Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 24
O pedido, ou quase.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Nem demorei dessa vez. Olha espero que gostem do capítulo, quero deixar vocês felizes já que o próximo é "A Noiva em Fuga", então aproveitem esse que está pura fofura (meu momento Mark hahahahaha).
Boa leitura!



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O PEDIDO, OU QUASE.

FELICITY

Estávamos todos sentados a mesa da nova casa dos Allen, e pode me chamar de paranóica, mas sentia como se os três partilhassem um segredo do qual eu não faço parte. Barry revirava sua comida desconfortável. Bom, eu era o motivo de seu desconforto, enquanto os outros dois permaneciam firmes, eu havia identificado meu ponto fraco, Sr. Allen. E já sinto pena de Oliver por estar no meio de sei lá o que, que Caitlin vem me escondendo.

–Adorei a lasanha Barry. –comento sorrindo para ele de forma doce. Oliver e Caitlin parecem ficar tensos imediatamente, os dois me conhecem o suficiente para entender minha intenção velada. Barry tomou um longo gole de sua taça de vinho, aparentemente nervoso.

–É uma receita de família. –conta.

–Ótima receita! –elogio o vendo se encolher um pouco. –Parece nervoso Barry, alguma coisa aconteceu? –minha voz transborda inocência.

–Ah... Não, o que poderia ter acontecido? –desconversa olhando de mim para Caitlin, como se pedisse ajuda.

–Barry está preocupado com o novo emprego, nova cidade. Ele anda tenso ultimamente. –Caitlin responde por ele. –Mas já parou para pensar que você, Oliver e eu trabalharemos todos juntos? –muda de assunto.

–Na verdade as Ciências Aplicadas ficam em outro prédio da QC. –disparo a falar. –Não vamos estar próximas, você trabalhará em outro bairro, a uma longa distancia! –respiro fundo recuperando o fôlego e todos a mesa me olham sem entender. –Por que estão escondendo algo? –abro o jogo perdendo a paciência.

Oliver contém um sorriso divertido, Barry parece estar a ponto de explodir e Cait suspira, abrindo um largo sorriso em seu rosto. –Conta logo Cait, não vou agüentar a Felicity me olhando assim o resto da noite. –Barry quase a implora, e eu olho para Oliver com o mesmo ar de inocência, o fazendo dar risada.

–Estávamos esperando a sobremesa para contar, mas com você nada segue o roteiro não é Felicity. –murmura Cait fingindo irritação e se levanta da mesa caminhando em minha direção.

–Eu acho isso sexy. –sussurra Oliver em meu ouvido. –E seja o que for que ouvir agora, lembre-se que é a vida deles, não interfiro nisso! –diz mais alto já na defensiva.

–Obrigado Oliver. –comenta Barry brincando, dessa vez bem mais relaxado.

–Disponha! –responde com um sorriso genuíno.

–Fel. –Cait chama parando a minha frente. –Nós vamos ter um bebê!

Fiquei sem reação a princípio, pois não consegui raciocinar imediatamente que o “nós” significava, ela e Barry, então fiz minhas contas mentalmente para me certificar que estava tudo okay comigo e meu (Deus ajude) útero vazio. É ele estava sim vazio, respiro aliviada, e só então percebo que todos a mesa me olhavam confusos. Olho para Oliver que permanecia sereno.

–Não, não vamos não! –digo para ele que quase se engasga com o vinho que tomava em meio ao riso.

–Acho que o ser do mal dá conta disso por enquanto. –pisca divertido. –Ao menos é o que a maioria dos Queens acham... –murmura a ultima parte me deixando confusa. –Longa história!

–Vocês dois! –chama Cait impaciente. –Foco! –repreende com o semblante fechado. –Não nós. –aponta para nós todos. –Nós! –enfatiza apontando para ela e Barry que abre o sorriso mais sincero que já vi na vida.

