Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 1
Capítulo 1 - Nice to meet you


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Já peço desculpas para caso eu demore a escrever o próximo capítulo, ele tá quase terminado, mas nunca se sabe né? Bom, espero que gostem tanto quanto eu. Já aviso que talvez a Esme, o Carlisle a Alice e o Jasper não apareçam no próximo capítulo, mas logo, logo eles aparecerão. Boa leitura!



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De manhã, num belo dia das últimas semanas de aula do colégio Ripstick High School, em Nova Iorque, na casa da garota mais bad girl que já se viu: Rosalie Lilian Hale. A garota acordava mal-humorada como sempre.

—Droga! Ter que acordar cedo e ainda pra ir para aquele inferno! - ela resmungou, levantando. -

POV. ROSALIE

Fui pro banheiro e tomei banho. Troquei-me e estava calor,  então coloquei uma roupa bem legal e fresca.

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Arrumei minha cama, abri as janelas e desci para a cozinha. Estava na casa do meu pai e ele havia ganho a minha guarda, já que eu não tinha idade o suficiente para escolher. Mesmo que pudesse, eu preferiria ficar com ele. Sou obrigada a ir para a casa de minha mãe aos finais de semana e fazia questão de voltar de noite e logo para a minha casa, porque eu não suportava ouvir os resmungos dela:

"-Você foi uma idiota de ter se magoado pelo Royce e pelo que ele fez! Isso é normal todo homem faz um dia! Você não puxou a mim mesmo garota!"

Eu não gostava dela mesmo. Meu pai, era pai e amigo e minha avó a mãe, amiga, melhor amiga, avó, minha vida.

Enfim, tomei café, escovei de novo os dentes, dei um beijo em meu pai e fui para a escola com a minha Lamborghine branca. Sim, meu pai havia me dado uma de presente, porque ele era bem de vida. Às vezes penso que ele não tem mais ideia de onde gastar tanto dinheiro - chega a ser desnecessário -.

A propósito, ele morava numa casa de cinco andares em Nova York, com piscina gigante nos fundos, hidromassagem nas banheiras das quatro suítes, uma sala de estar, um home theater, uma cozinha no primeiro andar e uma no terceiro, uma garagem com vaga para cinco carros, três suítes no segundo andar, e duas principais no quarto andar que tinha mais um home theater, dois banheiros normais no primeiro andar, as janelas eram todas de parede inteira de vidro, e no quinto andar era um ambiente metade fechado e metade aberto, sendo que na parte fechada tinha uma sala de estar, outro banheiro, uma cozinha metade, e na parte de fora tinha uma piscina GIGANTE, uma banheira tipo SPA, um vestiário, uma ducha, uma sauna e outros "blá blá blás".

Bom, não que eu goste de me gabar disso, como um dia gostei, mas ele gosta. E bem, descrição não dá tanto trabalho.

Fui para a escola e chegando lá eu sentei no banco que sempre me sentava ao chegar e tirei da mochila meu livro: Fallen. Comecei a ler quando uma amiga minha chegou a mim e sentou ao meu lado.

—Oi Rose! – ela me deu um beijo –

—Oi Charlotte. – eu disse sem tirar os olhos do meu livro –

—Tá de mau-humor? - ela parecia me encarar -

—Vocês que estão com esse complexo agora, eu nunca fico tão chata quanto falam. -  reclamei - Até parece. 

—Chata não, mas sempre fica emburrada de cara amarrada.

—Ok Charlotte, eu acredito em você. - dispensei conversa -

Então eu estava lá, em paz, quando alguém chegou na minha frente, dizendo:

—Olha só quem está aqui! A loira falsa traída de Royce King!

Revirei os olhos. Olhei pra cima, e era Anny uma ruiva, de olhos verdes e super branquela, que era caidinha pelo meu ex, Royce, e quando fiquei com ele, ela deixou de ser minha amiga líder de torcida. Ela usava um vestido de líder rosa e branco e um salto alto branco com pom pons brancos, como quase sempre.

