Save me escrita por Bella


Capítulo 10
Onde ele está? O que está acontecendo?


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem ficou tão feliz com uma recomendação que decidiu postar um capítulo hoje? Eu!
Samara!!!!!!!!!!!!!!!!! Sua linda, amei sua recomendação linda e fofa! Obrigada, obrigada, obrigada!
Espero que gostem! Obrigada pelos comentários!
Boa leitura!



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Pov Austin

Decidi fazer o que ela mandou, a segui entrando em sua casa.

E vi minha surpresa...

Eu estou sem reação no momento. Sem reação.

Parados na minha frente estavam Trish, Dez e John, os amigos quais me afastei por bastante tempo.

Eles me encaravam meio sem jeito, como se não soubessem o que fazer e eu também gostaria de saber o que eu faço agora.

─ Eu não contei sobre as drogas e tudo mais, eles continuam sabendo o que sabem e também acham que foi uma bala perdida. – Ally sussurrou em meu ouvido sem que ninguém escutasse. – Bom gente, acho que vocês tem de conversar, eu e mamãe vamos levar as malas do Austin lá pra cima. – as duas subiram sem dizer mais nada.

O que a Ally pensa que está fazendo? Se ela que ferrar com a minha vida, bem, está conseguindo. Por quê ela trouxe eles? O que eu vou falar?

─ Err... oi Austin. – disse Trish sem jeito. – A perna está melhor?

Apenas assenti procurando não olhar muito nos olhos dos três. Eu sentia vergonha de mim mesmo por ter sido fraco e me afastado dos amigos que eu considerava meus irmãos.

─ Quando a Ally disse que você tinha levado um tiro, quase tivemos um ataque. – falou John tentando puxar assunto.

─ Literalmente. O Dez saiu gritando pelo refeitório e pisou nas bandejas da escola inteira. – falou Trish mandando um olhar reprovado para Dez.

─ De que outro jeito eu ia mostrar meu desespero? – Dez perguntou como se sua lógica fizesse todo o sentido.

─ Ah claro, é super sensato sair pulando na mesa dos outros. – Exclamou Trish impaciente.

─ Eu não te perguntei nada!

Os dois começaram a discutir, eles sempre fizeram isso. Me lembro de que eu, Jason e John sempre observávamos os dois discutindo por horas.

Deixei escapar uma leve risada, fazendo com que a atenção dos meus três ex- amigos voltasse inteiramente para mim.

Respirei fundo, fechei meus olhos por alguns instantes me acalmando, eu não sabia o que dizer ou se eu devia permanecer calado. Então, decidi optar pela ação que me pareceu mais sensata e correta.

─ Me desculpem. – falei em um tom mais baixo, com a cabeça baixa.

Os três pareceram entender do que eu estava me desculpando. Trish ficou com os olhos cheios de lágrimas.

O silêncio se instalou, eles se entreolharam, Trish foi se aproximando de mim relutante, observei seus passos meio confuso.

Ela ficou de frente para mim, e me abraçou pousando sua cabeça em meu peito. Larguei as muletas, e não sei como consegui permanecer em pé, mas não me importei e abracei Trish de volta.

Dez veio até nós e se juntou ao abraço, e John veio em seguida. Eles me envolveram em um abraço reconfortante, e lágrimas rolaram em meu rosto, mas dessa vez lágrimas de felicidade.

─ Sentimos sua falta. – falou Dez, também emocionado.

Me deixei envolver em um alívio reconfortante, de ter meus três melhores amigos de volta.

Pov Ally

─ Awwwwnt. – exclamou minha mãe com uma carinha boba.

Nós duas estávamos olhando Austin e o pessoal no alto da escada. O sorriso não saía de meu rosto, é bom saber que eles se resolveram.

