Bella


Capítulo 16
Perguntas e mais perguntas


Notas iniciais do capítulo

Voltei princesas! Como estão? Bem? Legal! Eeeeeeeeenfim amei os comentários de vocês! Assim vocês me matam. Ver o ódio de vocês pelo Austin foi engraçado. Respondo todos logo logo. Esse capítulo não explica muuuita coisa, mas da pra entender um pouquinho do outro.
Espero que gostem, e eu criei uma nova fic! Innocent. Ta no comecinho quem quiser ir lá dar uma olhadinha ;)
Boa leitura :3



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Pov Ally

Doía. Sim, doía. Não era dor física, mas sim emocional.

Aqui estou eu na sala da minha casa com Trish, Dez e John, espantados depois de ouvirem o que aconteceu entre mim e Austin. Ainda não acredito que ele me disse aquilo! Sinto uma mistura de raiva e tristeza, mas ao esmo tempo prefiro acreditar que aquele não era ele.

Na verdade, eu nunca conheci o verdadeiro Austin, o Austin que me falaram ao longo dessas semanas, alegre, divertido e carismático. Me assusta a ideia de não ter a oportunidade de vê-lo assim.

─ Ainda não acredito que chegou a esse ponto. – suspirou John passando as mãos pelos seus cabelos loiros escuros. – Cada vez mais sinto falta do antigo Austin.

─ Eu gostaria de saber o que diabos deu naquele imbecil! – Trish parecia estar tentando achar algo para quebrar andando de um lado para o outro.

─ Eu quero ele de volta. – Dez estava frustrado.

O que devemos fazer?! Se chamarmos a polícia, pelo o que me disseram, Ian é esperto demais e toda vez que tentam prendê-lo ele escapa. Devemos armar uma emboscada? E quanto ao Austin, o que faremos em relação a ele? E seus pais? E sobre Ian saber de coisas que ansiamos descobrir?

─ Chega! – levantei decidida recebendo olhares de todos. – Eu não aguento mais essas perguntas sem respostas! Nós vamos ter pelo menos uma delas respondidas, e vai ser agora.

Peguei minhas chaves e um casaco, todos me olhavam desconfiados e analisando cada ação minha.

─ O que tem em mente? – perguntou John.

─ Vamos atrás de um dos encapuzados da escola. – respondi calmamente.

─ Opa, opa, opa. Você quer ir falar com um dos “amiguinhos” do Austin?! – Trish soltou um riso sem humor. – Me fala a quantidade de sanidade que sobrou na sua cabeça querida.

─ Eu detesto admitir, mas a Trish ta certa Ally, você nunca falou com aqueles caras. Como sabe que eles sabem de alguma coisa? – Dez gesticulava com os braços tentando esconder o medo.

─ Gente eles fumam. Demais. Vamos perguntar sobre os tipos de drogas que eles compram e qual a reação que alguém tem quando usa certos tipos. – Peguei uma maçã e fui em direção a porta. – Se não quiserem vir eu entendo.

Sai de casa sendo seguida por três adolescentes gritando argumentos como “ Não seria melhor usar o Google?!”

Não, eu quero saber se as drogas fazem as pessoas ficarem como o Austin ficou.

Seguimos em direção á escola (nós saímos mais cedo, pois eu não queria ficar e enfrentar o Austin) e como eu supus estavam todos saindo. Inclinei a cabeça tentando localizar os fumantes que eu sempre via com o Austin.

Depois de poucos segundos, achei um dos encapuzados saindo e andando despreocupado. Avistei a presa.

─ Ally, você tem certeza? – perguntou Trish estralando os dedos. – Nós vamos nos meter em encrenca.

─ Acho que a esse ponto, já nos metemos. – repirei fundo e segui em direção ao garoto.

─ Com licença. – falei alto para que ele parasse de andar. O mesmo virou a cabeça rapidamente e me olhou desconfiado. – Você é um dos amigos do Austin certo?

─ O depressivo? – falou guardando o isqueiro no bolso da calça rasgada. – Sim, por que?

Agora reparando bem, esse garoto é enorme e parece forte. Aquele momento em que você hesita se continua ou não...vamos Ally, não seja covarde.

─ Então – engoli um seco – Não sei se você reparou, mas ele está meio diferente. Mudado entende?

─ Jeitão de mau e com cara de quem assaltou o estoque de um traficante e fumou tudo. – falou cruzando os braços.

─ Isso mesmo, eu queria saber se você sabe o que causou isso.

Ele deu um sorriso amarelo e tragou o cigarro que estava entre seus dedos, aquele cheiro horrível invadiu minhas narinas, mas ignorei.

─ Seu amigo minha cara, está desculpe a palavra, definitivamente na merda. Primeiro por te se envolvido com o Ian, o maior traficante dessa cidade, e segundo por ter se deixado levar.

─ Como assim se deixado levar? – perguntei curiosa.

Olhei para trás e a alguns metros Dez, Trish e John olhavam tudo ansiosos.

─ Olhe pode não parecer, mas eu não sou traficante ou uso drogas. Meu nome é James, não que isso importe, mas eu já usei drogas. E sei pelo o que Austin está passando, depois que usa, parar é um desafio tremendo. Eu consegui depois de muito esforço. – tragou o cigarro mais uma vez. Eca! Esse cheiro é muito ruim. – O cigarro é detalhe. Voltando, eu conheço o Austin á algum tempo e sei que ele já passou por tretas grandes. E isso contribuí ainda mais com o desequilíbrio mental dele.

