I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 18
Capitulo 17 - Far away


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. Calma, ainda não esta na hora de nos debulharmos em lágrimas pois ainda temos o epílogo kkkk Respira fundo e vai.
Esse capitulo não ficou muito grande como os anteriores, foi realmente para concluir tudo o que eles passaram. O fim de verdade é o epilogo que ficou grande (eeee)
Okay, sem mais enrolação. Boa leitura!



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–Tudo bem? –Perguntei da porta para minha mãe que estava deitada na cama, olhando para o nada.

Ela apenas me olhou e o que vi quebrou meu coração mais um pouco, ela estava perdida. Me aproximei e me deitei ao seu lado. Oliver disse que iria encontrar Dig e eles resolveriam o que faltava com Joe.

–Mamãe, algum dia você acha que consegue? –Perguntei.

–Consigo o que? –Perguntou, sua voz saiu fraca e magoada, não comigo, mas com toda a situação.

–Perdoá-lo.

Ela suspirou e pensou por alguns minutos.

–Eu não sei. Sabe, nós realmente nos amávamos, bem, pelo menos eu sim.

–Ele te amava também! –Interrompi.

–Amava? Felicity, por mais que ele tenha dito que fez tudo aquilo para nos proteger, ele ter sido capaz de ficar tanto tempo longe sem conseguir dar um mínimo sinal de vida? Eu fiquei por duas semanas achando que ele havia sido seqüestrado, que estava morto e também que havia nos abandonado e quando eu descobri que a verdade era que ele tinha nos abandonado doeu tanto. Apesar de eu saber a verdade agora, eu...

–Ainda dói. –Completei por ela que assentiu e uma lagrima solitária rolou por seu rosto.

–Eu me vi completamente abandonada com uma criança para criar, ter que explicar que ele não voltaria, que nos abandonou. Ele era seu ídolo. E agora... Tudo em que acreditei por anos esta sendo questionado. Tudo. Não sei como reagir a isso, mas... Não sei se consigo perdoá-lo, pelo menos, não por agora.

Mordi o lábio apreensiva e a olhei novamente.

–Tudo bem se eu o fizer? –Perguntei, algumas lágrimas conseguindo escapar dos meus olhos.

Ela se virou para mim, surpresa.

–Você quer?

–Eu... Eu quero, só não sei se consigo. –Fui sincera. O medo de o fazer estava me enlouquecendo.

–Ah querida. –Acarinhou meu rosto, secando uma lagrima que descia e segurou meu queixo. Olhando fundo em meus olhos. –Você já o perdoou, só tem medo demais para se reaproximar.

–E não é o mesmo medo que você tem? –Perguntei.

Ela então ficou pensativa, respirou fundo e minutos depois voltou a me olhar.

–Sim, acho que sim.

Sorri e me sentei na cama, segurando uma de suas mãos.

–Vamos parar de medo então? –Sugeri. –Dar uma chance a ele?

–Tem certeza? –Se sentou também, o tom triste de seu olhar havia sumido e um pequeno sorriso começava a aparecer.

–Eu tenho, você tem?

E então o sorriso realmente se abriu em seu rosto, largo e brilhante.

–É, acho que tenho sim.

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POV Oliver

–E então? Podemos mesmo confiar? –Perguntei a Joe, sentado ao meu lado.

–Sim! –Garantiu. –Olha, sei que vocês devem estar todo preocupado porque sou filho dele, mas isso não é genético. Até por que... Ele não era assim, na verdade... Ele parece meio perturbado agora. A nossa conversa foi... Estranha, ele está muito diferente e só fala da sua vingança pela tal de Shado.

–É, muita coisa aconteceu com ele. E por mais que estar perturbado não seja culpa dele... Ainda assim ele é perigoso e precisa ser mantido la. Você entende isso? –John explicou com cuidado.

–Sim, eu entendo. Mas tudo bem se eu... Vocês sabem, se eu... Vir visitá-lo algumas vezes.

Hesitei. Isso não era uma boa opção.

–Talvez, mas a prisão é muito longe da Austrália. Pode vir visitá-lo, mas não frequentemente. Espero que entenda que é um cuidado diferenciado que temos com ele.

–É eu sei, e é compreensível depois de todo o estrago que ele causou. Sinto muito por isso.

–Hey, tudo bem agora acabou e você foi de muita ajuda. Obrigada por isso.

Ele sorriu um pouco constrangido e deu de ombros.

–De nada. Vão me mandar para casa hoje? Minha mãe não para de ligar para saber se estou vivo.

–Sim, tem um jatinho te esperando para quando estiver pronto. Laurel vai com você.

Assentiu e foi até a cama, tínhamos hospedado ele em um hotel aquela noite. Pegou sua mala e se virou para nós.

–Estou pronto.

