Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 92
Obsessão




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Segunda-feira. 8H45. Manhã chuvosa em Seattle. Sam e Brad iniciavam os trabalhos na cozinha. Gibby entra no recinto:

– Bom dia pessoal! Estou de volta! Gibehhh!

– Até que enfim cara! - disse Sam, cumprimentando-o com um aperto de mão.

– Bom te ver de novo Gibby! - cumprimentou Brad, simpático.

– Espero que não entre em crise de novo e nos deixe na mão – falou Sam.

– Eu me evergonho disso. Não vai acontecer de novo.

– É o que eu espero. Agora mãos a obra – disse Sam atirando um avental para Gibby.

No final da tarde, Brad despediu de Sam e Gibby e saiu. Gibby aproveitou para falar com a sócia:

– Sam, você conhece o novo namorado da Carly?

– Que eu saiba a Carly não tem um novo namorado.

– Então ela não te contou, porque ontem ela se referiu a um namorado durante uma conversa no elevador.

Brad havia esquecido o capacete da moto e voltou ao restaurante, ouvindo a conversa:

– Como assim a Carly tem um namorado?! A gente acabou de se separar e ela já arranja outro?! - enfurecido.

– Vocês estão separados, não importa há quanto tempo. Carly tem o direito de refazer a vida dela e você deveria fazer o mesmo Brad – aconselhou Sam.

– Isso não vai ficar assim! - falou Brad, contrariado, pegando o capacete e caminhando a passos largos em direção a sua moto estacionada em frente ao estabelecimento.

Sam olhou para Gibby:

– Melhor ir atrás dele, temo pela Carly. Você e sua boca grande!

– Como eu ia imaginar que Brad iria voltar? - defendeu-se Gibby.

No Bushwell Plaza. Carly chegava à portaria com Cris, logo após pegar o menino mais cedo no colégio já que ainda estava febril devido à gripe. Deu de cara com Brad, que a agarrou pelo braço, furioso:

– Que história é essa de namorado Carly Shay? Mal nos separamos e você já tem outro? Será que já tinha quando estávamos juntos? Por isso me deu o fora? É uma vadia mesmo!

– Solta a minha mãe! - gritou Cris, tentando puxar Brad, em vão.

– Eu não quero barraco na minha portaria! - falou Lewbert.

Sam e Gibby entraram no local apressados. A loira determinou:

– Solta a Carly agora!

– Ela vai ter que me explicar primeiro que história é essa de namorado – disse Brad, segurando o braço da morena com força.

– Eu não sei do que está falando, eu não tenho um namorado – informou Carly, nervosa.

– É mentira! Ouvi Gibby contando tudo para Sam – rebateu Brad.

– Gibby, eu não acredito que contou para Sam! - disse Carly, indignada.

– Eu já falei pra soltar a minha amiga! - falou Sam, puxando Brad e o empurrando no chão.

– Por que tinha que sair contando por aí algo tão íntimo Gibby? - perguntou Carly, furiosa.

– Eu só perguntei à Sam se você estava namorando, afinal, você saiu correndo do elevador dizendo que precisava comprar o remédio para o Cris. Esse tal de Cris é seu namorado? - indagou Gibby.

– Ah! Você tava falando disso. Pensei em outra coisa – expôs Carly, corando – Cris não é meu namorado, é meu filho.

Carly puxou Cris para si e o apresentou:

– Esse é meu filho do coração Cristopher Shay. Diga oi ao meu amigo Gibby.

– Oi Gibby! Seu nome é engraçado – observou o menino rindo.

– Muito prazer carinha – cumprimentou Gibby, bagunçando os cabelos do garoto.

– Então foi tudo um mal entendido? - perguntou Brad, levantando-se do chão.

– Foi um mal entendido e mesmo que não fosse, você não tem nada com isso. Fica longe de mim Brad! Se voltar a me perseguir ou a me machucar eu juro que chamo a polícia e peço uma medida protetiva contra você – ameaçou Carly.

– Me perdoa amorzinho. Eu não quis te machucar. Eu só fiquei nervoso. Eu não suportaria ver outro homem com você, eu te amo – falou Brad.

– Mas eu não te amo mais! Dá o fora Brad! Se não eu chamo a polícia agora mesmo. Meu braço tá roxo e tenho testemunhas de que me agrediu.

– Está bem. Quando você estiver mais calma, voltamos a conversar.

– Eu não quero conversar nunca mais com você.

– Ainda vai mudar de ideia – garantiu Brad saindo do prédio.

Gibby aproximou-se de Carly:

– Será que podemos conversar Carlynha?

