Presente escrita por julythereza12


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Essa fic é para a minha amiga oculta, Andressa Mascarenhas!
KibaIno foi um shipper difícil, não consegui fazer o hentai, sorry! Mas queria muito fazer o casal que me pediu, então ai está!! Feliz Natal e Feliz Ano Novo atrasado!
Espero que goste, foi feita de coração ao som de Santa Tell Me da Ariana Grande.
Boa leitura!



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Uma festa de natal na qual nos conhecemos, uma noite que passamos juntos e tudo que ele me deu se tornou tão necessário como jamais tinha achado que isso fosse acontecer um dia.

Aquele natal que o conheci, tinha desacreditado em tudo, perdido as esperanças e parado de acreditar no amor, mas Papai Noel tinha um presente para mim naquela noite e a única que pedi é para que eu não me apaixonasse novamente se ele não fosse estar aqui ano que vem.

Quando ele adentrou na casa de Hinata, foi como se algo nele tivesse me atraído. Minhas safiras foram em sua direção e eu o observei por um curto período de tempo, ele era atraente, isso era inegável e logo minha curiosidade foi maior, acabei cortando o assunto de Sakura, perguntando quem era.

– Ficou interessada? – A rosada me questionou ao invés de me responder.

Revirei meus olhos para ela, ignorando a pergunta que me fora feita e parando de mirar o desconhecido que sorria para Hinata, constatei que ele tinha um sorriso bonito antes de bufar para Sakura e me mostrar irritada com a insinuação dela.

– Esquece – falei me voltando para o copo que tinha em uma das minhas mãos.

Sakura riu do meu jeito irritado, mas ainda sim respondeu a minha pergunta:

– Inuzuka Kiba – ela me contou com um sorriso sapeca nos lábios. – Ele é um amigo de infância da Hina, veio passar as férias da faculdade com os pais e nossa amiga o convidou para a festa de natal dela – explicou após ver que eu voltei a olhar para o moreno que cumprimentava alguns conhecidos.

Hm – mostrei desinteresse, mas Sakura me conhecia há anos, então ela percebeu que eu tinha ficado interessada mesmo.

Ele faz veterinária, é fascinado por cachorros – ela me contou tomando um gole da sua bebida. – Você gosta de plantas e ele de animais – constatou ela. – Achou que combinam...

Revirei os olhos para a minha melhor amiga e me levantei do sofá que estávamos sentadas, um “vou ao banheiro” foi sussurrado da minha parte enquanto ela ria de mim.

Hora de fugir!

E sempre era assim, quando alguém me interessava eu procurava fugir, ir para o mais longe possível com medo de ter meu coração quebrado novamente. Que tonta, não? E eu ainda falava que não me arrependia das coisas que fiz e sim das coisas que deixei de fazer, mas é lógico que não iria chegar nele, na verdade nem precisei.

Após retocar meu batom vermelho e ajeitar meu longo cabelo loiro no espelho do banheiro, sai do mesmo com a intenção de ir para o sofá no qual estava sentada com Sakura, mas quase fui derrubada por um bola de pelos gigante que pulou em mim.

Akamaru! – Uma voz exclamou brava próxima de mim e do cachorro branco gigante. – Não faça assim – mandou. O animal se sentou obediente, porem continuou no meu caminho me olhando como se pedisse atenção.

Está tudo bem, – eu me pronunciei erguendo a mão para tocar a cabeça do canino. – Eu agrado você – falei acariciando o pelo dele que era tão branquinho como a neve.

Desculpe por isso – o dono do cão pediu se aproximando do mesmo. – Ele não está acostumado com tantas pessoas – explicou-me.

Quando o mirei, fiquei espantada em constatar que estava conversando justamente com o bonitão que tinha atraído a minha atenção quando chegou. Quase sorri para ele, porem achei muita ousadia da minha parte e me voltei a acariciar o cachorro, me abaixando na mesma altura que ele.

