Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 15
Capítulo 13 - Irlanda


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas, voltei.
 
Enfim, capítulo 13 postado. Espero que gostem e não surtem muito.
Propagandinha básica de praxe: Nova fic> New Volturi, postada por mim e pal Olly, minha amiga-irmã-neta
E, posso demorar para postar, porque agora comecei meus estágios na faucl, então chego bem cansada de tarde, okay?
 
Beijinhoss!!



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Capitulo 13 – Irlanda

 

POV do Edward

 

Passei às seis horas da manhã no apartamento de Bella. Ela estava sentada numa banqueta alta na cozinha tomando café, enquanto conversava animadamente com Amy, Demetri, Christine e Damen. Era incrível como ela realmente nunca seria uma humana normal. Vivia cercada de vampiros e, quando não morava com uma, era amiga de outros.

 

Nós saímos às sete horas. Bella novamente adormeceu, depois de um tempo admirando a paisagem que corria. Fiquei observando-a algumas vezes e, ela estava inquieta. Murmurava coisas desconexas e se remexia muito. Devia estar sonhando com alguma coisa.

 

Mesmo eu sendo o idiota e insensível que Alice e meus irmãos costumavam achar, eu não podia deixar de sentir um pouco de pena por Bella estar sofrendo algo que não tinha absolutamente nada a ver com ela. Sim, eu consigo pensar assim e ser mais humano de vez enquando. E, eu estava mesmo disposto a ajudá-la. A questão, não era o que ela sonhava, mas sim o porque.

 

“Edward, meu Edward.” A voz da minha Dominique surgiu em minha cabeça, como ela sempre se referia a mim.

 

Dominique e eu tínhamos uma ligação estranha. Não sei se era pelo fato de ela ser uma híbrida com dons extraordinários, ou se eu é que era um vampiro com dons diferentes, mas eu sentia os sentimentos dela, eu sabia dizer quando ela estava por perto ou quando  estava triste ou mesmo feliz. Meu peito ardia, meu coração morto voltava a bater e o buraco fechado há tanto tempo estava novamente aberto. Eu queria poder gritar, ou mesmo me entregar a uma fogueira, me juntando a ela, onde quer que ela estivesse.

 

- Bella? – Chamei-a, ao ver que se remexia mais do que antes. – Acorde, está... está tudo bem? - Perguntei.

- Eu... eu sonhei com a mesma coisa de novo. – Ela fez uma cara triste. – Você estava lá, sua mãe e seu pai. – Bella enxugou uma lágrima.

- Me conte. – Pedi, mesmo sabendo que isso iria ferir mais a mim do que a ela.

- Era... – Bella soluçou. – Era um funeral. Eu... Eu não ouvia o que diziam, eu via tudo muito longe, era como se eu não estivesse lá. Noite passada eu ouvi o que diziam, embora eu não entendesse muito bem.

- Eu... vou te ajudar, Bella. – Murmurei.

 

A viagem era longa, Bella fez o possível para se manter acordada, mas acabou não resistindo e dormiu. Bella havia mencionado um funeral e, só tinha um lugar que eu sabia que devia ir. A viagem até Dublin era longa, duraria mais de nove horas, chegaríamos ao anoitecer. Pela manhã, andaríamos pelas terras que eram dos pais de Dominique, que hoje em dia, eram cuidadas por pessoas de confiança de nossa família.

 

POV de Bella

 

Quando acordei, eu estava deitada em uma cama de casal, estava com as roupas que eu tinha usado para viajar. Edward estava sentado no sofá, que estava virado em direção à cama. Levantei-me e olhei ao meu redor.

 

- Não achei certo acordar você e nem trocar sua roupa. – Ele deu uma de cavalheiro.

- Obrigada. Onde estamos?

- Dublin. Ainda é uma da manhã. Tente dormir. Amanhã iremos ao lugar. – Ele disse sério.

- Me desculpe, Edward. – Murmurei indo em direção à ele. – Me desculpe te pedir para vir, mesmo sabendo que isso te machuca.

