POV Bella

Fazia exatos dois meses que estávamos em Volterra, e eu me sentia uma completa baleia, estava imensa e comia mais dos que os meninos juntos. Eu não estava incomodada com isso, estava completa e absolutamente feliz com o meu cutucador, que vêm se mostrando cada dia mais inquieto, e honestamente ele chuta pra valer, as dores são intensas.

Meus pais acabaram reatando o namoro algum tempo após descobrirmos que Phill era nada mais do que um grande pilantra que traía a minha mãe com uma mulherzinha qualquer, no mesmo dia em que ele foi expulso, não pensei duas vezes antes de mandar alguns lobos do bando para darem uma liçãozinha nele, e digamos que ele certamente nunca mais sentirá as suas pernas.

Novos lobos entraram para a matilha há tornando ainda maior; se quiséssemos poderíamos dominar a Europa inteira sem problemas, com tantos lobos no castelo tio Caius ficou apreensivo, mas acabou se acostumando e aceitando a idéia.

Nathan e eu estamos cada vez mais próximos o que agrada muito o meu pai, mas eu não o amo, apenas o tenho como um amigo no qual confio, não sei se poderia dar mais essa chance ao meu coração, no entanto, tudo há seu tempo.

De súbito sinto um líquido escorrer por dentre minhas pernas, dores fortes assaltaram meu ventre, e respirei profundamente, contento o pavor que percorria minhas veias. De duas uma, ou meu cutucador desejava nascer ou ele realmente não estava nada contente com sua moradia, porque...Porra, a dor era cruciante!

Um gemido escapou de meus lábios e em segundos, mamãe – que mesmo sendo loba não tinha o poder de transfiguração – apareceu ao meu lado, em seu encalço Clara, Clary, Amy e Charlotte a última sendo uma morada do castelo com quem simpatizei.

– Vamos Bella querida, você precisa subir. – Mamãe disse me amparando até o elevador.

– Ai, minha nossa, porque mulher tem que sofrer tanto? Droga! – Resmunguei.

– Você se acostuma! – Brincou Charlotte. Fulminei-a com o olhar, que merda ela estava pensando? Que eu estava de brincadeira?

– Tá legal, não vamos deixá-la nervosinha... – Falou, tentei manter o foco, mas vi somente a escuridão.

POV Nathan

Caminhava pelos terrenos da floresta dos Volturi, quando a vi, ela era deslumbrante, simplesmente de tirar o fôlego. Com seus cabelos loiros radiantes, olhos verde água, a pele era clara, mas dourada pelo sol; fui tomado por um cheiro inebriante de framboesas que logicamente emanava dela. Notei que ela mancava e estava completamente grávida e seu rosto era semelhante a alguém eu só não sabia quem.

Ela observou-me com seus olhos expressivos e belos e em questão de segundos em seu lugar surgiu uma loba enorme e feroz, rosnando para mim, visivelmente assustada; dei um passo para trás e estendi as minhas mãos em rendição. Segundos depois, exausta a loba caí voltando a ser humana, ouvi-a implorar em um murmúrio:

– Por favor, salve o meu bebê, eu lhe imploro...

Não sei exatamente porque mais peguei a garota em meus braços e corri para o castelo depositando-a ao lado do quarto donde Renée realizava o parto de Bella.

BELLA! AI MEU DEUS! Era isso! A garota era uma versão loira da Bella, mas como isso era possível?

– Espere aqui...

– Krista – suspirou com dificuldade.

– Krista, eu vou chamar alguém para ajudá-la com o parto. – Falei levantando da cama e já estava saindo pela porta quando a ouço perguntar:

– Quem é você?

– Sou aquele que não conseguiu vê-la sofrer. – Não sei da onde saiu aquele instinto protetor, mas me senti bem ao receber um sorriso em troca. Abri a porta e entrei no quarto ao lado, vi Bella murmurando impropérios e respirando pesadamente, obviamente sentia muita dor.

– Renée? – Perguntei um tanto acanhado, afinal aquele não era um ambiente para nenhum homem, seja vampiro, lobo ou lobisomem, só não era a nossa praia. – Olha, tem uma garota, ela também está em trabalho de parto, é...

– Ora Nate! Não consegue ver que estou cuidando de Bella agora? – Me perguntou secando o suor da testa da filha, murmurando consolações.

– Mas, por favor, Renée, ela é importante. – Abusei em uma súplica.

– Okay, Charlotte, por favor, assuma a minha posição, vou ajudar a amiga de Nathan. – Bella sorriu, sabendo que estava em boas mãos à mãe beijou-lhe a testa e caminhou comigo até o outro quarto.

