Sonhadora Indomável escrita por Lucyanne Gillies


Capítulo 3
Capitulo 3 - Primeiro ocorrido


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Pessoal!!!! QUE SAUDADES DE VOCÊS



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Chirs me olhava confuso, possivelmente com uma dúvida em sua cabeça ''Essa garota é doida de se esconder atrás de um banco?'' Com toda certeza sim, afinal eu poderia ter corrido, mas o banco foi algo que ocorreu naquele instante. Depois dessa provavelmente ele nunca mais me convidaria para ir com ele ver sua mãe. Ela não havia chegado ainda, era notável que a preocupação irradiava nos olhos de Chirs.

Seus pés batiam no chão rapidamente, como um cão ansioso para receber comida. Suas mãos soavam, e ele corria de um lado para o outro, demonstrando o nervosismo. Sinceramente eu odiava ver essas coisas, des do primeiro sonho, isso era algo que me incomodava, causava embrulhos no meu estomago, só de pensar nas coisas que eu fiz, ou, que outras pessoas fizeram.

Eu tinha esperanças de que isso mudasse, que isso cessasse de vez de acontecer. Uma vida normal, não que a minha não seja, mais não dormir noites, por causa disso, certamente é frustrante. Na minha sincera opinião, uma parte é legal, mais a outra, você desejaria não ter esse dom. Ninguém além de mim sabia disso, talvez nem meus pais. Chris se levantou ao ver que um trem se aproximava. Colocou-se de pé, segurando em sua mão seu celular. Permaneci sentada, eram assuntos familiares, não queria me meter nisso.

As portas do trem se abrem. Uma mulher de altura mediana sai de uma das portas. Tinha cabelos loiros e quebrados. Usava um coque frouxo, uma vestimenta simples. Uma calça jeans, camiseta branca com flores e uma bolça no braço. Chris parecia imóvel, sua expressão permanecia neutra. Suas mãos pareciam tremer. A mulher se aproximou dele, ficando a sua frente, dando-lhe um abraço. Chris retribui, um pouco desconfiado.

A loira vira seu rosto em minha direção. Abrindo um sorriso enorme no rosto, soltando o filho, pegando em sua mão, o levando próximo a mim.

– É sua namorada? - exclamou a mulher - Pelo menos tem bom gosto - disse debochada

– Ah....- Chris disse perplexo. Enquanto eu ria por dentro - Não mãe, ela é somente minha vizinha

– Achei que fosse...me perdoe jovem! - A loira estendeu a mão para mim, me cumprimentando

Ponho-me de pé, sorrindo pelo nariz a cumprimentando. Seus olhos eram castanhos claros, tão claros que eram semelhantes a folhas de outono. Chris olha para mim, envergonhado, as maçãs de seus rostos estavam vermelhas, tanto quanto as minhas.

– Não tem problema moça - disse

– Mãe...está é Scarlett - disse ele estendendo o braço - Scarlett, essa é Roselie Rogers, minha mãe!

– É um prazer conhecer você! Senhora Rogers - cumprimentei

– Igualmente querida! - sorriu - Agora, filho me leve para um hotel, ou para o apartamento onde você mora - deu um suspiro leve

– Claro - assentiu Chris - Sky, se importa se nos falarmos depois?

– Porque depois? - disse ela, com um tom de voz alterado - Leva ela conosco, depois leve a moça para jantar! Seja um cavalheiro!

– Mãe....

– Oque? Hora! - bufou - Ela é bonita, e cheirosa, leve -me pra casa e depois leve ela pra sair - revirou os olhos, como se fosse obvil oque desejava

– Mãe, nem a conheço direito - Chris virou seus olhos em minha direção, dando um sorriso torto

– Não perca tempo! - disse - Agora escute sua mãe e seja um bom rapaz, quero ter netinhos antes de morrer

Chris sussurrou algo como ''Ignore oque minha mãe diz, só esta brincando''. Não pude deixar de esbanjar um sorriso no rosto. De fato, achei aquilo engraçado, não tenho tempo para encontros. Roselie me pareceu uma mãe simpática e protetora. Mas não era exatamente isso que Chris havia me contado. Havia dito que ela o tratava com muito amor na frente dos conhecidos dela, mas assim que iam embora, sua forma de trata-lo mudava completamente, como se tivesse duas pessoas em um só corpo, como alguém de duas caras deve ser.

Dentro do carro sentei-me no banco da frente, ao lado de Chris. Atrás a mãe dele tirava uma soneca, já que a ida até em casa demorava um pouco. Em minutos chegamos no apartamento. Roselie já era um pouco velha, aparentemente deveria ter cerca de 60 anos ou mais, suas pernas provavelmente não seriam mais as mesmas. Sai do carro, indo em direção a porta de trás, a abrindo, ajudando a mesma a sair do automóvel. A loira esbanjou um sorriso simpática no rosto, como se planejasse que eu fizesse aquilo.