- Não se preocupe, estou nessa há 180 anos, me acostumei. – Ele falou seco. Frio.

- Eu vi como você sofreu. – Murmurei, colocando uma mão na pequena lágrima vermelha. – Eu vi seu rosto manchado de vermelho. Por isso peço desculpa.

 

Enxuguei a pequena lágrima que escorria com o pequeno lenço já manchado em meu bolso. Depois, fui em direção à minha mala, peguei algumas coisas e fui para o banho. A água quente caía pelo meu corpo, relaxava e desatava os nós que meus nervos tinham. O vapor estava por todo o banheiro, eu olhei para baixo, para ver onde o sabonete tinha caído, quando escorregou de minhas mãos. Mas, me surpreendi. Meus pés estavam cobertos pelo vapor, eu sequer enxergava o chão.

 

Olhei novamente para cima, onde deixei o shampoo que estava usando e então assustei com o que vi. Meu corpo foi para trás, como impulso em defender-se de alguma coisa. A minha frente, eu via uma imagem envolta pela nevoa que a água gerava. Ela era da minha altura, tinha os mesmo olhos, a mesma palidez que minha pele possuía, somente suas roupas eram diferentes das que eu usava. Era um vestido longo, azul, com rendas e detalhes brancos.

 

- Dominique. – murmurei, então ela sorriu e veio em minha direção. Sumindo em seguida.

 

Saí do Box, enxuguei-me e coloquei uma camisola. Quando saí do banheiro, sentei na poltrona próxima onde ele estava sentado. Minhas mãos tremiam, meu coração estava acelerado, minha respiração alterada.

 

- O que houve, Bella?

- Eu a vi. Eu a vi, eu... eu a vi. Ela veio em minha direção, sorriu e sumiu. Eu vi. Eu... – EU não conseguia formular nada com muito nexo, pois a imagem de Dominique ainda estava em minha mente.

- Tome, pedi esse chocolate quente para você. Tem torradas aqui também. Coma, vai melhorar. – Ele me entregou uma xícara.

 

Edward ficava me observando o tempo todo, como se eu fosse uma completa alienígena. Isso me irritava. Mas deixei quieto, eu não queria estragar o clima ameno que tínhamos ali, por algo conturbado e confuso. Não hoje. Não agora. Comi as torradas calmamente, o susto já havia passado. Fiquei observando a paisagem de Dublin pela janela entreaberta do quarto. Os carros, as luzes, o verde da cidade... uma cidade linda.

 

- Durma, Bella. Amanhã poderemos sair durante o dia, estará nublado. Teremos que aproveitar, só poderei sair depois no outro dia à noite. – Edward disse seco.

- Tudo bem. Mas de qualquer maneira não consigo dormir. – Sentei-me na poltrona e fiquei encarando-o. Edward não desviava os olhos de mim em momento algum. Pergunto-me se eu poderia sustentar aquele olhar por mais algum tempo.

- Dominique. – Edward murmurou, vindo em minha direção, erguendo meu queixo. Era como se ele estivesse hipnotizado.

- Edward. – Murmurei. – Eu sou a Bella Swan, não a sua esposa. – Ah, qual é, agora além do fantasma da garota aparecer na minha frente enquanto eu tomo banho, ele ainda me chama pelo nome dela... pela segunda vez! Isso está ficando fora de controle. Sem contar que a garota tem a minha aparência... ótimo, Bella, você nasceu maluca.

- Me desculpe. – Ele murmurou, ainda segurando meu queixo, levemente. – Você se parece com ela.

- Ambos sabemos que eu sou igual a ela, Edward. Mas isso é SÓ uma coincidência. – Falei.

- Que seja. Mas agora eu tenho a fórmula para o sono. – Ele riu, descontraindo e mostrando um sorriso, logo em seguida expondo seus caninos.

- AH, nem vem! – Resmunguei.

- Sabe que não consegue recusar. E você nem vai. – Ele riu de novo. – Uma mordida é como... o melhor que beijo que você já recebeu. Não há como recusar. Tudo em mim te atrai Bella, tudo em mim é um convite para você. Minha voz, meu rosto, até meu cheiro.

