Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 20
Capítulo 20: Perdida na Floresta das Trevas


Notas iniciais do capítulo

aeeeeeeee gente, tô feliz hoje :D Aqui tá chovendo enquanto escrevo hshuahsuahusuhauhshuashu olha só a que ponto cheguei.
Recebi duas recomendações maravilhosas das leitoras Bridda Mistbloom e Elleny. Obrigada minhas flores do jardim ♥ o capítulo é dedicado à vocês hoje :D
Com essas recomendações chegamos a onze, então vou começar o sorteiro..... e o Légolas vai para::::
Boa Leitura :D



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Corri até sentir meus pés doerem pelo esforço. Não era acostumada a andar descalça, então logo eles se machucariam pra valer, pois além de tudo eram muito pequenos e bem finos.

A noite também não ajudava, estava bastante escuro. Minha visão esforçava-se para acostumar-se com a pouca luz que adentrava a floresta pelas frestas das árvores, mas essas iam ficando cada vez mais densas, e a luz foi se esvaindo aos poucos até eu ter que parar para observar onde estava indo.

Olhei para os quatro cantos. O portão do castelo já não era visível, mas não vi nada além de árvores naquela distância. Precisava admitir que estava perdida, e não conhecia nada daquele lugar.

Com a espada em minha mão e nada mais, sentei-me perto de uma árvore, encostando-me nela para descansar um pouco. Talvez fosse melhor esperar o dia clarear para continuar a andar e, quem sabe, encontrar uma saída. Tudo o que eu queria era ir para casa e nunca mais voltar para o palácio.

Ah Légolas! Por que fez isso?

Não conseguia tirar o príncipe da cabeça nem por um segundo sequer. Ele era o culpado por eu estar ali, perdida e totalmente desesperada na floresta que escondia o reino de seu pai.

Minha vontade era de poder enforcá-lo. Botar minhas mãos naquela bela face e esbofeteá-lo por ter me feito apaixonar por ele e acreditar que poderia entregar seu coração para mim. Mas era tudo mentira! Légolas me usou, e apenas isso. Se por um momento ele pareceu apaixonado e completamente magoado por minha causa, no outro estava bem à vontade ao lado de Hangar beijando-a, logo após dizer que seu primeiro beijo fora comigo.

Légolas mentiu. E eu tinha muita raiva de ter deixado me levar.

Meus olhos pesaram. Apesar de ter passado a tarde inteira dormindo, senti meu corpo relaxar enquanto continuava sentada perto da árvore. Em pouco tempo, um calor aconchegante tomou conta de meu corpo, e a sonolência apoderava-se aos poucos de mim, me fazendo fechar e abrir os olhos em atenção e cansaço ao mesmo tempo. Por fim, numa última tentativa de permanecer acordada, senti meu corpo paralisar-se e se acomodar no chão, caindo num sono embriagado.

A figura de Légolas apareceu. Seus olhos tão azuis fitavam os meus enquanto abria os olhos. Senti o conforto de uma cama e meu corpo completamente nu por sob os lençóis, enquanto as mãos do príncipe passeavam distraidamente por sob ele. Légolas sorriu, tinha um ar de malícia naquela manhã fria. Passei a mão por seu peito, também nu. Era liso e forte, e ele tinha um cheiro enlouquecedor.

As mãos do príncipe pararam por entre minhas pernas, me fazendo arrepiar por completo. Seus lábios procuravam encontrar-se com meu pescoço, e repetiam os movimentos de nosso primeiro momento, quando deixara marcas em meu corpo.

Sentindo a umidade de sua boca em minha pele quente, passei a traçar com minhas próprias mãos em seus cabelos o sentido que queria, e o príncipe foi deixando se levar. Desceu por entre meu colo até chegar a minha barriga. Parou, e prosseguiu a partir das coxas que se abriam devagar, para deixá-lo continuar com aquele jogo de sedução por debaixo das cobertas de nosso quarto mal iluminado propositalmente.

Acorda

Uma voz dentro de mim despertava-me. Aquilo não era real.

Acorda

Repetiu mais uma vez, e a imagem do príncipe foi se esvaindo enquanto a escuridão da floresta tomava conta dos meus olhos.

Tentei me mexer, mas em vão. Meus braços pareciam completamente paralisados por alguma maldita rede – ou coisa parecida.

