Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 31
Be amazing!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas lindas da minha vida! Como é que vocês estão? Eu estou bem... Esse capítulo foi intercalado entre o Markus e a Jenni. E eu o fiz pra vocês saberem mais um pouco sobre os amigos da Sofi e do Arthur, eu não quero só ficar focando no casal principal e tal, fica um pouco cansativo, enfim, espero que vocês gostem! Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior. Espero ver vocês nos comentários desse. Beijoooooooooos e boa leitura.



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Markus’s POV

Coisas que você precisa saber de mim:

Sou gay.

Meu pai me odeia.

Eu me sinto como uma borboleta linda e diva.

Sou livre e ninguém vai me impedir de curtir essa liberdade.

Meu pai me expulsou de casa quando eu finalmente assumi minha sexualidade, eu fiquei magoado pra caramba, mas eu não iria me reprimir por causa disso. Agora eu estou passando um tempo na casa da Sofi (até a minha avó chegar do cruzeiro de idosos). Gosto muito da família da Sofia, a mãe dela é incrível e amorosa, o Brand é um cara compreensivo e gentil, Tadeu é um cara legal, Isa é um doce e a Sofi é a melhor amiga que eu poderia ter, apesar de ser um pouco ingênua e boca grande e muito lerda, ela é incrível e eu a amo demais e agradeço muito a Deus por tê-la como amiga. Também tem a loira ou Jenni, ela também é incrível, além de ser linda, Arthur é um cara sensacional e gosta muito da Sofia, uma pena que ela é lerda e se apaixonou pelo gêmeo errado (mas não vamos falar desse encosto). Passei muitos anos me reprimindo e agora eu estou tão feliz e livre.

–Como assim? –Sofi me olha sem entender. Estamos na sala de matemática e eu estou tentando ensina-la como usar a formula do seno.

–Você tem que ver quanto o ângulo vale. –respondo.

–Eu odeio matemática. –ela franze a testa e começa a escrever algo no caderno. Depois que os boatos sobre a Sofi e eu estouraram as coisas ficaram meio complicadas pra gente, pessoas que antes nem ligavam pra nossa existência, agora se acham no direito de nos ofender e tentar nos humilhar. Sei que a Sofi foi mais prejudicada do que eu nessa história, fico tão feliz que ela tenha dado a volta por cima, fico mais feliz ainda que ela tenha me estimulado (mesmo que ela não saiba disso) a dar a volta por cima também. A gente não deve se importar com o que dizem da gente, o que realmente deve importar é quem somos e o que temos por dentro, e sexualidade, um vídeozinho na internet e boatos não definem isso por você. Seja quem você quer ser, não se importe com o que os outros vão pensar, faça o que te faz feliz. Be amazing!

–Eu desisto. –Sofi empurra o caderno e fecha a cara. Ela ficou bem bonita com esse novo corte de cabelo. Eu ia ajuda-la novamente, mas o Arthur resolveu fazer isso por mim. Esse garoto é ninja? Ele estava lá do outro lado da sala e agora já está aqui.

–Docinho, matemática é muito fácil. –ele sorri para ela. Arthur está de quatro, arriado, jogado pela Sofia e só ela não vê isso.

–Não, não é. –ela diz com o maior bico do mundo.

–É sim, você só não entendeu ainda. –ele senta do lado dela. –Quando entender, você vai amar matemática.

–Me ensine a ama-la então. –Sofi pede. Os olhinhos do Arthur brilham e eu dou uma risadinha, não consigo me segurar. Ele é tão transparente! Como é que ela não enxerga isso?

–Tá rindo de que seu palhaço? –Sofia me pergunta.

–De nada minha florzinha linda. –dou um sorriso falso pra ela.

–Babaca. –ela me responde e volta à atenção para o Arthur. Ela odeia ser chamada de florzinha.

Arthur começou a ensinar matemática pra Sofi e eu vi a nuvenzinha cinza de duvida sair de cima da cabeça dela. Eu já tinha terminado meu dever e por isso fiquei observando os dois, eles combinavam muito. Acho que terei que dar uma de cupido. Depois que as aulas terminaram, eu fui pro meu emprego de meio expediente na sorveteria, lá é bem tranquilo. Fiquei pensando em formas de fazer a Sofi perceber que o Art gosta dela, vai ser um pouco difícil porque ela está fechada para o amor (pelo menos foi o que ela me disse). Mas não há coração mais gelado que um amor e uma cara linda não derretam. Vou juntar esses dois ou eu não me chamo Markus Vinicius.

Jenni’s POV

Gus de a Culpa é das Estrelas diz que o amor é um grito no vazio, o Charlie de As vantagens de ser Invisível diz que a gente aceita o amor que a gente acha que merece, Jace de Cidade dos Ossos diz que amar é destruir e que ser amado é ser destruído, mas eu digo que amar é sentir borboletas dançantes no estomago, é querer dançar na chuva, é sorrir mesmo quando as coisas estão ruins, amar é como comer Nutella sem o risco de engordar e ser amado é como estar nas nuvens, é se sentir especial a ponto de esconder sua dor pra ver a outra pessoa sorrir. Eu sinto tudo isso amando o Tadeu Mendes. Lembro muito bem do dia que eu me apaixonei por ele, eu tinha nove anos e estava comendo biscoito com a Sofi na sala. Eu tinha nove anos de idade e ele doze anos.