Eu levantei e sendo mais alta que ela, fiquei olhando pra baixo (literalmente) para "falar" com ela. Guardei meu livro.

— Desculpa flor, eu não sabia que em horário de pasto vaca ficava mugindo no ouvido dos outros. Escuta aqui garota, deixa de ser otária e vai fazer sua torcidinha medíocre. Vê se te enxerga! Me erra! 

Ela olhou pra mim horrorizada, talvez com meu mau-humor e falta de delicadeza e saiu andando, cochichando com as amiguinhas de porcelana dela. Sentei e continuei lendo.

Falar que eu suportei o dia até a hora da Educação física seria mentira, mas eu levei bem. Na educação física iríamos fazer queimada. O meu time era:

Eu, Emmett - o capitão do time de futebol -, Lauren, Clair, Clark, Charlotte, Kaio, Filipe e Soya.

O jogo começou e eu estava no coveiro. Anny não era boa na educação física, então dei impulso e saltei acertando a bola bem no nariz dela. Ela foi queimada, cogitou ir para a enfermaria, mas desistiu. Tentou queimar algumas pessoas, não conseguiu, e enfim, foi colocar gelo no nariz de plástico dela. Eu voltei para o campo quando Clair foi queimada. Ela foi para o coveiro em meu lugar e queimou duas de uma vez só. Eram as amigas de Anny que tentaram queimar também, mas não conseguiram. De repente, Emmett perto de mim, queimou tão forte, que três garotos de uma vez  ganharam estalos no braço, na perna e na canela de cada um. A força dele era surpreendente.

Ao fim de tudo, o meu time ganhou. Então, como eu quem havia escolhido o time, todos me abraçaram e ficamos gritando para comemorar. A aula acabara quando Emmett chegou a mim e disse:

—Você é boa, loira! – ele falou alto e sorriu, fazendo suas covinhas surgirem –

Eu agradeci com a cabeça e ele desceu as escadas parecendo apressado para ir embora. Eu fiz o mesmo.

Chegando em casa, subi, joguei minha mochila em minha cama no exato momento em que meu celular tocou. Atendi e era a Charlotte, agora minha amiga mais próxima.

—Oi Charlie.

—Oi! Então, de noite vai haver uma festa no salão do Buffet Garden, aí perto da sua casa.

—Eu fiquei sabendo pela arrumação... E daí? - indaguei, confusa -

—Então, eu estou organizando... Você vai? A sala toda vai menos as meninas líderes de torcida, óbvio. - ela explicou -

—Ok, eu vou. Que horas?

—Das 19h30min às 02h00min ou até quando vocês quiserem, porque meu pai já pagou e tá pagando por hora, mas ele não se importa se ficarmos até umas quatro, três da manhã.

—Ok, vou estar lá. Beijo. - confirmei e me despedi gentilmente -

—Ah, e as meninas são de top ou blusa curta, salto alto, shorts ou saia ok? Festinha de verão. 

—Sim, tudo bem.

—Beijo.

Então desligamos, e eu fiquei a tarde toda escolhendo uma roupa. Quando me dei conta já eram sete horas. Era sexta-feira, então não haveria problema em ficar até tarde na festa. Tomei banho e coloquei um top dos Estados Unidos, um shorts do mesmo, e um salto. Fiz minha maquiagem, coloquei brincos de estrela, pintei as unhas e desci.

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Chegando na sala, passei mensagem para a Charlie dizendo que chegaria logo. Meu pai se chamava Adam. Ele tinha o sobrenome Thomas, mas minha mãe colocou em minha certidão de nascimento apenas o sobrenome dela: Hale. Então fiquei assim. Enfim, passei pelo meu pai, indo em direção á garagem, dei-lhe um beijo e ele perguntou:

—Aonde você vai? - me olhou surpreso -

—À uma festa.

—Que festa?

—Relaxa pai, volto lá pelas três e pouco. Te amo.

