Acordei com o despertador gritando em minha cabeceira. Levantei-me e o desliguei jogando dentro da gaveta de roupas. Fiz minha higiene matinal e me arrumei colocando uma roupa casual. Deixei meu cabelo solto, já que não adianta tentar arruma-lo, ele acaba ficando do jeito que quer de qualquer maneira.

E como sempre cheguei atrasada na escola, corri pelos corredores igual doida e por um mínimo de sorte o Sr.D não me deu uma advertência.

– Senhorita Chase, atrasada como sempre – viro de frente e olho assustada para Srª La Rue.

– Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar eu tirava a Annie do fundo do mar – O idiota do Percy vinha cantarolando igual um retardado no meio do corredor. Abaixei a cabeça colocando as mãos no rosto o balançando negativamente.

– Posso saber o que os dois fazem fora da sala essa hora? – apontou pro relógio e depois cruzou os braços. - Olhem que se dane, vão pra sala logo antes que eu me arrependa e lhe dês uma advertência.

– Sim senhora – respondi e puxei o idiota pra dentro da sala.

Assim que entramos na sala todos nos olharam e alguns outros idiotas ficaram de risadinhas e brincadeiras idiotas.

– Chase e Jackson – Medusa veio ao nosso encontro com uma vareta na mão – o que lhes da o direito de entrar na sala há essa hora? – pois é o nome da nossa professora de matemática é Medusa, estranho, eu sei.

– Nossas pernas, afinal nós viemos andando, certo? – eu disse e a sala riu.

– Muito engraçadinha – eu segurei o riso – agora vão sentar logo, antes que eu perca a paciência.

– Ok – falei me sentando em seguida, logo sinto papeis caindo sobre minha cabeça e olhou pra trás e encontro minhas amigas me olhando com uma cara de “explica agora”.

– Resumindo? – elas deram de ombro – Percy, dentista, anestesia, bebes e um carrinho de cachorro quente – nós rimos e logos viramos pra frente.

– Senhorita Chase, quer nós explicar a terceira questão? – disse a professora. Meu coração congelou por um momento até que escutamos gemidos vindos do fundo da sala.

– Ah Percy – Drew gritava (lê-se mugia) em cima da carteira.

– Mas o que...? – a professora foi até o fim da sala com um olhar mortal para os dois.

– Senhor Jackson – ela começou – posso saber o que esta acontecendo aqui?

–Hein? – a criatura perguntou fechando olhos e deitou a cabeça em cima da mesa.

– Senhor Jackson – ela bateu a vareta em cima mesa – Senhor Jackson – bateu de novo, porém ele começou a cantarolar enquanto dormia. Todos começaram a rir e ela nos olhou com uma cara feia, pior que a dela, se é que existe.

– Senhorita Chase, pode me dizer o que há com o senhor Jackson?

– Demência – eu disse e todos riram.

Seis horas depois.

– Você tem mesmo que ir? – Luke perguntou me dando um selinho.

– Infelizmente sim – disse lhe abraçando pela cintura.

– Vou sentir sua falta – ele disse com os olhinhos de cachorro que caiu do carro da mudança. Arrumei minha mochila nas costas e respondi.

– Eu também amor, eu também... – respondi olhando para paisagem em nossa frente. O sol das quatro horas já queimava meus olhos e meu cabelo que não ficava quieto devido ao vento cortante que passava por nós. Eu vestia um vestido azul florido, com um casaquinho rosa por cima e estava de rasteirinha nos pés, eu e Luke estávamos sentados na margem de um rio que corta o nossa cidade.

– Poderia ficar aqui te olhando pelo resto da minha vida – ele disse me fazendo sorrir igual boba.

– Ei, eu já disse que te amo? – falei lhe dando beijinhos por todo rosto.

– Ainda não – riu.

– Eu te amo, eu te amo, eu te amo... – disse lhe dando um selinho no fim.

““ Celular toca ""

– Alô, – disse – ok mamãe, já estou indo.

Desliguei o celular e Luke me olhava com o rosto muchinho e eu lhe dei um beijo lento e depois sai correndo antes que eu desistisse e desse meia volta.

– Annabeth, minha querida – minha mãe veio ao meu encontro e depositou um beijo na minha testa – como foi?

– O que a senhora acha? – me joguei no sofá enfiando minha cara nas almofadas.

– Pense pelo lado bom... – ela começou e eu a interrompi.

– Mãe, não tem lado bom, ok? – me sentei – Bom, tirando o fato de que vamos para NY, não há lado bom – falei fazendo bico.

Mais tarde no aeroporto.

Despedi-me da metade das pessoas que moravam na minha rua e até de gente que eu nem sabia que existiam. Luke não me ligou uma só vez desde que nos vimos pela ultima vez, o que me deixou no mínimo frustrada. Ok, eu sei que não faz nem duas horas, porém é tão angustiante ficar longe do meu loirinho, ainda com o tonto do Jackson me enchendo o saco. Pois é, ele veio comigo. Parece que meus pais e os pais do Percy decidiram que nós precisaríamos de uma escola fina, igual disse a tia Sally vulgo mãe do idiota.

– O que se ta lendo? – perguntou enfiando a cara no meu livro. Pronto, acabou meu sossego.

– Um livro – sorri irônica.

– Sabe Annabeth – cerrou os olhos – eu amo seu senso de humor.

– Valeu – respondi enfiando uma coxinha na boca. Não pensem que sou comilona, a coxinha que era muito pequena.

O avião já estava pousando quando senti um frio na barriga e minhas mãos começaram a suar descontrolavelmente. Cabeça de algas vulgo Percy olhou pra mim curioso, mas logo me deu um sorriso reconfortante. Ok, ele nem sempre é idiota.

Saímos do avião e seguimos viagem passando pelo aeroporto e comprando lembrancinhas a maioria tinha a estatua da liberdade desenhada. Seguimos até o carro que nos esperava na porta do local e fomos passando por cada lugar mais lindo que o outro. Até chegarmos lá, meu lugar/sonho de criança, ela, a Times Square. Depois de ver minha reação minha mãe pediu para que o motorista parasse o carro e logo todos descemos.

– Wow – Percy e eu dissemos ao mesmo tempo.

– Será que eles gostaram querida? – meu pai disse sorrindo enquanto abraçava minha mãe.

– Crianças. – olhamos pro Tio Popo. Eu o chamava assim quando era criança, pois não sabia falar seu nome – Bem vindos à Nova York.

Olhamos um para o outro e sorrimos logo em seguida. Pode até aparecer meio doido da minha parte, mas naquele momento tudo que eu queria era que minha vida desse um giro de 360° graus e mudasse tudo, tudinho mesmo.