A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 1
O Arco-íris dos Uzumaki


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Hehe eu sei que não devia estar postando uma fic nova, mas desde que eu li na entrevista do Kishimoto que ele talvez fosse fazer um outro filho para Naruto e Hinata com o Byakugan, fiquei cheia de ideias para essa nova criança. E quando vi essa imagem que é a capa da fic, foi a gota d´água! Eu simplesmente, tinha que escrever alguma coisa com ela *-*
E, sim, eu já tinha postado essa mesma fic hoje a tarde mesmo, mas uma leitora me deu a ideia de continua-la e acabei decidindo fazer isso mesmo. Mas como já tinha marcado a história como concluída, tive de excluir a primeira e repostá-la. Espero que gostem e boa leitura ^-^



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Era um dia dos mais quentes em Konoha. O sol brilhava alto no céu, literalmente fritando qualquer um que ousasse ficar fora de uma sombra por muito tempo. O verão havia chegado há poucos dias e feito uma entrada no mínimo triunfal! Aquele calor era de incomodar qualquer um, desde o menor dos insetos até o maior dos homens.

Querem uma afirmação para isso? Muito bem, vejam o estado do Grande Sétimo Hokage.

— Eu não estou aguentando mais-ttebayo!! – Gritou Naruto, se atirando em uma das cadeiras da mesa e desistindo de mexer naquele ar-condicionado que, de acordo com os botões, já estava no máximo mesmo.

Hinata apenas deu um breve riso enquanto fazia a mesa para o café da manhã. Também estava incomodada com o calor, mas não tanto quanto o marido, aparentemente.

— Tenha calma, Naruto-kun. - Disse ela, sentando-se ao lado dele. - Deve ser apenas uma onda de calor passageira.

— Pode até ser, mas é horrível ficar no escritório quando o tempo está assim. – O loiro resmungou – Aquela sala é muito abafada.

De repente, mirou o relógio da cozinha, que indicava quase oito horas. O Uzumaki não conteve um suspiro.

— Mas é pra lá que eu vou ter de ir.

Hinata virou-se para o fogão quando achou que o marido fosse sair, mas foi surpreendida por um par de braços a envolvendo por trás. Naruto a virou e fitou aqueles olhos perolados que tanto amava.

— Mas não sem um beijo de despedida, é claro. – Hinata pareceu completar os pensamentos do loiro, ainda que meio corada. Sem pressa alguma, o casal selou os lábios num beijo terno e calmo.

Mas algo interrompeu aquele momento: um resmungo de bebê, vindo do andar de cima.

— Parece que mais alguém quer se despedir do papai. – Hinata brincou e Naruto deu uma risada.

— Pode deixar que eu vou lá. – Soltando a esposa e subindo as escadas, o loiro andou corredor adentro até parar numa porta semiaberta.

Ele adentrou o quarto com paredes de um vermelho clarinho, com estantes cheias de bichinhos de pelúcia, uma cômoda com uma trocadeira em cima e um tapete felpudo multicor. No centro do dormitório, havia um berço, que era exatamente para onde Naruto se dirigia.

Seus olhos brilhavam, seu sorriso exalava felicidade e ver os pequenos bracinhos mexendo em sua direção o enchia de alegria. Era assim sempre que Naruto olhava para sua mais nova filha.

Mas também, quem não se encantaria por aquele serzinho? Se os poucos cabelos ruivos que já lhe cobriam a cabeça não eram o suficiente para chamar atenção, os grandes e inocentes olhos perolados tratavam de fazê-lo. As bochechas vermelhinhas, com os mesmos dois risquinhos que os irmãos, davam contraste na pele branca e a deixavam ainda mais fofa. E para completar o pacote, aquele rostinho gorducho vinha também com um lindo sorriso.

— Bom dia, meu arco-íris. - O pai babão cumprimentou.

Devolveu a chupeta jogada no berço para a bebê (provavelmente era esse o motivo dos resmungos) antes de pegá-la no colo.

— Vem cá, esse calor todo não está te incomodando, não?

E começou a conversar com a pequena, mesmo sabendo que ela não entenderia nada, balançando-a no ar de vez em quando para fazê-la rir.

Era uma cena bonita e até emotiva... exceto para certa pessoa que observava tudo, silenciosamente, da porta do quarto.

Himawari olhava a cena à sua frente com pesar e por pouco não rangia os dentes pelo ciúme que estava sentindo. Quando ela soube, nove meses atrás, que teria um novo irmãozinho ou irmãzinha, sua felicidade não podia ter sido maior. Ela amava Boruto, mas estava ansiosa para ser a que ensinava; a que protegia; a que dava bronca para depois fazer carinho... resumindo, a irmã mais velha.

