Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 18
Pietro Menezes


Notas iniciais do capítulo

Hei pessoas, se o capítulo estiver meio estranho é porque o Nyah o bugou, e eu não estou conseguindo arrumar de jeito nenhum, então por favor relevem, no próximo não estará assim. Tem algo errado com as minhas notas iniciais :/ elas não estão indo completas.
Nos vemos lá em baixo.



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Pietro’s POV

Treze anos atrás
Thur e eu estávamos brincando no parquinho, eu estava com os meus bonecos dos Power Rangers e ele com sua bola de futebol, nós éramos irmãos gêmeos idênticos, eu amava o Thur. Ele era o meu melhor amigo.
–Petro -ele grita. Arthur ainda fala algumas coisas erradas, inclusive o meu nome.
–Que foi? -pergunto indo até ele.
–Vamos brincar juntos? Lá naquele escorrega. -ele aponta para o maior escorrega do parquinho, o mesmo que a mamãe nos proibiu de ir.
–Mamãe disse que não podemos ir lá. -digo apertando o Ranger azul.
–Mamãe não está aqui. -ele dá os ombros. -Vamos? Vai ser legal.
Acho que vai ser mesmo legal, mas não quero que a mamãe fique brava comigo.
–Melhor não. -respondo.
–Você é um mulherzinha. Aposto que tá com medo. -ele ri de mim.
–Eu não. -grito jogando o boneco no chão. -Vou provar pra você que não sou. -Vou andando em direção ao escorrega. Ele está rangendo, mas eu subo mesmo assim.
–Pietro! O que está fazendo ai? -mamãe grita com a cara feia.
–É rapidinho. -digo pronto pra escorregar
–Desça já daí, esse escorregar está quebrado. -mamãe diz, assinto e volto pras escadinhas pra descer, piso em uma e ela desaba e eu caio com tudo no chão. -Pietro! -ela grita correndo em minha direção, ela me levanta e vê se eu me machuquei. -Você tá bem?
–Sim. -digo.
–Você tá sangrando. -Arthur comenta olho e vejo que meus joelhos estão ralados e sangrando.
–Droga! Pietro por que foi subir lá? Eu não disse que não era pra você subir?
–Eu bem que avisei pra ele. -Arthur diz. Mentira! Foi ele que me fez subir lá.
– Você fez certo amor, por isso você é o meu favorito! -mamãe diz sorrindo. E aquelas palavras cortam o meu coração. Cortam, trituram e amassam meu coração até hoje.

Doze anos atrás
Thur e eu estávamos no nosso quarto vendo Ben 10, eu odeio esse desenho, mas só assisto porque o Thur gosta e se eu não quiser assistir ele vai fazer drama pra mamãe. Se fosse por mim, estaríamos assistindo Power Rangers, mamãe entra sorrindo no nosso quarto e desliga a televisão.
–Amores, mamãe tem uma pergunta pra fazer. -ela diz. -Qual tema vocês querem para o aniversário de cinco anos de vocês?
–Power Rangers! -eu grito sorrindo.
–Prefiro Ben 10. -Arthur diz. -Vish, temos um empate. -mamãe franze a testa. -Acho que vou ter que desempatar.
Cruzo os dedos pra que ela escolha Power Rangers.
–Bom, levando em consideração acho que Ben 10 é melhor. -ela diz.
O Thur e seus desejos foram escolhidos novamente. Tenho que sorrir pra mostrar que não estou triste.
–Ben 10 é até legal. -eu digo.
–Ben 10 é incrível! -Arthur grita.
–Incrível igual você. -ela afaga seus cabelos e sai do quarto. E eu fico lá esperando que ela afague meus cabelos também, mas novamente sou rejeitado. Tenho cinco anos de idade e a minha meta é aprender a lidar com a rejeição.

