Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 12
Capítulo 12: A Discussão.


Notas iniciais do capítulo

Perdão amores, o capítulo está pequeno dessa vez.
Resolvi postar mais cedo, pois não estou bem no clima hoje
Obrigada à todas que comentam sempre, eu amo vocês de coração ♥
Capítulo dedicado ás leitoras que recomendaram Sweet candy e Catarina Nardi. Fiquei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito emocionada com a recomendação de vocês. Se não fossem cada leitora dedicada que tenho aqui, com certeza a história não estaria em proporções tão grandes, e tão popular como está em tão poucos capítulos ♥
Me perdoem se esqueço de responder algum comentário.
Boa Leitura ♥♥



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— Antes de começarmos, quero pedir algo à você. – Légolas parou-me antes de eu sequer segurar a espada que ele mostrava para mim. – Eu quero que me ensine uma coisa...

— Te ensinar mais do que eu já ensino, vossa alteza? Concluo, então, que és muito leigo em relação às coisas da vida. – respondi, ironizando.

— Muito engraçado.

— O que quer? – estava mais do que ansiosa por aprender como se usa uma espada corretamente, e o que quer que Légolas pediria, eu tinha certeza que poderia aceitar em troca.

— Preciso... – Légolas parou, parecia um pouco vergonhoso com o que iria dizer. -... Aprender a dançar.

Contive meu riso, mas algum som extremamente inexplicável saiu, como se me controlasse para algo não sair de dentro do meu estomago. Légolas queria aprender a dançar, e não parecia um pedido comum para ele.

Na verdade, estava tentando me controlar por dentro por pensar mais em sua vergonha ao pedir isso, do que o fato em si.

— Isso. Pode rir de mim, eu realmente não sei dançar. E daí? Não é uma coisa que todo mundo saiba fazer. – o príncipe defendia-se, não esbanjando a graça que era vista por mim naquela situação.

Respirei um pouco antes de dizer qualquer coisa. Me controlaria a partir daqui pra não parecer tão grossa perante ele e o seu Senhor.

— Que tipo de dança? – perguntei fingindo que ainda não estava morrendo de rir por dentro.

— Não conheço as categorias. Nunca dancei, não em público. Quer dizer, eu tenho mais o que fazer do que sair por aí pulando em meio ás canções.

— Então porque me pede isso? Se não acha importante, então não precisa aprender.

— Porque eu quero dançar com as garotas no baile do ano novo.

Légolas não me parecia do tipo de pessoa que dança. Para mim, ele ainda não se parecia com o príncipe convencional dos contos de fada, e estava muito longe de ser. Por mais corajoso que fosse, bonito e bem educado, não conseguia imaginá-lo tentando conquistar alguém através da dança.

— Acho que não deve querer fazer algo que não quer só por causa das garotas. Se não gosta de dançar, e nem se interessa por isso, como está na cara que não, não o faça!

— Eu sei disso. Mas gostaria de poder agradá-las um pouco mais. Ainda sinto que nada aqui está dando certo. Na verdade, eu não queria ter que encontrar uma noiva numa seleção. A idéia é péssima, mas eu não pude discutir com meu pai. Ele disse que faria e ponto final, e depois de tudo e todas as conclusões que ele chega, é difícil mudar de ideia. Então, eu só deixei me levar pelas coisas. Não que sua ajuda esteja dando errado, mas ainda assim sinto que estou sendo...

— Sufocado? – completei a frase de Légolas lembrando-me de quando sonhei que estava sufocando em um castelo de vidro, logo após ter recebido a carta de pré-seleção.

— É exatamente isso. – O sorriso de Légolas parecia melancólico. E eu o entendia perfeitamente, mais do que ele poderia imaginar.

— Posso te ensinar a dançar. – voltei com o assunto. – Posso te ajudar a fazer tudo o que desejar até o final. Mas será que realmente precisa escolher? Diga à seu pai que não quer mais, talvez ele te entenda.

— Tente fazer isso algum dia, e me comente o resultado depois. Por mais que vocês dois estejam indo bem, eu não creio que nem a favorita dele seja ouvida.

Surpreendi-me com a declaração de Légolas. Eu era a favorita do rei? Desde quando?

— Eu já deixei claro ao seu pai que somos amigos. – respondi Légolas, tentando não encará-lo para ver qual expressão apareceria em sua face.

No meu íntimo, dizer isso causou algo que eu não sabia o que era. Uma conclusão que nem eu mesma tinha certeza se estava certa.

Talvez nem sejamos, de fato, amigos.

— E o que ele disse sobre isso?

Recordei-me sobre o que o rei Thranduil tentou me dizer essa tarde. Não entendi muita coisa.

— Não me lembro bem. Algo como as coisas podem mudar, e que você era imprevisível.

Engoli um pouco de ar naquele momento. Por Eru, por que senti tanto medo de dizer essas palavras à ele?

Légolas tentou sorrir, mas eu sabia que não era o que gostaria de fazer. Ele parecia nervoso com minha declaração.

— Nada vai mudar. – ele disse segundos depois, sério.

— Ótimo.

Algo não parecia certo, e dentro de mim uma voz gritava coisas que não entendia. Era Légolas ali em minha frente, o príncipe que eu não gostaria nem sequer de conhecer, mas nessa noite vi que muita coisa mudou de repente.