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Pov Felicity

Bem, depois de termos decidido o que fazer havia aquela imensa ansiedade dentro de nós duas e não pudemos espera mais nada. Liguei para Richard e menos de meia hora depois ele estava em minha porta. Minha mãe se desculpou, ele se desculpou, os dois se abraçaram. Não pude evitar as lagrimas que caíram dos meus olhos com a cena, seria bom tudo voltar ao normal. Tudo finalmente se encaixar novamente.

–O que acha de sairmos? –Perguntei. –Starling tem muitos lugares legais.

Os dois se separaram do abraço e meu pai sorriu para mim.

–Tudo bem, aonde vamos?

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O céu já começava a ficar escuro. Depois de ter passado boa parte do dia no zoológico, andado um pouco nos parques, passado rapidamente no aquário e comido muita besteira resolvemos ir ao museu, da onde saímos agora. Provavelmente foi a ultima parada do dia.

Sinceramente estou esperando um meteoro atingir a terra a qualquer momento, ou um de nós três ser sequestrado ou um novo ataque terrorista repentino. Alguma coisa para interromper, pois esse dia parece um dia que pulou fora dos meus sonhos de alguns anos atrás, ter meus dois pais juntos comigo novamente. Apesar do dia bom o crime não parava, então logo eu tinha que ir para a cave trabalhar. Oliver me ligou e depois de eu ter recusado faltar hoje ele me perguntou se queria que ele me buscasse.

–Eu tenho que ir. –Falei aos dois, enquanto caminhávamos sem rumo. –Preciso trabalhar, sabe, o outro trabalho. Aquele que não tem folga. Oliver vem me pegar.

Mal terminei de falar e Oliver chegou com o carro do meu lado, agradeci mentalmente por ele não ter vindo de moto.

–Ah você poderia ficar mais um pouco. –Mamãe tentou me persuadir. Sorri e me aproximei dela, beijando seu rosto.

–Não posso, mas a gente se vê amanhã de novo.

Ela assentiu e Richard pegou minha mão, me fazendo olhá-lo.

–Isso foi bom. –Disse. Algo brilhando em seus olhos, alguma coisa nele estava diferente.

–É, foi. –Concordei, ainda avaliando seu rosto, tentando descobrir o que tinha de errado. Me aproximei dele e o abracei, respirando fundo e guardando aquele momento na memória.

Me afastei e olhei Oliver que tinha saído do carro para cumprimentar minha mãe, e ainda um pouco hesitante meu pai também. Ele segurou o ombro de Oliver antes que se afastasse e eu o encarei, ainda mais confusa.

–Fico feliz que Felicity tenha você para protegê-la, e os outros também. Espero que... Aconteça o que acontecer isso nunca acabe.

–Sempre vou proteger Felicity, sempre. –Oliver afirmou, parecendo tão confuso quanto eu.

E então ele sorriu como se nada tivesse acontecido.

–Até amanhã então. –Minha mãe se despediu.

Olhei para trás quando Oliver saiu com o carro, vendo ao longe a imagem dos dois ainda aparados no mesmo lugar, se afastar cada vez mais. Uma sensação estranha se fazendo na boca do meu estomago.

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–Oliver, preciso pelo menos passar em casa e pegar mais algumas roupas.

É, Oliver conseguiu me convencer a passar mais uma noite em sua casa, acredito que essa provavelmente não vai ser a ultima.

–Tudo bem,mas não vai mudar de idéia? –Perguntou, enquanto descíamos do carro em frente ao prédio.

–Não vou mudar de idéia. –Garanti.

Subimos até meu andar e entrei silenciosamente no apartamento, minha mãe provavelmente estava dormindo. Abri a porta do quarto apenas o suficiente para espiar e realmente ela estava dormindo.

–Felicity. –Ouvi Oliver sussurrar meu nome.

Voltei para sala o encontrando com uma expressão preocupada.

–A janela estava aberta e tinha isso em cima da mesa. –Olhei o papel branco perfeitamente dobrado em sua mão e o peguei. Havia meu nome escrito com letras grandes.

Abri o papel e ascendo o abajur para enxergar melhor.

“Felicity,

Sei que muito provavelmente você e sua mãe me odiarão pelo resto da vida daqui por diante. Foi legal pensar por dia que eu tinha uma vida normal, que tinha a chance de ter novamente uma vida normal, mas como já disse: Se tem uma coisa que aprendi nesse tempo todo foi que amor é uma fraqueza.

