Princess mine escrita por killyem


Capítulo 20
Unicorn - dedicado a Ingrid Ribeiro


Notas iniciais do capítulo

Volta e meia estou eu aqui com mais uma recomendação. Oxe, gente! Sério que vocês gostam tanto assim dessa bagaça que eu escrevo? Obrigada, Ingrid Ribeiro! Adorei a recomendação e apesar de não entender o quê seria um "final esperado" espero que não se decepcione ;) Uma dica do final, gente: é feliz :D
Esse capítulo é pra você, gata.



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— Não acredito que essa garota tem um unicórnio para vigia-la! — berrou Sam. — Não podia ser um anão de jardim ou sei lá?

— Pois, é! — concordou Gibby indignado. Freddie nem prestava atenção a conversa banal de ambos, ele tentava apenas se lembrar de qualquer coisa que tivesse lido sobre unicórnios. Uma lâmpada de ideia surgiu sobre a sua cabeça. — Tem alguma ideia de como derrotar o unicórnio, vossa alteza? — Freddie sorriu de canto.

— Mas, é claro! Me lembrei de um trecho de um livro que disse que unicórnio é um cavalo com um chifre único no meio da testa que perfura qualquer superfície. Eles são fortes demais para serem capturados ou abatidos com armas...

— Poxa, se é assim, como vamos conseguir derrota-lo e salvar Tasha?

— Bem, tem um truque. Parece que eles ficam mansos se uma donzela virgem mostrar os (sic) seios desnudos. — e no momento que Freddie disse isso, ele e Gibby voltaram suas cabeças e olhares para Sam que corou.

— Hã... Por acaso não tem outra donzela por aqui? — perguntou ela. Freddie e Gibby balançaram as cabeças ao mesmo tempo. Sam suspirou tristinha.

— Mas, e se não der certo e o unicórnio perfurar meus seios? Os chifres perfuram qualquer superfície, afinal... E eu quero amamentar meus filhos no futuro! — berrou Sam. Freddie franziu o cenho. Era estranho pensar que Sam tinha fantasias assim como todas as outras mulheres em se casar e ter filhos. Pelo jeito dela, não parecia, mas Freddie tinha que se lembrar que no fundo —piadas à parte— Sam é sim uma mulher e que tipo de mulher não deseja ter filhos? Sobre a percepção medieval de Freddie, nenhuma.

— Ué, sacrifique-se. O quê importa de verdade é que terminemos essa missão e salvemos Carly, não? E se o unicórnio perfurar seus seios, o que eu acho bastante improvável, eu te compro uma escrava ama de leite, falou?

— Tá. — murmurou Sam revirando os olhos. Uma ama de leite seria legal... Antes dela ir, Freddie a barrou com o braço gritando:

— Espera! — disse e deu uma pausa para abaixar o tom de voz. — Tem de ser uma donzela, mas uma donzela virgem. Você é...? — Sam o encarou com raiva e corada ao mesmo tempo.

— Mas, é claro que eu sou! Acha o quê, que eu sou sou uma perdida na vida? — vociferou alto Sam com muita raiva. Freddie deu de ombros um pouco assustado com a fúria súbita causada a menina pela simples pergunta.

— Ah, sei lá, é que você é uma camponesa e sabe como é, né... Na nossa idade é difícil encontrar uma moça —seja da realeza ou não— que seja virgem. — Sam revirou os olhos e saiu em direção ao unicórnio. Ele era todo branco, exceto pelos enormes olhos castanhos e crina vermelha. Até mesmo o chifre era branco. Era um unicórnio muito bonito, sem manchas e de raça pura.

Sam suspirou. Estava de frente ao unicórnio que a encarava sem esboçar reação alguma seja de raiva ou pacificação. Primeiro ela tirou a inseparável capa e a jogou no chão. Depois desamarrou cuidadosamente o sorquerie vermelho. Abaixou-o cuidadosamente para que pudesse deixar seus seios desnudos. Ela não tirou o sorquerie completamente, apenas o abaixou até a cintura mostrando seus peitos. Depois ficou parada esperando pela reação do unicórnio.

