Weasleys - Nova Geração escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 15
Sede De Poder


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, me perdoem pela demora, me perdoem, eu estou sem pc, e por algum milagre do destino eu estou aqui, me perdoem por qualquer erro ortográfico também, pelo menos estou aqui.
Boa leitura!!!



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Cada um para um lado, ela sabia que as coisas não eram as melhores, agradeceu aos céus pelo ferimento ainda estar limpo, a perna enfaixada por um pedaço de pano que havia arrancado das próprias vestes.

Do outro lado mais a frente, percebia que o sol já estava se pondo, pois tudo começou a escurecer, encostou a cabeça na parede fria, na tentativa de não cair para o lado, fechou os olhos, só então percebeu o quanto estava cansada, cansada de tudo, um dia cheio, muitas coisas acumulando rapidamente, mas ela tinha medo, medo por saber que a pessoa para quem derramara suas lágrimas estava hipnotizada, e ainda o desespero de saber se ele lembraria quando saísse de seu transe, suspirou cansada e abriu os olhos.

Ele empurrou o que havia conseguido em um montinho, coisas inflamáveis, devia haver alguma coisa ali, buscou entre a roupa algo, até que encontrou o objeto e puxou, ele suspirou antes de acender, o fogo a sua frente pareceu um tanto bonito, ele fixou seu olhar, mas desviou os olhos quando ouviu Rose se arrastar um pouco, aproximou o fogo da madeira e ela resplandeceu em chamas, clareando o local, e aquecendo a quem se aproximasse. O fogo acolhedor duraria até a metade da noite, deveriam haver mais galhos por ali, mas aquilo era o suficiente até dormirem.

Ele soprou o ar gelado e se aproximou da fogueira, Rose olhou para o fogo um pouco assustada, estava a certa distância do fogo, e dele, encostada na parede, como se a parede pudesse lhe aquecer. Ele inclinou para o lado, deitando-se, junto a fogueira, longe o suficiente para não ser queimado, e perto o suficiente para esquentar todo seu corpo. Ela refletiu, não poderia ser tão mal, eles não haviam trocado uma palavra desde o ocorrido, só desejava sumir, desaparecer, não queria ter que passar por aquilo na frente dele, como se fosse vítima.

— você vai congelar aí- ele respondeu com a voz calma, ela estreitou os olhos

— prefiro morrer congelada do que me aproximar de você- revidou seca, com o aperto no peito lhe sufocando

— encontre alguma maneira de dormir, vamos precisar que sua mente trabalhe amanhã de manhã- ele falou, ela pôde jurar que teria escutado ironia em sua voz

— durma também para organizar seus miolos- murmurou deitando ali, junto a parede, ele fixou o olhar na fogueira, a chama a sua frente parecia acender algo em seu peito, ela fechou os olhos e bocejou, girando para o outro lado, caindo no sono tão rápido quanto o fogo queimava

— obrigada- ele sussurrou baixinho fechando os olhos também.

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Alvo bufou passando a mão no cabelo, estava exausto, com as veias pulsando a mil em sua cabeça, e o coração indomável no peito, quando acordara pela manhã, encontrará uma Alice dormindo serenamente, ele nem sabia mais o que fazer, ou o que sentir, ou o que deveria sentir. Cruzou os braços irritado consigo mesmo, não era de perder o controle, em hipótese alguma, era o primeiro a resolver problemas, e a mente mais calma do quinteto fantástico, sorriu com a lembrança vaga de Hogwarts.

Ele não sabia nem como havia chegado aquele ponto, estressado, sem rumo, se sentindo um completo idiota, necessitava urgentemente de um conselho, e não sabia a quem pedir isso, já que Scorpius fizera merda, não tinha notícias de Rose, James havia sumido do mapa, Lily parecia se tornar um auror melhor que qualquer um, Hugo estava ao lado dela, Roxy e Alice grávidas, só lhe restava um alguém, suspirou, não devia fazer aquilo, justo com a causa de seu problema.

