Brincando com Segredos escrita por Mondler


Capítulo 12
Venenosos.


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, pessoal! Estou postando dia de sábado pq vou viajar e não terei como postar amanhã, enfim, quanto antes melhor, certo? Esse capítulo tem mais personagem novo e alguns antigos que ficaram tão apagados que talvez alguns de vocês não lembrem, são eles:
Jenna Springs: A garota que todo ano faz a festa para que calouros e novatos do Winston possam interagir. Foi na festa dela que a Mia morreu, lembram?
Thomas Geller: Thomas era o interesse amoroso inicial para Emma. Ele namorou com o irmão dela também e depois viraram melhores amigos. Ela destruiu a vida do garoto através do SS, dizendo que ele era um viciado que vendia o corpo.
Edward Smith: O ex-namorado do irmão da Emma. Aliás, o irmão da Emma passou o rodo na fic toda.
É isso. Espero que gostem do capítulo! Boa leitura e bom feriadão para todos!



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Edward estava muito diferente desde a última vez em que eu o vi, lá na festa da Jenna. Seu novo visual me agradava e senti uma sensação estranha de felicidade quando ele começou a falar.

— Ei, Emma! Quanto tempo, hein? — O garoto sobe para a calçada e me abraça com força.

Vi mamãe se afastando pelo canto do olho, indo de encontro ao seu mais novo e adorável advogado. Quando me afasto de Edward, Cristal dá uma acenada rápida pra mim e entra no veículo do rapaz, que não demora em dar partida. Eu e o ex-namorado de meu irmão ficamos sozinhos em meio ao movimentado centro de Oakland.

Apesar da barulheira ao nosso redor, um silêncio constrangedor se instala entre nós dois. Eu penso em algo para falar, perguntar como vai a sua vida ou qualquer coisa do tipo. A minha garganta trava e nenhuma palavra sai pela minha boca.

De repente, Edward solta um gritinho escandaloso, como se tivesse lembrado de algo. Ele estende a mão e eu torno a ver o objeto dourando diante de meus olhos. Trata-se de um cartão. Sem demora, puxo-o de sua mão e, enquanto leio, escuto o que ele fala.

— Brooke pediu que eu entregasse isso para você, caso a encontrasse. É só um convite para a super festa de gala que ela vai fazer... — Percebo que ele se vira frequentemente para trás, fitando a sua Ferrari.

— Uau, a Brooke adora fazer festas sem motivos, não é? — Termino de ler o convite, guardo-o em minha bolsa e fito Edward. Um pensamento brota em minha cabeça: O garoto poderia ser o segundo SS. Adelaide contara para o Ben que eu tinha o blog, logo, ele poderia ter contado para o seu namoradinho, que agora estaria procurando vingança por eu ter desmascarado a sua homossexualidade para o mundo.

Não, talvez eu só esteja ficando paranoica.

— Pois é! Mas entre nós, não vai perder o evento dessa vez, não é? Quero dizer, você simplesmente desapareceu, Emma. Ninguém consegue mais se comunicar com você pela internet e raramente você sai de seu palácio! — Ele parecia chateado. — Eu sei que tem sido difícil, mas não pode fugir da realidade para sempre.

Querendo ou não, o garoto estava certo. Ir para uma festa era arriscado, mas completamente necessário. Essa era a única forma que eu via para tirar SS de sua toca. Eu seria um rato na toca dos leões.

***

Brooke era apenas mais uma vadia que estudara no Winston. Podre de rica, interesseira e poderosa. Quando soube que eu ia para a sua festa, a demônia postou isso em todos os seus perfis sociais e mandou-me uma mensagem dizendo que o número de pessoas para o evento aumentou consideravelmente depois que eu confirmei a presença.

Então lá estava eu, descendo a escada de minha casa, sentindo-me completamente renovada por um vestido dourado caríssimo, perfeitamente acentuado em meu corpo. O salto branco que estou usando faz os meus pés doerem, mas depois de quase ser esfaqueada uma dezena de vezes, o aperto no dedão parece ser fichinha. Brincos, maquiagem leve e cabelos ondulados. Eu estou perfeita.

— Aonde a mocinha pensa que vai? — Cristal passa correndo da cozinha para sala, carregando um pirex de lasanha. Ela coloca a comida sobre a mesa e tira a luva enorme que estava usando. — Não me diga que vai usar isso no jantar de hoje...

— Jantar? — Pergunto subitamente. — Eu vou sair, Cris.

Cristal se incomoda com o que eu falo. Ela passa a mão pelos seus cabelos desajeitados e caminha novamente para a cozinha, claramente irritada.

— Olha, você não me disse nada sobre jantar! — Vou depressa atrás dela, tentando me desculpar.