—Ok. Também te amo filha.

Então fui para a festa. Chegando lá, eu não sei por que, mas a maioria das pessoas perto da porta parou para me olhar... Acho que era porque eu estava diferente em termos de roupa. Bom, cheguei e fui até Charlotte.

Bebi um copo de qualquer coisa alcoólica e fui dançar, quando Emmett chegou. Ele conversou comigo e dançamos umas vinte músicas. Bebemos de novo e dançamos mais ainda. Depois nos cansamos e fomos deitar num canto qualquer.

Eu estava fora de mim quando lhe beijei loucamente como nunca tinha feito antes. O beijo prosseguiu por alguns segundos, até que adormeci em seu peito e ele com uma mão em minhas costas, mexendo nos meus fios de cabelo espalhados. Depois algo aconteceu, mas não me lembro se foi outro beijo, alguma discussão que assisti, ou algo do tipo. 

Acordei como se tivesse sido levada para um tiroteio e atingida por uma bala na cabeça. Eu estava completamente bêbada, com meu top aberto quatro dedos, ás quatro e meia da manhã, deitada no chão com um cara que nem conhecia direito, mas que era um gato, numa festa em que bebi até cair - literalmente - e depois ainda  o beijei. Ele, agora acordado, disse:

—O que foi linda? - os olhos azuis perdidos no ambiente -

—Nada. - ri baixo -

Então rimos juntos e nos beijamos pouco mais do que antes. Eu esquecia tudo o que falava depois de um minuto que fechava a boca. Me lembrei de repente de que tinha que ir pra casa rápido, pois meu pai iria me matar se não chegasse logo. Eu olhei para Emmett e disse:

—Tenho que ir... 

—Já? - ele levantou a cabeça -

—Já são quatro e meia.

Ele pareceu surpreso.

—Também tenho que ir.

Então nos beijamos um pouco mais o que levou um minuto mais ou menos, e ele foi embora, e eu com minha Lamborghini quebrando as regras, completamente bêbada, com o rádio no último volume de “Rock n´roll – Avril Lavigne” e fazia curvas pela estrada vazia, até num curto período de tempo chegar a casa. Desliguei meu rádio quando entrei na garagem, saí do carro o travando, tranquei o portão com um cadeado, subi até o primeiro andar, tomei água e subi até meu quarto no quarto andar cantando alto.  Eu caí em minha cama arrumada, tirei minha roupa, ficando apenas de lingerie e dormi com um lençol sobre mim. De certa forma, eu me sentia feliz, e sabia que não era só porque o cara mais lindo da escola me beijou. O estranho, é que eu não sabia o por quê dessas borboletas no meu estômago.

12h30min do sábado, na casa de Rosalie...

Acordava tranquilamente, quando senti aquela dor de cabeça, um gosto de cabo de guarda chuva na boca e uma vontade imensa de vomitar. Corri pro banheiro e vomitei. Era a maldita da ressaca.

Entrei em baixo do chuveiro gelado e fiquei lá. Tomei banho, tudo certinho, então saí do banheiro e coloquei uma regata azul bem solta, uma lingerie azul, um chinelo havaianas azul e prendi meu cabelo em rabo de cavalo. Desci para o primeiro andar, me dirigi á cozinha e lá estava Lucy, a doméstica contratada por meu pai. Ela era muito legal comigo, e eu ficava com ela o dia inteiro, já que meu pai saia para trabalhar ou pra passear mesmo. Eu tinha que ir pra casa da minha mãe, mas ela viria me buscar. Então meu pai estava lavando a louça e Lucy servindo o meu café, porque ela sabia que eu gostava de acordar e tomar café independente do horário.

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Sentei no sofá. Meu pai virou-se e disse:

—Rosalie... Que roupa é essa? - virei os olhos com a cara de indignação dele - 

—Não enche pai. - rebati - 

—Tá de mau-humor é? - ele riu -

—Não, é ressaca mesmo. - baixei a cabeça, sem pensar. - 

—Voce bebeu ontem?!

