My Life Is All About You - Final escrita por Louca McCurdian


Capítulo 1
Capítulo 1 - iGoodbye Samantha Puckett


Notas iniciais do capítulo

Eu queria dizer, que para Seddie Shippers o capitulo pode ser um tanto forte, mas queria também mostrar que 'finais felizes" nem sempre acontecem, obrigada a todos que me pediram para fazer este capitulo, eu amo vocês! Boa leitura #sdds. Nota: A história é toda narrada pelo Freddie



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Connecticut, 13 de dezembro de 2035:

~ POV Freddie

O vento lá fora, chegava a dar medo, Sam estava sentada ao meu lado, com uma xícara de chá, ela olhava fixadamente para uma foto de Michelle e Spencer, antes de tudo acontecer, com os cabelos quase brancos e a pele toda sensível, ela pouco falava, e a cada palavra havia brigas comigo, eu sei que ela sente falta, mas é preciso desapegar, já faz tanto tempo, e esse tempo deixou aquela loira malandra com um jeito ranzinza, ela nunca foi de demonstrar sentimentos como demonstra hoje, e eu embarco em uma solidão a cada dia que se passa. Eu tenho medo, que minha Samantha esteja doente, quando vamos dormir, ela chora, e posso ouvir a ronquidão no seu peito assim que ela dorme, sua respiração fica mais fraca, ela não reclama, não existem palavras que a façam sorrir novamente, e aquele lindo sorriso está escondido há muito tempo. Eu sei que se eu falar de Michelle, ela irá resmungar, e se eu falar de Spencer, ela vai desabar.
Spencer era um bom amigo, aquele que mesmo estando mal, ou doente, te fazia rir, e nos mostrou que idade é apenas um numeral como todos os outros, admito, que sinto falta dele, demais, mas a morte é algo que não se pode voltar atrás, aquele dia foi tão doloroso quanto a despedida de Carly e a de Michelle, eu não gosto de lembrar, mas é meio impossível esquecer. Todo mundo um dia se vai, mas a Sam não percebe o quanto estar apegada nisso faz mal pra ela.


Flashback ON:


Carly estava aos prantos e eu não podia acreditar, Sam estava no trabalho, ela logo chegaria e se eu pudesse dar um jeito de mudar as coisas, mas não posso, eu tremia por dentro, não dava para acreditar, realmente, naquela cama de hospital, nossa grande amigo, o pai que nunca tive, Spencer já fechava os olhos, Carly abraçada ao braço do irmão e chorando muito, quando ouço barulhos na porta, Sam havia chegado, ela parou em frente a cama e ficou paralizada. Cheguei perto e ela não se mexeu, as lágrimas no rosto dela caiam.

Freddie: - Sam... Sam...

Eu tentei falar algo, mas ela nada respondeu.

Flashback OFF.

Gibby, ele foi um bom amigo, até que decidiu se perder na vida, sabe, as pessoas acham que tudo são flores, mas tudo tem seu lado sombrio, o restaurante faliu, e ele perdeu tudo, o irmão mora com a tia em Vegas. E Gibby... eu perdi as contas de quantas vezes ele foi pego pela polícia, tentamos ajudar, mas ele não nos ouviu, não sei dizer se ainda está vivo.
Nevel depois de muito tempo mechendo com programações de computador, ganhou muito dinheiro fazendo coisas do bem, além de estar até hoje ajudando ONGs, ele se casou, com Carly, os dois moram na Grã Bretanha fazem 10 anos, quem diria, eles estão entre os casais mais ricos do mundo, era o que Carly queria, acho que a última vez que ela ligou foi no meu aniversário, e logo desligou, não sei mais nada sobre ela.
Queria poder ver todos eles denovo, iCarly ainda é considerado um dos melhores web-shows do planeta até hoje, quase 30 anos depois, no passado em não pensava que toda a turma de amigos ficariam tão separados assim, mas é vida que segue.

Connecticut, 15 de dezembro de 2035:

Acordei, mas ainda me sentia cansado, Samantha não dormiu a noite inteira, ela passou bem mal, eu precisava ir trabalhar, vesti meu casaco, peguei as luvas, nevava lá fora, acenei para ela e saí pela porta do quarto.

6 horas depois....

Cheguei em casa e Samantha estava na cozinha, ela fumava, péssimo hábito, ela também tomava café, tirei o casaco e coloquei em cima do sofá, era o aniversário de Michelle, ela estava fazendo 23 anos, incrível como o tempo passou rápido, retirei o telefone celular do bolso da calça e me sentei na mesa junto com Sam, liguei para Michelle, a loira de cabelos quase brancos apenas abaixou a cabeça, e subiu para o segundo andar em direção ao quarto.

