Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 38
Capítulo 38: Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Sim a história acabou (chorando muito gente, vou sentir tanta falta de vocês :'()
Então lá vai o último capítulo, me perdoem se sentirem falta de alguma coisa (e podem me perguntar, vou responder todos comentários depois)
No capítulo, a foto de Adam, filho de Belle e Légolas.
Tive a ideia vendo Game Of Thrones, e percebendo que Thomas Sangster (que faz o Jojen) era uma perfeita junção. (Atualmente o ator vai completar 25 anos, e tem cara de 17)
E ah, Boa Leitura.



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Vejo Thranduil revirar os olhos quando Adam insiste em escolher viajar conosco ao invés de ficar com ele na floresta. Depois de anos nos acompanhando, o rei insiste que o neto deveria ficar por mais vezes, para assim poder ensinar-lhe como é ser um verdadeiro príncipe.

– Ele tem o espírito aventureiro de Légolas, Thranduil. Apenas aceite. – Melrise disse, depois de mais de meia hora vendo o rei tentar convencer meu filho a ficar.

Ele suspira e se dá por vencido. Dando pulos de alegria, Adam dá meia volta e vai até seu pônei, desamarrando-o e indo passear por entre os jardins.

– Confesso que ele me lembra muito Légolas quando era pequeno. Suas manias, seus trejeitos e suas vontades. Personalidade muito forte, inclusive. – o rei disse, voltando-se para minha mãe. – Se tivéssemos um filho, seria exatamente assim.

Envergonhada, Melrise olha feio para Thranduil, tentando disfarçar. Como se eu e Légolas não soubéssemos que os dois são inseparáveis – ou até mais do que isso.

Papai morreu há cinco anos. Adam tinha apenas três quando ele se foi. Mamãe ficou arrasada, e consequentemente sozinha no mundo. Depois da morte do Dragão Smaug, ela soube que seus pais partiram, mortos pelo fogo, e a deixara sozinha. Quase todos os parentes se foram, com exceção de duas irmãs dela e um tio. Depois disso, meu pai fora sua família, e alguns anos depois, eu. Depois de noites chorando, convenci-a a vir morar conosco na Floresta, sendo que o próprio Thranduil convidou assim que soube da morte de meu pai.

Runel ficou em seu lugar. Fora meu pai, e seu pai Rubel, ele era quem mais conhecia a cidade e tinha capacidade para governá-la. Fora que sua amizade com os elfos acrescentaram ainda mais nessa decisão. Depois da posse, ele se casou com Ang, e hoje também tem um filho, ao qual chama-o de Kirkel em homenagem ao meu pai.

E, digamos que assim, nasceu uma nova família formada por homens e elfos na Floresta das Trevas.

Légolas aparecera com Adam no colo, todo sujo de lama. Observava os dois ao longe, enquanto meus ouvidos estavam atentos ao que minha mãe e o rei conversavam.

–... Mas ainda há tempo! – Thranduil insistia em algo.

– Claro que não! Estou velha demais para isso, Thranduil. – Melrise respondeu.

– Tem mais da metade da vida pela frente, Ris. Não acha que já perdemos tempo demais discutindo?

Passei a observá-los diretamente. Ambos não pareciam se importar com a minha presença escutando-os.

– Quem aqui está discutindo? Estou dando a minha palavra final. – Mamãe retrucou.

Thranduil fechou a cara. Suspirou logo em seguida e fitou-me com aquele ar durão e severo que não me assustava mais.

Não desviei o olhar, porém desaprovei aquela cena.

– Pois bem. – ele continuou para mamãe. – Eu entendo seus motivos, porém, quero lhe propor algo.

Melrise fitou-o curiosa.

– Não direi o que é agora. Depois do jantar, eu lhe procuro. – Ele concluiu, virando-se de costas e deixando mamãe sozinha.

Ela tentou disfarçar um pequeno sorriso que apareceu em seus lábios. Mesmo depois de tudo, sabia que ela ainda amava o rei com todas as suas forças.

– Ele tem razão. – Disse, voltando-me para ela.

– Sobre o que?

– Sobre vocês perderem tempo demais discutindo. Está mais do que claro que desejam um ao outro.

– Desejar não é amar, Belle. – ela concluiu.

– Não. Porém, um pouco de diversão não faz mal a ninguém. – disse.

– Não acho que Thranduil queira brincar. – ela disse, virando-se também para sair. – Vou ver o que teremos para jantar.

Mamãe saiu de minha presença, e voltei minha atenção para Légolas e Adam, que brincavam distraídos numa poça de água ali perto.

Seriam dois para eu dar banho mais tarde.

Sorri e me aproximei deles, que sentiram a minha aproximação antes mesmo de anunciá-la, e me receberam com um banho também.

*

Antes do jantar, Adam adormeceu em meus braços. Ficara todo o tempo falando que gostaria de ganhar flechas com pontas de verdade, para poder caçar aranhas gigantes junto com o pai. E que gostaria de uma espada afiada para poder matar seus inimigos, como se uma criança de oito anos tivesse. Seus olhos brilham todas as vezes que Légolas conta suas aventuras para ele, e, mesmo sendo um príncipe, sua maior vontade é de se tornar um cavaleiro. Algo que já foi desaprovado por Thranduil, por querer preparar Adam para ser o futuro rei da Floresta.

Légolas tomou Adam de meus braços e colocara em seu quarto. Ele ainda estava molhado por causa da brincadeira, e acabou por molhar um pouco a criança, que sequer abriu os olhos em incômodo. Sequei meu filho e o deixei dormir em paz.