Na cozinha, mamãe perambula de um lado para o outro, preparando milhões de coisas. Ela não me dá atenção e, enquanto continuo com o meu falatório, a mulher atende o celular, olha para a sua roupa toda melada de molho, passa correndo por mim e sobe para o seu quarto.

— Como assim você já está chegando, Gabriel? Eu, eu, eu nem estou pronta ainda! — Sua voz vai tornando-se fraca à medida que ela se distancia.

Ficar sozinha na cozinha me faz ter pequenos calafrios, então, sem demora, afasto-me daquele cômodo, grito um breve “tchau” para minha mãe e vou até a garagem, onde pego o carro antigo do Ben. Ligo o veículo e dirijo em direção ao centro, enquanto a noite fria e com poucas estrelas me engole para um show de horrores.

***

Subo pelo elevador do estacionamento e paro exatamente no vigésimo andar do Hotel Martinez. Os batimentos rápidos do meu coração se mesclam ao enjoo friorento da minha barriga. Na porta do apartamento, um rapaz vestindo um terno cinza e preto sorri pra mim e estende a mão. Entrego o convite imediatamente para ele e caminho para dentro do local.

A luminosidade do recinto faz com que meus olhos demorem um pouco para se adequarem. Estou em um salão sofisticado, com o carpete todo branco e diferentes mobílias refinadas. A parede é coberta por um prata leve e, diante de mim, vidraças que partem do teto para o chão, exibem as centenas de prédios luminoso ao redor do hotel.

Todos os rostos se viram unanimemente para mim, mas apenas uma pessoa se aproxima, enquanto todas as outras apenas cochicham e fitam-me maravilhadas.

— Emma Thompson! Você veio mesmo, garota! — A voz de Brooke me faz querer vomitar, mas apenas dou-lhe o sorriso mais falso que consigo. Nós duas nos abraçamos e relaxo consideravelmente quando percebo que a minha roupa está muito melhor que a dela.

— Já estava na hora de eu por o rosto nos holofotes. — Brinco quando um fotógrafo se aproxima e tira várias fotos minhas junto com a Brooke. A garota tem traços finos, cabelos loiros longos e o corpo magrela de uma modelo.

Depois que somos fotografadas, dezenas de pessoas vêm conversar comigo. Não reconheço o rosto de algumas e lembro-me de ter falado mal de outras. A conversa varia sobre Adelaide ser a dona do SS e sobre eu ter ficado distante por um bom tempo. Bem de leve, um violino e um piano entram em sincronia e enchem o lugar de uma melancolia tortuosa.

— É a irmã da Serpente Sanguinária! — Escuto alguém comentar bem distante.

Na metade da festa, já estou cansada de repetir discursos. Brooke serpenteia de um lado para o outro e olha surpresa para mim. Ela caminha até o meu lado e sussurra em meu ouvido:

— O que você está fazendo aqui? Achei que estivesse no clube V.I.P! — Ela agarra o meu braço e arrasta-me com cautela em direção a um corredor um pouco distante da concentração de pessoas. O beco é pouco iluminado, mas consigo distinguir uma porta em nossa frente. Ela abre e me empurra para dentro do novo cômodo, fechando a porta em sua frente e voltando para o salão da festa.

Dessa vez, estou em um quarto mais escuro, com pequenos abajures verdes. Quatro rostos surgem na penumbra. Meu coração volta a ficar acelerado e eu ponho a mão dentro de minha bolsa, tocando a faca que eu trouxe. Percebo pôsteres na parede, um tapete rosa e uma mesa com livros e um notebook. Provavelmente é o quarto da Brooke.

— Emma? — A voz puxada de Edward me faz perder o medo do que estaria prestes a acontecer. Ele liga o receptor e o quarto é iluminado. Primeiro eu vejo o próprio garoto, sentado na cama com um maço de cigarro na boca, depois os outros três: Jenna Springs, Melanie Springs e, por último (e é nesse momento que sinto um enjoo), Thomas Geller.

O garoto desvia os olhos quando eu o fito, como se não quisesse que eu estivesse ali. Desde a morte de meu pai e meu irmão, Thomas e eu estivemos tentando criar um lanço a mais do que um simples coleguismo. Eu me sentia muito atraída por ele, e era provável que ele soubesse disso e sentisse o mesmo. A questão que mudou tudo isso foi SS e Tass. Mantive-me tão distante da realidade ao meu redor que ignorar as mensagens do garoto era algo extremamente comum para mim.

— E aí, pessoal. — Falo com timidez.

— Ai meu Deus! Eu não acredito que você está aqui! — Jenna levanta depressa da cama e abraça-me com leveza. Ela encara os meus olhos e eu encaro os dela. A garota também mudara o visual desde a última vez que eu a vi. Seus cabelos, outrora negros, agora estavam cobertos por um vermelho vivo, assim como os de sua irmã menor, Melanie.

