Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 22
Capítulo 22 - Happy Birthday!


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu amores! Como vocês estão?
Trago ótimas notícias: estou de férias! :D Bem, isso significa que vou postar com o máximo de frequência que puder, porque tenho escrito bastante, com o tempo que me sobra. Acho que podemos esperar bastante capítulos de julho, né?
Enfim, chegou mais um capítulo pra vocês e já vou tornar a escrever o 23. Espero que curtam bastante ♥ e estejam aqui mais tarde, nos comentários do 23.
Beijões, boa leitura.



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POV. EMMETT

Depois de constatar que o remetente não estava, de fato, no envelope de papel-cartão que eu havia examinado mais de seis vezes, abri a parte da frente do mesmo, que se fechava por um adesivo com estampa de balões coloridos. Retirei o papel dali de dentro, e ele tinha uma textura mais lisa e uniforme, e também era um papel mais fino.

Nele, os tons estavam em degradê, desde rosa, azul e roxo até branco, nos últimos espaços do papel. No centro, o desenho de uma Lua preta, cercada por todas as palavras que compunham o convite. Era um convite para uma festa à fantasia, às 21h00min daquela noite, numa casa dentre as primeiras quando se chega ao condomínio – eu soube pelo nome da travessa e pelo número baixo. –

Antes, eu costumava ir às festas: quando tinha a idade de Alice – quinze anos, mais ou menos. –, porque conhecia todos do condomínio – as casas e as pessoas. - e me divertia bastante. Mas, de algum tempo pra cá, isso passou, e eu passei a preferir ficar em casa, me divertir com poucos amigos, do que ir às festas muito cheias de pessoas que eu conhecia automaticamente.

Ignorei aquele convite, já que nem sabia quem estava o enviando, e joguei-o dentro da gaveta do móvel perto da escada, junto com as chaves da porta da frente. Em seguida, voltei correndo para a parte de fora da casa, para ir de encontro á Rose, Alice e Jazz. Os dez minutos que demorei atendendo à campainha pareceram trinta, com todo aquele mistério e silêncio juntos.

—Quem era? – Rose veio de encontro a mim, correndo, enquanto Alice e Jasper brincavam com a bola de baseball. –

—Umas crianças do condomínio. – sorri, enquanto a envolvia pela cintura, e trouxe-a para mais perto de mim, fazendo-a sorrir. –

Dei um beijo breve nos lábios dela, quando ouvi minha irmã reclamar mais ao fundo.

—Estou cansada, mano. Podemos ir pra dentro, né? – ela se dirigiu a mim com “mano”, como quase nunca fazia, tentando me convencer de terminar a brincadeira por ali. –

—Só está falando isso porque não gosta do jogo, Dona Alice. – brinquei, cutucando as costelas dela quando a vi passar por perto. –

Senti Rose dar uma leve batida com os dedos nas minhas costas, e me lançar um olhar defensor de Alice.

—Também estou cansada, podemos ir né? – ela me provocou, brincando, enquanto saía do meu abraço para recolher os tacos e a bola, no gramado. –

Logo depois de guardarmos as coisas de baseball, fomos para a parte de dentro da casa, quando já quase escurecia do lado de fora. Alice sugeriu que assistíssemos a um filme novo, e para não relutar, como estávamos todos cansados, concordamos. Com o ar condicionado ligado, como era de costume, Rosalie pegou uma coberta no meu quarto, para si, alegando que estava com frio.

—Deita aqui, meu bem. – convidei-a a se deitar no meu peito, para que ficasse mais quente, e ela sorriu, assentindo, para depois fazer o que eu tinha proposto. –

Algumas horas depois...

POV. ROSALIE

Acordei de repente, com a sensação de já estar dormindo há muito tempo. Notando que ainda estava deitada sob o peito de Emmett, levantei com cuidado, para procurar meu celular e ver as horas. Antes que pudesse fazê-lo, vi que a luz que entrava pela grande porta de vidro da sala, agora, era apenas a da Lua, e o mar estava menos calmo; a maré, mais alta. Antes de tatear meu celular, finalmente, embaixo das cobertas, notei que Alice e Jasper já haviam subido, e apenas a luz da frente, de fora da casa, estava acesa.

Olhei as horas: 01:21 AM. Aniversário do Emmett.