Mas admito que estou um pouco preocupada. Vício em drogas é algo sério, e uma das coisas mais ruins é que eu não posso arriscar e contar pra mamãe. Sem contar nos criminosos que provavelmente não vão esquecer o Austin. E quanto a culpa que sei que ele sente, como eu vou fazê-lo parar de se culpar pela morte do irmão? Ok, acho que o caminho ainda vai ser longo.

─ Filha! – minha mãe quase gritou no meu ouvido me assustando.

─ O que?! Quem morreu?!

─ Ninguém sua boba, mas você fitou o nada e pareceu ter deixado o corpo. – falou brincalhona.

─ Não é nada, eu só estava pensando em como vou ajudar o Austin. – opa, não era pra mim dizer isso.

─ Você ajudou bastante chamando os amigos aqui, agora em relação a culpa da morte do irmão e essa depressão dele... – ufa, ela pelo menos acha que é só isso. Quem dera fosse.

─ Não se preocupe mamãe, eu vou dar um jeito nisso tudo. – falei mais para mim mesma do que pra ela.

─ Hmm você se preocupa tanto com ele. – ela tentou disfarçar, mas eu a conheço o suficiente para conseguir enxergar a malícia na voz.

─ Não começa Penny!

─ Eu não disse nada demais! – disse tentando se fazer de inocente. – Eu só acho bem legal essa... não sei, essa coisa ente vocês. Quem sabe foi o destino...

─ Vamos descer. – a puxei pela manga da blusa tentando escapar do assunto.

Descemos as escadas e todos nos encararam, olhei para Austin sorrindo, o mesmo retribuiu sem graça.

─ Acho que está na hora de irmos. – falou John.

─ Venham sempre que quiserem. – disse minha mãe simpática.

Eles assentiram e um por um foi dando um abraço em Austin que retribuía de bom grado. Minha mãe os acompanhou até a porta me deixando na sala com Austin.

Sorri para ele que parecia tentar achar as palavras apropriadas, mas uma ação vale mais do que mil palavras, então ele me abraçou e é claro que eu correspondi.

─ Obrigado Ally. – ele parecia emocionado, não coseguia ver seu rosto por causa do abraço.

─ Não precisa agradecer, fico muito feliz que você tenha ficado feliz.

Esperamos que algum de nós tomasse a iniciativa de desatar o abraço, mas ninguém o fez.

Eu não sei pra ele, mas pra mim estava muito bom.

─ Aham. – minha mãe chamou nossa atenção.

Nos separamos na hora assustados, por pouco Austin não cai no chão por estar sem as muletas, segurei em seu braço para que ele ficasse de pé.

─ Então crianças, o que acham de sairmos para comer pizza? Acho que Austin deve estar cansado de comer comida de hospital.

─ Com certeza, principalmente a sopa né Ally? – ele me encarou sério. Ri lembrando das batalhas que eu enfrentava todos os dias para que ele tomasse a sopa.

─ Muito bem, vão os dois pro banho agora são... seis e meia. Vamos sair ás sete e quinze. – ela subiu sei lá pra onde, pois a minha casa é bem grandinha.

─ Vamos Austin, eu te mostro o seu quarto.

─ Subir as escadas de muleta? Isso vai ser bom. – ele disse sarcástico.

Mandei ele deixar as muletas no chão que eu ajudava. Ele se apoiou em mim e fomos subindo, meio que juntos, pois ele é pesado.

O levei para o quarto que ele iria ficar, ele se sentou na cama e eu fui rapidamente buscar suas muletas.

─ Suas malas estão todas aí na cama, eu te ajudo a guardar tudo depois, bom eu vou tomar banho. Até mais! – falei. Mas quando eu ia sair do quarto...

─ Ally! – ele me chamou.

─Sim?

─ Então... – ele estava vermelho. O que é agora? – Você... sabe que... eu... nãoconsigotomarbanhosozinho.

─ Heim?

─ Nãoconsigotomarbanhosozinho.

─ Fala devagar...

─Eu não consigo tomar banho sozinho!!!!!

