Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 10
Meu irmãozinho / minha irmãzinha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Hoje, quando vim postar o capítulo, bati o olho em WLL e notei que ela continua sendo lida e favoritada (terminamos com 34 e já estamos com 40!). Sei que de alguma forma vocês fazem parte disso, seja divulgando pelo fb, twitter ou recomendando aqui. Obrigada de coração!
Aproveitando a deixa, quero mandar um beijo especial para a Penny, que leu WLL e o Especial de Natal nessa semana e já nos alcançou aqui!
E um muito obrigada à No Potter, que favoritou :)

Vocês gostaram do trio de avós, né? Hahaha Precisamos vê-los mais por aqui, não acham?
Falando nisso, Gabi sugeriu que Jim encontrasse um amor. O que vocês acham? Eu particularmente acho que renderia uma Kate com um ciúme inicial, mas seguido de uma aceitação e reconhecimento de que todos nós devemos escrever novos capítulos em nossas vidas (assim com ela mesma fez). Mas quero saber a opinião de vocês!

E quanto às crianças descobrindo o mundo da leitura, heim? Acho que papai Castle vai ter que esconder os livros de Nikki Heat, porque tem umas partes lá que... bom, isso é assunto mais para frente.

Enquanto isso, só posso dizer que o capítulo de hoje é puro amor! E a partir do próximo, tem plot novo, com personagem nova. Espero vocês!

Beijo, Ari ;)



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Não era nem 6:30 quando Castle encontrou Kate e Johanna sentadas no sofá da sala, a menina entre as pernas da mãe, que mexia em seus cabelos. Ele se surpreendeu com a cena, pois era sempre o primeiro a se levantar, fazendo o café enquanto Kate aproveitava os últimos minutos do sono da manhã.

Castle: O que minhas meninas fazem acordadas tão cedo?

Kate: Nossa princesa aqui queria fazer tranças para ir à escola hoje – Kate apanhou mais uma mecha do cabelo da filha, enlaçando-a com outras duas.

Castle: Hum... – Castle se ajoelhou diante da filha, dando-lhe um beijo – alguma ocasião especial?

Jo: Hoje é a festinha de aniversário do Henry!

Castle levantou os olhos para Kate.

Kate: Era melhor não ter perguntado...

Castle: Definitivamente era melhor não ter perguntado – ele se levantou e foi até a esposa, dando-lhe um beijo – Bom dia meu amor.

Kate: Bom dia. – ela sorriu para ele.

Jo: Ficou lindo, não ficou, papai? – Johanna se levantou e desfilou.

Castle: Ficou perfeito!

Johanna sorriu e beijou o pai de novo.

Jo: Eu vou lá chamar o Alex!

A menina saiu em direção ao quarto, e Castle sentou-se ao lado de Kate pensativo.

Kate: O que foi?

Castle: Eu nunca soube fazer tranças.

Kate: Não se preocupe, meu amor, poucos homens sabem – Kate riu.

Castle: Não, eu estou falando sério. Em Alexis... eu nunca soube fazer tranças.

Kate entendeu e olhou para ele, que continuou pensativo.

Kate: O que são tranças perto de tudo o que você sempre fez por ela, ham? – Kate o beijou, despertando-o.

Castle: Eu só estava pensando que ela adoraria ter tido uma mãe como você. – ela a beijou na bochecha – Você sim é a mãe perfeita para meus filhos.

Kate: E você é o pai perfeito para os meus. Acho que fizemos um bom negócio!

Kate sorriu e se sentou no colo dele, que também sorriu enquanto beijava o pescoço dela.

Alex: Se vocês continuarem namorando nós vamos nos atrasar – Alexander atraiu a atenção dos pais, enquanto abria a boca de sono.

Jo: E eu não posso me atrasar!

Kate: Não mesmo, princesa! Ainda temos que escolher um brinco bem lindo!

Jo: É!

Johanna correu para o quarto, e Alexander a seguiu.

Castle: Essa menina vai me dar tanta dor de cabeça, Kate. E a culpa é sua!

Kate: Ei, eu sou a mãe perfeita, lembra? – ela riu e pulou do colo dele.