Sem fazer barulho ou movimentos bruscos, mesmo acreditando fielmente no sono pesado de Emmett, me livrei das cobertas e subi correndo, nas pontas dos pés, para o "meu" quarto, para pegar o presente que havia comprado para ele.

No andar de cima, notei as portas fechadas e a luz do centro apagada. Carlisle e Esme deviam ter chegado há muito tempo, e eu sequer percebi. Enfim, deixei minhas imaginações de lado, para me atentar ao que tinha de fazer. Entrei no quarto e abri uma das gavetas da cômoda onde tinha guardado alguns pertences, acreditando que eu, desatenta ao fato de que Emmett poderia encontrá-lo, coloquei seu presente entre minhas coisas, por ali. Depois de alguns segundos vasculhando, certa do que imaginava, encontrei o pequeno pacote embalado num papel de presente cinza, de tecido, com uma fita azul discreta fechando o embrulho num laço. Sem demora, procurei por algum vestígio de papel em que pudesse escrever uma pequena carta. Em um dos bolsos da minha mala de viagens, encontrei, por pura sorte, um bloquinho de papel bege, onde comecei a escrever o mais rápido que pude, as coisas mais sinceras e bonitinhas que consegui. Afinal, eu ainda me lembrava como se fazia isso, ou com Emmett era muito mais fácil sentir e dizer tudo?

Em cinco minutos, finalmente terminei minha escrita, e então borrifei dois jatos do meu perfume favorito que havia trazido, no papel, já que não havia tempo para marcas de batom ou algo assim. Em seguida, juntei o embrulho e a cartinha em minha mão e desci correndo, para me certificar de que Emmett ainda estaria dormindo quando o chamasse de surpresa.

Chegando na sala, sentei de joelhos no espaço em que antes estava deitada, e relaxei meu corpo sob meus pés, para recuperar o fôlego antes de acordá-lo. Sem desejar que ele acordasse a qualquer momento, me inclinei e dei um beijo demorado em sua bochecha, numa tentativa de despertá-lo sutilmente. Observei-o mexer as pontas dos dedos dos pés, e cruzar os braços em frente ao abdômen, sem abrir os olhos ou mudar de expressão. Outra vez, me inclinei até ele, dessa vez, distribuindo beijos na sua testa e depois em sua boca. Acariciei seu cabelo e em seguida sua mão direita, relaxada sob o braço esquerdo.

—Bom dia, amor. - ele sorriu, para depois me encarar com os suaves olhos azuis, sonolentos. -

—Bom dia, aniversariante. - ofereci o presente e a carta a ele, enquanto continuava: - Feliz aniversário, meu anjo. - ele abriu melhor os olhos e se ajeitou no sofá, parecendo tentar conectar as coisas, enquanto pegava os presentes da minha mão, sorrindo. -

—Você foi gastar seu dinheiro com presentes, meu amor?. - ele me questionou, entre felicidade e insatisfação pelo "gasto" que eu tive. -

—Sr. McCarty, não é hora de se preocupar com isso. - brinquei, e ele me deu um selinho, antes de desamarrar a fita do embrulho. -Abre pra eu ver se você gosta.

Ele sorriu, animado, e começou a desembrulhar o pacote com entusiasmo. Quando finalmente retirou a pequena caixa de dentro do papel-tecido, um sorriso enorme se fez no seu rosto de criança, e ele me abraçou forte, enquanto falava.

—Eu amei, meu amor! Sério, eu amo ganhar perfumes! - ele sorriu, expressivo, e segurou meu rosto mesmo com as mãos ocupadas, para me dar um selinho. -

—Que bom, amor! Eu não sabia desse detalhe mas, por eu amar ganhar perfumes, você ser muito cheiroso - e aí eu sempre acho que a pessoa ama perfumes -, e também por esse aroma me lembrar você, eu resolvi te dar isso. - sorri, encolhendo os ombros, e ele me abraçou forte outra vez,  me derrubando no sofá, enquanto distribuía beijos por todo o meu rosto.  -

—Você é perfeita. - ele sussurrou, olhando nos meus olhos, e depois se distraiu com uma mecha do meu cabelo, caída sob meu ombro esquerdo. - Por que se lembrou de mim com o cheiro? - ele quis saber, voltando a olhar nos meus olhos. -

—Quando sentir o cheiro vai saber. - sorri - Mas, no geral, é porque o cheiro é como você: é tão bom e tão viciante, que chega a ser inexplicável. - sorri, e ele correspondeu com olhos expressivos e um sorriso lindo, de dentes a mostra, para depois me atacar com beijos e um "eu te amo" atrás do outro. - .