–Oh meu Deus! –exclamo surpresa. –Parabéns. –Todos nos abraçamos contentes. –Olha eu entendo o Barry ficar estranho, sei como ele é com isso de esconder as coisas, mas você Oliver? –me viro para meu namorado assim que voltamos a nos sentar.

–Eu? –finge de desentendido e apenas o encaro em resposta.

–Eu o contei quando ele me fez a proposta de emprego. –explica Cait rapidamente. –Mas você é minha melhor amiga, queria ser eu a te contar, não fica brava com Oliver, ele apenas cumpriu a promessa que me fez.

–Por que eu ficaria brava com o Oliver? –questiono confusa.

–Não está? –os três dizem ao mesmo tempo.

–Cait, é o bebê de vocês, se fosse o contrário, eu costuraria a boca do Barry para que ele não contasse. –comento e meu amigo engole em seco enquanto os outros riam.

–Não sou tão ruim assim com segredos! –protesta.

–É verdade. –concorda Cait, ele a olha, como se o som de sua voz o encantasse. –Ele é ruim com as mentiras que mantém o segredo. –conserta dando um beijo no rosto do marido em seguida.

Enquanto voltávamos para casa, Oliver ainda parecia estar distante e desconfortável. Acho que ele não acredita de verdade que se safou tão facilmente assim. Seguro sua mão assim que saímos do carro, caminhando com ele em direção a minha casa, mais para nossa do que para minha, talvez eu deva o chamar para morar comigo de vez, ele já passa todo o tempo aqui. Mais da metade de suas roupas estão em meu closet, que a essa altura já passou a ser nosso closet. Ou talvez eu o assuste, ele acabou de sair de um trauma, é melhor deixar as coisas rolarem...

–No que tanto pensa. –questiona trancando a porta atrás de si enquanto eu acaricio Ray.

–Nada de importante. No que você tem pensado tanto essa noite? –retruco e o vejo ficar desconfortável novamente.

–Nada de importante, só coisas chatas da QC. - dá de ombros indo em direção ao quarto.

–Quer discutir sobre elas? –sugiro, já que é o que sempre fazíamos quando tínhamos algo que não conseguíamos resolver, ou pensávamos que não conseguíamos.

–Não. –se vira sorrindo para mim. –Dessa vez não posso te colocar no meio. –Oliver caminha em minha direção, segurando meu rosto entre as mãos. –Mas quando descobrir como fazer, você será a primeira, a saber. –acrescenta beijando os dois lados do meu rosto. –Vou tomar um banho, quer vir? –sussurra charmoso.

–Até quero, mas um de nós precisa alimentar o Ray. –sorrio para ele, que suspira vencido pressionando os lábios nos meus.

–Então, graças a Deus que estou indo tomar banho! –debocha já dando as costas, caminhando em direção ao banheiro.

–Aquela história de fazer parte da vida dele era só lorota não é! –grito quando ele já estava dentro do banheiro que o faz colocar a cabeça para fora da porta.

–Amor, eu amo esse animal do inferno, mas não tenho nenhuma ilusão a respeito dele. Vai lá, alimente nosso cão! –sopra um beijo antes de desaparecer novamente para dentro do banheiro, me deixando sorrindo feito boba, enquanto me questionava por que eu amo esse idiota.

Depois de passar pelo martírio de alimentar Ray, chego a conclusão de que vou chamar Oliver para morar comigo. Não tem por que não fazer isso. Nós nos amamos, somos a primeira pessoa que o outro corre para contar uma nova noticia, ele é a primeira pessoa que penso quando acordo, e certamente, sou mais feliz por acordar com ele ao meu lado. Está decidido, vou pedir.

Saio animada para o banheiro ouvindo o barulho do chuveiro. –Oliver! –chamo. –Preciso te propor uma coisa! - Mas quando chego ao quarto o telefone dele estava tocando freneticamente no bolso de seu casaco.

