Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 39
É, não tem mais jeito. Tô amarrado em você.


Notas iniciais do capítulo

E aí meu povo, tudo bem com vocês??
Eu estou MUITÍSSIMO FELIZ!!!!!!!!! Eu entrei de férias hoje e ainda de combo consegui recuperar minhas notas em química, então por causa disso temos capítulo novo!
Gostaria de agradecer a todos pelos comentários, fico muito feliz em saber que tenho o apoio de vocês no que faço aqui. O capítulo de hoje é um tanto especial, foi bem difícil escrevê-lo, mas eu espero de verdade que vocês gostem. Gui é um dos meus personagens favoritos, então... Espero que gostem do capítulo e quero ver todos vocês nos comentários!!!!



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Guilherme’s POV

“-Qual o seu nome? –uma moça me pergunta, ela tem grandes e brilhantes olhos verdes e ao lado dela está um homem alto e de olhos azuis.

–Guilherme Hikaru. –respondo baixinho. Eu já tinha dito o meu nome umas quarenta mil vezes hoje, pra umas quarenta mil mulheres e seus maridos. Eu odiava essas feiras de adoção, odiava com todo o meu coração, eu era obrigado a participar disso desde sempre e eu só tinha seis anos. Eu nunca tinha sido escolhido por nenhuma família e eu nem tinha mais esperanças, os casais só escolhem os bebês fofos.

–Guilherme Hikaru? –ela pergunta e eu balanço a cabeça. –Esse nome é bem bonito, quem foi que te deu esse nome?

Franzo a testa, a minha coordenadora disse que eu tenho esse desde que eu cheguei aqui e que ele veio escrito num bilhete: Cuidem bem do meu Guilherme Hikaru.

–Acho que foi minha mãe ou sei lá, sempre tive esse nome. –respondo.

–Bê, eu quero ele. –ela olha para o marido. –Tem que ser ele.

Ela estava falando sério? Ela queria me adotar?

–Tá falando sério? –pergunto.

–Sim! Queremos você. –o marido dela responde. –Ele é tão bonitinho Yummi.

E depois daquele dia eu me tornei filho de Yummi e do Bernardo Almeida. O garotinho assustado e sem família, ganhou uma família e com essa família ele aprendeu o que era amor verdadeiro.”

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Samantha de Lucca aceitou a sua solicitação de amizade.

–Não acredito! –levanto do sofá e olho novamente a notificação que apareceu no meu celular.

–O que foi criatura? –Sofi pergunta. Eu estava na casa dela vendo algum filme boboca que ela gosta, Arthur, Jenni e Markus estavam ocupados demais e a Sofi e eu não tínhamos nada pra fazer, então ficamos vendo filmes.

–Ela aceitou meu pedido de amizade! Ela aceitou meu pedido de amizade, Sofi. –eu comecei a pular, meu Deus eu estou parecendo um garotinho de cinco anos.

–Ela quem? –Sofi pergunta franzindo a testa.

–Samantha! –respondo sorrindo.

–Ah meu Deus! Você está parecendo uma garotinha de dez anos quando dá o primeiro beijo. –ela sorri.

–Cala essa boca sua chata. –eu respondo sentando novamente no sofá.

–Vamos stalkear. –ela diz tomando o celular da minha mão. Começamos a ver as fotos e as postagens da Samantha. –Ela tira umas fotos bem legais. –Sofi comenta. –Olha só, ela faz curso de fotografia no centrão.

–Que? –tomo o celular da mão dela e olho a informação sobre o curso. –Preciso me inscrever nesse curso, tipo agora, tipo URGENTE!

–Santo Deus, Guilherme, se acalme. –Sofi ri.

–Não consigo, eu... Eu tô ficando meio... –pauso, a palavra me engasga.

–Apaixonado? –Sofi sugere.

Não era assim que eu me sentia, na verdade eu nem sabia como sentia em relação à Samantha, ela nem me conhece direito e eu estou com essa obsessão maluca por ela.

–Não ainda. –respondo. –Caramba Sofi, eu não sei de nada.

–Tá apaixonadinho. –ela cantarolou.

Fiquei com a Sofi a tarde toda e depois disso fui até a casa da Jenni, queria arrancar informações sobre a Samantha e ela com certeza sabia de muita coisa. Bati na porta e a Jenni abriu, ela estava vestida com roupa de garçonete.

–Ué. –digo e ela revira os olhos.

