The Marauders escrita por Ella


Capítulo 2
Chapter II - Home (James/Lily)


Notas iniciais do capítulo

Depois de todo esse tempo consegui algo que se preze. Espero que gostem.



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James Potter (Vocalista do The Marauthers)

Nós estávamos em Londres. Lily ainda dormia em uma confusão de travesseiros, lençóis e mechas ruivas para todos os lados. Ela transmitia toda paz que eu precisava. Seu ressonar baixo me fazia prestar cada vez mais atenção naquele corpo esguio e com uma tatuagem que descia de seu ombro ate a base da cintura.

Os olhos verdes e intensos me encararam, tentavam em vão decifrar o que se passava em minha mente. Ela riu o riso de canto, que fazia com que seus olhos me fitassem com expectativa.

Lily era a filha perfeita que havia se rebelado. O pai, um dos ministros do parlamento, e a mãe, uma socialite do jet set europeu, nunca aceitaram o fato de a filha caçula preferira largar a faculdade de direito e virar uma bibliotecária da Biblioteca Britânica. Ela era fantástica. Nunca se perdia naquele lugar e estava sempre a postos para catalogar, organizar e encontrar materiais para estudantes desesperados.

Ela era como um lar para mim. Não importava onde eu estava era pra ela que eu sempre queria retornar. Era uma espécie de porto seguro.

Conhecemo-nos em uma fria noite londrina. A banda ainda não era tão famosa . E naquela época um par de óculos escuros e jaqueta ainda eram ótimos disfarces. Eu estava em uma cafeteria tomando um Frappuccino grande e tentando compor. E no meio de uma letra qualquer, cheia de erros grotescos de grafia eu ouvi o sino na bota anunciar a entrada de mais uma pessoa naquele lugar.

Os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo, a franja bem penteada e o par de óculos de aros finos, tudo aquilo me chamou a atenção. Ela sentou-se em um banco do balcão e cumprimentou o rapaz do bar com uma intimidade adquirida através das inúmeras vezes que já frequentara aquele lugar.

Ela tirou o sobretudo, revelando um suéter branco de algodão. Parecia ter pedido um chocolate quente com biscoitos e continuei observando. Ela lia algo enquanto aguardava. A caneta em sua mão circulava algumas palavras e grifava outras.

Isso se seguiu por dias, um atrás do outro eu ia à mesma cafeteria no mesmo horário, esperando ver a mesma ruiva. Ela entrava , sorria para o rapaz do balcão, pedia seu lanche e esperava enquanto lia papeis. Depois de tomar o chocolate quente e comer os biscoitos ela pagava e ia embora.

O inverno passou. E veio a primavera com os seus dias amenos e sem a costumeira neve e que tomava conta de cidade. E foi quando eu descobri onde ela trabalhava. Em uma das noites ela entrou usando um suéter com o símbolo da Biblioteca Britânica. O seu crachá ainda estava afixado na roupa.

–Olá. –Me aproximei da cadeira em que ela sempre se sentava no balcão.

–Oi. –Ela encarou-me surpresa e seus olhos verdes me fitaram com uma incrível curiosidade.

–Sou James. –Estendi minha mãe e ela continuou me encarando enquanto aceitava meu comprimento.

–Eu sou Lily. Desculpe-me desaponta-lo, mas o meu horário já se encerrou. –Ela se adiantou bem humorada.

–Não é a respeito da biblioteca. –Quis me dar um soco naquela hora. Se não era sobre a biblioteca sobre o que diabos seria? Ela e olhou com expectativa, mas eu não sabia o que dizer a seguir. –Tenho observado você há dias, e estive pensando se quem sabe não gostaria de ir sair comigo. Um jantar ou um cinema, ou jantar e cinema.

Eu estava sendo bem ridículo naquele momento. Já havia reparado em suas mãos para ver se havia algum anel que denunciasse um relacionamento, mas não havia nada. Chamar uma garota quem eu nunca havia conversando antes para sair assim de cara era algo bem arriscado. Ela poderia falar que não estava interessada. Ou pior que tinha um namorado lutador de vale tudo que me ensinaria a não chamar namorada alheia para jantar.

Mas ela sorriu e aceitou. Trocamos nossos números e uma semana depois eu estava buscando-a em seu apartamento que não ficava muito longe dali. Lily era divertida, agradável e tinha um senso de humor incrível. Depois de conversamos por meia hora ela já havia me contado sobre os pais, à irmã que morava no subúrbio, algumas memoria das férias que passava na casa da avó materna e os estudos em um colégio interno na Suíça. O mais incrível era que ela ria das minhas piadas e parecia realmente querer saber sobre minha família, como cresci e lembranças boas que eu tinha.

O tempo foi passando. E com isso a banda começou a fazer mais sucesso. Começamos a ficar famosos. As viagens para turnês começaram e com o tempo isso começou a me afastar da ruiva. Alguns encontros cancelados, outros eu me esquecia da data e de repente ficamos meses sem nos vermos. Longos meses. Quando enfim retornei a Londres não foi uma tarefa fácil sair para encontrá-la. Quando não estávamos em shows os ensaios eram constantes e depois tinham os eventos em que participávamos. As fãs eram outra parte dessa corrida contra o tempo. Não podiam ver um sinal da banda que aquilo se espalhava rapidamente.

Liguei em uma tarde. Havia meses que eu não falava com ela. Sua voz me atingiu em cheio. Marcamos um jantar para o sábado. Eu não teria nada na gravadora e a noite toda estaria livre.

Foi uma noite incrível ao lado dela. Ela ria longamente enquanto eu lhe contava as historias da turnê e depois continuava me perguntado sobre as viagens, os lugares e os fãs da banda.

Foi quando me dei conta que Lily Evans era o que eu queria. O sorriso, a voz suave e aquele par de olhos verdes intensos que pareciam saber de tudo. Depois de tanto tempo sem ela, eu não queria que alguém descobrisse que ela era tão incrível assim. Queria pra mim. Queria os sorrisos, a voz e ela toda e completa pra mim. Porque aquela ruiva era minha casa agora.

Quando seus braços me puxaram de volta para a cama bagunçada eu sorri sabendo que tinha toda a felicidade que queria em minhas mãos. Beijei sua testa e ela deitou sobre meu peito. Estávamos onde sempre deveríamos estar, nos braços um do outro. Em casa, o nosso lar.


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