Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 29
Aventura


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sentiram minha falta? Eu senti de vocês!
Obrigada mais uma vez pelo carinho dos comentários, amando cada vez mais!
Quero mandar um beijo para a Karen, que leu a fic toda esses dias e nos alcançou u.u! Seja bem-vinda Karen :)
E também um beijo para as meninas que me seguiram no twitter e estão comentando e divulgando a fic por lá ;)
Eu tinha dito que esse capítulo seria a festa das crianças, mas aí lembrei que antes da festa eu queria fazer a conversa da Kate com Gates e também uma outra coisinha que precisava para “fechar” o plot do acidente com Kate (surpresinha no final rs)
Como eu quero fazer um capítulo só para a festa, ficou para o próximo. Prometo tentar postar esse fim de semana ainda.

Beijo, Ari ;)



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Dias depois...

Jo: Mamãe, a gente precisa conversar.

Johanna estava séria, e Kate estranhou. Parou de recolher os brinquedos da sala e sentou-se no sofá.

Kate: O que foi meu amor, aconteceu alguma coisa na escola?

A menina fez que não e parou diante da mãe.

Jo: Sabe quando você estava lá no hospital e eu e o Alex fomos te visitar?

Kate: Aham.

Jo: Eu prometi que se você acordasse e voltasse para casa eu comeria brócolis todos os dias.

Kate esperou, fingindo seriedade.

Kate: E...?

Jo: E você voltou – Johanna tinha uma carinha sofrida e Kate soltou uma risada gostosa, sentando a filha em seu colo.

Kate: Jo, eu não vou te obrigar a comer brócolis todos os dias!

Jo: Mas eu prometi... e se acontecer alguma coisa de novo com você?

Kate: Eu agradeço muito a sua promessa, minha princesa. Mas olha, não precisa se preocupar, não vai acontecer nada com a mamãe.

Jo: Você promete?

Kate: Prometo.

Jo: Então eu não vou precisar comer brócolis? – ela abriu um sorriso.

Kate: Eu não disse isso...

Jo: Mas só de vez em quando, né mamãe?

Kate: Só de vez em quando – Kate riu e chacoalhou a filha em seu colo, enchendo-a de beijos – Como eu fiz uma coisinha tão adorável como essa?

Castle: Eu ajudei bastante – Castle chegou com Alexander, carregando uma bolsa das princesas. Alex carregava uma do Homem Aranha.

Kate: Convencido.

Castle: Vamos princesa? Está quase na hora.

Jo: Tchau mamãe – Johanna beijou a mãe de novo.

Alex: Mamãe, você não quer ir com a gente? Eu sei dar um salto triplo mortal que joga um monte de água fora da piscina!

Kate: Nossa! Parece um salto muito elaborado! – Kate abraçou o filho e o beijou – Eu adoraria, meu amor, mas a mamãe tem uma visita hoje. Fica pra semana que vem, pode ser?

As crianças fizeram que sim.

Castle: Tchau meu amor – Castle deu um beijo na esposa – Se cuida, ta?

Kate: Sim, senhor. Ei, não vai dizer que quer saber tudo depois?

Castle: Você já sabe isso, eu sempre quero saber tudo!

Kate balançou a cabeça e deu mais um beijo em Castle. Os três saíram e ela voltou a recolher os brinquedos, mas antes que terminasse, a campainha tocou. Deixou-os então num canto do tapete e foi abrir a porta.

Kate: Sir!

Gates: Kate.

As duas se cumprimentaram, e Kate deu passagem para a capitã entrar em sua casa.

Kate: Não repare nos brinquedos, as crianças saíram correndo atrasadas para a aula de natação.

Gates: Eu já tive criança em casa, Kate, acredite, eu te entendo.

Kate sorriu e apontou para o sofá, onde as duas se sentaram uma de frente para a outra.

Kate: A senhora quer alguma coisa, um café, uma água...?

Gates: Não, obrigada. Acho que a última vez que estive aqui foi quando os gêmeos nasceram.

Kate: Nossa, acho que sim. Como o tempo passa.

Gates: Sim... 7 anos, ham?

Kate: A senhora vai na festa, não vai? Porque eles já me perguntaram uma mil vezes!

Gates: Sim, claro – Gates riu – Eles são adoráveis. Aula de natação?

Kate: Sim, eles são elétricos demais, precisam de muitas atividades. Johanna faz balé, Alexander karatê. Os dois fazem patinação no inverno e agora com o verão voltaram às aulas de natação. Como eu disse, muita energia para gastar! – Kate sorriu.

Gates: Você parece bem, detetive.

Kate sentiu a tonalidade da voz de Gates passar de amiga à chefe.