Sinto muito por fazê-la pensar que eu poderia ficar, mas a verdade é que não posso. Ninguém sai da H.I.V.E. com vida e eles estão atrás de mim, seria uma questão de tempo até que chegassem a mim e usassem vocês duas mais uma vez. O melhor para vocês é que eu me mantenha longe, sabendo que tem pessoas para protegê-las. Estou feliz e orgulhoso de você, por ter se tornado uma bela mulher inteligente e forte. Por não ter desistido da tecnologia e estar fazendo grandes coisas com seu talento, muito melhor do que eu fiz por tanto tempo. Você ajuda a salvar as pessoas e tudo o que eu fiz foi destruir tudo por onde eu passava. Não quero que isso se repita, mas ao mesmo tempo em que digo isso, bem, não é realmente um adeus, voltarei a vê-las, talvez vocês me vejam, mas não tenho certeza se será possível nos falarmos. Quero que saiba que vou tentar eu vou tentar me livrar da H.I.V.E. Mas isso tomará tempo e mesmo que eu me livre dela ainda teria que acertar as contas com a justiça. Assim, espero que compreenda o porquê de eu estar partindo novamente, mas eu não poderia fazer isso sem me despedir. Sei que não é uma bela despedida, mas é o Maximo que posso fazer, pois eu não sou forte o suficiente para olhar em seus olhos e dizer que iria partir novamente sem previsão de volta. Posso conviver com o ódio de vocês, mas nunca suportaria ser a causa da morte de uma das duas. A única coisa que manterá minhas memórias felizes das duas, será saber que vocês estão bem, com uma vida estabilizada e acima de tudo felizes.

E nunca, jamais duvide do quanto eu amo vocês, pois mesmo de longe eu estarei protegendo e amando as duas. Minha mulher e minha filha.

Com amor, Richard.”

As lagrimas vieram e eu as deixei caírem. Eu não estou com raiva dele, estou com raiva de... De tudo, de como alguma coisa sempre tem que dar errado. Oliver envolveu os braços ao meu redor e eu o abracei forte. Meu pai havia ido embora novamente, tudo por causa da maldita H.I.V.E.

Pode parecer besteira, mas suas palavras sobre não ser um adeus trás algo para dentro de mim, algo bom. Esperança. Me sinto um pouco idiota por me agarrar tão tolamente em suas breves palavras, mas já gastei tantos anos remoendo dentro de mim o porque dele ter partido e novamente nós tínhamos nos reencontrado, eu tive minhas respostas e outra vez ele teve de partir. Não me arrependo de ter me permitido confiar nele e novamente me abrir, pois isso resultou em um dia bom, mesmo que tenha sido apenas um dia nós esquecemos dos problemas e éramos uma família novamente. Mas ainda assim, mesmo entendendo sua atitude, doida.

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Semanas depois

POV Oliver

Acordei e observei Felicity que ainda dormia tranquilamente ao meu lado. Sorri e tomei todo o cuidado para sair da cama sem acordá-la. Tomei um banho rápido e fui até a cozinha, preparando um café da manhã para nós dois, coloquei tudo em uma bandeja e voltei para o quarto encontrando Felicity ainda dormindo.

–Hey, amor. –Sussurrei perto de seu ouvido, afastando uma mecha de seu cabelo do rosto e beijando longamente sua bochecha macia. Ela apenas se mexeu preguiçosamente. Felicity demorava para funcionar de manhã. Respirou fundo e suponho que tenha sentido o cheiro da comida, pois levou a mão á barriga e abriu os olhos.

–Estou com fome. –Murmurou.

–É, imaginei. –Sorri, deixando um selinho em seus lábios.

Ela se sentou na cama e olhou todas as coisas de comer. Sorriu e pegou um pedaço da maçã picada e comeu.

–Não que eu esteja reclamando, mas porque disso?

–Porque eu sou um namorado ótimo e hoje é nosso aniversário de namoro. Dois meses.

–Começou bem. –Disse e se aproximou, deixando um beijo rápido em meus lábios e pegando o copo de suco.

–E vai continuar ótimo, faça as malas, vamos viajar.

–Viajar? –Perguntou em um tom divertido –Não podemos viajar, tem o trabalho e...

Levei o polegar até seus lábios a calando e sorri.

–Já acertei tudo, fala sério Felicity. Precisamos urgentemente de férias.

Ela pareceu pensar um pouco.

–Tudo bem, para onde vamos?

Roubei o pedaço de torrada que ela iria comer de sua mão e comi.

–Pra longe.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Eles vão enfim tirar umas férias, como o fim da 3 temporada (alguem por favor me vende um controle com um botão pra pular para outubro, porque ta dificil de sobreviver aos tiros)
Espero que entendam porque precisei fazer isso com Richard, ele trabalha para a H.I.V.E. Não poderia sair assim tão de boa e poooode ser que ele de as caras no epilogo kkk quem sabe, mas não prometo nada. kkk
Okay, agora teremos o epílogo que não vai demorar para sair, ja que ja tenho ele pronto, apenas preciso fazer alguns ajustes, revisar e tals. Pode ser que saia na segunda - feira. Bjss, comentem!!