Mas durante a gravidez de Hinata, percebeu que a atenção que seus pais lhe dirigiam diminuía a medida que a barriga de sua mãe crescia. Falou de seu desconforto com Boruto e esse lhe disse para não se preocupar, que isso era normal acontecer, então deixou o assunto de lado.

Bem, ela tinha deixado, até duas semanas atrás, quando a nova integrante da família Uzumaki nasceu.

Se antes ela achava que a atenção de seus pais a ela tinha diminuído, agora tinha plena certeza! Naruto quase que sempre a deixava de lado para fazer caretas e gracejos para a nova filha, Boruto também parecia contente com a nova irmã e ela nem tinha mais o colinho de Hinata porque esse estava sempre ocupado com a ruivinha.

Mas ver agora o pai chamando a pequena de “Meu arco-íris” foi a gota d´água para Himawari! Ele nunca mais a chamou de seu girassol, o apelido que ela tanto adorava, pois mostrava que ela e apenas ela era a princesinha dele.

Ficando entre controlar as lágrimas de tristeza e apertar a barra de seu pijaminha devido ao ciúme, Himawari nem percebeu Naruto colocando a pequena ruiva de volta no berço e saindo do quarto. Só notou quando o próprio falou:

— Bom dia, Himawari. – Naruto cumprimentou, sorrindo e fazendo um leve carinho nos cabelos da filha. – Dormiu bem, meu girassol?

A Uzumaki arregalou os olhos e, diferente da alegria que sentia quando o pai a chamava assim, sentiu raiva. Mas não deixou transparecer, de modo que apenas balançou a cabeça, afirmando.

Quando Naruto sumiu pelo corredor, Himawari ainda ficou lá, só esperando perder o pai de vista para entrar de esguio no quarto da irmã. Ficou ao lado do berço e segurou nas barras, para poder ver direitinho o rosto da menor. Quando os olhinhos perolados lhe devolveram a encarada, Himawari começou a falar:

— Você sabe que eu sou a mais velha aqui, não sabe? – Perguntou para a bebê, vendo-a se remexer no berço. – Eu cheguei primeiro, então eles sempre vão gostar mais de mim do que de você, entendeu? – Questionou, tomada pela raiva do ciúme.

Ela mesma sabia que aquilo não era verdade, Naruto e Hinata amavam seus filhos igualmenten e foi por saber disso que a carinha confusa da irmã quase lhe arrancou uma risada. Quase.

Depois desse breve discurso, as duas simplesmente ficaram ali, se encarando. E embora Himawari estivesse totalmente emburrada, a menor parecia feliz por ter a atenção da irmã. Tanto que esticou os bracinhos gorduchos, esperando que a maior a pegasse no colo.

Himawari viu aquele gesto, mas não fez nada; não só porque não queria, mas também porque não conseguia tirar a pequena do berço sozinha. Ela tinha apenas cinco anos afinal, não era idade para saber pegar um bebê.

Mas ao ver que a irmã não iria pegá-la, a mais nova começou a chorar, se debatendo cada ver mais no berço. Himawari estava começando a ficar assustada, a ruivinha ia acabar se machucando se continuasse se debatendo daquele jeito. Ela já estava se desesperando e indo chamar a mãe, quando ouviu passos rápidos na direção do quarto.

— Himawari, o que está acontecendo? – Um alívio encheu a Uzumaki quando Boruto entrou no quarto, preocupado.

— E-eu não sei. – Ela admitiu. – Eu só estava aqui, aí ela começou a pedir colo, mas você sabe que eu não consigo pegá-la, então ela começou a se debater e a chorar e...

— Ok, já entendi. – Boruto interrompeu, pegando a ruivinha no colo. Essa por sua vez sessou o choro ao se ver nos braços do irmão, mas ainda resmungava. – Pronto, Niji, não precisa chorar. – Falou com a voz tranquila, tentando acalmá-la.

Uzumaki Niji, esse era o nome da pequena ruiva de olhos perolados. Nome esse decidido um dia depois que a menina nascera, quando ela abriu os olhos pela primeira vez.

Os três irmãos estavam sozinhos na sala e, enquanto Himawari a observava, perguntando-se se a pequena estava dormindo, a própria pareceu responder, mostrando as duas pérolas que eram seus olhos pela primeira vez. Boruto ficou eufórico, os olhos da pequena Uzumaki pareciam brilhar a ponto de refletir um arco-íris!

Assim que o garoto notou isso, disse para os pais que não teria nome melhor que esse. Então ficou sendo Niji, o pequeno arco-íris particular dos Uzumaki.