Kate: Sim, eu estou, sir.

Gates: Eu demorei alguns dias para vir porque queria ter certeza de que estaria em condições de conversarmos.

Kate: Eu estou, sir. Estou pronta para qualquer conversa.

Gates: Que bom, detetive. Porque eu venho pensando no que te dizer desde o dia em que você deu entrada naquele hospital.

Kate ouvia a chefe atentamente, já esperando o pior. Gates tinha toda a razão de estar brava.

Gates: Eu fiquei pensando... como uma detetive com 20 anos de polícia faz uma manobra dessas? Como ela sai em busca de um suspeito sem um colete, e pior, como ela para à frente do mesmo suspeito, munido de uma faca, e se expõe?

Kate: Sir, eu...

Gates fez sinal que ela parasse, e continuou.

Gates: Eu não precisei pensar muito para encontrar a resposta. Quando cheguei à 12ª delegacia eu encontrei uma detetive durona, que mesmo quebrada por dentro – porque eu sei que você estava – tinha coragem de conversar de igual para igual comigo, como nenhum outro policial jamais fez. Eu te admirei desde o começo, Kate. Você nunca deixou seus problemas pessoais interferirem no trabalho, nem mesmo sua paixão por Castle você permitia deixar transparecer – embora fosse evidente.

Kate ouvia tudo olhando fixamente para Gates.

Gates: Eu te vi se reerguer silenciosamente, te vi se entregar à paixão que você tanto fugia... te vi admitir que amava Castle e mover mundos todas as vezes em que ele esteve em perigo ou em que foi ameaçado de ser afastado de você. E foi em meio a tudo isso que vi seus filhos nascerem e crescerem. Acho que posso dizer que te conheço, não é detetive?

Kate: Sim, capitã.

Gates: Você é a melhor, Katherine Beckett. Eu nunca tive dúvidas disso. Imagina qual não foi a minha decepção ao saber que você quase morrera por um erro bobo. Sair sem colete, Beckett? O corregedor queria puni-la alegando que foi negligência sua, e quase abriu uma sindicância. Eu travei uma batalha com ele te defendendo, porque por mais que você tivesse sido mesmo negligente, estava em trabalho. Além de ficar gravemente ferida, claro.

Kate: Eu não sabia disso.

Gates: Eu ganhei, a propósito. Por mais que eu defenda meu pessoal, confesso que não sei se teria me esforçado tanto se fosse com outra pessoa. Eu fiz isso por você, Kate. E sabe por que?

Kate encarou a capitã, que mudou de uma expressão séria a um pouco mais aliviada.

Gates: Porque eu também sou mãe, detetive. Eu sei que o que te moveu a ir correndo e não temer algo consigo mesma. Eu conheço esse sentimento. Eu tenho dúvidas se a Beckett que eu conheci anos atrás faria isso, mas a Kate que eu conheço agora eu sei muito bem porquê o fez. Eu entendo esse instinto que nasceu em você, e foi por isso que te defendi.

Kate: Obrigada, capitã – Kate esboçou um sorriso. Gates sorriu de volta, mas logo o tom bravo voltou.

Gates: Mas não pense que eu concordo com o que você fez.

Kate fez que sim, enquanto a capitã esticou o braço e pegou um boneco do monte de brinquedos.

Gates: Meu filho tinha um desses.

Kate: É um dos preferidos de Alexander.

Gates: Você consegue imaginar o quanto eles sofreram, Kate?

Kate: Me dói só de pensar.

Gates: Você não pode deixá-los, Kate. Você não quer isso, eu sei. É por isso que tomei uma decisão.

Kate: Sir, por favor, não diga que eu vou fazer trabalho interno.

Gates: Não, isso seria um desperdício de talento. Você continua investigando, mas sem busca de suspeitos. Sem diligências, sem perseguições. Eu não quero mais você em perigo, detetive.

Kate: Sim, capitã. Por mim tudo bem.

Gates: Espera, você vai concordar assim tão facilmente? – Gates ficou visivelmente surpresa.

Kate: Como a senhora mesma disse, eu sou mãe. Desde que voltei do hospital eu penso todos os dias no que causei aos dois. Eu não quero isso, eu não vou fazer isso de novo. Hoje mesmo prometi a Johanna que nada aconteceria a mim. É por isso que aceito sua decisão.

Gates: Engraçado o que é a maternidade... faz as mulheres cometerem loucuras e ao mesmo tempo serem prudentes... quão estranho é isso?

Kate: Eu nunca imaginei que fosse assim. É algo que só sentimos quando vivemos.

Gates: Você é uma boa mãe, Kate. E eu quero que continue assim.