Mal conseguia respirar, o manto que me cobria não dava espaço para meus pulmões respiraram o ar como deveria. Algo de muito errado estava acontecendo comigo.

Ouvi um ruído. Tentei gritar, mas era impossível, eu não tinha liberdade alguma naquela rede bem apertada.

Mais alguns ruídos ao meu lado, pareciam passos de algum animal grande. Lembrei-me do que Légolas disse-me alguns dias atrás: as aranhas estavam voltando. Eu só poderia estar presa em uma rede. Certamente, a aranha se preparava para me comer em pouco tempo, já que havia me despertado.

Senti minha espada ao meu lado. Certamente ela fora envolvida pela teia junto ao meu corpo, pois, estava firme em uma de minhas mãos antes de adormecer. Aquele maldito sono repentino e cheio de alucinações não deve ser algo natural.

Alcancei a espada com grande dificuldade. A teia era muito forte, e me machucava bastante enquanto tentava me mexer dentro dela. Quantas aranhas haviam pelo lado de fora, eu não sabia, mas precisava tentar sair de lá de dentro o mais rápido possível.

Um súbito arranhão destruiu parte da teia de meu braço esquerdo, me fazendo gritar de dor. Certamente havia me atingido, e não sabia se o corte me faria mal com seu veneno, ou se era inocente. Mas, pelo menos, me ajudou a libertar-me um pouco, tomando a espada em minha mão o mais rápido possível, consegui desferir um golpe na teia, libertando-me aos poucos.

Meu corpo inteiro suava. Meu braço começou a latejar por causa do arranhão, e uma tontura apoderava-se do meu corpo agora que estava completamente desperta. Eu não queria virar comida de aranha, então tentava me libertar, enquanto a aranha do outro lado desfazia a teia ainda desferindo golpes contra o meu braço, que se arranhava por completo agora.

– Luzziel. – Ouvi meu nome ser chamado ao longe. Não sabia se era outra alucinação minha, ou se de fato alguém me procurava.

Quis gritar, mas não o fiz. O primeiro grito de dor já despertou a aranha confirmando o fato de que eu estava acordando.

– Luz! – Uma segunda voz chamou, e parecia ser do príncipe. Ou Légolas meu procurava, ou minhas alucinações com ele permaneciam.

– Senhorita Belle. – Outra vez masculina chamou. A aranha parara de desferir seus golpes, e tomada pela atenção das vozes partiu para onde elas aparentemente estavam.

Ótimo. Pensei. Assim, não precisaria me preocupar com a aranha que estava prestes a me comer em instantes.

Com minha espada, e mesmo com as mãos suadas pelo desespero, furei toda a extensão da teia, tentando me libertar por completo. Foi algo muito difícil, pois não tinha a força de um homem, muito menos a habilidade de uma aranha. Quando finalmente consegui, caí de uma altura relativamente grande, arranhando-me ainda mais com os encontrões bruscos que dei em vários galhos pelo caminho, mas que serviram para amenizar a minha queda.

Senti meu traseiro doer, e minhas costas bateram no chão de uma forma violenta. E desmaiei.

– Luzziel! – A voz se aproximava de mim aos poucos, e me fez despertar da queda. Ouvi chiados, parecia que alguma aranha sofria ao longe. Provavelmente alguém estava matando aquele bicho horroroso.

Tentei gritar de volta, mas minha voz havia sumido. Provavelmente engolia mais um pouco daquele ar alucinógeno que havia na floresta, e me perguntei como os elfos se davam com aquilo.

Procurei me levantar, minhas pernas vacilando, mas tentei mantê-las firmas para, pelo menos, seguir a voz que me chamava. Se essas eram frutos de minha imaginação, descobriria mais tarde.

– Estou aqui. – tentei gritar outra vez, mas minha voz falhava. Pelo menos percebi que esta voltava aos poucos, apesar da tontura e da fraqueza que estava em meu corpo.

Senti meu braço esquerdo latejar outra vez. Os arranhões recomeçavam a doer intensamente, fazendo o meu cansaço físico se intensificar ainda mais.

Quando firmei minhas pernas, tentei correr para o lado da voz, mesmo estando na completa escuridão.

Meus pés tropeçaram em algo – provavelmente uma raiz – e cai em um barranco que me fez rolar até ladeira abaixo. Meu corpo inteiro doía agora, e meus pés queimavam por causa da corrida.