Ligação ON:

Michelle: - Pai? Oi!


Freddie: - Oi filha! Que saudades, acabei de chegar em casa e queria te desejar feliz aniversário!


Michelle: - Obrigada! E mamãe? Como vocês estão?


Freddie: - Ela está lá em cima, ela já te ligou, não é?


Michelle: - Ligou, mas não parecia bem!


Freddie: - E não está, tenho medo dela estar doente!


Michelle: - Mas tem algo demonstrando isso?


Freddie: - Faltas de ar, tosse, e tem aumentos na pressão arterial, fora isso, insiste em fumar!


Michelle: - Ah mamãe! Eu me sinto culpada, estou tanto tempo fora, mas prometo que assim que der, eu visito vocês!


Freddie: - Estamos te aguardando!


Michelle: - Preciso ir, obrigada pai, até mais tarde!


Freddie: - Tchau.

Ligação OFF.


Connecticut, 18 de dezembro de 2035:

Estávamos sentados na varanda, Samantha parecia mais alegre do que nos últimos dias, ela me falava sobre o futuro, dizendo ter medo da morte, também me disse que se sente como uma uva passa, e a personalidade dela não mudou muito, mas se eu perguntar de presunto ela responde "Prefiro maçã" pode parecer estranho, mas ao mesmo tempo que ela continua a mesma, algo mudou, reclamou quando olhei pra ela, disse que estava feia por causa da idade, ironizei dizendo que nem se ela fosse uma uva passa seria feia, Samantha me olhou e sorriu, colocou a mão no meu rosto e me beijou suavemente, o barulho do telefone atrapalhou o beijo e eu entrei na sala para atender. Era o médico de Sam, ele queria vê-la no seu consultório imediatamente.
Ela soluçava, e eu abraçava Sam cada vez mais forte, o médico disse que a doença estava muito agravada, por motivos que Samantha fumava muito, eu não sabia como reagir, só falava "vai ficar tudo bem" e ela apenas chorava, Sam estava com uma doença grave nos pulmões, para ser mais exato, câncer, eu já sabia que isso doeria em mim, só de ouvir o que ele falaria a seguir. Mas não, ele não disse nada.

Connecticut, 27 de dezembro de 2035:

Faziam 9 dias desde que descobrimos a doença de Samantha, ela fica falando toda hora sobre isso, e ela continua afirmando não ter medo, mas eu sei que ela não está confortável, desde o dia, estou pensando em comemorar e nosso aniversário de 22 anos de casamento, comemorado no dia 12 de fevereiro, vou aproveitar as férias do trabalho e comemorar antes, foi um momento único e especial, lembro até hoje, pesquisei na internet, e vi que iriam ser Bodas de Louça, Samantha lia uma revista, sentada perto da lareira e com os pés na almofada, vestia um casaco cinza, uma calça meio larga e pantufas, ou como Michelle se referiria, pantufas de velhos.

Connecticut, 02 de janeiro de 2036:

~ 09:40 AM

Falta pouco, apenas algumas horas para eu e Samantha viajarmos para Madrid, na Espanha, e logo depois do dia 9 vamos para Paris, no dia 16 para Roma e por último, no dia 23 para Londres , esse será meu presente para ela, uma semana em cada cidade que ela sempre quis conhecer, estávamos esperando o vôo, que sairia as dez da manhã. Estava muito frio, Michelle havia ligado mais cedo para se desculpar, por não ter ligado para desejar feliz ano novo.

Connecticut, 07 de janeiro de 2036:

Depois de conhecermos Madrid, estávamos em Paris, Samantha parece tão feliz e confortável, ela segurava um caderninho, e quando eu olhava, lá estava ela escrevendo, não questionei, mas ela não tinha o costume de escrever, estávamos no hotel e fui até o banheiro tomar uma ducha. Logo Sam me chamou, e perguntou se estava tarde demais para irmos ao Museu do Louvre, ela gostou mesmo de lá.

Connecticut, 14 de janeiro de 2036:

Ainda estamos em Paris, Samantha diz estar bem e ansiosa para chegar em Roma, os dias tem sido mais doces, e ela fala mais comigo, e também não brigamos tanto, o médico nos telefonou, e disse para tomarmos cuidado, pois Samantha ainda tinha crises de falta de ar, ontem mesmo levei um susto quando olhei para ela e seus lábios estavam quase roxos.