Como você mudou, hein, Ino? Se fosse há alguns anos, teria jogado seu charme no cara, mas o que um coração quebrado mudava as pessoas.

Você será um bom cãozinho, Akamaru? – Questionei o animal sorrindo para o mesmo. Ele lambeu a minha mão como se entendesse o que eu falava, me fazendo rir.

Você parece se dar bem com animais...? – Ele começou atraindo a minha atenção para si, como se quisesse que eu dissesse o meu nome.

Ah, Yamanaka Ino – apresentei-me levantando e estendendo a mão para ele.

Inuzuka Kiba – ele se apresentou sorrindo para mim e apertando de volta a minha mão, ele tinha um aperto gentil e contato com a pele dele fez eu me arrepiar. – Akamaru gosta de fazer amigos, ele é agitado, mas é um bom garoto – contou-me fazendo com que eu voltasse a olhar o cão que tinha nos aproximado.

Então ele é meio “Ino” ­– comentei rindo da minha própria piada sem graça. – Eu gosto de fazer amigos e sou bem agitada também – falei voltando a acariciar Akamaru que tinha voltado a lamber a minha mão.

Não lembro direito em que momento nos sentamos juntos e passamos a conversar sobre os mais diversos assuntos, tínhamos bastante em comum e Akamaru não queria me ver longe, por conta disso aproveitei e fiquei mais tempo que necessário perto de Kiba.

Quando deu meia noite, comemoramos o Natal, cumprimentando a todos. Eu estendi a mão meio incerta para ele, que sorriu e me puxou para um abraço como se fossemos velhos amigos, meu coração bateu tão forte nesse momento que carrego as minhas dúvidas se ele não percebeu isso.

Sentamos juntos na hora da ceia e reparti meu prato com Akamaru, dando pedaços de carne para ele. Isso fez com que Kiba risse, mas não reclamasse por eu estar me importando mais com o cão do que comigo. Porem, me alimentei bem e logo voltamos para a sala de Hinata assistir a um especial de Natal com o pessoal que já havia comido.

Ficamos tanto tempo juntos que nem vi a hora passar, quando dei por mim, Sakura estava vindo até eu com uma cara de sono, acredito que ela enrolou o máximo que conseguiu, mas sabia que a rosada estava cansada, pois ela tinha ficado as últimas doze horas de plantão no hospital que fazia residência.

Ino, eu imagino que queira ficar, mas... – ela começou, porem não deixei que ela continuasse.

Eu sei, Sakura ­– a cortei. – Só me deixa achar a Hina para dar tchau – falei já me levantando.

Você já tem que ir? – Kiba me questionou segurando o meu pulso para que eu não me afastasse dele. – Akamaru está bem relaxado com você aqui por perto e estava legal conversar com você – ele acrescentou fazendo com que olhasse para o dono e seu cão, sem conseguir evitar sorrir para os dois.

Eu vim de carona com a Sakura, então tenho que voltar com ela – expliquei vendo ele me dar um sorriso de que parecia ser a solução dos meus problemas.

O problema é carona? – Questionou-me no que eu confirmei fazendo um gesto afirmativo. – Eu te levo a hora que você quiser ir – ele falou piscando para mim.

Isso é ótimo, Ino! Aproveite a noite de Natal e amanhã a gente se vê – Sakura se pronunciou cortando qualquer coisa que eu fosse dizer. – Seja gentil com o rapaz e vê se não perde essa chance – ela sussurrou para mim quando me abraçou se despedindo.

Não consegui pronunciar nada para ela, muito menos pedir para que ficasse. Quando dei por mim, estava sozinha novamente com Kiba, que me olhava com um sorriso gigante e Akamaru que tinha se ajeitado melhor no sofá, parecendo querer dormir.

Tem certeza que não vai te incomodar? – Eu o questionei, no que ele fez apenas um gesto negativo, ainda mantendo o sorriso. – Digo, você deve ter outros planos, talvez passar um tempo com a sua família ou... – Kiba me calou colocando o dedo indicador sobre os meus lábios.

