Weasleys - Nova Geração escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 18
Quando Souber Falar


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, Cá estou eu, em pleno dia dos namorados, com um capítulo tretosamente tretoso, e sim, aí vem treta, porque hoje é dia da treta! Vão logo ler :3
Boa leitura!!!



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Aquela semana havia se passado rapidamente, as últimas semanas tinham sido assim, os últimos dias passaram voando, as preparações passaram voando, as malas foram feitas com pressa, as despedidas foram longas, mas corridas pelo tempo, as horas avançaram sobre o relógio como se estivesse no "duas vezes mais rápido", os minutos escorregaram entre as roupas e os livros, os segundos passaram de táxi até o ministério.

Ela não podia, não queria enfrentar aquilo agora, precisava correr o quanto antes, não queria alguém lhe assombrando, lhe perseguindo ou perturbando, muito menos queria desenterrar assuntos enterrados há algum tempo, preferia fugir, estava na hora dela fugir, já deixou que as pessoas fugissem de sua vista, agora estava na hora de fugir também. Ela vasculhou a gaveta apressada, bufou quando bateu a mão em algo pontudo dentro da gaveta, retirou a mão e resmungou, fechou a gaveta apressada e passou para a próxima, o quanto antes saísse dali seria melhor.

— Rose? – ela escutou a voz familiar atrás de si e fechou os olhos com força, ela devia ter pegado as coisas no dia anterior com Lily...

— anh, oi, estou só pegando minhas coisas – respondeu forçadamente, evitou encarar o moreno e apenas procurou o resto na gaveta, colocou o porta-retratos na caixa sem nem mesmo notar do que se tratava, só queria sair dali, para longe, sumir do mapa

— pegando suas coisas? Vai mudar de escritório?

— Sim

— e onde...?!

— Austrália – ela sentiu o veneno em sua voz e se arrependeu de ter falado, praguejou e colocou as mãos na mesa, finalmente encarando o moreno perplexo a sua frente

— o que? Por quê? – James arregalou os olhos assustado

— porque tem algo atrás de mim, tem alguém querendo minha cabeça, e eu não to a fim de falar sobre isso – ela murmurou pegando a caixa

— você está falando daquela pessoa na...

— Sim, ela mesma, e essa pessoa quer minha cabeça e a da minha filha, que não existe!

— Você não tem mesmo uma filha?

— está brincando? Eu tenho cara de ser mãe? Preciso ir embora – ela falou cruzando a sala, mas antes que pudesse sair do local ele a impediu

— você não vai por isso, eu te conheço, você nunca fugiria do perigo, Rose, o que você tem? É sobre o que você me disse na caverna não é?

— eu preciso... Veja só, eu não quero falar sobre algo que morreu, algo que enterrei e acabou, e se você tentar desenterrar esse assunto eu te enterro com ele está me ouvindo? Me deixe ir, eu não tenho mais nada para fazer em Londres – ela cuspiu as palavras entre dentes e ele franziu o cenho

— Você está fugindo disso? Francamente, Rose, você não é quem eu pensava ser!

— e o que você esperava? Uma versão Hermione Granger melhorada? Essa versão aqui não está melhorada, está destruída, e precisa juntar os caquinhos – sorriu irônica e ele bufou

— não me culpe, eu não tive culpa de nada, e também não se culpe, não é culpa nossa, nós...

— nós? Não existe nós! E definitivamente não...

— cale a boca! Pare de tentar ser quem não é! Se estiver tentando chamar minha atenção desse jeito, conseguiu, mas não foi da melhor forma

— e daí? Está lembrando de um garotinho que disse “não sei”? Pois bem, eu também não sei!

— Você sabe o que é ciúmes, droga? – ele gritou a fazendo se calar, ela amarrou a cara, puro ódio em seu olhar

— sei, e eu fui à idiota que passou quatro anos da minha vida sentindo isso, estupidamente, porque não fez nada acontecer!

— e por que você vai embora? Por quê uma única vez as coisas saíram de seu controle? Isso pra mim se chama covardia

— isso pra mim se chama proteção!

— o que está tentando proteger? O que eu já descobri?

— estou tentando me proteger, estou em risco de vida, tudo bem? Eu não posso ficar aqui, e se ficar, os que estão ao meu redor sofrerão e eu não vou permitir algo assim – ela rosnou e os dois se calaram, por um, dois, três, quatro... E os minutos voavam, assim como sempre fora

— Quem é ela?

— não procure descobrir, já basta a mim, se ela matar... – suas palavras se perderam e seus olhos encheram de lágrimas, agora ela sentia vontade de sair correndo dali

— ela me matará? Como da última vez?

— Eu estava lá! Não vá atrás disso, James! Pelo amor de Merlin!