Ela não demonstrava qualquer sinal de vergonha. Também, a maldade está nos olhos de Freddie, quero dizer, de quem vê. Gibby ainda estava na zona da pureza, nem tendo qualquer tipo de pensamento estranho em relação a Sam, apenas preocupado se o plano funcionaria ou não. Freddie por outro lado... Digamos que existia um motivo para que ele estivesse mais corado que um pimentão naquele momento. Um motivo bem forte.

O unicórnio finalmente esboçou uma reação. Ele falou:

— Isso não funciona comigo. — numa voz bem aguda e fininha. Nenhum deles estranhou que o unicórnio falasse. Já passaram por tanta coisa... Sam por outro lado ficou indignada de que o plano não tivesse funcionado. Rapidamente levantou o pesado sorquerie vermelho e o amarrou com uma rapidez espantosa sem pedir ajuda a nenhum dos meninos. Que bom que ela não pediu minha ajuda pra amarrar o sorquerie seria mais provável que eu o tirasse por inteiro e... Opa!, pensou Freddie. Depois de colocar o sorquerie, Sam pegou a capa do chão e a colocou.

— Por que não funcionou? — perguntou Freddie ao unicórnio ainda um pouco assustado devido as lendas e terríveis famas de unicórnios. Mas, esse... Esse parecia diferente. Parecia bom, mansinho. E isso fez com que ele e Gibby tivessem vontade e coragem de se aproximar.

— Porque eu sou uma unicórnia. Fêmea, dã! — disse o unicórnio/ a unicórnia como se fosse óbvio. "Aaaah!" eles disseram em unissóno. — Suponho que queiram salvar a donzela dessa torre, certo? — perguntou Cat.

— Sim e você só vai nos deixar se lutarmos com você e ganharmos diferentemente de todos os outro cavalheiros que perderam, certo? — perguntou Freddie com tédio na voz.

— Errado, bonitinho. — disse Cat. — Ninguém nunca lutou comigo. Todos entram nessa torre e saem correndo ao me ver. Não sei porque nós unicórnios temos tamanha má fama, tsc, tsc.

— Vocês perfuram tudo o quê vêem pela frente. — disse Gibby.

— Tanto faz. Façamos assim: meu estoque de bibbles está acabando. Comprem alguns pra mim e eu deixo vocês ficarem com a donzela.

— E aonde compramos esses tais bibbles? — perguntou Sam.

— Não sei. — disse Cat. — Arranjem-me logo ou eu vou perfura-los com meu chifre! — disse ela num tom alegre e sorridente, mas os três perceberam de cara que aquilo era uma enorme e real ameaça. Engoliram a seco. Por que parecia que as coisas só se complicavam a cada instante?

— Pelo menos nós explique o quê são bibbles para que possamos lhe comprar! — gritou Sam. Cat suspirou.

— Tááááá! Bibbles são os melhores doces do muuuuuuuuuundo! — disse Cat animada. Sam ergueu os ombros.

— Doces? Uma... Comida? — perguntou Sam. Cat assentiu alegre. — Acho que posso te arranjar uns bibbles agora mesmo. — Freddie e Gibby viraram a cabeça para ela na mesma hora sem entender nada.

— Cumá?

— Sabem, quando derrotamos a Briggs, ela derreteu, certo? — perguntou Sam. Freddie e Gibby assentiram. Sam colocou as mãos dentro da capa mágica e de dentro dela tirou o grimório de Briggs. — Mas, o grimório dela não. — disse ela sorridente.

— Sam... — murmurou Freddie preocupado. — Você não...?

— Aprendi alguns feitiços? Sim. Nada muito complexo, pra isso teria de ter nascido bruxa ou me tornar uma, coisa que não quero, porém existem alguns que simples humanos como eu podem aprender, como por exemplo... — disse ela dando uma pausa. Ela fez um movimento rápido e estranho com a mão esquerda. Por um segundo uma névoa pairou sobre a mão de Sam, mas logo ela tomou a forma de uma suculenta carne de porco, mais precisamente um presunto. Dado isso ela deu uma enorme bocada.

— Como que você...? — Freddie ainda estava boquiaberto.

— Tenho treinado toda noite durante meu turno de vigia, ora.

— BRUXARIA! — berrou Gibby. Sam suspirou. Já havia comido o presunto. Dado isso juntou o dedo indicador ao polegar e o passou pela boca de Gibby fazendo-o ficar temporariamente mudo.

— Melhor. — disse Sam sorrindo. Gibby tentava falar, mas não saía som algum.