Fiquei surpresa. Pior que era verdade, a perna dele ainda estava machucada.

─ Então nesse caso, só tem uma coisa a fazer. – ele arregalou os olhos me olhando. – MÃE! – ele suspirou aliviado. Acharam o quê? Que eu ia dar banho nele? Ta certo que eu quero ajudar, mas ai já é demais.

Dez segundos depois e minha mãe aparece na porta.

─ O que? – ela perguntou.

─ Como o Austin vai fazer pra tomar banho?

─ Ah sim, eu vou dar banho nele essa semana até a perna melhorar.

─ O QUÊ? – Austin exclamou e tentou se levantar da cama, mas foi em vão,pois acabou caindo pra trás. Segurei o riso.

─ Calminha criança, eu já trabalhei em hospital e fiz isso várias vezes. E eu sei que vai ficar com vergonha, por isso pedi a sua mãe para deixar uma sunga na mala. – sério eu vou ter um ataque de risos aqui. – E nos lugares que só você pode lavar, eu saio do banheiro quando for a hora.

─HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!! – eu não aguentei, e ri mais do que deveria.

─ Ally para de rir, vamos Austin. – ela pegou no braço dele que foi seguindo pulando num pé só e me olhando com o olhar assustado.

Fui para o meu quarto tomar banho e ainda rindo muito. Deixei a água quente me relaxar.

Vesti uma roupa bonita e passei uma maquiagem de leve, me olhei no espelho e gostei do resultado.

Desci ás escadas e encontrei Austin sentado no sofá, vendo TV. Ele estava muito bonito, e seu perfume era muito cheiroso.

Ele me olhou, ficou me encarando por uns 2 minutos até que se recuperou.

─ Está linda. – falou e eu senti meu rosto queimar.

─ Obrigada, você também. E ai como foi o banho? – perguntei me sentando ao seu lado.

─ Não irei superar isso tão cedo. – ele falou com uma expressão muito engraçada.

─ Você sabe que isso vai se repetir até sua perna melhorar né?

Ele me bateu com a almofada e começou a me fazer cócegas.

─Hahaha ta bom hahahaaha já entendi.

Minha mãe desceu pronta e fomos para o carro, me sentei atrás com Austin e seguimos rumo a pizzaria.

Chegamos e nos dirigimos a uma mesa um pouco afastada perto da parede, um lugar onde Austin pudesse deixar as muletas sem chamar atenção.

─ Olá, qual vai ser o pedido. – uma moça veio nos atender com um sorriso simpático. Mas detalhe: ela tinha um mau hálito horrível. Como Austin estava do meu lado, ele também sentiu e fez uma careta.

─ Uma pizza metade queijo e metade mussarela. – disse minha mãe.

─ E uma bala de menta. – disse Austin. Dei um tapa em seu braço. – Ai!

─ Já volto com os pedidos.

Ficamos rindo e conversando enquanto esperávamos a pizza, uma boa parte do assunto foi voltada para o hálito da moça.

O celular de Austin vibrou, ele pegou dentro de seu bolso, mas o sorriso que estava em seu rosto desapareceu imediatamente assim que olhou para o celular.

─ Está tudo bem Austin? – perguntou minha mãe.

─ O quê? Ah ta sim, não é nada. – ele tentou disfarçar, mas eu não cai nessa.

Cinco minutos depois, ele disse que precisava ir ao banheiro, minha mãe continuou sorridente, mas eu ainda estava desconfiada.

Nós duas ficamos conversando, mas minha cabeça ainda estava em outro lugar.

A pizza chegou, e nada do Austin.

─ Nossa o Austin ta demorando. Faz uns 10 minutos que ele foi no banheiro. – observou mamãe.

Somente assenti, enquanto minha mãe se servia da pizza, eu juntava os pontos na minha cabeça. Mensagem misteriosa, Austin nervoso, demora...

Ferrou!

Me levantei bruscamente da mesa, mamãe me olhou assustada.