—Ainda falta ler a cartinha. - ele lembrou, voltando a se sentar no sofá. -

Observei-o agir devagar, abrindo o pequeno envelope que eu havia feito improvisado, e pegar o pedaço de papel escrito que havia ali dentro.

"Eu te amo.

Comecei essa carta assim, e vou terminá-la da mesma forma, porque acho que é a primeira e a última coisa que alguém merece ouvir no dia, ao acordar a antes de dormir; ou até antes de um feliz aniversário, como hoje - e é assim que vou fazer sempre que puder. -. Além disso, é também porque esse dia especial está só começando, né?

Não vou me prolongar muito porque tenho pouco tempo pra escrever essa cartinha de última hora, e mesmo que eu tente, nunca conseguiria dizer tudo o que sinto ou quero dizer pra ti, em uma carta. Acho que por isso vou ter que passar minha vida inteira com você. ^^

Bem, quero dizer que me sinto muito feliz e lisonjeada - olha só essa palavra linda - de passar esse aniversário com você. Não só porque vou me lembrar de ser o seu primeiro aniversário que vamos passar juntos, mas porque daqui a pouco entramos numa nova fase: a faculdade. Nem parece, mas já é em setembro - e estamos em junho, férias de verão. - Fico ansiosa e curiosa pra passar isso com você também, porque acho que agora quero passar tudo com você - principalmente as mudanças. -. Acho que vai ser interessante, e além do mais, em agosto tem meu aniversário, lembra? - eu sei, eu sempre digo que já tenho 18, mas é força do hábito. - Tudo o que passamos até agora foi maravilhoso e tenho certeza absoluta de que só vai melhorar. - desde que te conheci as coisas só melhoraram, aliás. -

Enfim, obrigada por me permitir passar isso com você, por me deixar fazer parte dessa família linda, por ter paciência comigo, por ter tido essa ideia de plano de namoro - que foi super longe, olha aonde estamos agora. - e por ter insistido em mim, quando nem eu insistia mais. Se eu pudesse me lembrar ou citar todas as coisas pelas quais devo te agradecer, em menos de um minuto, eu o faria aqui, mas como não consigo, vou esperar que entenda dessa forma.

Espero poder te fazer feliz como você me faz, e vou me empenhar pra isso sempre. Que o seu dia seja maravilhoso, cheio de todas aquelas coisas boas que desejamos nos aniversários, e que a gente curta bastante essas férias antes da faculdade - e depois também, claro. - Que a gente possa compartilhar a construção do nosso futuro, nossos sonhos e as realizações deles, juntos.

Nunca tive tanta certeza do que quero pra mim, como tenho agora. Tudo se torna mais fácil com um anjo ao seu lado; e você é o meu.

Feliz aniversário,

Te amo,

Rose."

Me atentei ao olhos dele que se moviam em linhas, e pude ver um sorriso ou outro no decorrer da carta. Ao fim, ele sorriu, com aquele sorriso de covinhas e olhos azuis, e seus olhos estavam marejados, simulando um lago no olhar dele.

—Te amo. - ele falou, simplesmente, enquanto beijava minha testa repetidas vezes, antes que eu pudesse me mover para qualquer outra coisa. -

Ficamos ali, aconchegados um ao outro, conversando, nos trinta minutos seguintes. Depois, quando perguntei a ele sobre o toque na campainha mais cedo e ele não respondeu, percebi que ele dormia outra vez. Como eu já também relutava para manter meus olhos abertos, acordei-o falando baixinho, e então subimos, com os presentes dele nas minhas mãos, e ele atrás de mim. Esqueci o assunto anterior, e permanecemos em silêncio enquanto andávamos.

Chegando às portas dos quartos, entreguei os presentes a ele e nos despedimos com um beijo breve e um "boa noite" em sussurros. Em seguida, adentrei meu quarto e tratei de colocar meu pijama antes que eu adormecesse com a roupa do corpo. Depois de pendurar as roupas que antes vestia, no cabideiro próximo à janela, ajeitei a cama para dormir, e depois de algum tempo encarando a vista enquanto pensava no dia seguinte, assim fiz.


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Notas finais do capítulo

E aí galera? Comentem pra eu matar as saudades de vocês!
Beijões,
Angel ♥.



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