Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 27
A pequena heroína




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578641/chapter/27

– O gordo tá blefando – disfarçou Nevel.
– Vai arriscar? – perguntou Gibby.
– Rapazes, levem o gordo – determinou Nevel.
– Não! – gritou Carly, abraçando-se ao amigo – O que vai fazer com ele Nevel?
– Ele vai pagar pela língua comprida.
Os capangas entraram na cela e arrastaram Gibby pra fora.
Carly começou a chorar:
– O Gibby vai sofrer por minha causa.
– Não fica assim maninha. O Gibby é gordo, tem proteção contra choque mecânico, caso batam nele – falou Spencer.
– Boa Spencer – disse Sam, rindo.
– Vocês dois são muito cruéis com o Gibby – ralhou Carly.
Naquela noite, Sam, Carly e Spencer demoraram a dormir, aflitos. Isabelle, na sua inocência, foi a única a entrar tranquilamente no mundo dos sonhos. Já amanhecia quando os adultos pegaram no sono e a pequena despertou.
Horas mais tarde, Sam acordou procurando sua filha no colchão:
– Belinha! Belinha! – chamava ela desesperada, acordando Carly e Spencer.
– O que aconteceu Sam? – perguntou Spencer.
– Minha filha! Cadê minha filha? Levaram minha filha! – falou Sam, nervosa.
– Fica calma Sam – pediu Carly.
– Que mãe ficaria calma? O que vão fazer com a minha bebê? – perguntou Sam, em prantos.
– Olha só, não levaram a Belinha. Ela fugiu – constatou Carly, ao ver uma parte da grade um pouco mais aberta com espaço suficiente para uma criança pequena passar.
– E agora? Será que ela está perdida? Será que pegaram ela no caminho? – indagou Sam, aflita.
Enquanto isso, Isabelle caminhava tranquilamente no jardim da casa. Um capanga a viu:
– Oi neném bonitinha! Como foi que saiu lá de dentro? O tio vai ter que te levar de volta.
Quando o homem abaixou-se para pegar Isabelle a menina acertou a pedra que trazia na mão no olho dele.
O homem levou a mão ao olho, gritando de dor e Isabelle aproveitou o portão aberto para correr pra rua.
A menina já tinha caminhado algumas quadras sozinha, naquela bairro isolado, quando uma viatura policial passou por ela e parou. Dois policiais desceram e um deles a pegou no colo:
– Qual o seu nome garotinha?
– Beinha – respondeu a pequena.
– Acho que ela disse Belinha – observou o outro.
– Cadê a sua mamãe?
Isabelle apontou para o lado de onde tinha vindo.
– Melhor levarmos a menina pro Conselho Tutelar e ver se alguém aparece para procura-la.
– Não, a garotinha tem um olhar vivo e apontou com convicção para aquele lado. Ele parece esperta e capaz de nos guiar até a mãe dela – observou o policial que segurava a pequena no colo.
– Isso parece loucura, mas não custa tentar – concordou o outro.
Isabelle foi andando na frente e os dois policiais atrás. Parou em frente à casa que servia de cativeiro ao ICarly e apontou para dentro.
Os policiais olharam desconfiados e perceberam uma movimentação estranha do outro lado do portão. Viram um homem passar armado.
Então, pegaram a menina no colo e voltaram à viatura, passando rádio:
– Movimentação suspeita. Precisamos de reforços.
Sam estava mergulhada na maior dor que já sentira na vida, pensando nas coisas ruins que poderiam acontecer a sua filha, com a cabeça apoiada no ombro de Carly, num choro silencioso, mas sentido, quando ouviu o som de sirenes policiais.
– É a polícia! Estamos salvos! – comemorou Spencer.
– Do que adianta agora? – perguntou Sam.
– Eles podem nos ajudar a encontrar a Belinha, Sam – observou Carly.
Ouviram o som de um autofalante:
– A casa está cercada! Saiam com as mãos para cima e desarmados!
Os capangas começaram a tentar fugir da casa, pulando os muros, mas foram todos capturados.
A polícia invadiu a casa e chegou ao porão, onde libertou Sam, Carly e Spencer.
– Minha filha, vocês sabem onde está? – perguntou Sam a um dos policiais.
– Imagino que seja a garotinha loira, de aproximadamente 2 anos.
– Ela ainda não completou 2 anos, mas é essa mesma.
– Está com o Soldado Gomes numa viatura mais afastada para a segurança da menor – informou o policial.
– Ah, graças Deus! – falou Sam, aliviada.
– A menina foi muito esperta e corajosa. Ela que trouxe os policiais até aqui.
– Essa é uma verdadeira Puckett – disse Sam, orgulhosa.
Quando chegaram ao jardim, Nevel e Nora apareceram, empunhando a arma na cabeça de Gibby e Freddie, respectivamente.
– Freddie! – chamou Sam, nervosa.
– Gibby! – gritou Carly.
– Agora a polícia vai se retirar daqui ou iremos estourar os miolos dos dois – ameaçou Nora.
– E nós não estamos brincando! – advertiu Nevel.
Num gesto impensado, Carly correu em direção a Nevel e ele apontou a arma para ela. Gibby usou o próprio corpo de escudo e levou um tiro.
– Gibby!!! – gritou Carly, desesperada, ao ver o amigo tombar no chão.
Sam aproveitou o momento de distração para imobilizar Nora e libertar Freddie, espancando-a na sequência.


– Para Sam, para! Socorro, polícia! – gritou Nora.
Carly chorava ao lado de Gibby, inconsciente, no chão.
Os policiais já tinham algemado Nevel e foram pegar Nora, bastante machucada.
A ambulância chegou e não demorou a levar Gibby. Carly foi junto com ele para o hospital.
Sam e Freddie abraçaram-se e se beijaram.
– Eu tive tanto medo de nunca mais de te ver bebê – falou Sam ao moreno.
– E eu, então? Te amo tanto Sam, tanto – beijando-a novamente.
– Também te amo, meu nerd. Agora, vamos ver a nossa filha. Acredita que a danadinha fugiu e chamou a policia?
– Essa é a nossa garotinha! – falou Freddie, orgulhoso.
Os dois foram até a rua onde estava a viatura policial e abraçaram Isabelle, enchendo-a de beijos.
– Paia (para) – protestava Isabelle, sentindo-se sufocada pelo excesso de carinho dos pais.
O casal junto com Spencer foi para a delegacia, pois precisavam prestar depoimentos. Carly iria mais tarde e GIbby falaria quando pudesse.
No hospital, Carly estava aflita. Gibby fora encaminhado para uma cirurgia de emergência para a retirada da bala. De repente, Carly se surpreendeu com um sentimento: “Eu te amo Gibby”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Seddie, a história continua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.