— Segure sua espada. – Légolas entregou-me a magnífica espada élfica. Esta leve e bem trabalhada, era menor do que a dele. – Achei que esta combinava mais com a senhorita.

— É magnífica. – admirei minha espada, segurando-a em posição de ataque logo depois.

— Uau, acho que alguém já sabe como usar. – Légolas disse, admirado.

— Não exatamente, mas eu sempre fui bastante curiosa. Gostaria de aprender a usá-la bem, para minha defesa mesmo. – confessei, deixando Légolas um pouco intrigado.

— Porque precisaria de defesa? – perguntou, e eu percebi que era uma história que ninguém além de mim e Runel conhecia. Se eu tivesse que contar, certamente deixaria a parte do meu amigo de lado.

— Bom... espero que ao sair daqui, eu possa viajar pelo mundo. Esse sempre foi o meu sonho, e sinceramente eu vou realizá-lo mesmo se meus pais forem contra. Entende? Quero ser livre.

— Mesmo? – Légolas parecia ainda mais surpreso. Porque, eu não saberia dizer exatamente.

— Sim. Eu quero ter minha própria vida, e não ficar presa em algo como...

— Como uma seleção?

Vi uma decepção brotar nos olhos do elfo. Eu era mesmo muito estúpida, e deveria parar de falar para o bem das pessoas.

— Não. – tentei consertar. – Eu me sinto feliz aqui, e extremamente preguiçosa pra falar a verdade, mas não é nada ruim. Gosto da sua companhia, e talvez tenha feito amigas.

— Você não sabe mentir. Mas vou considerar que ao menos esteja sendo uma nova experiência para a senhorita. – Légolas ainda parecia bem decepcionado.

— Você também não parece gostar nada do fato de estar preso nessa seleção. Quer dizer, você até disse que não, mas eu compreendo-o perfeitamente. Então porque está tão chateado comigo por confessar essas coisas? São meus sonhos, e contei à você.

Légolas andou de um lado para o outro, e o clima para aprender a usar a espada não estava mais presente. Uma discussão começava graças à mim, e eu não entendia o porquê.

— Eu não estou chateado! – Légolas gritou. - Quer dizer, você nem está nessa seleção, não é? Por que exatamente eu me importaria se você partisse imediatamente após qualquer outra garota casar-se comigo? Não. Eu não estou nem aí pra isso.

— Então por que está tão exaltado? – perguntei sem entender o que se passava dentro dele naquele momento.

— Quem exaltado? Eu? Claro que não. Não vê? Estou apenas concordando com você.

— Ótimo. Desculpe por te contar uma coisa tão estúpida assim, por acaso estraguei o seu dia?

— Quer saber? Foi exatamente isso o que você fez.

Légolas saiu de minha presença em passos largos após isso, deixando-me só naquele imenso jardim com a espada ainda nas minhas mãos.

O que aconteceu aqui?

Não entendi todo aquele nervosismo de sua parte, e evidentemente havia algo que eu deixei passar. Légolas não era daquele jeito, ou pelo menos não era até aquele momento. Talvez eu tenha o entendido mal, talvez ele me mostrava quem realmente era. Mas, por mais que minha confissão fosse estranha por se tratar de um sonho nem tanto comum pra uma garota, o que tinha de errado? Se eu não me engano, ele mesmo já conhecia a maior parte do mundo, e parecia ser um verdadeiro amante de aventuras.

Voltei para o meu quarto, andando quase sem perceber se a direção estava certa. Apenas alguns guardas estavam tomando conta do lugar, e esses já não se importavam com minha presença tarde da noite.

Quando me deitei, a discussão voltou à minha cabeça e parecia não ter sentido algum. Légolas parecia ainda mais mesquinho, depois de tudo que fiz por ele nessas últimas semanas procurando a garota ideal. Se ele não quer se casar com nenhuma delas, então não as procurasse mais!

Se ele não conseguia convencer Thranduil de que tudo aquilo era inútil, então que abandonasse e fugisse. Mesmo com a má fama, tenho certeza que o rei não levaria isso tão à serio assim. Afinal, éramos mesmo uma piada.

Mas o que o fato de eu contar á ele sobre o que gostaria de fazer interferiu naquilo tudo? Só disse que meu sonho era me ver livre... Não exatamente livre dele.

Não exatamente livre dele.

Será que Légolas entendeu errado? Que eu me sentia presa por ele por causa de tudo o que me pediu?

Será que ele achava que estava adiando meus sonhos por estar ali?

Ou talvez ele não queira que eu vá.

Absurdo essa última conclusão. Por que Légolas se incomodaria com a minha partida?

A não ser que...

Não. Isso não estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Belle não entendeu a reação do Légolas. Será que ele se entristeceu por perceber que ela não se importava com a seleção? Ou tem algo a mais?
os shippers estão divididos entre Bellenduil e Lézziel. obrigada, isso é como um elogio, pois sei que estou dando o rumo que queria para deixar voces shipparem o que quiser hsuauhshuahushuaasha
Só uma perspectiva de romance não é tão emocionante.
Desculpa pelo capítulo pequeno, e as garotas que acompanham Um Novo Amor, eu não postarei hoje, mas amanhã volto com um capítulo novinho (as coisas tão pegando fogo por lá)
Obrigada aos elogios também.
Beijos da América X♥X♥