POV Renée

Assim que abri a porta fui pega de surpresa, não podia acreditar em meus olhos, ali á minha frente estava a minha garotinha, minha filha perdida. Estava grávida de gêmeas quando Bella nasceu, porém sua irmã mais nova, minutos de diferença fora roubada de meus braços poucas horas após o parto por aqueles malditos lobisomens, mas agora vejo, a minha menina! Que alegria! Que dia estupendo e cheio de maravilhosas descobertas!

Sentei-me ao seu lado tocando seu rosto, o que a fez abrir os olhos, surpresa em me ver.

– Filha? – Minha voz continha incredulidade e saudade.

– Quem é você?

– Me chamo Renée, mas, por favor, me chame de Mãe. – Lhe pedi abraçando fortemente, o quanto podia considerando seu estado.

– M-mãe? – Questionou antes de se curvar de dor.

– Sim, minha querida, mas eu explico mais tarde.

2 Horas Depois

Os sons de fortes choros ecoaram por entre o castelo, no quarto a direita estava Isabella Swan Volturi, transfiguradora vampira - a loba branca–, pele clara como a neve, olhos cor de chocolate e cabelos castanho-avermelhados, filha mais velha de Aro e Renée, herdeira de Volterra, líder da matilha do Canadá (poderosa sendo capaz de controlar os quatro elementos, o tempo entre as estações e ultimamente notara que conseguia controlar as trevas, além de possuir um escudo mental) e agora mãe, segurava em seus braços seus três anjinhos.

No quarto ao lado, estava Krista Wealem, transfiguradora vampira - a loba negra –, de pele banhada pelo sol, olhos verdes e cabelos loiros radiantes, filha caçula de Aro e Renée, poderosa sendo capaz de controlar o tempo e a luz, e ao contrário da irmã possui um escudo físico. Kris, como gosta de ser chamada foi seqüestrada pela família Wealem, o rei dos lobisomens, mas agora retornava a suas origens, com dois lindos filhos, frutos de seu amor perdido em uma guerra nutrida pelos seus próprios pais adotivos.

Restavam apenas alguns minutos para que se reencontrassem, e mesmo não sabendo ao certo o porque, ambas se encontravam ansiosas como se a muito esperassem por este momento.

***

Bella olhou para cada um de seus filhos, o primogênito tinha cabelos de um castanho profundo como café, os olhos assim como os dela eram cor de chocolate e ela sorriu, brincando com sua mãozinha antes de murmurar em uma voz de veludo:

– Anthony, olá meu principezinho. – E beijou seu nariz.

A filha do meio era perfeita, tinha cachinhos ruivinhos e delicados e a pele era mais clara que a do irmão seus olhos eram de um verde-castanho, e a menina sorria, com um suspiro e lágrimas brotando em seus olhos tamanha era sua felicidade, disse:

– Carlie, bem vinda meu amor. – E acariciou seu rostinho.

Já a caçula era a mais perfeita de todos os três, tinha os cabelos loiros, claros como o sol e seus olhos eram azuis tais quais duas safiras, ela era pequena e delicada uma verdadeira princesinha; e Bella depois de ponderar, deu-lhe o nome de:

– Emper seja bem vinda, anjo. – E com devoção beijou sua testa.

***

No quarto ao lado Krista amamentava um de seus pequeninos tesouros, seu meninão tinha os cabelos castanhos e lisos e os olhos verdes como duas esmeraldas, não pensou duas vezes antes de nomeá-lo depois do pai:

– Matthew, espero que seja corajoso e amoroso como seu pai, meu querido.

Ao seu lado encontrava-se sua irmã, diferentemente do irmão, a pequenina tinha cabelos castanho-escuro, olhos azuis turquesa e era delicada, era fácil notar que seria esperta, pois seus olhinhos captavam tudo a sua volta. Krista sorriu, tocando gentilmente seu pezinho.

– Roxanne, minha pequena jóia seremos tão felizes juntas!

***

Krista saiu de seu quarto decidida, beijando seus filhos e ao mesmo tempo Bella rumava para a saída de seu quarto, ambas iriam se encontrar na sala de reunião dos Volturi, conforme Nathan, havia dito a cada uma delas minutos antes. Será que ela vai gostar de mim? Pensava Krista. Como ela é?Imaginava apreensiva. Será que gostará de me ter como irmã? Imaginava Bella. Ao mesmo tempo ambas ouviram as portas baterem as suas costas e como reflexo miraram uma a outra.

Um novo capítulo havia começado na vida das duas irmãs Volturi, restava saber agora aonde ele nos levaria.