– Agora não dá Gibby, eu tô muito ocupada. O Cris tá gripadinho e eu tenho que colocá-lo na cama e dar o remédio, tenho medo que vire uma pneumonia – desculpou-se Carly, pegando a mão do filho.

– Carly, nós precisamos conversar sobre o que rolou ontem.

– O que rolou ontem? - perguntou Sam com malícia, fazendo Carly corar.

– Nada demais. Quer conversar Gibby? Beleza. Você tem alguns minutos, vamos ao meu apartamento. Sam, você não tem que buscar seus filhos no colégio?

– Ainda faltam uns minutos, mas não vou embassar a conversa de vocês, vou pro meu ap, podem ficar sossegados.

No apartamento 8C, Carly colocou Cris na cama e foi para a sala conversar com Gibby.

– Carly, o que aconteceu ontem foi incrível! Eu não vou mentir: sou apaixonado por você desde a adolescência. Sempre pensei que você nunca me daria uma chance, mas acho que esse beijo muda tudo. Por favor, diga que sente o mesmo por mim e que aceita ser a minha namorada – falou Gibby tomando as mãos dela – Eu serei o cara mais feliz desse mundo!

Carly puxou a mão:

– Desculpa Gibby, mas eu não posso.

– Por que não? Eu já sei, nem precisa responder. Não sou bonito como todos os seus ex. Você nunca namoraria um gordinho como eu.

– Não é nada disso. Gibby, você é fofo, divertido, companheiro, carinhoso e tenho que admitir que beija bem e agora eu entendo porque conquistou garotas bonitas como Tasha e Melanie. Na verdade, qualquer mulher seria feliz ao seu lado...

– Isso não é verdade, elas me abandonaram. E você vai fazer o mesmo agora né?

– Eu não estou te abandonando. Acontece que eu não quero me relacionar com ninguém agora. Eu não tô preparada. Preciso de um tempo para me reorganizar sentimentalmente. Eu passei por muitos choques emocionais nos últimos anos. Eu quero um tempo só pra mim e pro meu filho, porque a minha separação ainda tá muito recente, sem contar que tem o Brad descontrolado atrás de mim. Você entende?

– Eu entendo Carly. Você tá querendo me dar um fora sem me magoar. É aquela velha história do problema é comigo e não com você.

– Você entendeu tudo errado.

– Sem estresse Carly. Eu vou continuar te amando sem poder te tocar, como sempre fiz. Espero que você encontre o cara bonitão dos seus sonhos – concluiu Gibby com lágrimas nos olhos, levantando-se do sofá e saindo do apartamento.

Sam estava a caminho do colégio quando foi abordada na rua por Brad:

– A gente precisa conversar. Carly não quer mais falar comigo, só você pode convencê-la do contrário.

– E por que eu faria isso?

– Porque você acabou com a minha vida armando pra Carly descobrir que eu intimidei o Cris para ir morar com o Spencer.

– Eu não acabei com a sua vida, eu te desmascarei.

– Está bem, como quiser. Mas, agora eu tô te implorando, me ajuda com a Carly.

– Sem chance. Eu acho que a decisão mais acertada que Carly tomou na vida dela foi dar um pé na sua bunda.

– Poxa Sam. Eu tô passando por um momento tão difícil, tô sofrendo tanto. Eu sempre pensei que você fosse durona,mas tivesse um bom coração. Não foi a toa que me apaixonei por você na época em que eu era estagiário do Icarly e depois sumi por não suportar te ver com o Freddie.

– Isso não faz o menor sentido. Não vem de conversa mole pra cima de mim. Começou a pedir pra eu te ajudar com a Carly e acabou dizendo que era apaixonado por mim. Brad, eu tenho um hospital psiquiátrico muito bom pra te indicar.

– Sei disso, você já esteve lá – ironizou Brad.

– Eu me internei porque eu quis, já você, pelo visto, vai amarrado numa camisa de força. Vai estalquear os perfis da Carly nas redes sociais como já te vi fazendo várias vezes no restaurante e me deixa em paz, tenho que buscar meus filhos no colégio – disse Sam, dando as costas para Brad e indo para o colégio.

Mais tarde, Freddie chegou em casa depois de mais um dia de trabalho. Sam estava deitada no sofá. Ele foi até ela e a beijou nos lábios.

– Papai!!! - chamaram Eddie e Nick pulando no colo dele.

–E aí garotões? - perguntou ele, beijando a face dos pequenos – E como vão as princesinhas? - perguntou olhando para Isabelle e Mabel que jogavam video-game.

– Agora não papai! Vou ganhar da Bel de novo! - falou Isabelle, empolgada.