– Está vendo Chris? - disse - Ela é uma boa garota, você deveria ser a mesma coisa que ela

O olhar de Chris se tornou melancólico, ignorando oque a mãe dissera. Levamos ela até um andar a baixo do nosso, a ajudamos com as malas e nos despedimos. Olhei para o relógio em meu pulso, que marcava 14:00 horas da tarde. Ótimo! Estou atrasada pensei. Vou ser demitida de demorar mais. Olhei para Chris, dando um sorriso, aproximando meu lábio de sua bochecha, dando-lhe um beijo e me virando.

Me despedi e logo deu um passo apressado para as escadas. Mais Chris segurou meu braço esquerdo, fazendo-me saltitar um pouco devido ao impacto. Bufei, estressada por ter compromissos.

– Sky, posso conversar com você? - seu tom de voz era calmo, ao mesmo tempo tenso
– Perdoe-me Chris, mais estou atrasada para o trabalho - disse sem olhar para seu rosto - Mais tarde conversamos

– Está bem - disse baixo - Até mais tarde Sky! - acenou me soltando

– Até... - disse - E poderia me chamar de Scar? Todos me chamam assim

– Qual o problema com Sky? - sorriu

– Nem um...só prefiro que me chame de Scar - Disse sorrindo de volta, correndo em direção as escadas

No caminho a delegacia pensava sobre oque aquela alucinação me dissera. O verdadeiro sentido da coisa, vinha a tona em minha mente, nós se formavam em minha cabeça, como se tanta informação fizesse meu cérebro cozinhar. Tirei uma mão do volante, a gesticulando até meu bolço, apanhando o amuleto que recebera.

Passei meus dedos pelo pingente, tentando o analisar. Assim que cheguei, desci do carro e o desliguei. Ainda com aquilo em minhas mãos. O pus a frente de meus olhos ''Quando por a frente dos olhos de alguém, vera através disso oque fora na sua vida passada'', o flashback deste momento passava em minha mente. Ao olhar não via nada além do meu reflexo, dei um sorriso e nada. Aquilo só podia ser uma bobagem, fantasmas existem e falam sério? Francamente, porque estava crendo nisso.

[...]

Essa fora a lembrança que me ocorreu enquanto estava, Diante daquela mulher no hospital, que me encarava confusa e perdida. Pisquei algumas vezes, percebendo que aquilo era real. A moça arqueou as sobrancelhas, dando um sorriso torto ao ver que havia voltado a si. Vasculhei com minhas mãos em meu bolço, pegando o amuleto e o admirando.

– É com isso que você vai me ajudar? - replicou a mulher - Porque esses médicos daqui não sabem de nada - questionou, olhando para seus corpos

– Creio que sim - disse - Mais isso não justifica você ter assassinado eles dessa forma - dizia enquanto corria meus olhos pelos corpos, com os corpos furados por equipamentos médicos pontiagudos.

– Juro que não quis fazer isso... - havia sinceridade em suas palavras - Confie em mim, não sei oque estava fazendo... eu.. não - Maria olhava abismada para os lados, pondo as mãos na cabeça, cravando suas unhas, causando arranhados em si mesma

– Fica calma - assegurei - Sei que não foi sua intenção, mais isso foi um crime, você terá que ir até a delegacia

– Não!! - debateu - Preciso descobrir oque há comigo, está doendo demais! - reclamou impaciente

– Você vai até a delegacia, depois eu lhe ajudo - respirei fundo - Prometo lhe ajudar

– Vou estar esperando - engoliu um seco

Guardei novamente o amuleto em meu traje, logo em seguida ajudei a mulher a ir até a viatura. Seguimos com ela até a delegacia, após todos os interrogatórios feitos por outros detetives policiais, era a minha vez, e assim como prometido, deveria a ajudar. Entrei na sala. Sua expressão agora estava mais calma, seu rosto estava mais corado, e seus olhos não me assustavam mais. Sentei-me a sua frente, antes olhando para os vidros, verificando se não passará ninguém por ali.

Retirei o amuleto do bolso e pus a cima da mesa. Um olhar de pensar altera meu rosto. A jovem respira fundo, me encarando.