“-Olá Jujuba. –ele bagunça os meus cabelos. Ele acabou de chegar da escola, está todo suado e sorridente. –Oi anãzinha. –ele abraça a Sofi e ela franze a testa porque o biscoito dela caiu no chão. Ele estava tão bonito naquele dia, com os cabelos bagunçados pro lado e com roupa de educação física. Ele sorriu pra mim antes de subir as escadas e aquele sorriso fez meu coração saltar e foi a partir daí que meu coração saltou todos os dias quando eu o via.”

Foi difícil ver o Tadeu namorando um monte de garotas enquanto eu ficava esperando ele me notar, aquilo doía e eu muitas vezes pensei em desistir e eu desisti, mas foi ai que ele disse que também gostava de mim. Mas namorar o Tadeu não é esse mar de flores, somos muito diferentes um do outro, ele gosta de futebol e eu de karatê, ele gosta de sair pras baladinhas e eu prefiro ficar em casa comendo pizza congelada. No começo não foi fácil, mas o amor que eu sentia por ele foi maior e a gente conseguiu resolver isso. Tive minha primeira vez com ele, foi o momento mais magico da minha vida! E a cada dia que passa eu tenho certeza de que somos feitos um para o outro.

–Você vai querer soverte de chocolate né Jujuba? –Tadeu me pergunta. Estamos no shopping.

–Sim. –respondo.

–Tadeu? Tadeu Mendes? –uma menina para na nossa frente.

–Anne? –Tadeu solta meu braço e abraça a menina.

–Caramba! Você não mudou nadinha. –a menina o aperta. –Mentira, ficou mais gato ainda.

–Digo o mesmo de você. –ele ri. Pera ai, ele diz o mesmo dela? Tô ouvindo direito?

Ele solta a menina e eu vejo os peitos dela, ou melhor, dizendo os peitões dela. Espero que ele me apresente a fulaninha, mas ele não faz isso.

–O que anda fazendo da vida? –ela pergunta.

–Jornalismo. –ele responde olhando pros peitos dela, isso mesmo pros peitos. Tadeu o rosto dela é mais pra cima.

–Sério? Eu me lembro do quanto você queria cursar jornalismo. –ela ri e isso faz os peitos dela balançar. –Lembra-se daquela vez que a gente disse que ia estudar para o vestibular, mas o que a gente fez foi ficar se beijando no seu quarto? –ela pergunta rindo.

–Claro que lembro! –ele ri. Ele está todo sorriso pra lambisgoia.

–Lembro daquela vez que eu te fiz aquela surpresa. –ela olha com nostalgia pra ele. Não, agora é sério! Não sou uma garota barraqueira, reviro os olhos e dou um cutucão no Tadeu, mas ele nem se toca continua conversando com a coisinha, fico estressada e vou embora de lá. Vinte minutos depois ele começou a ligar pra mim e eu não atendi. Fui pra casa muito indignada com ele. Falei mal dele pra Sofi e ela riu dizendo que ele acha que sou ciumenta, mas como não ser? O cara quase caiu pelos peitos da menina. Dormir chateada e acordei com a maior cara de bunda, minha mãe perguntou se eu estava com problemas no paraíso e depois foi embora trabalhar rindo. Tia Ly ligou meia hora depois me mandando ir pra loja resolver alguma coisa das fotos

Fui pra lá e dei de cara com o Tadeu na entrada da loja, o ignorei e entrei. Markus, Gui e o Art já estavam lá. Alguns minutos depois a Sofi chegou e nos fomos para o parque tirar as fotos da campanha da Ly. Fui o caminho conversando com a Sofi. Tadeu e eu fomos os primeiros a tirar as fotos, mas estávamos com a cara feia e com raiva (ele não tinha direito nenhum de ficar com raiva de mim, quem estava babando era ele não eu). Bernardo percebeu isso e tentou nos fazer baixar o bico.

–Meninos, agora é sério, preciso que vocês se resolvam. Senão não rola. –Bernardo baixa a câmera.

–Talvez seja mais fácil se me trocarem pela Anne peitos de melão. –digo cruzando os braços.

Gui dá uma risada e Bernardo olha pra ele com a cara feia e ele tenta conter o riso.

–Jenni, por favor, né? –Tadeu me olha. –Seja menos infantil.

Ele me chamou de infantil?

–Se não está feliz comigo pode ir atrás da Anne peituda. –digo. –Já que sou infantil demais pra você.

–Ih cara, vacilou. –Gui diz.

–Calado Guilherme. –Bernardo briga com o Gui, mas olha pro Tadeu com cara de “Gui tá certo, você vacilou”.

–Jujuba, eu não gosto da Anne. –Tadeu diz. –A gente namorou tem muito tempo e terminamos porque eu não gostava dela o suficiente, não do jeito que eu gosto de você. –ele diz.

–Você acha que essas palavrinhas doces vão me convencer? –eu pergunto.

–Não, mas isso vai. –ele me puxa e me beija, tentei me esquivar, mas logo cedi. Eu gostava demais daquele palhaço. –Te amo minha Jujubinha ciumenta.

–Me faça sentir ciúmes novamente eu dou um chute no meio do seu saco e você sabe que eu consigo. –digo.

–Se eu fosse você não arriscava cara. –Gui ri.

–Não vou. Eu prometo. –ele me beija novamente.


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Notas finais do capítulo

Foi meio sem graça, eu sei. Mas, me pediram muito e eu quis escrever. Próximo capítulo vai ter momentos casal 20 (ou Sothur). Obrigada por tudo e vejo vocês nos reviews.