─ O que quer dizer com isso? – perguntei ansiosa por mais respostas.

─ Pelo o que percebi, o estado dele é de alguém que está usando além da conta. Cada pessoa reage de um jeito, a droga deixa a gente com ânsia por mais e mais. A dependência aumenta rapidamente. Posso dizer que o Austin está usando demais, e seja lá qual for a droga e me parece que é uma forte, está mexendo com a cabeça dele. Ele está confuso e desequilibrado.

─ Então está me dizendo que se ele continuar usando desse jeito...

─ Parar vai ser praticamente impossível e a cabeça dele vai ficar doida.

Ótimo! E agora! Como eu vou fazer para que ele pare de usar essas coisas! Eu preciso saber mesmo é o que aconteceu com ele nessas três semanas.

─ O que ele te fez pra te deixar tão curiosa sobre isso? – James perguntou pisando no toco de cigarro.

Respirei fundo, lembrando das palavras de Austin. Isso devia doer tanto assim?

─ Ele disse que queria me ver morta. – respondi segurando as lágrimas.

─ Nossa. – James parecia surpreso. – Nesse caso, posso concluir que ele está mais dependente do que nunca.

─ Como? – exclamei assustada com a afirmação feita por James.

─ Se ele falou isso é porque ele está na fase em que nada mais importa além da droga. Amigos, família, tudo passa a ser insignificante. A única coisa que importa é a droga.

Afastei um passo como se tivesse me socado. Não. Não, não, não e não! E agora? O que nós vamos fazer. E se ele não conseguir parar? Ou pior, se morrer pelo excesso de drogas! Como nós vamos fazer ele parar!

─ Ai meu Deus! – exclamei passando as mãos pelos cabelos. – O que eu faço agora? – essa foi uma pergunta para mim mesma, mas James respondeu.

─ Eu aconselho fazer com que ele veja sentido na vida. Ver que vale a pena viver e começar de novo. Só digo uma coisa, faça isso logo antes que seja tarde demais.

─ Ok. Obrigada mesmo James. – agradeci .

─ Não tem de que. E boa sorte. – falou e foi andando.

Voltei para os meus amigos tentando absorver tudo o que acabou de ser discutido. Fazer com que ele veja sentido em viver, em ser feliz. É isso o que eu vou fazer. Mesmo que eu corra risco ou mor...

─ Então Ally como foi? – John perguntou vindo até mim. – Conseguiu alguma coisa? – me analisou transbordando curiosidade.

─Sim, e acho que vocês não vão ficar felizes.

..........................

Depois de contar exatamente tudo para os três, que ficaram quase desesperados com a possibilidade de Austin estar se sucumbindo em drogas, cada um foi para sua respectiva casa, antes que os pais dessem falta.

Enquanto caminhava pelas ruas de Miami pensei comigo mesma, como vou fazer o Austin ser feliz de novo? Eu não tenho a menor ideia! Ou como vou fazer com que Ian nos deixe em paz?

Perguntas e mais perguntas. É só isso que possuo, e infelizmente não tenho resposta para nenhuma.

Será que devo ir vê-lo? Seria essa uma boa ideia? Eu quero, mas não sei se devo. Tenho um pouco de medo em não saber que me aguarda.

Obriguei meus pés a seguirem rumo a casa de Austin, mordia o lábio em receio de como ele poderá reagir ou me falar. Vai me tratar como de manhã ou pior...

Ai minha nossa senhora das paçoquinhas espero que não.

Avistei a casa consideravelmente grande a poucos metros de mim. O medo voltou e a insegurança veio com tudo. Mas mesmo assim fui andando sem parar nem uma vez. Talvez eu devesse correr pra longe. Mas não, eu já cheguei aqui e agora vou até o fim.

Avançando de vagar a entrada da casa, em passos lentos me pus diante a porta e obriguei minha mão trêmula bater na porta cinco vezes.

Esperei ansiosa quicando no mesmo lugar.

Mas não obtive resposta e ninguém veio abrir a porta. Bati de novo. E nada. Só o silêncio e minha respiração acelerada.

Já estava quase desistindo, quando uma ideia estúpida veio. Tentar abrir, grande droga até parece que a porta vai estar...

Aberta. Isso mesmo a porta estava aberta!

Abri devagar tentando não fazer barulho, fechei a mesma e observei a grande sala arrumada e escura. Será mesmo que não havia ninguém?

─ Olá? – falei vendo se alguém respondia. No caso o Austin.

Olhei em volta, a única coisa presente era o silêncio. Silêncio e mais silêncio.

Estava indo embora quando escuto um barulho vindo do andar de cima.

─ Austin?

Outro barulho estranho.

Devagar quase em câmera lenta, fui subindo degrau por degrau. Respirava devagar tentando não entrar em pânico. Por que eu fui ir sozinha mesmo minha gente?

Avancei o último degrau. O barulho vinha do final do corredor á esquerda. Havia uma porta aberta cuja os barulhos vinham.

Inspirei fundo e fui indo devagar, com medo do que eu poderia ver a seguir...

Estava virando á esquerda, fechei meus olhos ficando de frente para a porta e quando os abri, me arrependi, vendo uma cena que com certeza cortaria seus corações.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mereço recomendações? Será? E favoritos? Quem sabem com essas duas coisinhas eu não volto rapidinho
Abraços com carinho