Kate: Eu também, capitã. – Kate sorriu para a chefe.

Gates: Estamos entendidas?

Kate: Sim, estamos.

Gates: Bem, você tem mais um mês e meio de licença. Aproveite, descanse para quando tiver que voltar e...

A fala de Gates foi interrompida pelo barulho da porta se abrindo. As crianças entraram correndo assim que viram a capitã.

Alex: Oi tia Gates!

Johanna e Alexander se jogaram nos braços da capitã, que abraçou os dois ao mesmo tempo.

Kate: Crianças, cuidado!

Gates: Meu Deus, uns dias sem ver e vocês já estão desse temanho?

Jo: Tia Gates, você vai na nossa festa?

Gates: Você quer que eu vá?

Jo: Claro que eu quero!

Gates: Então eu vou!

Alex: Vai ter transformers de verdade lá!

Gates: É mesmo? Eu devo me preocupar com isso? – ela olhou para Kate e Castle, que riram.

Alex: Tia Gates, você não tem medo de nada, você é a superpoderosa da delegacia!

Gates: Eu sou é? E quem foi que te disse isso?

Alex: O papai!

Gates olhou para Castle, que sorriu.

Jo: Você pode pintar o cabelo de roxo na minha festa tia Gates, a mamãe deixou usarmos os sprays coloridos. Mas tem verde e rosa também se você preferir.

Gates: Eu vou pensar, querida. – Gates riu.

Kate: Crianças, por que vocês não vão entrando no banho?

Os dois relutaram um pouco, mas acabaram indo.

Kate: Desculpa pelos dois.

Gates: Eles são incríveis, Kate. Não negam de quem são filhos! Bem, eu tenho que ir.

Castle: Nos vemos no sábado?

Gates: Nos vemos no sábado.

Gates se despediu do casal e saiu.

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À noite, no quarto do casal...

Castle: E então?

Kate: Era meio o que eu já esperava. Eu continuo investigando, mas sem buscas, perseguições. Vai ser melhor assim – Kate falou conformada. Castle a abraçou pela cintura.

Castle: Você ficou chateada?

Kate: Não... e você?

Castle: Eu por que?

Kate: Você sabe... não teremos mais aquelas aventuras.

Castle: Eu acho que nós já nos divertimos bastante.

Os dois se olharam por um minuto.

Kate: Você tem noção de quantas vezes nós já escapamos da morte?

Castle: Nunca parei para contar...

Kate: Nem vamos. Esse assunto é passado. Agora nós temos outro para resolver. Uma coisa que está me preocupando...

Castle: É mesmo? O que? Se for quanto à festa, pode ficar tranquila amor, está tudo certo.

Kate: Não é quanto à festa. Quer dizer, até é uma festa. A nossa festa... – Kate deslizou as mãos pelo abdome de Castle, adentrando o short do pijama.

Castle: Ei, devagar aí.

Kate: Mas eu estou devagar. Descendo beeeem devagar...

Castle: Kate, escute, nós não podemos.

Kate: Qual é babe, eu já não posso me aventurar na rua, me deixe me aventurar em você – ela piscou e mordeu o lábio.

Castle: Não.

Kate: Não? – ela tirou a mão abismada.

Castle: Babe, você está se recuperando, lembra?

Kate: Rick, já tem mais de duas semanas da cirurgia! E não é algo que me deixe... impossibilitada.

Castle: Eu só não quero te machucar.

Kate: Eu não estou propondo nada radical, assim, na lavanderia... – ela riu – é ali na cama mesmo.

Castle: Acho melhor não.

Kate: Ok Castle, tudo bem. Eu faço isso sozinha.

Castle: Você o que??? – ele arregalou os olhos e ela sorriu entre os dentes.

Kate: Quer assistir?

Castle: Ka.... Kate....

Ela subiu na cama e o encarou.

Kate: Vamos Castle, você quer fazer amor comigo ou eu vou ter que fazer isso sozinha?

Castle: Você não faria...

Kate: Duvida? – ela tirou o short do pijama, aos olhos espantados do marido – e aí, você vai só assistir ou quer participar?

Castle: Eu quero... assistir... – ele engatinhou até ela na cama – e participar.

Kate: Excelente escolha, senhor Castle.

Sedutoramente, Kate deslizou os dedos por baixo da peça íntima que ainda restava em seu corpo. Castle assistia tudo de camarote, com seu corpo quase grudado ao da esposa. Em pouco tempo, tirou a mão dela e desceu sua própria mão pelo mesmo caminho. Quando a roupa já não os impedia, Kate e Castle fizeram amor, suave e demoradamente. Nem toda aventura precisava ser radical.


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