 

Edward enlaçou minha cintura com suas mãos, colando nossos corpos. Ah, cara, eu sou mesmo idiota. O pior é que eu sabia o que ele ia fazer. Edward iria me morder e eu iria permitir. Você é mesmo uma idiota, Bella. Ele aproximou seus lábios dos meus e me beijou. Sua língua fria percorria cada centímetro em minha boca, suas mãos desciam ao longo da minha coluna.

 

Edward dirigiu seus beijos pelo meu pescoço e colo. Suas mãos faziam com que minha pele quente ficasse arrepiada com o toque, que ia subindo pela minha coxa. Arqueei levemente as costas e soltei um gemido.  Ele riu, mas tentou abafar, correu a mão pelo meu colo e foi subindo pela minha coxa, acariciando minha barriga, tocando levemente meus seios. Eu gemi mais uma vez, então Edward desceu seus lábios até meu pescoço. Eu senti seus dentes crescerem e roçarem na pele fina.

 

Seus dentes afundaram sobre minha jugular.

 

O sangue esvaia-se rápido pelos pequenos furos, por causa da pressão que Edward provocava. Mas eu não podia negar. Eu não sentia só aquilo. Talvez fosse isso que Amy quisesse dizer com o prazer que eles sentiam. Eu sentia como se eu estivesse no clímax de uma relação. Era tanta coisa que passava pelo meu corpo. Meu sangue fervendo, o toque frio...

 

“Sempre sua, Edward.” A voz de Dominique invadiu novamente minha cabeça e, agora, era como se ela estivesse mesmo lá. Era como se ela tivesse tomado conta de todo meu corpo... incorporado, talvez?

 

- Edward... – Meus lábios murmuraram o nome dele. Embora eu mesma não tenha dito nada.

- Bella? – Ele passou sua língua pelo meu pescoço.

- Não.

- Dominique... – Ele sussurrou novamente.

- Meu Edward. – Deixei que ela tomasse conta completamente de meu corpo. Meu braço foi erguido e minha mão tocou gentilmente a bochecha dele.

 

E então, num lapso repentino que só acontecia quando eu estava muito absorta, eu entendi. Dominique estava aqui, o amor da vida de Edward estava aqui, talvez eu estivesse mesmo louca, mas a essa altura do campeonato, eu já achava que isso era uma hipótese absurda. Ela era uma boa pessoa, eu sentia isso, mas sentia que ela podia ser alguém ruim, se quisesse. Quando encarei Edward, eu o vi sorrir, sorrir de felicidade, como eu nunca tinha visto.

 

- Você... voltou? – Ele perguntou, com os olhos vermelhos.

- Não chore. – As palavras saiam conforme ela queria. - Cumpra sua promessa, Edward.

- Vou te esperar. Sempre. – Ele sorriu.

- Vou voltar. Eu te amo.

 

Apesar de parecer que aquele momento, vendo o sorriso sincero de Edward, parecer uma eternidade, durou apenas alguns segundos. Mas eu percebi que tudo o que Edward falou sobre Dominique para mim, era a mais pura verdade. Dominique era uma pessoa muito bondosa. Era poderosa e ainda nem era uma vampira completa. Entendi, ou pelo menos percebi, que neste – curto – momento, eu dividia meu corpo com ela. Isso, apesar de me deixar incrivelmente cansada –além do fato que Edward tinha sugado meu sangue, de novo -, me deixava feliz. Um motivo idiota para se sentir feliz, acreditem, eu sei bem disso. Mas mesmo assim, por alguns momentos, Edward não percebeu, mas eu senti a dor dele e, fazê-lo feliz, era como se aquela dor desaparecesse. Assim, Dominique se foi, não sei para onde e eu caí nos braços dele, com minha vista escurecendo.


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Notas finais do capítulo

Ownn, e daí, gostaram da Dominique? Diferente né? :P
shauhsuahsu
Vem muito mais por aí, próximo capítulo: Dominique Nesbitt
 
Beijinhos!!