— Sam, devolva a voz de Gibby. — disse Freddie repressivo.

— Continua me enchendo o saco, Freddie, que eu te faço voar, mas não com magia e sim com um soco. — Freddie engoliu a seco. Sam respirou fundo se concentrando. Fez o mesmo movimento com a mão enquanto imaginava um bibble. No entanto, ao invés de aparecer um bibble, apareceu...

—... uma bíblia*? — perguntou Freddie.

— Cale a boquinha. — disse ela. Se concentrou novamente e fez o movimento com a mão. A névoa surgiu novamente, porém ao invés de bibbles, apareceram frutinhas coloridas. — Argh!

— CADÊ MEUS BIBBLES? — gritou Cat impaciente com a demora. Ela queria bibbles pra ontem.

— Estou tentando te dar, droga! — gritou Sam de volta. Ela se concentrou. Respirou fundo. Fez o movimento. Respirou fundo. Quando a névoa se dissipou...

— Yay, bibbles! —... Cat comemorou. Um enorme caixote de bibbles surgiu nas mãos de Sam. Sam o entregou a Cat que já ia logo comendo. — Um pouco de feno nesses bibbles cairia tão bem... — pensou a unicórnia ruiva alto. Se virou para os três. — O quê estão esperando? Podem ir retirar Tasha. Ela está salva. — Sam e Freddie comemoraram em alto e bom tom, mas Gibby por outro lado ainda estava mudo. Sam logo puxou Freddie para um abraço apertado de comemoração e ele, surpreendido, corou, mas retribuiu o abraço. Depois disso, Sam quebrou o abraço e se virou para Gibby fazendo o mesmo movimento com os dedos e lhe devolvendo a voz.

— Obrigado! — Gibby agradeceu e a puxou para um abraço rapidamente quebrado por ela. Ela foi subindo as escadas.

— Venham logo, seus frutinhas! Temos que pegar uma donzela que é do Gibby por direito! — disse Sam euforicamente. — Pobrezinha... — disse e subiu rapidamente as escadas. Freddie e Gibby por outro lado foram a passos mais curtos e lentos.

— Parabéns, Gibby. — disse Freddie. — Arranjou uma esposa primeiro do quê eu. — Freddie deu um tapinha amigável nas costas de Gibby. Este sorriu.

— Obrigado, infante. Não sabe como estou feliz. Eu tenho uma noiva! É bizarro. E alegre ao mesmo tempo.

— Está apaixonado por ela?

— Sim. Foi na hora, sabe? Quando eu olhei pra ela e ela olhou de volta uma... Uma corrente elétrica existia entre nós. Foi amor no momento em que eu a vi e que ela me viu. Infante, eu lhe desejo de todo coração de que quando você encontrar Carly, você sinta a mesma corrente, o mesmo sentimento de quando eu encontrei Tasha. — disse Gibby. Freddie ficou preocupado. Mas, e se eu já tiver sentido isso?, perguntou a si mesmo em pensamento. E, "por algum motivo", certa loira demoníaca se passou pela sua cabeça naquele exato instante.

Diferença:

*bíblia = conjunto quaisquer de livros.

Bíblia = livro sagrado mais vendido no mundo.


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Notas finais do capítulo

Gente, acho que vocês não entenderam a minha proposta de falar de fics, gente. Não era pra ser uma listinha das suas favoritas, isso eu posso ir ver no perfil de cada um de vocês (e acreditem; se você comentou em qualquer fanfic minha eu te stalkeei e vi a sua lista). Eu queria tipo uma pequena "recomendaçãozinha" de uma fanfic só por capítulo/comentário mesmo, tipo assim:
Uma história seddie que eu gosto muito é iDad (http://fanfiction.com.br/historia/156593/Idad/) do mirco25. Toda vez eu que leio, eu choro. Sinceramente só o nome já faz mosquitos entrarem nos meus olhos simultaneamente. É um conto muito lindo centrado no Freddie e na filha dele com a Sam. Se eu disser o resto, estraga. É emocionante, vocês deveriam ler.
Viram? Quem não quiser fazer não precisa, mas seria legal, sabe, pra dar uma interação maior autor/leitor. Às vezes eu me sinto menos conectadas com vocês do que gostaria...
Novamente muito obrigada pela recomendação Ingrid! Você fez o meu dia!