Estava mais do que nervoso, estava uma pilha, queria poder gritar em meio a tantas pessoas, e como comunicar que estava ali? Enviou uma coruja, com uma carta com letras caprichosas e um lembrete que não precisava vir as pressas, a verdade é que não queria vê-la. Não queria ter que passar por uma vergonha de novo, respirou fundo contando até dez, passou a ficar assustado, o que iria dizer?

O cabelo loiro brilhou sobre o sol, chamando sua atenção, ele não sabia o que fazer, pensou em dar meia volta, porém era tarde demais, ela o tinha visto, e seu sorriso radiante se transformou em um sorriso preocupado. Ela se aproximou cabisbaixa e Alvo se arrependeu no mesmo instante, deveria estar com uma expressão péssima.

— olá, Alvo- Ela murmurou relutante

— Karen- ele cumprimentou encabulado

— ta acontecendo alguma coisa? Eu vim correndo, pensei que mais um havia morrido- ela ofegou, girou as mãos no alto

— por Merlin, eu espero que não! -Ele respondeu recordando a perda recente

— então o que aconteceu? Você está parecendo péssimo- ela exclamou

— bem, eu preciso conversar- desabafou com os olhos pesados

— então vamos, aqui não é o melhor lugar pra isso - ela murmurou o arrastando beco abaixo, entraram na sorveteria, sentando ali, em um lugar mais ao canto

— Eu estou com tanta vergonha- ele se inclinou sobre os cotovelos, escondendo o rosto contra as mãos

— Alvo, não precisa de vergonha! Sou eu, Al! - exclamou um pouco nervosa

— tudo bem... Lembra da última vez que nos saímos? -Ele perguntou com os olhos arregalados, ela assentiu o incentivado a continuar

— aconteceu alguma coisa, mudou o meu jeito de enxergar o mundo, de enxergar... Anh... Você- ele sussurrou confuso

— eu? Alvo, o que exatamente mudou sobre mim? - ela franziu o cenho, estava mais do que tudo curiosa

— tudo, eu não acredito que estou sentindo isso, eu amo muito Alice, muito mesmo, mas agora, eu nem sei mais, as lembranças me fazem querer voltar no tempo, querer ter notado antes...

— notado o que?

— que você sempre esteve lá, mesmo com o mundo desmoronando ao meu redor, me fazia ter força de vontade, lembra daquela vez que...

— o Zabini aprontou? Lembro sim- ela assentiu com os olhos brilhantes

— e eu me pergunto porquê eu nunca olhei para o lado, você estaria lá, era a alma mais alegre do grupo, lembra de como éramos grudados? James era o que sempre estava aprontando, Rose tentava controlar todos nós dedicada a seguir as regras, Scorpius sempre usando sua ironia infalível, eu sempre no meu canto raciocinando, e você, bem, você era a alma do grupo, a única que fazia James e Scorpius não quererem se matar, a única que fazia Rose tomar coragem para desembuchar o que sentia, a única que arrancava risadas de Scorpius facilmente, e a única que estava ao meu lado - ele falou apressadamente, Hogwarts lhe trazia tantas lembraças, lembranças boas... E ao mesmo tempo não

— está querendo dizer que... Alvo! Não, não, não faça isso com Alice, pelo amor que você tem a Merlin- ela falou ficando desesperada

— calma, eu não disse que estava dando as costas para ela -ele estreitou os olhos ainda mais nervoso

— ah, Alvo! Por favor, eu não quero que você faça isso por uma coisa boba- Ela negou com a cabeça nervosa

— uma coisa boba? Karen o que você sente por mim? -O sangue Weasley correu por suas veias como se pudesse sair dali, assustado com a precisão das palavras, e com a convicção que havia dito

— er... Alvo, prometa para mim que não fará nada errado! - ela pediu quase em súplica

— prometo - respondeu convicto, estava imaginando como deveria estar parecido com a sua mãe naquele momento, direta e espontânea

— sim, Alvo, eu sinto algo por você, desde o colegial, posso me enfiar em um buraco agora? - ela cobriu o rosto com as mãos envergonhada, seu rosto queimava

