More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland
Notas iniciais do capítulo
EU ESTOU COM FOME MAS AGORA ESTOU POSTANDO ESSE CAPÍTULO, ENTÃO... QUE SE FODA.
APROVEITEM.
Ö_Ö
– Tem certeza? - perguntei com um sorriso travesso.
– Não. - ela respondeu com um sorriso igual. - apenas acho que vai ser divertido.
– Vamos nos arrepender se eles descobrirem.
Lily riu.
– Ele já são nossos namorados. - ela falou. - Não tem como nós nos arrependermos mais.
Eram quase oito da noite e eu e Lily já estávamos de pijama.
Nós sempre tivemos a mania de dormirmos uma na casa da outra... Hoje não seria diferente.
Ela discou o número e deixou o telefone no viva voz.
Depois de três toques Bobby atendeu.
– Alô? - ele atendeu.
Tapei meu nariz e comecei o trote.
– Olá! Aqui é do salão Le chique - minha voz saiu irritantemente animada. - eu gostaria de saber de quantas horas você virá para fazer a pintura.
– Desculpe, mas eu não marquei nenhuma pintura no salão.
– Tem certeza? - perguntei. - seu nome não é: Robert Albert Geller?
– Sim, mas...
– Eu gostaria de saber se a cor rosa neon está bom.
– Bom para o quê?
– A cor que iremos pintar seu cabelo, precisamos escolher uma...
– Eu não vou pintar meu cabelo.
– Mas não foi você o garoto ruivo que chegou aqui de tarde falando que queria pintar seu cabelo de rosa?
– Eu gosto da cor do meu cabelo.
– Mas você mesmo falou que queria uma cor mais estilosa, que mostrasse seu verdadeiro eu.
– Eu não sou gay.
– Foi você quem disse que queria sair de sua prisão.
– Eu não estou em uma prisão. - ele falou irritado.
– Não precisa ter vergonha de admitir.
– EU NÃO SOU GAY!
– Você pode começar admitindo para si mesmo.
– Como eu disse antes: EU NÃO SOU GAY! - ele gritou e desligou o telefone na minha cara.
Lily caiu na gargalhada.
– Ele não quer sair do armário mesmo né? - ela falou. - isso é tão triste.
– Falou aquela que estava trocando saliva loucamente com um gay apenas para
causar ciúmes em um garoto.
– A ideia foi sua.
– E você foi idiota o suficiente para ouvir.
Ela se calou e em seguida recomeçou a rir feito uma idiota.
Peguei o telefone e disquei o número de Scott.
– Quem é? - ele perguntou.
– É do açougue? - Lily perguntou com a mesma voz irritante que eu fazia quando liguei para Bobby.
– Não.
– Que pena, porque você pode não ser carne, mas é suculento.
– O que... - ela desligou antes que ele pudesse terminar.
Eu levantei uma sobrancelha para ela.
– Isso não foi um trote. - falei. - você soltou uma cantada para ele. Uma bem ruim.
– Eu não sei fazer trote. - ela resmungou. - por que não tenta jogar uma cantada em Bobby? - Lily pareceu animada.
– Está bem.
Disquei o número de Bobby novamente, que atendeu no segundo toque.
– Olha eu não marquei horário em salão algum... - ele começou a falar.
– Não sabia que você era do tipo que marcava hora no salão. - eu ri.
Lily parecia confusa sobre eu não disfarçar a voz.
Bobby pigarreou do outro lado do telefone.
– É uma longa história. - ele resmungou.
– Entendo.
– Você me ligou a pouco tempo atrás. Aconteceu alguma coisa?
– Não, eu só queria perguntar uma coisa.
– O quê?
– Eu tenho saudade do meu ursinho. Quer dormir comigo?
Ouve silêncio do outro lado da linha. Ele poderia estar tão perplexo?
Eu desliguei o telefone antes que algo saísse da boca dele.
– Acho que ele acha que eu quero fazer sexo com ele. - falei rindo.
Ela riu para mim também.
– Tomara que ele tenha camisinhas dentro da bolsa.
Joguei o telefone para Lily, que ligou no mesmo segundo botando no viva voz.
– Alô. - ela perguntou com sua voz normal.
– Oi, Lily. - Scott respondeu.
– Eu queria saber...
– Queria saber?
– Se você quer dar uma volta a três ? Eu você e o amor.
Ouvimos risadas abafadas.
– Vocês são péssimas fazendo cantadas. - ouvi a voz de Bobby do outro lado da linha.
– Terrivelmente. - Scott concordou.