Eu quero continuar a conversar com você e não será incomodo nenhum levá-la para casa – e dito isso, eu me deixei aproveitar a noite de Natal com ele.

Conversamos, rimos, contamos histórias de natais passados, ficamos tanto tempo juntos que eu e nem ele vimos o tempo passar. Quando dei por mim, passava das quatro da manhã, precisava ir para casa, pois tinha combinado de almoçar na casa dos meus pais.

Kiba, hum, eu preciso ir embora... – Falei meio sem jeito, cortando o assunto dele. E então ele olhou para o relógio da sala de Hinata e arregalou os olhos.

Nossa, já passou tanto tempo assim? – Ele me questionou coçando a nuca. – Eu só vou deixar o Akamaru em casa e pegar o carro, tudo bem?

– Achei que tivesse vindo de carro e... Eu falei que não queria incomodá-lo – como assim ele estava sem carro? E será que ele morava perto? Sakura, vou comer seu fígado amanhã.

Ino, relaxa – ele me pediu com um sorriso divertido. – Eu moro ao lado da Hina, e já falei que não vai ser incômodo nenhum te levar para a sua casa.

E Kiba fez o que me falou, saiu com Akamaru e voltou com a chave de um carro, que eu soube apenas dizer ser da Ford, mas era grande, espaçoso e num tom brilhante de preto, pelo menos era bem visível na neve que começava a cair quando embarquei no espaçoso carro que estava mais para uma caminhonete.

Você deve estar se perguntando o porquê de tanto espaço, não? – Ele me questionou com aquele sorriso que eu já tinha me acostumado, enquanto dirigia tranquilamente após ter explicado para que lado era minha casa. Apenas concordei com um gesto afirmativo e deixei que ele continuasse: – Vou te falar só uma palavra: Akamaru.

Eu ri da explicação dele, concordando que realmente o cachorro branco gigante precisava de espaço. Continuamos o resto do caminho até o meu condomínio em silêncio, apenas ouvindo as músicas pops da rádio local, a qual eu colocava quando estava dirigindo. Será que até o gosto musical tínhamos em comum? E me senti um pouco triste em ter que deixá-lo, queria ficar mais tempo com ele, mas ao menos o número de celular dele eu iria pedir.

Você pode me deixar na portaria, Kiba – falei quando ele se aproximou da entrada do condomínio.

Não quer que eu te deixe na entrada da sua casa? Está frio e começando a nevar, não será incômodo nenhum leva-la até lá com o Eve – ele falou fazendo com o que eu o olhasse questionadora. – O quê? Não posso dar um nome para o meu brinquedinho preferido? – Ergueu a sobrancelha enquanto passava a mão no volante do carro enquanto eu ria dele.

Tudo bem, – acabei por concordar com ele – mas só porque está realmente frio lá fora e porque estou muito confortável no Eve – falei brincando também enquanto dava um tapinha no painel do carro, o fazendo rir. A risada dele era gostosa de ouvir.

Passar pela portaria não foi problema, logo que o porteiro me reconheceu, deixou que atravessássemos o portão, então eu indiquei o lado que ficava a minha casa e seguimos conversando sobre o quão tranquilo era o lugar que morava, sobre a vizinhança e as casas pouco ou grande sofisticadas. A minha casa era pequena tinha sala, cozinha, um quarto, um banheiro, uma suíte e garagem para dois carros, o quintal não era muito grande, mas lá dava para eu plantar minhas lindas flores, isso quando a neve fosse embora. Quando nevava tinha meus vasos nos cantos das casas, mas elas não aguentavam muito tempo por conta do clima frio.

Quando ele estacionou na frente da minha confortável casinha, começou a nevar mais forte e o rádio comunicava uma nevasca daquelas, a radialista orientava as pessoas a ficarem onde estavam e esperar ela diminuir.

