Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Eddie e Nick completam 2 anos!
– Acorda dorminhoca! - chamou Carly, jogando um travesseiro na cara de Sam – Já passa do meio dia.
– Ah Carlynha, me deixa dormir mais um pouquinho – murmurou Sam, puxando a coberta sobre a cabeça. Hoje é sábado.
– Exatamente, hoje é sábado e é o aniversário dos seus filhos Nicolas e Edward.
Sam sentou-se na cama:
– É mesmo! Essa coisa de ter três filhos fazendo aniversário em datas próximas dá uma mão de obra.
– Mas você não disse que deixou o Freddie cuidar da festa dos garotos esse ano.
– Sim, e é exatamente isso que me preocupa. Sabemos que as ideias dele nunca são as melhores. Vou levantar logo e descobrir o que o nerd tá aprontando.
– Spencer passou aqui mais cedo, disse que ia ajudar o Freddie com a decoração.
– Agora mesmo que eu estou preocupada.
Sam se levantou e foi ao banheiro de Carly fazer sua higiene matinal, trocando de roupa e indo para o seu apartamento, onde encontrou os gêmeos vidrados na televisão, tentando imitar a coreografia do dinossauro Barney e cantarolando ao mesmo tempo.
– Parabéns para os bebês de mamãe! - disse Sam, aproximando-se dos garotos e os pegando no colo, enchendo-os de beijos.
– Paia mamã – pediu Nick, tentando voltar para o chão para continuar assistindo seu programa infantil.
A loira colocou o pequeno no chão e continuou com Eddie no colo:
– Você não se importa que a mamãe aperte e encha de beijos né Eddie?
– Não mamãe – respondeu Eddie, abrindo um sorriso e enchendo a mãe de beijos babados.
– Você é um amorzinho Eddie, certamente não puxou a mim.
– Mamãe é linda! - elogiou Eddie, fazendo carinho nos cabelos da mãe com as pequenas mãos que tinham o mesmo formato das dela.
– Como não ser feliz ouvindo isso? É o elogio mais lindo que já me fizeram. Lindo é você, amor da minha vida! Meu princípe! - beijando a bochecha do pequeno.
Isabelle entrou na sala, trajando um pijama de corações, pantufas de ursinho e com os cabelos loiros lisos bagunçados:
– Bom dia mamãe – sem muita animação.
– Bom dia Belinha. Hoje você conseguiu me superar! Parabéns, dormiu até depois do meio-dia.
– Eu sei que tá tirando com a minha cara mamãe.
– Que hora foi dormir ontem garota?
– Tarde, fiquei brincando com os meus presentes.
– Já disse que criança tem que ter hora para dormir e para acordar. Mas, vou te dar um desconto porque é final de semana e ontem foi seu aniversário. Cadê seu pai?
– Não sei, acabei de acordar.
Freddie apareceu na sala, apenas com uma toalha em volta da cintura:
– Que bom que voltou Sam. Fui correndo tomar banho, preocupado em deixar os meninos sozinhos na sala.
– Por que não esperou eu voltar para tomar banho?
– Tenho que me apressar, já começaram a decoração do salão para a festa dos meninos e eu quero acompanhar. Spencer está lá cuidando de tudo, por enquanto.
– E qual o tema da festa amor?
– Surpresa amor.
– Eu tô ficando com medo. Na verdade, sempre tenho medo das suas ideias.
– Não seja exagerada.
– Vai logo se vestir, porque essa sua visão, meu amor, tá me dando ideias.
– Sam, olha as crianças – alertou Freddie, sem graça, indo para o quarto.
– Que ideias eram essas mamãe? - perguntou Isabelle.
– Não te interessa. As ideias são minhas e eu compartilho se eu quiser.
– Eu tô com fome.
– Eu também, vou preparar o almoço.
No final da tarde, Sam arrumou os meninos para a festa, parecendo mini homens.
Isabelle observava:
– Oh, eles estão muito fofos! - elogiou a menina.
– Eles são muito fofos! Todos os meus filhos são lindos, porque a mamãe aqui não é fraca – disse ela, sorrindo para a filha.
Os garotos correram do quarto para a sala e Sam pediu à filha:
– Fica de olho neles para não se sujarem e não se machucarem, enquanto a mamãe se arruma, já que seu pai parece que não vai sair daquele salão de festas hoje.
– Tudo eu – reclamou Isabelle, correndo atrás dos irmãos.