—Ao que dizem os fatos, bebi sim. Por que? - falei com a voz abafada pelos meus braços, que rodeavam minha cabeça baixa -

—Porque é proibido! - ele sustentou meu olhar quando levantei a cabeça - 

—Pai, eu tenho dezoito anos! Não é proibido. – sentei na mesa pra tomar café e comecei a comer –

—Acontece que eu proibi. - ele tentou ser firme em seu argumento -

—Eu quebrei as regras. – disse, terminando o café –

—Castigo de volta? - ele indagou, querendo me ganhar -

—Não. 

—Como? - ele parecia ofendido pela minha resistência -

—Você prometeu que se eu fosse pescar com você na semana passada eu ficaria sem castigo até meu aniversário. - rebati, sorrindo sarcástica. -

—Tá bom, tá bom. Mas que roupa é essa, ainda assim? - ele me encarou - 

—Não enche, pai! Não to pra ninguém hoje! 

—Como quiser. - ele se cansou e fez cara de "chato", tentando me imitar - 

—Obrigada! – eu disse com cara de brava–

Fui pra sala e fiquei assistindo TV, quando vi meu irmão sair do quarto dele. Estava de pijama, ainda passando a mão nos cabelos. A gente se dava bem. Quer dizer... Naquelas né...

Eu estava definitivamente de mau-humor pela ressaca. E eu ainda tenho que ir pra minha mãe... Droga. Deitei-me no sofá e fiquei assistindo TV.

POV. EDWARD

Eu tinha acabado de sair do meu quarto, quando após tomar café, vi minha irmã deitada no sofá com cara de mal-humorada. Cheguei até ela, sentei no pé do sofá e coloquei os pés dela no meu colo.

—Rose? - tentei observar seu rosto -

—Oi amor. – ela me chamava por apelidos carinhosos como esse nos dias em que estava me amando -

—Tá tudo bem? - quis saber pelo rosto dela -

—Chama-se ressaca... - ela riu- Mas não, definitivamente não.

—Bebeu até não querer mais ontem, né! - provoquei-a -

—Sim. Fiz o que podia e o que não podia. - ela deixou a frase cheia de interesse -

—Opa! Vi vantagem! - ri, ameaçando-a -

—Nem pense. - ela rebateu - 

—Tá, vai. Cinquenta dólares. - chantageei - 

—No meu quarto, em cima da cômoda branca. - ela não pareceu se importar - 

—Agora sim. – saí correndo –

Cheguei lá e peguei cinquenta reais em cima da cômoda, seguindo pro meu quarto. Troquei de roupa, para um jeans e uma camiseta, com um tênis da Nike. Ajeitei meu cabelo, escovei os dentes, passei meu desodorante e perfume e saí por aí.

Minha namorada, Bella, era líder de torcida. Ela tinha cabelos castanhos e cacheados nas pontas, na altura da cintura, os olhos verdes, e branca. Seu nome completo: Isabella Marie Swan, mas eu a chamava de Bella. Ela era a líder do time da torcida da escola, já que Anny havia sido "rebaixada" para o fundo no treino de ontem. Eu fui até sua casa para sairmos ou coisa do tipo. Cheguei e sua mãe, Renée, estava cuidando das plantas no jardim imenso.

—Bom dia Dona Renée! - falei gentilmente -

—Bom dia Edward! Bella está lá dentro. Pode ir. - ela sorriu -

—Obrigado. - sorri -

Eu costumava ser bem educado com os pais dela. Eles haviam tido algumas brigas feias entre si, mas estavam juntos até hoje. O pai chamava Charlie. Ele era policial e Renée era secretária de uma empresa tecnológica. Seu pai estava na sala, então parei e o cumprimentei com um aperto de mão.