— Mas e se iniciarmos...

— já fizeram isso, e quero que me prometa que estará longe disso!

— e o que é isso agora? Está preocupada? Então por que não fica?

— porque você seria o alvo dela, se ela tiver que fazer algo, que seja a mim

— você vai morrer feliz, não? Já que procura tanto a morte...

— eu tenho que ir, quanto mais rápido, menor será minha dor...

— não é assim, Rose! Não existe isso de mais rápido menor dor, uma hora ou outra você vai ter de bater de frente com seus medos, ou eles vão de encontro a você

— está enfeitiçado de novo? Vai me dizer que aquela garota está por aqui?

— não foi ela que me enfeitiçou

— ah não! Então quem foi?!

— você está surtando de ciúmes, ruiva?

— Quero ir embora! Não vou deixar que você encontre uma pá para desenterrar isso antes de partir

— então adivinha? Eu já encontrei!

— não existe segunda chance! É impossível

— você está muito enganada, sempre existe segunda chance, a vida é feita disso, não adianta para qual buraco você fugir

— você está me ameaçando?

— eu estou abrindo seus olhos

— por que não me deixa ir?

— porque você é importante

— ah é? Agora eu sou importante? Que fantástico! Quando descobriu?

— no momento em que você nasceu

— mas...

— Eu sabia que você iria de alguma forma bagunçar meu mundo, e veja onde estou

— me impedindo de ir embora, porque da outra vez não fez isso

— eu não deixei você ir, você que achou que estava indo embora

— e você acreditou!

— o que você queria? Que eu te impedisse de fazer uma escolha sua?

— porque você nunca retribuiu minhas palavras!

— Eu não sou tão...

— chega! Porque está realmente me parando

— Eu... Eu não...

— ah, você não sabe? Quando souber falar me procure – ela respondeu por fim dando meia volta e saindo da sala, deixando um moreno desesperado para trás.

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Karen empurrou o carrinho de compras para o lado e observou as prateleiras de cima a baixo, procurando o ingrediente essencial para a refeição do meio-dia

— Karen? – a voz assustada murmurou atrás da mesma, a loira se virou encarando uma Alice surpresa

— Alice... – Karen respondeu entre dentes assustada, ela poderia sair correndo dali ou teria de enfrentar aquela conversa no meio do mercado?

— Eu não sei o que você andou fazendo com o Alvo, mas eu quero que você fique longe dele... – ela começou cortante e Karen prendeu a respiração

— ou?!

— ou você não terá o que lhe sobrou depois da morte de seus pais – Alice ergueu uma sobrancelha e Karen cerrou os olhos

— mas nem a pau! Você está enfeitiçada? Ou é alguém usando polissuco para me assustar? – a loira cerrou os dentes

— não é nada disso, sou apenas eu tentando prezar o meu relacionamento e o futuro da minha filha

— sua filha? O que quer dizer com isso?

— não é da sua conta, se você abrir a boca para falar para alguém já sabe...

— Você está achando que manda em mim, querida? Porque se você quer brincar, bem-vinda ao jogo – Karen rosnou e Alice apenas sorriu irônica

— Alvo ficará feliz de saber que existe uma cobra aqui...

— Ficará feliz de saber que tem alguém lutando pelo seu coração, e não pelo seu sobrenome, alias, estou achando que o chapéu seletor te colocou na casa errada, víbora!

— o que você quer do Alvo? Dinheiro?

— Jamais! Eu quero o coração, eu quero compartilhar tudo que eu sinto

— ah, então você é uma bobinha apaixonada? Não esqueça que essas sempre são as que perdem!

— Pois fique sabendo que eu sou imune a veneno

— Eu duvido muito

— Você não é tão cruel, Alice! Quando abrir os seus olhos nublados talvez poderemos conversar – Karen exclamou olhando ao redor, aquele corredor estava vazio, apenas as duas, Karen encarando os olhos nublados da melhor amiga

— acho bom você ter uma armadura, porque isso é uma guerra – ela sussurrou dando as costas e saindo dali a passos pesados

— quem quer que esteja controlando ela – Karen falou aos quatro ventos, olhando ao redor cautelosamente – você está brincando com a bruxa errada – ela respondeu cortante empurrando o carrinho para frente do mercado, o que era aquilo? A descoberta de suas fraquezas, alguém não estava jogando limpo, e quando isso colocava sentimentos em jogo, o xeque-mate aconteceria mais rápido do que esperava.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não matem a autora, por que ela tem que continuar a fic haha, se quiserem podem matar, estou aceitando pedras também! Vou aguardar o que vocês tem para jogar na minha cara :P

Feliz dia dos namorados ou São Valentim!!! Whatever!!!

Até o próximo :*