— Eu realmente adorei o seu novo penteado, Jenn. — Minto. — Ah, e o seu também, Mel! — Minto novamente.

As duas garotas sorriem pra mim e a venenosa da Mel ataca:

— Parece que a prisão da caipira te fez bem. Você voltou a ser gente...

Sinto o meu rosto trancar imediatamente. Cerro os punhos e encaro a garota com seriedade, enquanto Jenna cai na risada.

— Preciso concordar com a minha irmã. Emma, você não tem noção do quanto se isolou de todos nós! — Nesse instante, Edward passou o maço de cigarro para Jenna, que interrompeu o seu falatório.

— Verdade. — A voz grossa de Thomas irrompe pelo quarto e faz querer com que eu me esconda. Sinto que o meu rosto está vermelho. — Você nos isolou. — Ele está usando um terno preto desengonçado e o seu cabelo preto também fica longe de estar arrumado. Aquelas palavras, a principio, me deixam envergonhadas, mas depois, sou tomada por uma raiva inexplicável.

— Enfim, acho que isso não convém a nenhum de vocês. — Digo com arrogância, pego o maço da mão de Jenna e dou uma tragada no cigarro, assoprando-o na direção de Thom e Melanie, que estão sentados na cama.

Os dois abanam a fumaça e tossem, claramente incomodados.

— Não fode tudo, piranha! — Melanie pula para fora da cama com violência. Ela tem o rosto muito parecido com o da irmã, porém um pouco mais rechonchudo.

Edward tenta driblar a torta de climão que se instalou no quarto e pergunta sobre o que eu estou achando da festa.

— Sem querer comparar, mas pelo menos essa festa é um pouco mais sofisticada e não há ninguém pendurado em uma corda nela. — Termino a frase com os olhos grudados nos de Jenna, que parece ter entendido a minha indireta. Subitamente, recordo-me de estar no quarto da garota, vendo os seus pais dormirem no chão, enquanto estou seguindo as pistas de SS e acabo encontrando um revólver. Diante de Jenna, a vontade de perguntar sobre a arma era enorme.

Todos ficam calados mais uma vez, até que Edward surge como apaziguador novamente.

— Pessoal, fiquem relaxados, ok? — Ele se aproxima de mim, toca o meu ombro e me entrega uma taça. Imediatamente, viro o líquido todo em minha boca, sentindo a irritação aumentar.

Não demora muito para que eu comece a passar mal. O quarto torna-se abafado e bem menor do que aparentou ser no começo. A fumaça do cigarro me incomoda profundamente e os flashes das câmeras de Jenna e Melanie estão me deixando tonta. Thomas parece perceber e se aproxima de mim.

— Você está bem? — Ele me senta na cadeira da escrivaninha de Brooke e se ajoelha ao meu lado, notoriamente preocupado.

Os outros três também percebem o que está acontecendo e se voluntariaram para me ajudar de alguma forma. Os rostos começam a ficar distorcidos e Edward me levou até o banheiro. Nós dois atravessamos o salão da festa tão depressa que nem me lembro de como fui parar em mais um cômodo do apartamento.

Eu estava prestes a ter um ataque cardíaco.

E é como se aquele inferno de vestido dourado estivesse me sufocando lentamente. O banheiro começa a girar ao meu redor enquanto me vejo diante daquele espelho enorme. Tento pedir ajuda, mas eu estou tão tonta. Senti o meu corpo despencar do salto rapidamente. O lustre prata foi a última coisa que eu vi antes dos meus olhos se fecharem.

***

O barulho do pneu faz com que eu acorde. Sinto que as minhas mãos e pés estão amarrados e os olhos vendados. Uma sensação de desespero brota do meu peito e eu só quero gritar por ajuda. O carro para subitamente e o meu corpo rola para frente, batendo com força em alguma estrutura de metal. Pelos meus sentidos, sei que estou em um lugar apertado.

Duas mãos firmes me agarram e eu sou erguida para fora do que provavelmente era o porta-malas do veículo. Tento falar algo, mas estou muito nervosa. Sei que estamos nos movimentando, mas não consigo enxergar para onde. Depois de alguns minutos sendo carregada, meu corpo desaba em algo sólido, como uma cadeira.

Dedos gélidos tateiam o meu rosto e puxam a venda para cima. A minha visão se acentua. Estou em um lugar apertado e pouco iluminado. Três máquinas de lavar estão em minha frente, seguidas por um cesto de roupas sujas, uma geladeira velha e centenas de tralhas enferrujadas.

