Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 3
Sam foi abduzida???




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Sam e Freddie entraram no quarto de hotel aos beijos. Ele pegou Sam no colo e a levou para a cama, onde a sessão de beijos recomeçou. Em pouco tempo, as roupas do casal estavam atiradas em todos os cantos do quarto. Entregaram-se a paixão naquela noite, vindo a adormecer mais tarde, nus, no calor do corpo um do outro.

Enquanto isso, Cat ligava desesperada para o celular de Sam, sem obter resposta. Resolveu ligar para Robbie, que prontamente correu para casa de Cat.

– Você se esqueceu de tirar o pijama - reparou Cat ao abrir a porta para Robbie.

– Eu nem reparei, sai de casa correndo quando você me ligou aflita, minha ruivinha - disse Robbie, tentando beijar a boca de Cat.

– Agora não é hora para isso - o repreendeu Cat desviando - A Sam foi abduzida!

– Como assim???

– Nós saímos da praia e fomos pra casa da Tori jogar baralho, certo?

– Certo, mas o que isso tem a ver com a Sam?

– Como você é lerdo Robbie, calma que vou chegar lá. Continuando... Quando cheguei em casa a Sam não estava, então peguei meu celular pra ligar pra ela e vi uma mensagem que dizia... O que dizia mesmo a mensagem?

– Pega no seu celular para ver.

– Boa ideia - disse Cat, pegando o celular e lendo - “Fui jantar com uma pessoa, não se preocupe”.

– Vai ver ela ainda tá jantando com essa pessoa.

– Quem é que fica jantando até às 2h da madrugada?

– Sei lá. Alguém com uma fome infinita como a Sam?

– Tenho outro palpite. Os alienígenas abduziram a Sam, pegaram o celular e me mandaram essa mensagem, pensando que eu sou burra, quando todo mundo sabe que isso não é verdade.

– Claro que não - falou Robbie com uma ironia que passou despercebida a Cat - Mas, apesar dessa sua ideia de Alienígenas sem muito coerente - tossindo - Penso que é mais fácil a Sam ter sido sequestrada por essa pessoa com quem foi jantar.

– Você acha?! Pobre Sam! Ou foi abduzida ou foi sequestrada! O que faremos? - perguntou Cat desesperada, sentindo-se fraca e vindo a desmaiar nos braços de Robbie, como sempre acontece quando fica nervosa.

Quando Cat voltou a si, Robbie propôs que chamassem a polícia e assim fizeram.

Mais tarde, no quarto do hotel, Sam acordou nos braços de Freddie. Sentiu-se protegida e amada, lembrando-se da bela noite de amor que tiveram. Desvencilhou-se com cuidado de Freddie e sentou-se na cama, observando seu amor dormir, tão lindo e tão sereno. Nesse momento, involuntariamente, um pensamento a assaltou. Lembrou-se da conversa que tivera com Carly meses antes, pelo Skype, pouco depois de ela ir embora para a Itália.

Na conversa, Carly afirmou estar se sentindo culpada por uma coisa e que precisava contar a Sam e obter o seu perdão. Sam prometeu que não iria se irritar e que perdoaria Carly, então a morena contou que havia beijado Freddie no dia de sua partida a Itália, num impulso, como uma despedida por tudo o que viveram, mas que logo depois se arrependeu do gesto impensado que iria machucar sua melhor amiga. Sam disse que a perdoava de coração, perguntando apenas se Freddie havia correspondido. Carly respondeu positivamente, depois tentando explicar que o pegou de surpresa, mas Sam já tinha ouvido o bastante.

No dia seguinte à conversa com Carly, Sam arrumou as suas coisas, sem prévio aviso, deixando apenas um bilhete a sua mãe, pegou a moto e meteu o pé na estrada. Afinal, sentindo não possuir inteiramente o amor de Freddie, mais nada a prendia a Seattle depois da partida de Carly.

Agora ele estava ali, com ela, mais uma vez, dizendo que a amava como já fizera outras vezes, como no tempo em que namoraram, tendo voltado a correr atrás de Carly logo depois.

Sam não queria se entregar a ele de corpo e alma, mais uma vez, e se machucar, mais uma vez. Não o queria pela metade. Não o queria enquanto ele não se decidisse, definitivamente, entre ela ou Carly. Era verdade que Freddie foi a Los Angeles duas vezes atrás dela, enquanto não foi à Itália uma única vez para ver Carly, mas isso poderia ter uma explicação razoável, qual seja, que Los Angeles fica no mesmo País da residência de Freddie ao passo que a Itália fica do outro lado do oceano, exigindo mais tempo e dinheiro. Assim, numa carência, o moreno que passou toda a sua vida dividido entre as duas garotas poderia escolher ir visitar aquela que estivesse mais perto.

Ao terminar suas divagações, Sam levantou-se, catou suas roupas espalhadas no chão e foi pro banheiro tomar banho e se arrumar.

Freddie acordou no exato momento em que Sam fechou a porta do banheiro, saindo vestida e com os cabelos molhados.

– Já está pronta meu amor? Que pena! Pensei que hoje você quisesse passar a manhã na cama comigo - falou Freddie com ar de safado - Mas, deve estar morrendo de fome e louca para provar o café da manhã do hotel, acertei?

– Não, dessa vez você errou nerd - respondeu Sam com uma frieza no olhar que assustou o rapaz.

– O que quer dizer? - perguntou ele, sentando-se na cama, tenso.