–Mudou de idéia? –grita de volta, sou capaz de ouvir o sorriso sem vergonha que com certeza reside em seus lábios.

–Seu celular está tocando! –ignoro seu comentário.

–Pode atender?

–Hum, claro. –murmuro remexendo em seus bolsos, até encontrar uma caixinha pequena, por impulso a tiro. –O que é isso? –sussurro abrindo a caixinha. –UOU! –grito vendo a aliança delicada incrustada de diamantes e com corte princesa.

–Algo de errado? –Oliver coloca a cabeça para fora da porta preocupado e eu escondo minha mão que segurava a caixinha. –Se machucou?

–Ah, não... Estou bem, só pensei ter visto uma barata. –minto com dificuldade.

–Felicity? –questiona com os olhos semicerrados olhando o chão à minha volta.

–Estou bem. –garanto forçando um sorriso e volto a procurar seu telefone. –Vou te dar um casaco novo, com menos bolsos. –solto nervosa e Oliver volta para seu banho, dando risada.

Finalmente encontro o telefone e o bendito para de tocar bem na hora, e vejo a ligação perdida de Diggle. Eu aqui humilde querendo o chamar para morar comigo e ele com o maior diamante que já vi na vida no bolso de seu casaco. Mas pode ser de outra pessoa, ele nem mesmo se alarmou a me ver mexendo em seu casaco. Não... Se fosse para mim ele teria pirado de alguma forma. E de tudo isso, só uma coisa me passa pela cabeça, Oliver sempre tem o presente melhor. É como se estivesse destinado a ser todo... Todo isso que ele é.

–Okay Felicity, ele planeja te pedir em casamento... Possivelmente, mas você não precisa competir o tempo todo! –murmuro baixinho, imitando a voz da minha mãe enquanto controlava minha respiração.

Do outro lado da porta...

OLIVER

Entro debaixo da água sem conseguir expressar reação nenhuma. Eu queria fazer algo grande, precisava fazer o melhor para ela. Mas agora ela sabe, não existem baratas nessa casa, nem mesmo os seres irracionais mais sujos e sem restrições de território, ficariam no mesmo local que o cão maldito. E dizem que elas seriam as únicas sobreviventes em uma explosão nuclear.

Não posso ignorar o fato dela saber, não posso simplesmente sair do banho e deitar ao seu lado, quando ela viu a aliança de minha mãe. Poderia mentir, poderia dizer que é para outra pessoa. Um cara enrolado em uma toalha, não é exatamente o ideal de uma mulher para o pedido de casamento perfeito.

FLASHBACK ON

Estávamos a caminho de uma incursão de resgate, Diggle, Slade e eu contávamos histórias a respeito de nossas vidas, falávamos sobre nossas famílias e amigos, as pessoas que nos esperavam em casa. Slade brincava com o fato de termos muita bagagem, mas eu sentia pena dele secretamente, por não ter ninguém que o esperasse, ninguém que pedisse a Deus todas as noites por sua volta.

–Vou pedir Lyla em casamento! –Dig anuncia do nada.

–Dig, olha em sua volta, estamos no meio da guerra! –comento dando risada, pensei que aquilo não passava de uma brincadeira dele.

–Cara, precisa começar a deixar seu cabelo crescer, por que todo esse sol, batendo direto em seu crânio, vem afetando seu julgamento! –acrescenta Slade.

–Vocês não entendem, não conseguem ver o ponto principal de tudo isso. –diz, sem tirar os olhos da estrada.

–E qual é o ponto? –pergunto.

–Oliver, você não sente falta de Laurel?

–Sinto. Mas tenho meu dever a cumprir, Laurel está segura em casa, graças em parte devido ao que fazemos aqui.

–Slade, morre de amores por Shado, mas prefere acreditar que é só amigo dela.

–Não é da sua conta. –ralha Slade mal humorada e nós damos risada.