—Bom dia Senhor Charlie. - sorri - 

—Bom dia Edward. - ele sorriu brevemente -

— Bella está em seu quarto? - mantive a voz no mesmo tom de antes -

—Sim, suba. - ele permitiu -

—Com licença. – eu disse subindo e agradecendo com a cabeça –

Cheguei ao segundo andar, onde na última porta do corredor era o quarto de Bella. Eu bati e ela disse para que eu entrasse. Abri devagar e entrei.

—Oi amor. - sorri - 

Ela veio correndo com os braços abertos e eu a peguei no colo e girei. Ela vestia um vestido azul e branco, com listras na parte da saia e um laço como cinta no cantinho. Nos pés, um salto alto azul escuro e a maquiagem era básica, no caso dela, rímel e batom "24 horas"— segundo ela -

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Ela me deu um beijo devagar, e sentou novamente em sua cama, sentando-me ao seu lado.

—Por que está tão arrumada? - questionei - 

—Por nada. - ela respondeu simplesmente -

—Vai sair? - fiquei curioso -

—Não, mas a gente podia. - ela sorriu como uma criançam sugerindo. -

—Vamos ao shopping então. - sugeri -

—Vamos! - ela comemorou - 

Saímos do quarto e descemos. Ela avisou seus pais que estava saindo e então fomos para o shopping. Ficamos horas e horas lá, comprando coisas que ela queria, com o meu cartão de crédito ilimitado. Bom, ao menos eu não havia achado o limite até hoje.

Eu e ela adentrávamos uma loja, quando ela parou e não se sentiu bem. Pediu para que eu levasse-a até a casa dela e foi o que fiz. Chegando lá, coloquei-a na cama, deitei ao seu lado e como ela estava fria, eu tirei seus sapatos e brincos e a cobri, permanecendo ao seu lado.

—Será que eu vou ficar gripada?! - ela pareceu preocupada -

—Não viaja. - tentei tranquilizá-la - 

—Eu não viajo! Semana que vem tem o campeonato e preciso treinar com as meninas! - ela se exaltou -

—Ei, ei, calminha aí. A prioridade é a sua saúde mocinha. – eu toquei a ponta do seu nariz com o dedo indicador – Eu sou o capitão do time de futebol, qualquer coisa posso adiar o campeonato principal, com a ajuda do diretor e do técnico. 

Ela se acalmou, calou-se e dormiu no meu colo. Eu deitei ao seu lado e dormi também.

POV. ROSALIE

Ressaca inútil! Fui ao banheiro e vomitei umas duas vezes, de novo. Credo! Voltava ao meu quarto para deitar, quando meu celular tocou, no banheiro. Atendi e era um número desconhecido.

—Quem é?! - perguntei sem paciência -

—O Emmett... - ele tentou acalmar minha voz -

—Oi... - abaixei o tom - 

—Oi Rose. Bom, você “por acaso” se lembra de algum detalhe importante na noite passada? - ele quis saber, curioso -

—Deveria? - fiquei confusa -

—Talvez... - ele respondeu - 

—Uma pena, porque não me lembro de muita coisa. - o desapontei - 

O silêncio ficou ali por alguns segundos.

—Nem que a gente se beijou? - ele quebrou o gelo - 

—Lembro. - respondi simplesmente -

—E você achou...? - ele quis que eu completasse - 

—A situação?

—Pode ser.

—Achei bom, legal, divertido. - menti. Era muito mais. -

—Sério?

—Sério, já disse. - não me senti culpada porque não sabia explicar mesmo - 

—Ok. 

Ele me falou em meias palavras que tínhamos feito “uma porção de coisas” e eu fiquei surpresa com isso... Mas tudo bem, já foi.

—Era só pra saber como você estava.

—Eu estou mal, mas passa. Obrigada. - quis desligar -

—Por? - ele insistiu - 

—Porque eu to de ressaca né, garoto.