– Hora de cuidar de mim. – Légolas disse, levantando os braços para eu retirar suas roupas.

– Você parece que não teve infância, sabia? – disse enquanto despia meu príncipe.

– Sabe que minha infância foi difícil. E que meu pai nunca me dera tanta atenção quanto eu tento dar ao Adam. E, me surpreendo que até mesmo ele esteja dando tudo de si para meu filho gostar dele.

– Acho que Thranduil se arrependeu de muitas coisas. – respondi à Légolas enquanto enchia a banheira com água e me despia também.

Légolas olhou-me com admiração. Com o tempo, nosso desejo só aumentou um pelo outro. Aprendemos tantas coisas, descobrimos muito sobre o outro. Cada toque, jeito, detalhe e arrepio. Cada noite, cada momento, lugar e beijo fizeram de nós amantes, acima de tudo.

Légolas pegou-me no colo, entrando delicadamente na banheira e repousando-me entre suas pernas, passando as mãos sobre meu corpo.

– Ansiosa? - ele perguntou-me se referindo a nova viajem que faríamos.

– Meu destino está nas mãos dele. – Respondi.

– Sabe que farei qualquer coisa para garanti-lo, não é?

Balancei a cabeça em afirmação.

– Mas pode demorar anos. Posso não viver até lá. – continuei. – Tenho medo. Mas sei que, pelo menos, meu filho tem escolha entre ser imortal ou não.

Légolas suspirou e passou a beijar meu pescoço levemente, fazendo-me ter aqueles típicos arrepios, que mesmo com os anos não me acostumo.

– Mas Aragorn é mais velho que você. Se demorar tanto, ele também morrerá. E eu já lhe prometi, farei qualquer coisa ao lado dele para garantir que você irá ao meu lado quando for a hora.

Virei-me para ele, a fim de buscar seus olhos.

– Caso contrário, morro ao teu lado como um mortal. – Ele concluiu, como sempre me prometia.

– Mas nosso filho...

– Adam terá a melhor vida ao nosso lado, não se preocupe. Até chegar a hora de partirmos. – Légolas continuou, buscando minhas mãos para beijá-las. – Mas eu não a deixarei. Nem depois da morte. Ou você vem comigo para as terras imortais... ou eu vou com você para o desconhecido.

Légolas beijou-me delicadamente. Sentia mais uma vez suas mãos percorrerem sobre meu corpo enquanto isso.

– E se eu não puder mesmo...

– Você vai. Pois só aceitarei tudo o que está por vir para lhe dar essa opção. Me entende? Confie em mim.

– Eu confio. – Respondi à Légolas, procurando sua boca mais uma vez.

*

Thranduil estava sentando à mesa do jantar sozinho. Suas mãos percorriam toda a extensão do garfo, distraído. Pensava, provavelmente, na proposta que faria à Melrise essa noite. Casamento? Talvez. Minha mente se despertou em mil possibilidades.

Quando me viu, seus olhos reviraram mais uma vez. Possivelmente estava ansioso e esperava por mamãe ao invés de mim, o que não me fez deixar de rir um pouco de sua frustração.

– Acho que essa conversa deva ser feita á sós, não? – provoquei.

– Melrise não me deixa escolha a não ser deixar tudo muito claro para todos. – o rei disse, não desviando o olhar do garfo novamente.

– Todos já sabemos do envolvimento de vocês dois.

– Possivelmente... porém, quero um filho também. – ele confessou-me.

– Um filho. Interessante.

– Sei dos seus planos. E Adam sempre os acompanha. Gostaria que ele ficasse comigo, para ensinar-lhe tudo o que não ensinei a Légolas pessoalmente. Porém, não posso obrigar-lhes a deixá-lo. Então, quero ter outro filho.

Thranduil parecia realmente infeliz.

– Pensava que não se importava tanto assim. Pensava que família não era importante para você. – Confessei.

Thranduil fitou-me e um leve – bem leve mesmo – sorriso apareceu em seus lábios.

– Quando você nasceu, eu percebi que havia jogado fora mais uma das minhas chances de ser feliz. Meu instinto de pai dizia que você deveria ser a minha protegida, e sabe disso. Quis tê-la em meus braços como pai, não importando a sua raça. Eu a amei, porque sabia que poderíamos ser uma família. Agora está casada com Légolas, e tem Adam. Não sabe a... alegria – Thranduil coçou a garganta para falar a palavra. – que sinto. E se quer saber, Belle, eu quero mais.

Nesse instante, mamãe entrou no salão acompanhada de Légolas. Ambos riam, porém pararam ao perceber que o rei parecia bastante tenso.

– Meu amor. – Fui até meu marido, soltando-o dos braços de mamãe e sorrindo de modo fingido. - Sente-se aqui do meu lado, seu pai tem algo para dizer.

Mamãe fez menção de sair do salão. Os poucos criados que ali permaneciam saíram discretamente.

Thranduil levantou-se, e suspirou. Buscou as mãos de mamãe, e as beijou. Seus olhos cravaram-se nos dela, enquanto mamãe esforçava-se para não sair correndo.


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Notas finais do capítulo

Então, já que acabou, começarei a postar a história de Thranduil e Melrise.
http://fanfiction.com.br/historia/606704/The_Only_Exception/
Aí está, e muito obrigada à todas as garotas que acompanharam e tiraram um tempinho para comentar e recomendar.
Foram 15 recomendações e mais de 530 comentários, 15.000 views, e espero que esse número aumente.
Amo vocês.
Não chorem sauhsauhshuauhshuauhs :'(