A custo da felicidade escrita por IceAngelIce, CatkeithCat


Capítulo 9
Astrid


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, a vida está complicada. Digamos que meu pai era um homem de posses e além de estarmos muito depressivas pela morte dele minhas meio-irmãs ( filhas do primeiro casamento do meu pai) querem que eu não tenha direito a nada nem minha mãe. Vamos apenas dizer que a vida está muito complicada, sabe eu sempre fui a filhinha do papai que não precisava realmente ter muitas preocupações. No começo desse ano eu estudava na melhor escola de ensino medio da minha cidade, mas com o falecimento dele e como o inventario ainda vai demorar não temos condições de pagar esse colegio ele custa mais de 2400 reais. Eu mudei de colegio, ainda é um colegio bom e não vou reclamar dele. Mas eu quero fazer medicina e agora eu não tenho a opção de fazer uma faculdade particular eu tenho que passar em uma faculdade publica. Eu sempre fui mais ligada ao meu pai que a minha mãe, sabe eu nunca namorei e sempre tive na minha cabeça quando eu fosse namorar alguem eu falaria primeiro para o meu pai. Eu só tenho 16 anos e eu realmente preciso do meu pai, sabe ... eu sempre imaginei que quando eu fosse me casar meu pai me levaria no altar, eu sempre tive na cabeça de que cuidaria de meus pais quando velhos.... meu pai trabalhou a vida toda, nunca tirou ferias. Ele começou a trabalhar aos 11 anos porque viu dois irmãos morrerem de fome e ainda tinha mais 10 irmãos para cuidar . Meu pai é aquela pessoa que teve uma daquelas vidas em que você lê em livros, alguem que foi sapateiro, trabalhou em lavouras, fez vinhos, fazia bicos quando criança, foi pedreiro, fazendeiro , engenheiro, fez teologia e mais 3 faculdades. Ele é o meu heroi e eu sinto falta dele todo dia. Agradeço que leu esse desabafo até o fim, acho que minha vida vai influenciar no modo como escrevo.



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Soluço saiu da casa com seu "gato" atrás dele, seu pai iria sair em poucos minutos e ele deveria se despedir. Sua mente estava cheia, a aldeia parecia calma de mais e isso o fez sentir náuseas em seu tempo sempre haviam pessoas andando pela aldeiam e dragões filhotes fazendo traquinagens. Suspirou ao passar pelo lugar onde seria a arvore que ele e Astrid haviam plantado em seu casamento. Stoico estava dando ordens aos aldeões, e os vickings levando as armas para o navio. O menino sentiu uma dor no coração ao ver o chefe da aldeia , ele parecia tão novo e bem em comparação com o Stoico que ele se lembrava. Sua morte foi a mais difícil pela qual Soluço já teve que passar, ele sabia que o ruivo mais velho voltaria em segurança dessa viajem, no entanto tinha medo de perde-lo novamente. Este podia não ser o pai orgulhoso que ele se lembrava, nem o pai que acreditava em soluço com a sua vida, porém era seu pai.

O ex-chefe, agora o inutil da vila, andou até Stoico o mais lentamente possivel. O chefe se virou e viu seu filho... com um gato?

"Soluço, que bom que você veio." Soluço levantou as sombrancelhas nessa sentença. " Bocão vai cuidar de você enquanto eu estiver fora, não arrume problemas."

E era isso.... essa era a despedida de Stoico. Soluço sentiu um amargor na boca, a vida seria realmente ... estranha... nesse passado.

Stoico derrepente voltou e colocou a mão no ombro do menino "Eu vou voltar, eu acho. E lembre-se sem problemas."

Quando Stoico se afastou o ruivo menor murmurou "Eu vou estar aqui, eu acho."

Talvez o mundo não vá ser tão estranho assim.

—--

Astrid observava o menino de longe, ele estava muito estranho. Ela o seguiu, o ruivo andou até uma parte da floresta e colocou o gato no chão.

"Companheiro você pode ir caçar um pouco, vou treinar." Ele falou suavemente, sua voz diferente da que a loira se lembrava.

Ele observou quando o menino desisterrou uma espada perto da arvore, Soluço a levantou e sorriu.

"Essa foi uma das melhores que fiz, realmente uma pena que eu não vá ser ferreiro não é mesmo banguela?" O menino olhou para o gato que o tinha ignorado quando falou para ele ir caçar.