—Ah... Entendi. - ele parecia tranquilo e desconcentrado - 

—Olha, eu vou agora pra casa da minha mãe, se quiser pode ir lá, pode mandar mensagem,ligar, faça como quiser. - mudei um pouco meu modo de falar, lembrando que ia ficar sem nada pra fazer lá -

—Aonde é? - ele se interessou -

—Eu te passo por mensagem. - fiquei surpresa, mas feliz -

—Tá bom então. 

—Tchau. - terminei a conversa por conta própria - 

Desliguei o telefone, passei a mensagem pra ele com o endereço e tirei a roupa para tomar banho e ir á casa da minha “linda e adorada mãe”... Só que não!

Meu irmão acabava de me ligar pra dizer que estava vindo para casa. Eu nem o vi chegar, porque fui tomar banho de novo. Depois, fui até o closet escolher uma roupa... De repente, fiquei com uma vontade imensa de me vestir bem, porque assim minha mãe não poderia reclamar de eu me vestir mal.

Quero dizer que ficaria confortável, mas bem vestida.

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Eu, me sentindo confortável, fui para a sala e lá fiquei. Escutei, depois de alguns minutos, a buzina do carro da minha mãe. Olhei pela janela, e fazendo cara de desprezo, gritei com mesmo tom de voz:

—Já vai!... - revirei os olhos - 

Então, tristemente, me despedi de meu pai e desci com meu irmão. Fui ao banco da frente e ele no de trás. Então, tarde o bastante para o que eu esperava, ela começou a paparicar meu irmão... Ela me dava nojo!

—Ed, como você está bonito! Gatinho da mamãe! – ela dizia segurando o queixo dele e apertando em seguida a bochecha –

Ele fingiu gostar.

—Já você Rosalie...

—Eu o que?! O que foi dessa vez? quer saber, eu já to de saco cheio de você e essas suas historinhas! Dessa vez eu to arrumada SIM e não preciso saber o que você acha ou deixa de achar. EU NÃO SOU OBRIGADA! Quer colocar de castigo? Coloca logo, mas lembre de que eu, GRAÇAS A DEUS, não passo nem uma semana com você. 

Ela se calou e eu apenas olhei pra ela furiosa. Edward fez um joinha pelo retrovisor e eu ri discretamente. Não sou obrigada, né?!

Chegamos a casa dela, que não era nem a metade da do meu pai. Era discreta e tudo bem. Tinha dois andares, uma cozinha, sala de estar, sala de televisão, banheiro e garagem no primeiro andar. No segundo tinham três suítes: uma pra mim, uma pra meu irmão e outra para a ela.

Subi direto para o meu quarto e arrumei minhas coisas da mala no meu guarda-roupa. Abri minha janela gigante e cortinas, fechei a porta, e sentei na cama com meu notebook. Fiquei mexendo até que meu celular tocou. Meu toque era “Here’s to never growing up” da Avril Lavigne. Sim eu era uma Littleblackstar (fãs da Avril).

—Fala Emmett. - falei impaciente -

—Tudo bem agora?

—Melhor... Ah, dá pra voce vir aqui me entreter, por favor?

—Dá... Já to indo.

—Ok... Valeu tá? - agradeci, gentil -

—Imagina. Beijo, tchau.

—Beijo.

Desliguei e comemorei por um amigo meu, pelo menos, estar vindo ficar comigo no tédio total. Minha mãe chamou eu e Ed para comermos e nós fomos. Chegando lá ela começou a falar. Eu só fiquei olhando para ela, fingindo que prestava atenção.

—E você Ed... Tá namorando ainda? - ela fazia o café -

—Faz tempo.

—A Bella não é?

—Isso. - ele sorriu, provavelmente lembrando-se dela - 

—Ela é uma garota linda, um exemplo de menina. E você Rosalie?

—Eu o que? - escancarei o desprezo -

—Você está namorando? - ela falou mais baixo -

—Não, óbvio que não.

Ela pareceu não acreditar então começou:

—Por quê?