Não quer colocar o carro na garagem e esperar passar um pouco? – Eu perguntei antes de sair do carro. – Um chocolate quente cairia bem, não? – Sugeri com um sorriso para ele.

Ah, tudo bem, eu acho – Kiba acabou por concordar comigo, ligando o carro novamente e fazendo uma manobra para entrar na minha garagem.

Por sorte, minha casa estava bem ajeitada naquela madrugada. Assim que entramos na sala, eu ativei o aquecedor, começava a esfriar cada vez mais, o frio era ao mesmo tempo ruim e acolhedor. Na época que eu namorava, gostava do frio, pois isso fazia com que me aproximasse mais do meu parceiro, mas agora o frio era ruim para mim e me deixava de mau-humor. Pedi para que ele se sentasse no sofá e liguei a TV no canal de notícias locais para ficarmos informados sobre o tempo, mas após o chocolate quente que tomamos, tivemos a comprovação de que aquilo só iria acabar um pouco antes da tarde. Conversamos um pouco, mas logo eu comecei a ficar com sono, não me lembro direito em que certo momento me encostei no ombro dele e quase cochilei, teria dormido bem se não fosse ele passar o braço em torno dos meus ombros e me aconchegar mais nele.

Senti meu coração disparar com a proximidade e o gesto íntimo demais, um pouco desconfortável com aquilo, ergui minha cabeça para encara-lo dando de encontro com o rosto perto demais do meu. Eu podia sentir a respiração dele e meu coração parecia que ia sair pela boca, mas então me perdi naquela sensação e ele quebrou a distância entre nós. Um beijo, um simples roçar de lábios que se tornou algo mais, quando dei por mim, já estava sentada no colo dele seguindo o ritmo que ele tinha imposto, mas eu queria mais, mais que um simples beijo, mais que um simples amasso. E ele pareceu adivinhar isso, pois apertou com força as minhas coxas e me ergueu.

Pra que lado? – Ele me questionou um pouco desesperado.

A última porta a direita – indiquei o corredor com os olhos e me vi sendo carregada.

Paramos algumas vezes no meio do caminho, alguns beijos, mordidas no pescoço, chupões e gemidos. Quando chegamos ao meu quarto, estávamos apenas com as roupas íntimas, ele acendeu a luz, mas pouco me importei em que ele me visse de calcinha e sutiã, eu queria mais e mais ele me deu.

Rolamos na minha cama, rindo e tirando o que nos cobria. E pela primeira vez eu me senti tímida diante de alguém, mas os olhos dele tinham um brilho estranho, não soube entender qual era aquele sentimento, porem quando ele me beijou com doçura, eu senti que ia derreter.

Você é tão linda – ele sussurrou conforme ia conhecendo o meu corpo.

E eu me deixei levar pelas sensações, pelo momento, por aquele sentimento de conforto e prazer. Kiba era carinhoso, fez tudo com cuidado, mas ao mesmo tempo em que era carinhoso, era intenso e eu desejei passar mais natais como aquele...

Quando acordei, ele ainda estava ao meu lado. Ressonava tranquilamente me segurando contra si, me senti protegida com aquele simples gesto, mas eu ainda queria mais que apenas uma noite. E quando ele acordou, tinha uma pontinha de esperança que ele também quisesse mais, Kiba quis mais do que imaginava e mal sabia eu que teria vários natais com ele, acordando da mesma maneira que acordei naquele vinte e cinco de dezembro.

Papai Noel, me diga se você está realmente aí

Não faça eu me apaixonar novamente

Se ele não vai estar aqui ano que vem

Papai Noel, me diga se ele realmente se importa

Pois posso desistir se ele não vai estar aqui ano que vem


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Notas finais do capítulo

Lindinhos, confesso que gostei de escrever sobre esse casal, me diverti escrevendo sobre Akamaru rs.
Aguardo os comentários e espero que tenham gostado!
Feliz Ano Novo para quem leu até aqui!
Besos e quesos.



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