– É claro, eu só tô podendo mexer um braço – observou Mabel, mostrando o gesso do seu braço direito.

– Assim não é justo Belinha – disse Freddie.

– Amor, esquenta a comida – pediu Sam.

– Está bem – concordou Freddie, colocando os filhos no chão e indo em direção à cozinha.

Sam foi atrás:

– Você não sabe o barraco que deu hoje aqui na portaria do Brad com a Carly.

– Brad veio atrás da Carly?

– Sim...

Sam começou a contar toda a história para Freddie.

– Nossa! Ele tá desquilibrado. Carly tem que se cuidar – falou Freddie, preocupado.

– Ele é completamente maluco! Acredita que foi atrás de mim me pedir ajuda com a Carly e depois me disse que sumiu na época que era estagiário do Icarly porque não suportava me ver com você, já que estava apaixonado por mim?

Freddie fechou a expressão e não disse nada, abrindo uma das marmitas para esquentar a comida no micro-ondas.

– O que foi bebê? - perguntou Sam.

– É que eu desconfiei disso na época que aconteceu. Brad sumiu exatamente no período em que começamos a namorar, sem qualquer explicação. Eu, Carly, Spencer e Gibby pensávamos que você estava apaixonada pelo Brad por causa do jeito estranho que se comportava, então o próprio Brad deve ter pensando isso e depois pode ter ficado decepcionado quando viu que era de mim que você gostava e não dele.

– Eu acho pouco provável, ele nunca demonstrou nenhum interesse por mim, nem quando ficamos sozinhos na sala escura depois da sua história do sapo de duas cabeças. Pra mim, ele tá inventando história. E também, que diferença faz se ele era apaixonado por mim em 1920?

– Nossa amor! Eu não sabia que era tão velha! - falou Freddie, rindo.

– Você entendeu o que eu quis dizer Freddienerd.

– Entendi sim. Pro bem dele só espero que ele não vá inventar de estar apaixonado por você agora.

– Uh! E o que o nerd vai fazer? - perguntou Sam com ironia.

– Ninguém mexe com a minha loira – disse Freddie, puxando Sam pela cintura e a beijando.

Os dois interromperam o beijo ao ouvir a campainha. Quando chegaram na sala depararam-se com Carly, segurando Cris pela mão, na sala, com os olhos arregalados:

– Podemos dormir aqui essa noite?

– É claro que sim Carls, mas o que aconteceu? - perguntou Sam.

– O Lewbert interfonou dizendo que Brad queria subir. Eu disse pra não deixar, mas ele subiu mesmo assim. Ficou esmurrando a porta, gritando para que eu a abrisse, assustando a mim e ao Cris. Então peguei meu filho, sai pela porta dos fundos e vim pra cá – explicou Carly.

– Fica calma Carly, senta, respira, eu vou pegar um copo de água com açúcar pra você – disse Freddie.

Carly sentou-se e Sam perguntou:

– Quer que eu vá lá quebrar a cara dele?

– Não Sam! Não vai adiantar, o Brad tá obsessivo. Ele quer que a gente reate o casamento a todo custo.

Freddie entregou o copo de água com açúcar para Carly, dizendo:

– Carly, você tem que ir à Delegacia registrar um Boletim de Ocorrência, se quiser eu vou com você.

– Está bem. Mas, podemos fazer isso amanhã? Eu tô com medo de sair e dar de cara com o Brad.

– Tá bom, mas vamos amanhã cedo, antes de irmos pro trabalho – informou Freddie.

Carly assentiu com a cabeça, enquanto tomava a água com açúcar. Ela olhou para Cris que tinha os olhos arregalados e disse:

– Vá brincar com as meninas querido.

Mabel entregou o controle do video-game pra ele:

– É impossível ganhar da Belinha com um braço quebrado, pode jogar no meu lugar.

Cris sentou-se ao lado de Isabelle e observou:

– Você tá perfumada.

– É claro, eu acabei de tomar banho, ao contrário de você que parece que não toma banho nunca – provocou a loirinha.

– Isso não é verdade! Minha mãe me dá banho todo dia, pode perguntar pra ela.

Isabelle começou a rir e Cris perguntou:

– Qual é a graça?

– Desse tamanho e ainda não sabe tomar banho sozinho.

Cris corou e disse:

– Vamos jogar de uma vez.

– Vamos ver se jogar o bebêzão aí sabe – provocou Isabelle.

Mais tarde, todos tinham se recolhido, mas Sam não conseguia dormir, pensava num modo de livrar Carly da obsessão de Brad.


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