─ O que foi Ally?

─ Err... eu tenho de... eu já volto. – não falei mais nada e sai em disparada.

Fiquei olhando em todos os cantos da pizzaria, eu já estava quase ficando desesperada. Me dirigi ao banheiro masculino, assim que abri a porta trombei com um garoto.

─ Que isso menina? – ele perguntou.

─ Sai. Da. Minha. Frente. – falei com um olhar assustador.

Ele obedeceu surpreso.

Olhei em todos os banheiro e nada. Essa não!

Saí de lá, continuei procurando e nada dele. Onde ele está? Decidi perguntar para uma moça que estava sentada perto da saída.

─ Com licença moça, viu um garoto alto e loiro sair daqui? – perguntei .

─ Sim, eu vi, não sei se é o que está procurando. Mas saiu não faz muito tempo.

─ Obrigada.

Sai para a noite escura e quente de Miami. Olhei as ruas, vários carros passavam e pessoas andavam na calçada.

─ Onde você está Austin? – corri em volta da pizzaria tentando acha-lo. E nada. O que eu faço agora?!

Coloquei a mão na cabeça tentando pensar em alguma ideia. Pensa Ally, pensa!

Já sei!

Lembrei que Austin me disse que o Dez sabe tudo em relação a eletrônicos, tudo mesmo. Espero que ele esteja certo, Dez é minha única chance.

Disquei o número rapidamente, depois de dois toques ele atendeu.

─ Alô?

─ Dez! Eu preciso da sua ajuda! Agora!

─ Calma Ally, o que foi?

─ É o Austin, eu acho que ele precisa de ajuda, a gente estava na pizzaria até ele dar a desculpa que ia no banheiro e sumiu! Por favor me diga que pode rastrear o celular dele, tipo, agora!

─ Ta bom, já peguei me laptop. Calma que eu consigo.

─ Vai rápido Dez, não sabemos o que pode estar acontecendo!

─ Só um minutinho... hmm to quase...

─ Só espero que ele esteja bem. – eu estou definitivamente muito preocupada e quase em pânico.

─ Pronto! Vocês estão na Miami Pizzas?

─ Sim!

─ Ele ta na rua debaixo.

─ Obrigada! – agradeci e desliguei o celular.

Corri para onde o Dez disse, uma coisa ruim da rua debaixo da Miami Pizzas, é que a rua é escura.

Mas a última coisa que eu estava pensando é na escuridão. Eu estava com medo do que eu poderia encontrar, com medo de como Austin estava ou se ainda estava...

Me recuso a pensar nisso! Ele tem de estar bem! Eu juro que se ele estiver machucado e eu encontrar o responsável...

Cheguei na rua debaixo. Estava calmo e quieto demais. Mas Dez disse que ele estava aqui, o que me deixa ainda mais assustada com esse silêncio.

Fui andando devagar pela rua, olhando cada canto, com um pouco de dificuldade por conta desse breu.

─ Austin? – chamei meio baixo ainda com receio. – Austin você está ai?

Minha resposta foi um silêncio absoluto. Ok eu vi isso em um filme de terror uma vez e não acabou bem.

Continuei olhando e procurando qualquer sinal do loiro. Não fazia sentido! Onde ele estava? Eu quero achar logo ele e sair desse lugar escuro.

Até que escutei um barulho. Procurei de onde tinha vindo o ruído. Tudo ficou quieto de novo, droga!

Escutei mais uma vez o barulho, acho que sei de onde veio.

A menos de dois metros de mim tinha uma arvora enorme, o troco dela era bem largo.

É de lá que está vindo. Eu devo ir pra perto dessa árvore?

Deixei a preocupação agir por mim, e devagar fui me aproximando da árvore, o que está acontecendo?

Cheguei bem perto, estou a um passo de saber qual o problema, minha mãe deve estar desesperada procurando por nós.

Respirei fundo, e finalmente olhei...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Abraços com carinho