– Sabe que depois disso será presa? - disse severa

– Estou ciente disso

– Ótimo! - disse friamente - Fique calma

Me aproximei da mesma. Pedindo para que permanecesse com os olhos bem abertos. Coloquei o amuleto de frente para seus olhos. Logo, uma mulher apareceu refletindo na esmeralda do amuleto, dando uma visão clara de quem era. Sua aparência não era clara, dava somente para ver sua roupa banhada de sangue, e longos cabelos molhados. A mulher estendeu o braço, suplicando algo baixo, sua mão saiu da pedra, oque me causou arrepios nos pelos do meu corpo, sua mão agarrou minha blusa e me puxou para dentro do amuleto.

De repente pisquei e quando se dei por si estava em um lugar completamente diferente. A minha volta surgiram pessoas caminhando calmamente diante das ruas. Corri os olhos pelo local, buscando saber minha localização. Agora sabia onde estava, me encontrava na Idade Média, uma época que não gostava de relembrar. Corri os olhos a minha volta, aguçando meus sentidos para caso algo acontecer. Procurei a mulher que me tirou da delegacia. Logo escuto gritos agoniantes vindo da minha esquerda. Viro-me vendo a distância a mulher cujo havia visto. Ela estava presa por cordas em um objeto de madeira, alto, assim como aqueles que naquele tempo usavam para sacrificar as bruxas e mata-las enforcadas, depois jogar seus corpos no rios, ou os queimar vivas.

Corri na direção dela ignorando as pessoas a minha volta. Encostei em um senhor, e meu corpo passou por dentro dele, tive a sensação de que agora, eu era o vulto que vagava por ali, ninguém estava me vendo, me ouvindo ou me sentindo. Aproximei-me da multidão, que cercava em volta do objeto que a prendia. Dois homens seguravam as cordas presas a seu pulso, um estava a sua frente com uma escopeta. Olhei para os cidadãos, alguns gritavam '' Matem ela!!! '', outros '' Poupem a vida dela, ela é inocente ''.

A grande maioria a acusava. Fixei meu olhar em seu rosto, tinha uma expressão rude, tinha olhos verdes vibrantes, um cabelo encaracolado e solto, cujo a cor era loiro bem escuro, tinha olhos azuis cintilantes e um corte no lábio.

Coloquei-me próxima a ela. Olhava incrédula, já havia visto várias pessoas serem mortas, muitas vezes eu causei essas mortes. Mas daquela forma, que provavelmente daqui a alguns minutos se tornaria falecida. Era algo que nunca vira.

Bufei impaciente. Olhei para a jovem, o outro rapaz ao lado dela sacou uma arma de sua cartucheira, que ficava presa em sua perna. Pondo-se a frente da garota.

– Quais são suas ultimas palavras bruxa? - replicou o homem

– Vai se lascar! - esbravejou a jovem, puxando as cordas em seus pulsos - Vai pagar por ter feito isso comigo, insolente!

– Ah! Pode ter certeza de que não sentirei nada - gargalhou o homem

O homem apertou o gatilho, lançando uma bala em direção a seu peito. Assim que a atingiu, foi como se eu fosse atingida também. Não tinha dor, só sentia um vácuo. A moça então gritou, dando um breve sorriso antes de morrer, olhando a minha direção. Suplicou algo, como se estivesse me vendo, '' Obrigada por tirar essa dor de mim'' disse a jovem. Enrubesci o cenho, se perguntando se era comigo que ela falava.

Logo aquela cena se desfez e voltei para a realidade. A jovem me olhava confusa. Meu coração batia aceleradamente, pus minhas mãos em cima do meu peito, sentindo o impacto da bala disparada na jovem. Olhei para baixo, sentindo um turbilhão de pensamentos atingir minha cabeça. Gesticulei minhas mãos na minha nuca e respirei fundo.

– Scarlett, você está bem? - disse a jovem

Viro minha cabeça em sua direção. Assim que olho em seu rosto me deparo com o rosto da mulher que estava lá presa, sorrindo para mim, surgindo ali como se fosse real ''O homem que me matou, você precisa descobrir!'' disse '' Mas acho que quando descobrir será tarde demais''. Assustei-me caindo para trás, levando comigo a cadeira em que sentava. A jovem ri, enquanto me levantava com cautela, abismada pelo oque havia visto. Meu coração batia em disparada.

–Estou bem - gaguejei desconfiada

– Que bom! - disse - Já sabe como me ajudar?

– Sim - suspirei - Você acredita em vidas passadas?

– Vidas passadas? - revirou os olhos - Isso existe?

– É complicado de explicar isso pra você - mordi os lábios - Sim, existe

– Interessante - falou com desdém - Mais oque isso tem haver com minha dor?

Passou em minha cabeça lhe contar tudo oque eu vi, mais ela me acharia louca e não escutaria oque tinha a dizer. Calculei em meu cérebro uma forma correta de lhe contar. Respirei profundamente, arrumando minha cadeira e me sentando. Olhei severa para seus olhos.