–Não diga nada. –ela entra. –Minha mãe teve um desfalque de garçons hoje e eu vou ter que trabalhar pra ajuda-la.

Entro e analiso sua roupa, ela tá com uma tiara de Minions.

–Festa infantil? –pergunto.

–Infelizmente. –ela faz uma careta. -A Samantha arranjou essa festa de última hora e por isso a falta de garçons.

A menção do nome Samantha faz a minha pulsação aumentar.

–Samantha? Ela vai ser garçonete também? –pergunto.

–Sim. –ela dá uma risadinha. –E sei que você só veio aqui pra ficar perguntando dela.

–Como?

–Sofi me mandou uma mensagem avisando. –ela ri. –Se você quer conhecer ela direito, você podia trabalhar como garçom hoje, ia ser uma ótima oportunidade pra conhecê-la.

Sorrio, essa ideia é brilhante.

–Loira você é demais! –eu a abraço.

–Vem, vou pegar uma roupa pra você. –ela sobe e pega uma roupa pra mim. Visto e logo depois estamos prontos. Eu ligo pra minha mãe e aviso que vou trabalhar no buffet da mãe da Jenni.

Jenni me ensina as coisas e eu aprendo rápido, depois de algum tempo a mãe dela veio nos buscar e nos levou pra festa. Estava cheia de crianças barulhentas.

–Olha a Samantha ali. –Jenni aponta. Samantha está usando o mesmo uniforme da Jenni, mas nela ficava incrivelmente maravilhoso, meu Deus do céu aquela mulher é...

–Olá Jenns. –ela abraça a Jenni.

–Oi Samantha. –Jenni ri. –Esse é o Gui, ele veio nos ajudar hoje. –Jenni aponta pra mim.

–Eu me lembro dele. –ela sorri pra mim e me dá a mão. –Você é o amigo japonês pé de valsa da Sofia, né? –ela pergunta e eu assinto. –Eu nunca ia esquecer um garoto tão pé de valsa. –ela ri.

–Ainda bem que não me esqueceu. –sorrio, ela sorri também e esse sorriso aquece meu coração.

–Vamos trabalhar. –a mãe da Jenni nos chama. Ficamos servindo refrigerante e salgadinhos pras crianças e os seus pais. Em alguns momentos fiquei conversando assuntos aleatórios com a Samantha e Deus do céu essa garota é incrível. Com todas as palavras!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Depois de duas semanas daquela festa a Samantha e eu viramos bons amigos, nós já saímos juntos pra comer umas cinco vezes e a gente conversa todos os dias no celular. E acho que oficialmente eu estou apaixonado por aquela garota. Ela é mais velha que eu, mas e daí? Eu não ligo tô pouco me lixando. Ela tem 21 anos e eu 17, quatro anos de diferença nem é muita coisa. Às vezes pinta uns climas entre a gente, mas ela logo desvia, fico puto, mas eu não quero forçar nada. Samantha é bonita pra um caralho e toda vez que a gente sai tem alguém dando em cima dela. Quero muito mesmo fazer essa garota se apaixonar por mim, mas é difícil... Ela é tão difícil de agradar, quer dizer ela não gosta que a chamem de Sam, Sammy e todos os derivados, não gosta de Coca-Cola, é vegetariana, tem alergia a cães e ela é órfã, os pais dela morreram quando ela era pequena, ela quer ser fotografa assim como eu, e só virou sócia da mãe da Jenni pra pagar os cursos que quer fazer, e o mais importante, ela não gosta de caras atirados. Samantha é uma caixinha de surpresas e eu quero descobrir tudo sobre ela.

Samantha de Lucca diz: Acorda japinha.

Guilherme Hikaru diz: Já estou acordado tem mt tempo minha ruiva.

Samantha de Lucca diz: Fazendo o que de bom? Pensando em mim? Comendo? Jogando aqueles jogos bestas?

Guilherme Hikaru diz: Vc se acha né? Eu não estou pensando em você haha, eu tbm já comi e meus jogos não são bestas. E vc o que tá fazendo?

Samantha de Lucca diz: Pensando na vida J

Guilherme Hikaru diz: Vixe... Em que área da vida?

Samantha de Lucca diz: Amorosa...

Fiquei conversando com a Samantha por horas até que um assunto surgiu.

Samantha de Lucca diz: Vc namoraria uma garota mais velha? Sei lá... Tem gente que tem preconceito.