—Por que não tem nenhum garoto bonito na minha escola. - menti -

—Eu duvido. - ela desvendou, infelizmente -

—Tá, que seja. Tem um ou outro gatinho, mas eu não fico dando em cima dos outros. - dei o exemplo contrário à definição dela -

—Não tem nada de mais. - ela deu de ombros -

—Lógico que tem. Eu não sou dessas não. - deixei o tom com desprezo escancarado, novamente -

—Tá bom, Rosalie. A hora que você ficar sozinha igual a sua tia, encalhada como uma baleia...

—Ah, deixa você. Deixa você falar assim dela, que eu conto tudo pra ela. É IMPRESSIONANTE, como você falsa. E, aliás, ela não é nem um pouco gorda, você tem é inveja dos olhos azuis e cabelos castanhos dela. E ela que está certa. Pra que se preocupar com homem?! Melhor ser linda e sozinha igual ela, do que separada e descuidada igual você. - não dei a mínima -

Ela me pareceu chocada, mas eu nem me importei. Subi e lá fiquei até que Emmett chegasse. A campainha, depois de dez minutos, tocou e eu desci para atender.

—Tá esperando alguém Rose? – perguntou minha mãe –

—O Emmett. - expliquei sem olhá-la -

—Quem é esse? - ela pareceu curiosa -

—Já te explico.

Abri a porta e lá estava ele. Gigante, olhos azuis, cabelos escuros bem cortados e pele branca com covinhas nas bochechas fofinhas. Aliás, sarado também fazia parte de seu visual... Ô Jesus, cadê o ar Senhor?!

—Oi Rose... – ele se abaixou pra me dar um beijo –

—Oi Emmett. – eu retribuo o cumprimento – Fica á vontade. – eu dei espaço para ele entrar –

—Essa é a sua mãe? – ele olhou pra ela sorrindo –

—Isso. Mãe esse é o Emmett, Emmett essa é a Lilian.

—Prazer Sra. Hale. Eu sou Emmett McCarty Cullen. – eles se cumprimentaram –

—O prazer é meu Emmett. Lilian Hale. – ela retribuiu –

Ele pediu licença e subimos para meu quarto. Apresentei Edward, que disse:

—Espero que você suporte ela. É difícil, acredite.

—Cala a boca, Ed. – eu ri pra ele e baguncei seus cabelos –

Ficamos conversando e as horas passavam sem percepção alguma. Ficamos jogando no computador e depois de um tempo que cansamos, fomos para o lado de fora da casa. Deitei na grama ao seu lado, e ficamos conversando, olhando o sol fraco e as nuvens.

—Eu não costumo ficar aqui... Só quando fico sozinha. Ou seja, você é um motivo para eu vir aqui fora. Sinta-se uma exceção. - ri -

—Aqui é tão gostoso... O barulho das folhas das árvores no vento. É uma delícia. - ele respirou fundo -

Naquela hora eu fatalmente pensei besteira, do tipo: “Delícia é você”. Mas não, eu não disse nada. Apenas sorri e continuei.

—Quando minha mãe não está, realmente é delicioso ficar aqui por horas. - revirei os olhos -

—A sua mãe não me parece chata... Aliás, ela me parece bem legal. - iludido -

—Nem tudo é o que parece ser. Ela é muito chata. Reclama só de mim, que eu sou uma garota idiota, tonta, encalhada, sem estilo... - fechei os olhos - 

—Você não é nada disso. – abri os olhos. Ele olhou com seus olhos azuis refletidos no Sol e um sorriso discreto –

—Diz isso pra ela. - sorri - Ela me perguntou quem era você quando chegou.

—O que você disse? - ele quis saber - 

—Que eu explicaria depois. - falei o óbvio -

De repente ele fez cara de ideia e eu o questionei.

—O que foi? - tive um frio na barriga -

—Acabo de ter uma ideia muito massa. – ele riu –


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Ansiosos pra ideia do Emmett? Não percam o capítulo dois!
Reviews?
Obrigadaaaa!
Beijos coloridos,
Clarie