A loira ficou chocada ao ver o inútil da vila "lutar" contra a arvore, seus cortes eram perfeitos e iam muito fundo na madeira. Ele sorria e sua postura era muito diferente da que ela estava acostumada. Onde foi parar o garoto que nem mesmo conseguia falar com ela sem gaguejar ou corar?

Seus olhos eram verdes e bem mais profundos do que ela imaginava, havia algo ali. Algo o qual ela não podia nomear, entre coragem e tristeza. Astrid se sentou na grama e o observou, isso era realmente estranho já que ela nunca teve nenhum interesse pelo herdeiro da vila, no entanto ele era um mistério que ela gostaria de desvendar... culpe seu instinto vicking que odeia misterios. Vickings preferem uma luta corpo a corpo sem mistérios ou truques... digamos que não eram muito conhecidos por seu cérebro.

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Estava escurecendo e Soluço suspirou, seus dias passavam de forma muito rapida. Ele nem havia voado com Banguela hoje.

"Banguela" Chamou o jovem chefe.

O gato jogou um peixe nele.

"Onde voc...." Soluço parou de falar e levou uma de suas mão para atrás da cabeça."Eu esqueci companheiro... iamos caçar hoje. Você já foi sem mim não é?"

O gato jogou uma cesta com vários peixes nele.

O ruivo se sentou no chão e montou uma pequena fogueira."Vamos comer aqui hoje. Como meu pai não está na aldeia não vão nem mesmo perceber que sumi."

Perto deles, mas escondida estava uma loira... com muita fome. Astrid teve que segurar o riso com o gato malcriado do filho do chefe, o menino parecia bem melhor ao falar com o gato . Ela invejou Soluço por ter um gato para levar comida para ele, ela só comia no refeitório. Seus pais não tinham dinheiro para muitas coisas, seu pai um dia foi um grande guerreiro, no entanto ele tinha ficado incapacitado em uma luta contra uma tribo inimiga. Ela não podia ir comer agora porque era terça-feira , e a comida era grátis apenas nas segundas,quartas, nos sábados e nos domingos. Ela sabia que isso era bem mais do que algumas outros tribos faziam, mas ela sentia fome nesses dias.

Sua mãe não era uma guerreira, ela apenas fazia o trabalho de casa e nem era muito  boa nisso. Por isso Astrid tinha que ser uma boa guerreira, assim ela ia poder trabalhar e quem sabe conseguir um boa casamento. Soluço tinha sorte por ter nascido em um berço de ouro.

...Talvez ela poderia fazer amizade com o gato dele... assim o felino poderia trazer comida para ela e seus pais.

A loira se perdeu em pensamentos até ouvir um suspiro de felicidade do ruivo. Ela olhou para o herdeiro da tribo e arregalou os olhos ao vê-lo tirar sua bota, seu pé era de metal. Era uma prótese.

“Porque eu ainda estava com a bota mesmo?” O menino perguntou para o gato.

 

    Astrid tampou a boca para que não solta-se um palavrão, Soluço também tirou a blusa e ele era bem diferente do que ela imaginava… não que ela um dia tenha o imaginado. O ruivo não era o fracote que Melequento falava, e nem fraco como ela imaginava… Quem era o herdeiro da aldeia? Parecia que tudo o que ela sabia sobre ele era mentira. Será que o chefe escondia a força de seu filho ou ele não sabia como o resto da aldeia? Stoico não deve saber, já que Soluço não está treinando para matar dragões. Claro que não eram todos os jovens dá vila que iam treinar, apenas os mais abastados… e ela porque um dia sua família já teve dinheiro e era seu direito por ser a filha mais velha. Haviam mais jovens na vila do que ela, os gêmeos, Perna-de-peixe, Melequento e Soluço, só que eles iam trabalhar em outras áreas, como serem padeiros, agricultores ou coias do tipo.

     O ruivo assou alguns peixes na fogueira e entregou a maioria para o gato, ela arregalou os olhos ao ver que o gato já tinha comido quase tudo. O menino se levantou e chamou o gato que ficou em seu ombro, ele pegou sua blusa, bota e espada e foi para uma parte da floresta mais profunda. A loira pensou em seguir ele, mas já estava escuro e era perigoso andar a essa hora. Ela foi para o lugar onde ele estava antes e olhou para a cesta que de alguma forma foi quase destruída. Astrid chutou a cesta e dentro havia um peixe, ela arregalou os olhos e acendeu a fogueira que tinha a pouco sido apagada. Ela assou o peixe e rezou para os deuses que esse peixe desse para 4 pessoas.


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Notas finais do capítulo

bye gente, um capitulo para vocês no meu aniversario de 17 anos.



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