– Freddie, essa noite foi um erro.

– Como assim? Um erro? Nem é a primeira vez que fazemos isso!

– Eu sei. Eu digo que foi um erro, porque não podemos retomar o romance que tivemos no passado.

– E por que não? Você me ama, eu te amo.

– Será?

– Está duvidando do meu amor? Ou do seu amor?

– O que eu sinto só pertence a mim, embora eu sempre seja muito verdadeira em tudo. Isso deve responder a sua pergunta. Quanto ao que você sente, só você deve saber, ou nem você, quem sabe?

– Eu sei muito bem o que sinto. Quantas vezes preciso repetir que te amo?

– Palavras não valem nada quando logo após vêm gestos que as contradizem.

– Aonde você quer chegar com essa conversa maluca? Quer me dar um pé na bunda depois de me usar? Fala logo!

– Maluca! Realmente é o que eu sou: maluca! Melhor eu ir agora, antes que eu tenha que me internar novamente num hospital psiquiátrico.

Freddie levantou-se apressado, apenas de cueca, e impediu que Sam chegasse até a porta, colocando-se na frente:

– Você está distorcendo o que eu disse só pra fugir de mim!

– Por que eu fugiria de você? Nunca tive medo de um nerd bobalhão.

– Será? - perguntou Freddie fitando os olhos de Sam e aproximando-se dos lábios dela, beijando-os delicadamente, depois passando a distribuir beijos no pescoço dela, interrompendo o gesto ao sentir a joelhada de Sam em suas partes baixas.

Freddie soltou um gemido de dor e gritou:

– Você é maluca sim!

– Sou mesmo, então tome cuidado ao se aproximar de mim novamente enquanto não estiver certo dos seus sentimentos.

Sam saiu batendo a porta, deixando um Freddie desolado para trás.

Assim que chegou a sua rua, contendo o choro o quanto podia, deparou-se com o lugar cheio de viaturas policiais e começou a pensar se os seguranças da boate poderiam ter descoberto o seu endereço e mandando prendê-la, mas, depois, entendeu que as últimas emoções haviam mexido com a sua razão e que isso não fazia o menor sentido. Então, adentrou a rua, ainda meio desconfiada, tentando entender o que ocorrera.

Dice aproximou-se de Sam:

– Sam!!! Graças a Deus está bem! - abraçando-a - A polícia já estava atrás de você.

– De mim! Eu não fiz nada! Quer dizer, eles não têm provas nenhuma, não podem me prender - disse ela, olhando em volta para buscar rota de fuga.

– Não querem te prender. Querem prender o seu sequestrador - explicou Dice.

– Que sequestrador?

Antes que Dice pudesse explicar, Cat apareceu chorando, prendendo Sam num abraço de urso, que quase a fez perder a respiração. Enquanto tentava se desvencilhar de Cat, Sam perguntou:

– Alguém morreu ou você perdeu o juízo de vez?

– Você morreu, quero dizer, quase morreu - respondeu Cat.

– Eu? Posso saber como? Não me recordo de ter quase morrido.

– Sim, eu te conto. Você foi abduzida por alienígenas, depois foi sequestrada pela pessoa que te convidou pra jantar, daí quase te mataram e eu chamei a polícia pra te salvar - falou Cat, de forma confusa.

– Bela história, mas não é real.

Nesse momento, o chefe de polícia se aproximou:

– A senhorita é Samantha Puckel?

Sam ia corrigir o policial, mas, lembrando-se da sua extensa ficha, resolveu confirmar.

Cat disse contente:

– Viu como sei seu nome? Falei direitinho pra polícia.

– Falou mesmo. Grande Cat - elogiou Sam.

– A senhorita por acaso foi sequestrada? - perguntou o agente.

– Não senhor. Tudo não passou de uma confusão da minha amiga - explicou Sam.

– E onde esteve? - quis saber o policial.

– Sai pra jantar com uma amiga e depois dormi na casa dela - disfarçou Sam.

– Da próxima vez avise essa sua amiga ruiva mocinha - olhando para Cat com ar de reprovação - A polícia tem mais o que fazer - advertiu o homem, irritado, fuzilando Sam com o olhar.

A polícia logo se dispersou e Sam entrou em casa, onde Robbie dormia no sofá. Ela o ignorou e apressou-se para chegar ao quarto. Cat foi atrás, abrindo a porta.

– Espera Sam! Que amiga é essa? Pensei que eu fosse sua única amiga em Los Angeles - quis saber Cat.

– Você sabe muito bem que Jade também é minha amiga.

– Mas Jade estava comigo o tempo todo, foi à praia, depois na casa da Trina e então foi com o Back para a casa dele e ela não poderia estar com você em outro lugar. Ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, não é mesmo? Ou pode? - perguntou a ruiva confusa.

– Enquanto você vai pensar sobre isso lá na sala com o Robbie, eu fico aqui quieta no meu canto, tirando um cochilo - disse Sam, expulsando Cat do quarto.

– Mas você não estava dormindo até agora na casa dessa sua amiga que eu ainda não entendi se poderia ser a Jade?

– Saiaaa!!! - gritou Sam, raivosa, fazendo Cat sair correndo.

Sam trancou a porta do quarto, jogou-se na cama e deixou as lágrimas até então contidas rolarem de uma vez. Não conseguia tirar a imagem de Freddie da sua cabeça. Perguntava-se se a noite de amor seria a última lembrança que teria dele.


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