Connecticut, 18 de janeiro de 2036:

Abri os olhos, Sam estava acordada, escrevia em seu caderno, sentada em uma cadeira perto da porta, me levantei e fui até o banheiro, quando voltei ela estava com a mão no peito, perguntei se ela estava bem e ela apenas acenou que sim com a cabeça, eu realmente estava preocupado, no dia anterior tive que levar Samantha ao médico, pois ela estava com dores para respirar, o médico disse para ela apenas se cuidar, pois não tinha o histórico médico dela, saímos de lá com raiva, ela dormiu a noite toda, tossiu um pouco, mas não reclamou, perguntei se ela ainda queria ir até a Capela, e ela insistiu, andamos o dia todo, com muitas paradas durante o caminho, por causa da tosse e da dispneia. O fim da tarde chegava, e Samantha e eu resolvemos visitar o Panteão, chegando lá eu falava com um homem, que por incrível que pareça, era amigo da minha mãe, Sam se afastou e foi escrever, alguns minutos depois o homem se despediu e foi embora, quando olhei para trás, Samantha havia sentado no chão ao me aproximar vejo ela chorando, me ajoelho e seguro suas mãos.

Freddie: - O que foi Sam?


... está doendo, o meu peito.


Freddie: - Calma, vamos embora.


... eu já sabia, quero que leia isso!– disse ela me entregando seu caderno.


Freddie: - Sabia o que?

Sam começou a tossir, mas aquilo me deixou assustado, era sangue, ela pareceu começar a ter falta de ar, estava sofrendo tanto, e eu como um idiota só pude abraça-lá.

Freddie: - Eu vou chamar a ambulância!

... não, Freddie.

Ela não conseguia pronunciar nada, a boca estava cheia de sangue, minhas mãos, Samantha começou a agonizar e se deitou no chão, ela tentava permanecer de olhos abertos, parecia estar afogada, eu entrei em desespero, um aglomerado de pessoas estavam em volta, eu pedia ajuda, mas um rapaz disse, "Veja, ela já se foi" ao olhar para Samantha, comecei a chorar, ela estava de olhos fechados, morta, em meus braços. Eu só sabia pensar, e abraçado em minha Sam, lembrei da faca na mochila, lembrei do caderno, foi tudo tão rápido, eu me lembro de arrancar a última folha, a qual eu havia lido na noite passada quando Samantha estava no hospital...

"Freddie, eu queria poder me desculpar, por todas as vezes que peguei no seu pé, e por todas as travessuras que fiz com você, desculpe por colocar aquele peixe morto no seu armário, por te bater com pão, por... Enfim, desculpe-me por cada coisa e por cada tapa, desculpe-me pelas brigas, por tudo, do fundo do meu coração, mas também queria agradecer por todos os dias ao seu lado, e por todas as noites, por todos os doces beijos e pela companhia, obrigada por me amar e me suportar, por me ensinar tudo o que eu precisava para ter a felicidade aos meus pés, me levantar todas as vezes, me abraçar com tanto carinho, ter paciência comigo e sempre me guiar, eu quero te dizer, que mesmo que seja o fim, eu te amo com todas as letras, sentidos e clarezas deste mundo. Eu queria também agradecer por me escolher, com tantas oportunidades e tantas garotas normais por Seattle, você me escolheu, juntos tivemos alegrias e momentos de apreensão, mas de nós um fruto nasceu, Michelle, minha bela garota, obrigada por dar pra ela a educação e bom senso, Freddie quero que saiba que estas viajens foram um dos melhores momentos de toda minha vida, eu nunca esquecerei do nosso primeiro beijo, e nem dos momentos e das noites incríveis, não há palavras para te dizer que possam mostrar o quanto grata sou, e quero que saiba que vou estar te esperando além do horizonte. Ou em outro lugar qualquer, obrigada meu amor, você foi a melhor coisa que Deus podia me dar, e em todos esses últimos dias, eu me arrependo de não ter te aproveitado um pouquinho mais, eu quero que, ao ler isso você não chore pelos bons momentos terem passado... Sorria por eles terem acontecido, meu amor eu quero que saiba que por você eu daria meu sangue, mas tudo o que posso fazer nesse momento é te dar meu coração, ao infinito e além, I hate you Freddie Benson!"


Meus olhos se fecharam, e mais nada eu pude ouvir, a não ser uma mulher gritando, "ELE SE MATOU"....


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Notas finais do capítulo

Querem me matar? Chorei escrevendo, chorei lendo, chorei pensando quando ia escrever, mas ok! Compartilhem e deixem seus review se gostaram! Obrigada



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