Guilherme Hikaru diz: Só namoraria uma garota mais velha se essa garota fosse você.

Ela visualizou e não respondeu... DROGA! Será que exagerei? Mas foi ela que começou com isso... Droga será que ela me achou atirado?

Depois de uma hora de vácuo eu decido ir atrás dela, não vou ficar com essa droga de dúvida na minha cabeça, sei onde ela mora mesmo vou até lá resolver tudo. O porteiro já me conhece então me deixa subir sem me anunciar. Bati na porta com urgência e ouvi-a gritar um “já vai”.

–Gui? –ela abriu a porta. –O que tá fazendo aqui?

–Você me deixou no vácuo, fiquei preocupado. –digo.

Ela coloca os cabelos atrás da orelha e me olha sem jeito. Ela está usando uma camiseta enorme e pelo jeito está com shorts curtos.

–Que drama Japa. –ela sussurra. –A internet caiu. –ela não está me encarando, sei que está mentindo.

–Tá mentindo. –digo.

–Tô não. –ela responde.

–Tá sim. –eu entro e a empurro na parede.

–Ei. –ela ri. –Tô não.

–Se você continuar negando eu vou... –encaro os seus lábios. Quero beija-la, quero muito mesmo. –Vou te beijar. –eu a desafio. Porque sei que uma das coisas que a Samantha não rejeita um desafio. Os seus olhos brilham e ela dá um sorrisinho maroto.

–Guilherme eu não estou mentindo. –ela diz. Seus olhos estão dizendo algo, “me beija”. E é isso que eu faço e caralho... Ela coloca as mãos no meu pescoço e me beija com urgência, eu a colo mais e mais no meu corpo e ela suspira, meu coração está batendo rapidamente. Essa garota é tudo que eu sempre quis.

–Me dá uma chance? –sussurro, ela abre os olhos e me encara com aqueles vividos olhos verdes.

–A gente é tão diferente... –ela sussurra. Seus olhos estão tristes e ela está olhando pra baixo. –Nunca poderia dar certo. –ela diz.

Meu coração para, por um segundo, mas ele para. Ela não pode dizer isso pra mim... Eu já estou tão dependente e apaixonado por ela, já não sou o mesmo de antes. Samantha me mudou.

–Não fala isso. –peço. –A gente vai dar certo sim. –toco suas bochechas. –Por favor, me dá uma única chance. Eu só quero uma chance de te fazer feliz.

Ela coloca os cabelos novamente atrás das orelhas, ela suspira pesadamente e me olha.

–Eu só posso estar ficando louca, tô apaixonada por um moleque de 17 anos e ainda estou me deixando envolver numa loucura. –ela sorri e eu também sorrio. Meu sorriso chega de orelha a orelha.

–Tá mesmo apaixonada por mim? –pergunto a puxando pra mais perto de mim.

–Ué, pensei que era obvio, eu deixava isso tão transparente. –ela ri. –Você me pegou de jeito, não tem mais jeito. Tô amarrada em você, japonês.

Eu a beijo, a beijo com toda sinceridade que há em mim. Samantha me pegou de jeito, e sabe de uma coisa? Não tem mais jeito, tô amarrado nela.

–Só espero que seu documento não seja pequeno, você sabe o que dizem sobre os japoneses, né? –ela pergunta rindo e eu franzo a cara.

–Bem, você só vai poder saber quando ver. – digo rindo.

–Safado. –ela morde meu queixo. –Eu só posso estar ficando louca mesmo, tô aqui me agarrando com um moleque de 17 anos. Onde foi que meu juízo foi parar?

–Não sei, mas ainda bem que ele não tá aqui. –eu a beijo.

–Você é muito alto. –ela murmura.

– Bah, você que é baixinha demais. –eu digo.

–Nem, eu tenho 1,68. –ela sorri.

–Acho que temos o tamanho certo. –sussurro.

–Nisso eu concordo. –agora é ela que me beija. –Eita japonês... Você tá me fazendo perder a sanidade.

–Fazer o que né? Esse é o meu charme natural. –rio. –Faço as garotas perderem a sanidade.

–Você faz isso muito bem, devo frisar. –ela ri.

Mas o que ela não sabe é que ela também me fez perder a sanidade e me fez perde-la bonitinho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo do Gui? Espero que sim! Se quiserem posso fazer outros capítulos dele e da Samantha, mas só se vocês quiserem. Muito obrigada por tudo pessoal, amo vocês