Pouco tempo depois, Sam segurava a mão de Nick e Isabelle a de Eddie, entrando no salão. Sentiram dor nos olhos ao ver a decoração de Guerra nas Galáxias com muitas luzes coloridas num ambiente escuro. A loira correu até o interruptor e ascendeu a luz, questionando ao marido:
– O que significa isso Fredward Benson?
– É a festa de aniversário de dois anos dos nossos filhos. A decoração não tá incrível? Não achou ótima a minha ideia? - respondeu ele, animado, segurando uma “espada de prótons”.
– A luta ainda não terminou Fredward! - disse Spencer, aproximando-se, também, com uma “espada de prótons”.
– Vocês têm ideia de que essa festa de aniversário estará cheia de crianças que ainda nem saíram das fraldas e no quanto a luz apagada e essas espadas pontiguadas espalhadas podem ser perigosas? Sem contar que aquele monstro verde e baixinho no canto vai assustar os pequenos em vez de entreter. O que pretendem? Ver um bando de bebês chorando desesperados? - perguntou Sam, indignada.
– As crianças vão se amarrar Sam! Quem não gosta de Guerra nas Galáxias? - indagou Freddie.
– Eu sabia que te deixar organizar a festa dos meninos não era uma boa ideia. Você fez a festa de aniversário que sempre sonhou pra você e não para os seus filhos. Nessa idade, eles gostam do Barney, aquele dinossauro idiota, ou da Peppa Pig, aquela porca da cara torta – explicou Sam.
– Os garotos gostaram, olha para a carinha deles – defendeu-se Freddie.
– Eles estão é em estado de choque com essa poluição visual. Eu não acredito que arrumou uma nave gigantesca para colocar no meio desse salão pequeno – reclamou Sam, vendo o objeto no meio do recinto.
– Vocês querem ver o papai vencer o tio Spencer? - perguntou Freddie aos gêmeos, ignorando o falatório da esposa.
Os garotos balançaram a cabeça em sinal de afirmativo e ele continuou:
– O papai é muito bom com a espada e quando vocês crescerem também serão.
Freddie foi para a pista de duelo, feita por ele e por Spencer, e começaram a disputar na espada. Sam sentou-se numa das mesas e cruzou os braços, contrariada, comentando com a filha:
– Agora seu pai voltou à infância, eu mereço.
– Eu vou brincar com o papai e o dindo – disse Isabelle, ignorando o comentário da mãe.
A menina pegou uma espada e entrou na disputa com o pai e o padrinho, em pouco tempo ela desarmou os dois e comemorou a vitória.
– Caramba Belinha! Você tem o talento dos Bensons com a espada. Sem qualquer treino tá melhor que eu – elogiou Freddie.
– Eu sou o máximo papai – disse a menina, satisfeita.
A festa transcorria tranquilamente, sem qualquer incidente, para alívio de Sam.
Richard e Isabelle brincavam com a espada e a menina o venceu diversas vezes, na última o derrubou no chão:
– Ráá! Rick é um fracote! - zombou ela, empunhando a espada na barriga do menino.
– Eu deixei você ganhar – desculpou-se Richard.
– Isso não é verdade. Eu sou mais forte e mais rápida que você.
– É nada, meninos são mais fortes e mais rápidos que meninas.
Isabelle deu um empurrão em Richard, jogando-o no chão mais uma vez, dizendo, vitoriosa:
– Viu só?
– Você me pegou de surpresa, só não vou revidar porque você é menina e meu pai disse que não pode bater em menina.
– Pronto? Eu vou atacar de novo.
– Dessa vez não me derrub...
Antes de completar a frase, Isabelle já tinha dado uma rasteira e jogado Richard no chão.
– Ai – disse o menino, segurando o braço, por ter caído sobre ele.
– Eu te machuquei? - perguntou Isabelle, preocupada, tentando ajudá-lo a se levantar.
– Sai daqui, você não é uma menina de verdade, parece mais um menino – disse Richard, irritado.
Mabel se aproximou:
– Você caiu Rick?
– Pergunte pro cara aí o que aconteceu – falou Richard, fuzilando Isabelle com o olhar – Me ajude aqui.
Mabel deu a mão ao garoto, que conseguiu se levantar, elogiando a loirinha:
– Você sim é uma garota delicada Mabel.
As palavras de Rick magoaram Isabelle profundamente. A menina saiu do salão de festas, porque não queria que ele a visse chorar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!