– Apesar de o trote do salão de beleza ter sido bom.
– Vocês estavam juntos quando ligamos na primeira vez? - Lily perguntou.
– Estávamos na casa do Bobby. - Scott respondeu.
– Merda. - falei.
– Xingar é feio, docinho. - Bobby falou.
– Espere. - Lily falou. - vocês estavam na casa de Bobby?
– Sim. - Scott respondeu.
– Onde vocês estão agora? - ela perguntou.
– Olhe pela janela.
Lily olhou para mim assustada e saiu correndo para a janela do seu quarto, sendo acompanhada por mim.
Bobby e Scott estavam parados de frente a casa de Lily, a caminhonete vermelha de Bobby estacionada na frente e ambos encostados na mesma.
– Não vão nos convidar para entrar? - Scott gritou do jardim.
– Nós não estamos próprias para visitas hoje! - gritei em resposta.
– Não seja boba! Você sempre está linda! - Bobby gritou.
– Nós estamos de pijama! - Lily respondeu.
Eles trocaram olhares cúmplices e sorriram para nós.
– Adoraríamos ver estampas de coelhinhos e ursinhos em shorts curtos e blusas de mangas caídas! - Scott gritou.
Olhei instintivamente para meus shortinhos e os de Lily e a blusa de ombros caídos que eu usava.
Virei-me para ela que tinha um semblante pensativo no rosto.
– Deixamos eles entrarem? - perguntei baixinho.
– Acho que sim. - ela respondeu. - meus pais não estão aqui, também não voltaram antes das uma da manhã.
Me remexi inquieta.
– Se eles fizerem alguma coisa, o que acho pouco provável, mandamos eles embora.
– Está bem. - falei.
Lily saiu do quarto e desceu as escadas, eu a acompanhando de perto. Ela abriu a porta e indicou para que ambos entrassem.
Scott entrou primeiro, abrançando Lily forte e apertado. Bobby entrou logo depois, mas sua reação foi diferente. Ele me olhou de cima a baixo, sua boca se formando em um pequeno "o".
Ele chegou perto e deixou que eu o abraçasse, as mãos dele passando pela minha cintura e costas, seu queixo repousando em minha cabeça. Seus lábios depositaram um beijo em minha testa.
Ele me largou e entrelaçou seus dedos aos meus, fazendo uma pequena pressão.
– Não deveriam ter vindo aqui só por causa de algumas brincadeiras infantis. - Lily resmungou.
– Nós não íamos vir. - Scott falou. - só que Bobby quis vir mesmo assim, falou que queria ver a Summer.
– Vai dizer que não queria vir também? - Bobby perguntou.
– Poderíamos ter esperado até amanhã.
– Não, nós não poderíamos. - Bobby reclamou olhando feio para Scott.
Scott sorriu e sussurrou algo no ouvido de Lily que assentiu e riu baixinho.
– Vamos comer alguma coisa. - ela falou. - tentem não destruir a sala de estar.
– Lily! - repreendi em tom rude.
– Tentem não destruir a cozinha. - Bobby falou para o amigo.
– Você não tem jeito mesmo, né? - Scott perguntou, mas Bobby deu de ombros.
Eles saíram da sala em busca da cozinha, deixando eu e Bobby sozinhos na sala. Ele parecia mais sério que o normal.
– O que foi? - perguntei.
– Nada.
– Bobby.
Ele suspirou.
– Nós fizemos nosso aniversário de um mês ontem. - ele falou.
– Eu sei. - falei.
– E nós combinamos de não fazer ou comprar nada um para o outro.
– E daí?
– Eu comprei algo para você. - ele admitiu.
– Bobby, não precisava...
– Precisava sim. - ele falou. - eu nunca senti isso por qualquer garota e eu acho que você merecia algo assim. Não é nada de mais.
Ele enfiou a mão dentro do bolso do casaco e puxou uma caixinha do tamanho da palma da minha mão.
– Aqui. - ele me entregou a caixa sem muita demora.
Abri a caixa e vi o que tinha dentro. Uma pulseira prateada com um único pingente, sendo ele uma coruja de prata com olhinhos azuis feitos de pequenas pedras.
– Ela é linda. - falei. - obrigada.
– Não precisa agradecer.
Ele pegou a pulseira e a fechou em torno de meu pulso com delicadeza.
– Linda como a dona.
Ele se aproximou, a mão repousando em minha bochecha. Bobby me beijou, seus lábios tinham gosto de baunilha e cereja, como se tivesse comido sorvete.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bye bye ō.ō