— Boruto, Himawari? – Ambos ouviram a voz de Hinata os chamando.

— Aqui, mamãe. – Himawari avisou, e não demorou para Hinata aparecer na porta.

— Ah, vocês estão aí. – Falou a mulher, gentil como sempre. – Vamos descer? - Os dois irmãos assentiram e Boruto entregou Niji à Hinata antes de descer as escadas com Himawari.

A família passou muito bem o dia, juntos e tranquilos em casa, pois nem mesmo Boruto queria sair para treinar ou encontrar seus amigos naquele calor.

Himawari ainda não tinha começado na academia Ninja e Boruto não tinha aula pois era domingo. Parecia que o único com compromissos inadiáveis era Naruto.

Tudo correu muito bem, até o final da tarde:

 — Mãe, o papai não vai gostar disso. – Boruto fazia questão de lembrá-la. Tinha apenas duas semanas que ela dera a luz, deveria descansar e não ficar andando pela vila.

— Eu sei, Boruto, mas eu preciso comprar as coisas para o jantar. – A Uzumaki respondeu calmamente, já abrindo a porta. – Fica de olho na Niji para mim, por favor? – Ela pediu gentilmente.

Bolt apenas olhou para o chão e assentiu. Não conseguia dizer não para sua mãe.

Assim que Hinata saiu, Boruto voltou-se para o cercadinho onde Niji estava, brincando com um mordedor em forma de coelho.

— Bem, agora somos só eu e você, baixinha. – Falou com a menina, vendo-a tirar o brinquedo da boca para sorrir.

— E eu também. – A frase não passou de um sussurro e se a sala não estivesse em completo silêncio, Bolt provavelmente não teria ouvido.

Virou-se e se deparou com Himawari. Pela expressão da menina, ela estava prestes a chorar.

— Himawari, o que foi? – Boruto foi até a irmã, preocupado.

— Eu também estou aqui. – Ela falou um pouco mais alto. – Eu continuo aqui. Por que desde que a Niji chegou ninguém mais liga pra mim? – Dizendo isso, não segurou mais as lágrimas e chorou.

Boruto sorriu, compadecido pela mais nova. Não era nada fácil se adaptar a um novo membro na família, disso ele sabia muito bem. Se não fosse uma conversa que teve com seu pai, seria muito provável que hoje ele e Himawari não se dessem nada bem. Sendo assim, ele fez um leve afago na cabeça da irmã e esperou até que ela se acalmasse e o fitasse por conta própria.

— Não é nada fácil, não é? Perder parte da atenção de quem se ama. – Ele falava calmamente. Himawari assentiu com um aceno de cabeça. – Eu sei como se sente. Antes de você chegar, eu tinha a atenção do papai e da mamãe todinha pra mim.

A Uzumaki arregalou os olhos. É verdade, antes dela nascer, Boruto era filho único. Ela nunca pensou no que o irmão poderia ter passado e agora que sabia como era, ficou muito tentada a se desculpar.

— Eu também não gostei nada de você no começo, sabia? – Boruto continuou, deixando Himawari um pouco espantada com a declaração. – Mas aí o papai me explicou que ele e a mamãe te davam tanta atenção porque você precisava e que eu só me incomodava tanto porque ainda não estava acostumado. Depois disso, eu tentei ajudar mais eles e acabei me aproximando de você também. – Ele fez uma pausa, olhando para a irmã pensativo, mas com um sorriso. – Não posso prometer que depois tudo volta ao normal, porque não é assim, mas você se acostuma a dividir a atenção. E ganha algo muito bom também.

— O que? – Himawari perguntou curiosa quando o irmão se calou.

Boruto andou até o cercadinho e pegou Niji no colo antes de voltar-se para a outra irmã.

— Você pode perder um pouco da atenção de quem você ama, mas ganha outra pessoa para amar e te amar de volta. – E estendeu a bebê para Himawari. Ao ver a irmã, Niji abriu um doce sorriso. – Viu, Hima? Ela te adora.

Himawari ficou sem palavras; esteve vendo as coisas da maneira errada esse tempo todo. Olhando agora para Niji e pensando no que Boruto disse, ela correspondeu o sorriso da irmã.

— Eu também te adoro, Niji. – Falou com a menina, segurando uma das mãozinhas da bebê. – Vamos começar de novo e seremos boas amigas, tá? – Como resposta, Niji apenas mostrou um sorriso banguela.

 


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Notas finais do capítulo

E... isso é tudo pessoal! Quem gostou, comenta. Quem não gostou, comenta também para eu saber onde posso melhorar.

Espero que tenham gostado. Um bom ano novo pra vocês ^-^