A vigarista escrita por Isabella Cullen
O jato tinha parado e eu estava nervosa. Muito nervosa. Eu iria conhecer a família de Edward e isso me deixava muito nervosa. Ele iria contar alguma coisa? Eles já sabiam? Eu queria mais uma vez correr e me esconder, mas eu estava sentada esperando o jato fazer sua descida com Edward olhando para a janela pensativo e Jonathan distraído com um móbile que tinha em cima de sua cadeirinha muito bem amarrada. O desespero ameaçou fazer as lágrimas caírem, as lembranças vindo forte demais. Era um dia ensolarado e Edward entrava em minha casa sorridente tirando a gravata e vindo rápido assim que me via, ele desligava o celular e era naquele momento só nós dois. A casa foi devolvida a Jacob assim que sumi, era dele e nem ao menos o melhor investigador poderia saber disso. Por isso, foram feitas transações antes que Edward fosse comigo até lá.
– Não saia com ele. Tenho que verificar algumas coisas antes.
Nem ao menos percebi que tínhamos pousado. Retirei Jonathan da cadeirinha e verifiquei se ele estava bem e olhei seus traços, passei a mão por sua linda cabecinha. Algum barulho qualquer me chamou atenção e eu olhei para a porta do jato, uma senhora estava ali. Muito emocionada.
– Eu... Edward disse...
Eu levantei com Jonathan nos braços.
– Não precisa querida... eu vim porque...- ela olhou curiosa para Jonathan e eu apenas a encarei achando aquilo estranho. – Edward está resolvendo algumas questões burocráticas e estava muito frio. Eu trouxe um agasalho.
Ela me mostrou duas sacolas que estavam em suas mãos.
– Londres está fria hoje apesar de não estar chovendo ou nevando.
– Oh... obrigada...
Ela se aproximou sorridente e então olhou para meu filho que a encarou e sorriu, ela colocou a mão livre na boca emocionada demais.
– Obrigada por vir com Edward, eu sei como isso pode ser difícil. Ele só tem...
– Três meses.
– Já é um rapaz! – ela disse admirada. – Prazer, sou Esme a mãe de Edward.
– Oh... Isabella.
– Vamos trocar esse menino e você usa o casaco que Alice mandou.
Então eu fui com ela para o quarto, não tinha como não ver os traços de Jonathan nela. Deitei ele na cama e ela o olhou mais de perto.
– Quer segurá-lo? – perguntei e ela sorriu.
– Ele vai estranhar. – disse tímida.
– Não vai, ele é ótimo e adora pessoas novas.
E para minha surpresa ela o trocou com rapidez e habilidade, brincando com ele e fazendo-o rir. Eu coloquei o casaco fechando ele bem, da sacola ela ainda tirou um gorro que tinha o formato de coelho e riu do resultado.
– Obrigada. – ela disse segurando ele em seus braços. – Obrigada por voltar.
E eu me perguntei o que Edward teria contado sobre nós. Ou até mesmo quais mentiras ele tinha dito.
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