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Depois do café da manhã, Kate e Castle levaram os filhos para a escola juntos, pois naquele dia trabalhariam em um caso que já os aguardava. Chegaram mais cedo, pois tinham que conversar com a diretora e a professora sobre o estado de Alexander. Ele havia quebrado o braço esquerdo, e como escrevia com a mão direita, poderia fazer as atividades normalmente, menos as aulas de educação física. Kate ressaltou para que observassem o filho, que ele não corresse ou fizesse algo que pudesse se machucar ainda mais, ao que a professora garantiu que ficaria de olho e evitaria qualquer outro acidente. Feito isso, os dois foram se despedir das crianças, e já havia uma roda em torno de Alex, fazendo perguntas e rabiscando nomes em seu gesso. Kate então chamou Alex para si.

Kate: Filhote, você promete pra mamãe que não vai correr?

Alex: Eu não posso nem brincar com meus amiguinhos? – Alex fez uma carinha triste.

Kate: De correr não, meu amor. Você precisa ficar quietinho agora para poder sarar mais rápido, e depois brincar um montão com eles. Ok?

Alex: Ok.

Johanna estava parada ao lado ouvindo tudo com atenção. Castle estava em pé encarando o tal aniversariante do dia, que fez sua princesa levantar às 6h da manhã.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Apesar de não esquecer do filho nem por um minuto, Kate trabalhou sossegadamente e bem, pois a escola não a ligou nenhuma vez, sinal de que tudo caminhava tranquilamente.

Depois de feitas as atividades, as crianças foram levadas a uma área reservada para festinhas, onde aconteceria a festa de aniversário de Henry. Estava tudo decorado, com muitos doces e música, e as crianças se divertiram. Depois, puderam ir até o parque e a grande área verde da escola, correr e brincar livremente.

Foi nesse momento que a professora parou Alexander e o impediu de correr com as outras crianças, fazendo-o sentar-se num dos bancos do parque, explicando carinhosamente que ele tinha que se cuidar para se recuperar mais rápido. Emburrado e triste, ele viu Jo sair com suas amiguinhas em direção ao parque. Mas tão logo a menina deu alguns passos, olhou para trás e viu o irmão sozinho. Pediu então para as amiguinhas esperarem e voltou para trás.

Jo: Você vai ficar aqui?

Alex: Eu não posso correr, lembra do que a mamãe disse?

Jo: Sim...

“Jo!” – alguém chamou ao longe, e Johanna voltou os olhos para as amigas.

Alex: Pode ir lá com elas. – Alex olhou emburrado para o braço.

Jo: Eu... – Jo olhou para o irmão e para as amiguinhas – Eu já volto – ela depositou um beijo na bochecha do irmão e saiu.

Alex ficou olhando os garotos correndo no campo e pensou como era chato não poder fazer nada. De repente, sentiu Jo sentando-se ao seu lado.

Alex: Por que você voltou?

Jo: Porque eu não posso deixar meu irmãozinho aqui sozinho.

Alex: Mas eu não posso brincar... você pode ir lá com suas amiguinhas...

Jo: Eu não quero... você está triste e eu vou ficar aqui com você.

Johanna pegou na mão do irmão, ele sorriu para ela.

Alex: Você é a melhor irmã do mundo, Jo.

Jo: E você é o melhor irmão do mundo!

Alex: Da próxima vez, eu não vou subir na cadeira.

Jo: Pode deixar que eu subo.

Alex: E eu seguro a cadeira.

Jo: E aí eu não vou cair! – Johanna deu um imenso sorriso.

Alex: Eu estava pensando... a gente podia arrumar um irmãozinho pro Tiger.

Jo: Mas se nós arrumarmos um irmãozinho pro Tiger, ele só vai querer brincar com ele e esquecer da gente.

Alex: É... melhor não.

Jo: Eu tive uma ideia! Espera aqui!

Johanna correu em direção à sala. Minutos depois, voltou com um jogo de montar, e os dois ficaram brincando no banco, sozinhos, enquanto as outras crianças corriam. A professora observava tudo de longe.

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Quando a professora chamou todos para voltarem à sala, os irmãos foram interrompidos por outras crianças.

Peter: Você perdeu o jogo mais legal de todos, Alex.

Alex: Outro dia eu vou poder jogar e vai ser bem mais legal.

Peter: Não vai não.

Alex: Vai sim.

Philip: Você foi bobo, devia ter ido lá com a gente, a professora não estava olhando.

Jo: Não chama o meu irmãozinho de bobo! – Johanna se levantou num sobressalto e encarou o garoto.

Philip: É verdade Jo, boba mesmo é você, que deixou de brincar para ficar aqui com ele.

Os garotos riram da menina. Alexander se levantou bravo.