Três anos atrás
A preferência dos meus pais, da Mille, das minhas tias e até das minhas avós pelo Arthur não é mais surpresa pra mim. Quando eu era pequeno meu coração doía, e eu sentia vontade de chorar todas as vezes que alguém dizia que ele era seu favorito, mas eu hoje... Hoje eu não me importo mais, com o passar dos anos a nossa amizade e até nossa convivência começou a ruir, brigávamos constantemente por motivos banais, depois que o Guilherme chegou o Arthur deixou de ser meu melhor amigo, mas eu também não ligo mais pra isso. Quem precisa de amigos e irmãos quando se tem luxúria? Eu tenho 14 anos e já beijei mais meninas que o meu pai em toda a vida dele. Alguns dizem que isso é ruim, mas eu não me importo e nunca vou me importar. Mas tem uma garota... Ela é muito bonita! Parece até uma princesa, o nome dela é Wendy, ela é da minha sala e é uma das únicas pessoas que sabem diferenciar o Arthur e eu. Eu gosto dela, mas não sei se ela gosta de mim. Hoje depois da aula pretendo me declarar pra ela, por ela eu sou capaz até de largar a pegação. O sinal bate e eu corro procurando por ela, e quando finalmente acho, eu preferia não ter achado. Ali está a minha doce e linda Wendy beijando o Arthur, beijando o meu irmão gêmeo, o garoto que me faz sentir rejeitado e desprezado. Ali está ele beijando a única garota que me fazia querer ser melhor. O Arthur a roubou de mim, assim como roubou o amor dos nossos pais, da minha irmã... Eu me sentia humilhado, rejeitado e sozinho.
–Você não vai mais me fazer sentir um perdedor. -murmuro pra mim mesmo e saio a passos largos. E desde aquele dia eu odeio o Arthur, odeio o que ele me faz sentir. Desde aquele dia eu me tornei frio e mau caráter, o Arthur pode não ter toda a culpa, mas ele contribuiu muito pra isso.
Atualmente
Tenho dezessete anos, eu já fiz muitas garotas chorarem por mim, chame do que quiser doença, maluquice, mas vê-las chorarem me dá uma alegria sem tamanho. Vê-las se sentindo um lixo me deixa anestesiado. Sou um maldito gostoso filho da puta, e eu gosto disso. Gosto de seduzir as garotas e levá-las pra minha cama e depois enxota-las, gosto quando elas choram implorando uma nova chance... Eu sei, eu sei eu sou o maior doente que você já viu. Eu não me importo. Eu já dormi com a namorada do Arthur, isso foi à coisa mais filha da puta que já fiz, mas vê-lo chorar revitalizou minhas forças, aquela dor que ele sentiu não é nada comparada com a dor da rejeição e humilhação que senti em toda minha vida. Minha mãe e meu pai disseram que se eu fizesse algo com o Arthur novamente eu ia voar daquela casa, claro! Eu não posso magoar o filhinho querido deles, eu sou o maior monstro. Que se dane, que se danem todos eles.

Desde o dia em que eu fiquei com a Maju (péssima em tudo que faz, eu fiz um favor pra ele, porque aquele ali não dá nem para o gasto) Arthur não fala mais comigo e nem eu com ele... Como se eu ligasse.
Atualmente estou namorando a Sofia, uma garotinha estupidamente burra e ingênua e que está de quatro por mim... Ela é gostosa, muito na verdade! O único problema dela foi ter se mostrado interessada por mim logo de cara, ela é tão besta que até me contou que seu melhor amigo é gay, e só ela sabia disso, bom agora eu sei. Coitadinha, nem sonha o que a espera.
Eu não ia fazer isso com ela, mas quando percebi que o idiota do meu maninho estava gostando dela, tive que armar isso. Eu faço de tudo pra ver o Arthur sentir dor e raiva e nada melhor que usar a minha doce e ingênua Sofia pra isso. Porque eu sei que ele está apaixonado por ela, e não pode fazer nada, porque ela está apaixonada por mim e literalmente está comendo na minha mão.
–Pipo? -Mille me grita. Ela me chama de Pipo desde que aprendeu a falar, eu acho isso fofo.
–Oi meu amor. -Mille é a única garota (depois da puta da Wendy) que tem o meu amor. -Tô aqui no quarto.
–Podemos conversar? -ela pergunta entrando no meu quarto.
–Claro que podemos. -respondo e ela senta na cama.
–Hoje eu fui ver a Isa. -ela diz. Isadora é a irmã mais nova da Sofia e a melhor amiga da minha irmãzinha. -Ela tava gripada e o Thur me levaram para lá depois do ballet. -Mi aonde você quer chegar? -pergunto.
–Eu vi o Thur cheirando o pescoço da Sofi. -ela solta. Que? Cheirando pescoço?
–Cheirando pescoço? -pergunto franzindo a testa
–É, pelo menos foi o que pareceu, já que ele estava assim nela. -ela demonstrou em mim como o Arthur estava com a Sofia.
–Obrigado por me contar. -digo beijando sua testa.
–De nada, mas você não vai brigar com o Thur não né? -ela pergunta receosa, ela sempre tem crisma de asma quando o Arthur e eu brigamos.
–Não, Mi. -respondo.
Essa história de cheiro vai me ajudar a colocar meu plano em prática.
No outro dia chego cedo à escola, preciso conversar com a Sofia.
–Amor. -ela me abraça, mas eu não correspondo. -Que houve? -ela pergunta me olhando.
–Que história é essa do Arthur está cheirando seu pescoço? -pergunto me fingindo de bravo. Seus olhos se arregalam
–A Mille te contou? -ela pergunta.
–O que acha? - pergunto sendo irônico. -Você tá me traindo com o meu próprio irmão?
–Naaaaao. -ela se exaspera e eu tenho vontade de rir. Como é bobinha essa menina. -Ele só estava me enchendo.
–Você acha que sou trouxa? -arqueio a sobrancelha.
–Não meu amor. -ela pega minhas mãos. -Eu amo você, nunca ficaria com o Arthur.
–Prove. -digo.
–Como? -ela pergunta.
–Dorme comigo. -Sussurro no seu ouvido. -Durma comigo e prove que me ama.
Ela está me encarando, sei que ela vai ceder e essa será sua perdição.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo! Ele foi o mais difícil de fazer, nunca imaginei que o Pietro seria tão complexo de escrever, ele é demais (não no bom sentido), de verdade espero que tenham gostado desse capítulo e que entendam o que se passa na cabecinha desse doidinho haha.
Espero ver vocês nos reviews.