— desde o colegial? Parece que Hogwarts escondeu muitas coisas de nós... - ele passou a mão no cabelo lembrando da última coisa que durava desde o colegial

— eu sinto muito, sinto mesmo, você estava apaixonado por ela, e me restava te ajudar, era o máximo que podia fazer, eu não acharia bom se realmente você a deixasse, não sou tão próxima, mas percebo que vocês se amam, não quero que algo que eu tenha deixado morrer dentro de mim cresça de novo- explicou com a voz um tanto abafada

— não vou fazer nada de errado, Karen, eu amo a Alice, so não sei mais o que pensar, Eu quero descobrir o que estou sentindo- ele sussurrou ficando mais calmo

— Alvo, você quer saber se... Você não pode fazer isso- Ela falou chateada

— eu sou um Weasley, eu faço o que me vier a mente- falou dando de ombros e ela riu baixinho

— só não faça burrada, Weasley- Ela revirou os olhos

— já viu algum instinto Weasley fazer burrada? - ele gargalhou e ela negou

— deveria estar ao lado do seu filho e sua futura esposa, não entenda mal, eu já cheguei a amar você, mas eu não sei mais, passou tanto tempo, e estava tentando me recuperar, estava me sentindo até o próprio James...

— James?

— por que você acha que ele briga com a Rose? Eles não se odeiam!

— mas então porquê...!?

— você já ouviu Lily citar amor reprimido? Isso aí

—ah...

— sabia que a única maneira de te ver feliz era ao lado dela, Então em vez de interferir, eu te ajudei...

— já pensou o que teria acontecido se tivesse interferido?

— algumas coisas, só o destino sabe o momento certo para acontecerem

— eu sei que Alice precisa saber, mas não quero preocupa-la

— vá em frente, homem, converse com ela, ela vai dizer o certo a fazer, a não ser que ela comece a gritar com você- ela bateu em seu ombro rindo um pouco

—obrigada, por tudo- ele sorriu tímido

— do que está me agradecendo? Então é assim que você me agradece por todos esses anos de lutas? -Ela falou fingindo ofensa, quando seu coração pesava por dentro

— como queria que eu agradecesse? Quer metade da minha conta no gringotes?

— eu não sou interesseira- ela gargalhou jogando a cabeça para trás

— não é o que parece

— ora, Potter, vá catar caquinhos

— vá você

— só vai sobreviver porque tem um filho pra cuidar

— vou te agradecer com um pedaço de pão, acho que está passando fome em casa, não come a tanto tempo? tadinha! Esta tão magra- ele exclamou imitando a vó

— sabe essa mão?

— sei

— sabe onde ela fica linda? Na sua cara

— pode bater, eu conto para seu chefe que tem uma louca que trabalha para ele

— você faria isso a uma menina indefesa?

— só se for Voldemort encarnado

— morra Alvo- riu ainda mais alto- me dê um presente, o mais singelo deles, vou guardar com minhas garras- pediu humildemente enxugando uma lágrima no canto do olho, ele olhou para cima refletindo, a encarou e pegou em seu pulso, afastando a mão de seu olho, se inclinou sobre a mesa e se aproximou, ela ficou imóvel enquanto ele encostava os lábios nos seus, soltou um suspiro surpreso e baixou a mão, ele segurou em seu rosto com as duas mãos, uma ligação enérgica corria de encontro aos dois corpos, então ele se afastou e voltou a se sentar com o olhar perdido

— Alvo...

— guarde com suas garras- ele falou e sorriu, ela inclinou a cabeça para um lado com os olhos marejados

— vou guardar- sussurrou com a voz embargada, pela primeira vez ele a via baixar a Guarda

— por que não abri os olhos antes? -Sussurrou com o coração doendo no peito, ele sabia que estava ferrado, queria poder falar que estava tudo bem, mas não tinha certeza disso.