–Vocês não perceberam que não existe tempo, podemos morrer agora, ou assim que chegarmos em casa, baleados ou enquanto dormimos na segurança de um lar. A vida é incerta, tudo o que temos é o agora. –filosofa John. –Se sente tão à vontade em esperar tanto para estar com Laurel, para ter uma vida com ela, é por que algo está errado Oliver. E você Wilson, é um idiota!

FLASBACK OFF.

Naquele mesmo dia perdemos os soldados que fomos resgatar, Slade voltou para a base e se declarou para Shado, e eu aceitei ser o padrinho de Dig. Mas não me senti impelido a me envolver com Laurel, não existia esse sentimento de perda que estou vivenciando agora. Pois cada dia que se passa sem poder dizer que Felicity é minha família, é o mesmo de perder um dia completo. Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha, ela estava sentada no meio da cama, abraçando as próprias pernas com os olhos assustados, perdidos no nada.

–Queria fazer isso em um jantar, ou quando tivesse um buque de flores. –começo a dizer ganhando sua atenção, seu olhar entre o espanto e o desejo enquanto percorre meu corpo. –Mas deveria saber a essa altura que não existe script quando o assunto é você. –sorrio tenso e vou em direção ao meu casaco pegando a caixinha.

–Oliver! –exclama em um sussurro levando a mão os lábios.

–A verdade Felicity, é que o tempo não existe. Não posso esperar mais para ter as coisas que me fazem feliz. Podemos morrer a qualquer momento. –Me ajoelho em sua frente, próximo a cama. –A vida é incerta, e tudo o que temos é o agora. E não me lembro de ser tão feliz como sou hoje antes de te conhecer. Minha melhor amiga louca, que me fez usar manipulação e coação, para conseguir namorá-la. –sorrio nostálgico. –E a pessoa que mais amo no mundo, por favor, facilite para mim pela primeira vez na nossa vida e se case comigo?

Felicity se arrasta para beirada da cama se sentando a minha frente, com os olhos brilhando de emoção. –Eu estava indo te pedir para morar comigo. –conta acariciando meu rosto.

–Isso é seu jeito de me rejeitar? Acha isso muito rápido, por que estamos juntos a muito tempo e já me disseram que não sou bom em dar o próximo...

–Oliver. –me interrompe, como geralmente eu faço com ela. –Claro que eu aceito, sim! –eu a beijo, cariciando seu rosto, sorrindo feito idiota, paro apenas por que precisava colocar a aliança em seu dedo, coube perfeitamente, como se tivesse sido feita para ela, mas acho que eu é que fui.

–Era da minha mãe. –conto olhando para sua mão perfeita, agora com a aliança.

–É linda! –sorri encantada. –Eu te amo. –volta a me olhar nos olhos.

Afasto seus cabelos do rosto com carinho, antes de descer uma das alças finas do vestido que ela usava. Beijo seu ombro, depois o pescoço, estava ajoelhado entre suas pernas, onde minhas mãos passeavam, subo a saia de seu vestido, a olhando intensamente, Felicity tinha um sorriso tímido nos lábios.

–Você aceitou se casar comigo. –conto alegre antes de beijá-la intensamente.

–Dizem que tem louco para tudo! –brinca dando risada.

–Não deveria ter dito isso Felicity. –ameaço sério. –Sou um soldado treinado, não vai querer ver meu pior lado. –ela solta a gargalhada mais linda que já ouvi e avanço a prendendo sob meu corpo na cama.

–Se essa é sua definição de castigo Queen, vou querer ver seu outro lado o tempo todo! –debocha divertida.

–Como quiser. –respondo, fazendo amor pela primeira vez, desde que fiquei noivo!


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Notas finais do capítulo

Amores, me contem o que acharam, o que esperam que aconteça. Já estamos na reta final e quero agradecer a vcs antigos e novos leitores que sempre me apoiam!
Comentem!
Bjs