Duas figuras surgem em minha frente. Uma delas está usando uma máscara de Jason, enquanto a outra se esconde atrás de uma máscara empoeirada do ghostface, de Pânico. Eles se aproximam lentamente, cada um carregando uma tesoura enorme. Tranco o choro em minha garganta e dou um grito desesperado. A mão do ghostface acerta o meu rosto com força, fazendo com que o meu nariz doa pra caralho.

— Emma, sou eu! — A voz de Edward sai por de trás da máscara de Jason. Meus olhos se arregalam e um nó profundo embaralha os meus pensamentos.

— Merda, você estragou tudo! — Uma voz feminina sai por de trás da máscara de ghostface. A garota se vira para Edward e o empurra, virando-se para mim. — Olhe aqui, se você gritar, juro que dou uma tesourada em sua barriga.

— Você parece insegura. — Respondo com cautela, sentindo que a base do meu vestido começou a rasgar.

A máscara da garota foi puxada e acabou revelando um rosto que eu nunca vi na minha vida. Seus cabelos eram bastante negros e grandes, seus olhos azuis delineados por uma sombra negra e um piercing no septo. Sem a máscara, ela me assusta mais ainda.

A garota estende a mão para Edward, que agora também está sem máscara, aparentemente nervoso. Ele entrega um celular para ela, que coloca o aparelho em minha direção. Segundos depois, um vídeo começa a ser exibido na tela. Trata-se de Tass gritando e esfaqueando o chão lamacento ao seu redor, berrando e chorando.

No vídeo, escuto a voz de Edward, dizendo que ela deveria extravagar sua raiva. Fico confusa e franzo as sobrancelhas, tentando entender o que se passava. Tass joga a faca para longe, agarra uma garrafa de cerveja e olha para a câmera.

“Para de filmar!”. É o que ela diz quando percebe que Edward está com a câmera na mão. Porém o vídeo não para. Dessa vez, Tass se aproxima ainda mais do aparelho e grita: “Eu amo aquela vagabunda, entende? Eu só queria que ela correspondesse e me tratasse como alguém de verdade!”. A garota limpa as lágrimas e, subitamente, a iluminação do vídeo se apaga. A voz de Edward surge novamente, perguntando o que estava acontecendo. O vídeo segue um minuto no escuro, até que a voz de alguém estronda dizendo que Mia Huldy estava morta, e é nesse ponto que a gravação termina.

— Vocês precisam me explicar o que está acontecendo! — Levanto a cabeça para Edward e para a garota, deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto. As palavras de Tass ainda em minha cabeça.

— Tass brigou com você na festa da Jenna, não foi? Ela te deu um beijo, mas você não retribuiu. Depois disso, você ficou um tempão sem vê-la. — Edward começou a falar. — Nesse tempo, Tass e eu viramos amigos. Quer dizer, logo depois do beijo, ainda na festa, ela foi até mim. Disse que era bissexual e que não sabia o que fazer. Eu a ajudei, Emma. Ela estava com tanta raiva, bêbada... Eu gravei esse vídeo só na zoação, mas se você perceber, ele também mostra o momento em que Mia foi encontrada morta. Eu sei que não foi Tass que matou Mia porque ela esteve comigo o restante da festa inteira!

Solto um grito de exclamação. Ali estava a prova de que Tass não matara Mia Huldy. Havia um vídeo e talvez isso fosse o suficiente para salvá-la! Um sorriso sincero toma conta de mim e rasga o meu rosto de ponta a ponta.

— Não precisava me prender dessa forma para fazer isso... Eu, eu, ai meu Deus, precisamos levar isso para a polícia! — Falo rapidamente.

Os dois trocam olhares assustados.

— Não antes de você falar sobre SS! — O garoto coloca a tesoura desajeitadamente sobre o meu pescoço.

— Sobre a minha irmã? — Pergunto um pouco assustada.

— Não estamos falando dela! Estamos falando da SS que está viva. Nós sabemos sobre o jogo, piranha. Sabemos sobre a porcaria que está rolando e por o meu melhor amigo ter a porra do vídeo que pode liberar a sua amiguinha, a vadia da Serpente nos incluiu nessa loucura também! — A garota pôs a ponta da tesoura na minha coxa, pressionando-a.

Nesse instante, um ruído estrondoso parte do andar de cima, seguido por um barulho de vidro quebrando.

— Merda, ela disse que nos puniria.

***

Mensagem para: Edward Smith e Madison Clark.

De: Serpente Sanguinária.

Eu vou te dar uma última oportunidade de fazer o que é certo. Não entre em contato com a vagabunda da Emma Thompson e nem com a polícia. Se você desrespeitar um desses dois quesitos, eu acabo com você. Apenas um último aviso.

Doce veneno, SS te ama.


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Notas finais do capítulo

Tchurururu!