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Revirou mais uma vez aqueles papéis, devia haver algo ali, tinha que haver, como naquele jornal próximo que explicava algo, as digitais estavam sendo examinadas com cuidado, talvez eles descobrissem logo. Estava incrivelmente nervoso, como se o próprio Voldemort estivesse voltando das trevas para lhe tirar o sono, mas logo afastou os pensamentos fitando a filha refletindo concentradamente

— é muito estranho, não acho que tenha sido alguém próximo, Pai- Lily afirmou convicta

— não podemos ter tanta certeza, o mundo bruxo está calmo demais, eu deveria ter notado... -Sussurrou preocupado

— Não há possibilidade de ser um de nós, cada um de nós o amávamos muito- Hugo girou a mão expressando palavras sinceras

— não consigo entender, por que alguém faria isso, talvez o alvo não tivesse sido realmente ele Harry, poderia ser um de nós- Hermione explicou juntando as sobrancelhas

— é uma grande possibilidade- Harry assentiu considerando

— sim, não haveriam motivos para alguém nos atingir! Vai dizer que Voldemort adotou uma criança e a amou? - Lily exclamou em ironia

— não, Lily, todas as ligações com Voldemort morreram junto com ele- Hermione girou a cabeça para encara-la

— Almas perdidas na guerra! Poderia ser isso! -Hugo estalou a língua

— realmente, muitos culparam Harry pela morte dos inocentes- Hermione riu pelo nariz

— estou considerando a entrada de vocês por aqui - Harry sorriu e eles retribuiram

— falando em trabalho, onde estão James e Rose? -Hermione perguntou franzindo o cenho

— eles não deram sinal de vida desde essa manhã- Harry suspirou, Lily puxou o celular do bolso e começou a procurar algo no aparelho, levou o aparelho ao ouvido, dando a entender que estava ligando para alguém

— espero que estejam apenas ocupados- Hermione respirou fundo

— eles não estão aqui no ministério- Hugo olhou ao redor

— e a Rose não atende o celular- Lily mordeu o lábio inferior

— vamos esperar, se eles não aparecerem até as dez nos vamos atrás- Harry respondeu por fim

— vamos trabalhar então- Lily sorriu começando a andar, enquanto Hermione se inclinava um pouco sobre a mesa de Harry, olhando os jornais, Hugo sorriu para os outros e seguiu Lily

— jornais, Harry? De quando são? - Hermione virou as folhas observando

— pouco depois da guerra, parece que haviam mais coisas do que imaginávamos- ele sussurrou visivelmente preocupado, ela parou em uma folha, página principal, onde havia uma garotinha chorosa segurando na mão de um auror, com a seguinte informação:

"Garota de cinco anos perde os pais assassinados. Fontes afirmam que uma bruxa poderosa os matou por pura sede de vingança..."

Ela ofegou assustada, fixou o olhar na garotinha da foto, com cabelos loiros, olhos tão tristes que perdiam a cor, e as lágrimas rolando pelo rosto, o nome das vítimas não eram citados.

—Harry, há uma bruxa solta por aí? -Hermione engasgou nas palavras

— não, Hermione, ela morreu, alguém a queimou, queimou viva- Harry falou entre dentes um tanto nervoso

— que horror! E porque você tem isso aqui? -A morena baixou os olhos pensando

— porque ela disse que voltaria, nós, aurores, estamos mantendo em total sigilo, nós não sabemos como, mas ela está em algum lugar nesse mundo, e achamos que ela está infiltrada no ministério- Harry bufou com a possibilidade de não poder agir contra aquilo

— Harry! Como as pessoas não estão sabendo disso!? É muito perigoso para o mundo bruxo! Já pensou se ela resolver agir como Voldemort? Vai ser o fim! Estamos velhos demais para lutar- ela tornou a falar em tom de desespero

— se acalme, Hermione, Não temos certeza disso! Temo que se for realmente verdade ela busque um único correspondente que segue meus passos- Harry comprimiu os lábios

— James- Hermione sussurrou entendendo a situação, havia uma bruxa, solta por aí, que buscaria poder, e começaria pelo correspondente daquele que cortara o mal pela raiz, o primogênito Potter.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Batam em mim se tiver algum erro, acho que passei uma meia hora tentando postar, enfim, ufa!

Até o próximo :*