– Me desculpe, mais preciso ir - Levantei-me sorrindo torto para ela - Você ficara presa aqui, até que eu resolva isso

Dei as costas e me retirei da sala. A jovem ficou parada lá dentro, pude ouvir sua voz reclamando por ter a deixado plantada lá. Corri para fora da delegacia, entrando em meu carro e partindo em direção a meu apartamento. Assim que chego a frente Chris estava sentado nas escadas olhando pro nada. Avistou-me e abriu um sorriso enorme no rosto, andando em minha direção.

Aquele momento não era o certo para termos alguma conversa. Precisa deixar isso claro, oque havia acontecido para aquela moça, mas da forma correta. Chris se aproxima de mim, dando-me um abraço, dou um sorriso leve, virando-me e indo até as escadas.

– Sky, porque a presa? - disse Chris

– Não tenho tempo para conversar Chris - esbravejei - Já disse para não me chamar dessa forma

– Eu acho bonitinho Sky - sorriu - É mais um caso de policia? Quer ajuda?

– Okay, você venceu! Me chame assim se quiser - exclamei - Mais tarde conversamos

Chris deu de ombros ao meu comentário e me seguiu pelas escadas. Detestava isso, aquele era um momento que desejava ficar sozinha, pensar e resolver o problema daquela mulher. Des de quando tinha 17 anos, desejei que não me aproximasse mais de garoto algum, mesmo que sejamos apenas amigos. Minhas decepções em relação a amizade era de tamanha profundidade, não queria que acontecesse novamente o mesmo problema. Chris era um homem legal, porém não queria o meter em meus assuntos.

Chris me segue até a porta de meu apartamento, abro a palma de minhas mãos e abro a maçaneta, adentrando o local, juntamente do mesmo. Caminho lentamente em direção a meu quarto, jogando meu corpo em cima de minha cama. Logo após sentando-me apreensiva e pensativa. Chris havia ficado lá fora, então me levanto e vou até a porta.

– Chris... Esse assunto é sério -mordi os lábios - Depois nos falamos

– Okay! - disse - Mais se precisar de ajuda, é só me chamar

Assenti fechando a porta voltando a meu quarto. Deitou-me em minha cabeça novamente, fechando os olhos por alguns segundos. Uma lembrança ocorre em minha mente, minha mãe dizia que isso aconteceria comigo, e que quando se tornasse real, deveria a chamar.

Viro-me na cama, esticando meus braços até a escrivaninha ao lado. Pegando meu celular, discando o número da minha mãe.

– Alô? Quem fala? - dizia a mulher na outra linha

– Mãe, sou eu a Scarlett! - sorri - Como vai a senhora?

– Vou muito bem, ando com uns projetos para o novo Centro de Apoio para Senhoras e Senhoras de Idade da Cute Old Lovelydisse - E você minha querida como vai?

– Muito legal da sua parte mãe - olhei adiante - Não muito bem...se lembra daquelas coisas que você me contava sobre vidas passadas?

– Lembro-me sim - disse - Agora se interessa por isso?

– Ando tendo sonhos com isso - bufei - Tenho sonhos, fantasmas aparecem para me dar amuletos, não durmo a noite, pessoas tendo surtos por causa disso

– Espera! - disse dando uma pausa - Você disse fantasmas e amuletos?

– Disse sim, porque?

A ligação caiu emitindo um som de ''Pip''. Sento em minha cama, olhando para a janela a minha frente. Fico parada alguns minutos, até minha visão ser tomada por uma lembrança, ''O homem que me matou, você precisa descobrir!'' disse '' Mas acho que quando descobrir será tarde demais''. Esse pensamento não saia de minha cabeça. Essa lembrança martelava em minha mente, minha cabeça parecia explodir. Precisa resolver isso rapidamente, antes que ficasse louca.


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Notas finais do capítulo

Oque acharam? Gostaram? Sei que não ficou tão grande,mais tive que cortar certas partes para poder deixar o suspense,então me desculpem :S

Oque achou da homenagem Caçadora da Noite? Eu achei o apelido que deu muito fofo, e resolvi incluir na história, oque achou? Espero que tenha gostado :3

Então pessoal, eu sei que estou enrolando muito pra resolver esse caso, mais como é o primeiro caso em relação a coisas sobrenaturais da Sky então ta demorando um pouco,mais olha prometo avançar nisso ta bom?

Uma pergunta: Como foi o ano novo de vocês? ( Sim, haveram perguntas todos os capitulos para interação com vocês :3 é importante pra mim saber como estão)

Beijos pessoal,até o próximo