Alex: Se você chamar a minha irmãzinha de boba mais uma vez vai se ver comigo!

Philip: Você vai me bater? – o garoto riu, apontando o braço quebrado de Alex. Jo então entrou no meio dos dois.

Jo: Ele eu não sei, mas eu vou – e deu um empurrão no garoto, que caiu para trás.

Professora: Ei, o que está acontecendo aqui? – ela perguntou, mas já sabia a resposta. – Vamos, todos de volta para a sala.

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Kate: Eles brigaram?

Castle: O Alex está bem?

Professora: Na verdade não foi bem uma briga, Sra. Castle. E sim, Alexander e Johanna estão bem. Eu só pedi para falar com vocês dois porque é minha obrigação informar tudo o que acontece na escola. Sendo assim, acho que vocês gostarão de saber o que aconteceu.

Castle: Claro.

Professora: Johanna empurrou sim um garoto, mas o motivo foi bem bonito.

Kate e Castle se olharam sem entender.

Professora: Alexander não pôde brincar com as outras crianças, como já havíamos combinado. A surpresa foi quando Johanna também abriu mão de brincar para ficar com o irmão. Eles brincaram com um jogo de peças enquanto as outras crianças corriam pelo parque.

Kate: Johanna é mesmo muito carinhosa. Mas eu ainda não entendi porque isso acarretou numa briga.

Professora: Bem, estranhamente, a atitude de Johanna causou espanto nas outras crianças. Os garotos a consideraram “boba” por fazer isso, e o empurrão dela foi a resposta.

Castle: Essa é minha garota! – Castle sentiu o olhar da professora – Não que eu esteja incitando brigas, longe disso.

Professora: Eu leciono nessa escola há 20 anos, já trabalhei com gêmeos e também com irmãos com pequena diferença de idade, e, claro, sempre observando o comportamento das crianças como um todo. Eu posso dizer, Sr. e Sra. Castle, que nunca vi dois irmãos devotarem um amor tão grande um pelo outro.

Kate e Castle sorriram instintivamente, e trocaram um olhar.

Professora: Eu não sei como vocês dois conseguiram isso, mas seja lá a forma com que estejam educando essas crianças, continuem. Eles são maravilhosos.

Kate: Nós sabemos – Kate sorriu orgulhosa.

Professora: Bem, era isso. Achei que vocês gostariam de saber.

Castle: Sim, nós gostamos. E, claro, agradecemos a atenção que a senhora dispensa a nós e a eles.

Professora: Estou sempre à disposição. Bem – ela se levantou - Por aqui então, eles os aguardam.

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Kate e Castle encontraram os filhos sentados quietos, os esperando. Assim que avistou os pais, Johanna foi logo se explicando.

Jo: Mamãe, eu não queria empurrar aquele menino, ele é que é um bobo!

Alex: É verdade papai, ele mereceu!

Os dois agacharam diante das crianças.

Kate: Na verdade não foi por isso que nós viemos.

Jo: Não?

Castle: Não.

Alex: O que a tia Lucy queria então?

Kate: Falar uma coisa que nós já sabemos faz tempo.

Castle: Que vocês são crianças especiais, porque sempre protegem um ao outro.

Jo: Vocês dois sempre se protegem também, não é?

Alex: Porque nós somos uma família!

Kate: Isso meus amores, e a nossa família é linda, não é?

Jo: A mais linda de todas! – Johanna se inclinou para abraçar a mãe.

Alex: Papai, eu já posso tirar o gesso?

Kate e Castle se olharam compadecidos com os olhinhos tristes do filho.

Castle: É... ainda não, filho. Você vai ter que aguentar mais um tempinho.

Alex: Mas é muito chato.

Castle: Eu sei, mas você é forte e vai conseguir.

Kate: E quando você menos perceber, já vai ter chegado o dia!

Jo: Enquanto isso eu sempre vou brincar com você, Alex – Johanna encostou a cabeça no ombro do irmão, fazendo os pais sorrirem.

Castle: Mas eu ouvi dizer que tem uma coisa que ajuda a sarar mais rápido...

Alex: O que? – Alex se empolgou.

Castle: Sorvete! Com bastante calda e pedaços de chocolate!

Alex: É sério, mamãe?

Kate: Se o papai está dizendo...

Castle: E então, quem quer dar um pulo na sorveteria?

“Eu!” – as crianças disseram junto com Kate, e os quatro saíram de mãos dadas da escola, aos olhos de alguns professores e funcionários, admirados com tanto amor.


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