– Socorro. – Gritei, juntando todas as forças de meu íntimo para conseguir. – eu estou aqui.

– Luz! – A voz do príncipe chamou outra vez, parecia perto, porém não o bastante.

– Estou aqui! – Gritei, ainda mais forte. – Légolas!

Levantei meu corpo mais vez, firmando minhas pernas no chão e forçando-as a me permanecer de pé. Em meus olhos, lágrimas desciam de desespero. Eu não enxergava nada, e não sabia onde estava exatamente. Meu corpo inteiro doía, meus pés não agüentavam mais firmar-se no chão, meu rosto coberto de lágrimas e meu braço esquerdo provavelmente cheio de sangue.

A espada ainda estava firme, pelo menos. Não ousava soltá-la de jeito nenhum, ela era minha única esperança que parecia ser real.

– Luz! – Légolas gritou mais uma vez, sua voz chegando ainda mais perto.

– Estou aqui!

Enquanto tentava voltar de onde vim, o barranco não ajudava. Vacilava sob meus pés a terra fina, e não sentia as raízes das árvores para me ajudar a voltar. Senti um ar quente vindo de baixo, algo que parecia rosnar. Não podia ser! Outra criatura?

– Socorro! – Gritei o mais alto que pude enquanto tentava correr do bicho. Eu não sabia o que era, mas esse rosnava como cachorro enquanto subia com dificuldade a ladeira acima.

– Onde está? – Ouvi outra voz dizer, essa parecia ser do rei. – Belle!

Não consegui gritar enquanto corria do animal. Subi a ladeira o mais rápido que pude, voltando para cima onde as vozes já pareciam mais perto. Mas não pude parar, então rumei para um sentido qualquer enquanto o bicho ainda se livrava da terra escorregadia.

Tropecei e caí outra vez. A sorte parecia não estar do meu lado, pois em pouco tempo o animal apareceu com seu rosnado, e não consegui me levantar enquanto percebia ele chegar cada vez mais perto. Seria meu fim, se não fosse por Thranduil.

Sabia que era o rei por causa do imenso alce que ele montava, esse era seu animal preferido. O bicho fazia barulho enquanto chifrava o outro, e percebi que este o jogou longe.

– Senhorita Belle. – Thranduil ajudou-me a levantar, passando as mãos por meus braços tentando me reerguer.

– Ai! – Gritei de dor mais uma vez. Meu corpo já não suportando aquela situação.

– Venha. – O rei puxou-me para si com muito cuidado, tentando me apoiar no alce que estava parado esperando por seu dono.

Mas antes mesmo que ele pudesse subir no animal, o cachorro gigante havia voltado ainda mais furioso, fazendo o rei recuar antes de ser pego pelo bicho, este que avançou em seu alce, me fazendo cair outra vez.

O alce gritou, e rolou barranco abaixo.

– Estou sem espada! – Thranduil disse em meio ao desespero. – Ela ficou presa ao alce.

Tudo o que havia era a minha espada no momento. Essa pequena, mas que deveria valer de alguma coisa naquele momento. Então não pensei duas vezes antes de partir para cima do bicho, desferindo o golpe em sua cabeça – mais precisamente em seu olho, pude perceber pelo estouro e a gosma.

O bicho gritou alto, e me atirou conta uma árvore próximo a Thranduil. Mas não fez menção de que estava morrendo, nem sequer cambaleando por causa da dor. Mas aquilo era tudo o que dava pra fazer.

Mas algo novo fez o animal gritar outra vez. Não pude ver o que era, minha visão era limitada, mas sabia que Légolas estava próximo. Pouco tempo depois, ele já estava desferindo golpes no animal, ao qual gritou e agonizou até dar seu último suspiro.

– Está tudo bem. – Thranduil disse, enquanto permanecia ao meu lado. Meu corpo caído ainda perto da árvore que o animal havia me jogado, quase já não suportando a dor que o dominava.

– Légolas. – Foi a última coisa que eu disse antes de perceber meu corpo entregar-se outra vez ao desmaio.

– Ele está aqui. – O rei confirmou, logo após não ouvi mais nada.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu juro que sou péssima em fazer cenas de ação. Parecem tão ridículas quando vou escrevê-las, que aí vou escrever uma cena de amor pra compensar a minha falta de criatividade - sorry.
Beijos e até o próximo ♥