Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Freddie chegava com os gêmeos e ouviu o disurso de Jonah.
– Eu não vou parar é divertido – disse Sam, sorrindo ironicamente.
– Freddie, você parece ser mais sensato que a sua mulher, diga a ela que não tem a menor graça o que está fazendo comigo – pediu Jonah ao moreno.
– Eu não sei do que está falando. Vá embora daqui – mandou Freddie.
– Sam, eu vou te denunciar na Delegacia se não parar – ameaçou Jonah.
– Você tem provas contra mim? - perguntou Sam.
– Ainda não.
– Então vaza.
– Vai ser por bem ou por mal? - perguntou Freddie.
– Tenho mais medo dela que de você Benson. Vou embora porque eu quero. Já aviso que isso vai ter um fim Sam – disse Jonah, saindo do local, indignado.
Freddie entrou com os filhos, fechou a porta e indagou à Sam:
– O que aprontou com ele?
– Não faço a menor ideia.
– Então por que confirmou que fez algo que nem sabe o que foi?
– Por que foi divertido ver a cara dele de desespero. Bem que eu queria me vingar dele pelo o que fez pra você, mas, pelo jeito alguém já se adiantou e eu adoro essa pessoa, mesmo sem saber quem é.
– Não brinque com fogo Sam, pode se queimar.
Sam não deu ouvido ao marido, chamando Eddie e Nick para trocar de roupa assim que viu que estavam molhados. Isabelle aproveitou a situação:
– Papai, me leva pra casa da Alison? A festa dela já deve ter começado, tô atrasada.
– Sua mãe te colocou de castigo.
– Mas já tirou. Ela mesma ia me levar depois de contar uma história chata da tradição esquisita dela de Halloween.
– É esquisita mesmo – concordou Freddie, rindo – Vamos lá – pegando a chave do carro.
Freddie levou Isabelle até a dentro da casa de Alison, cheia de crianças fantasiadas, toda decorada para o Halloween e com música alta.
– Não precisava ter entrado papai, tá me fazendo pagar mico.
– Você tem vergonha do seu pai Belinha?
– Não é isso. Acontece que eu ja tenho quase 11 anos e você ainda me trata como um bebê.
– Pra mim você será sempre aquele bebêzinho lindo do papai.
– Tchau pai – despediu-se Isabelle, afastando-se.
– Ficou linda com a minha fantasia de bruxo! - gritou Freddie.
Isabelle encolheu-se e apertou o passo, indo até a sala do casarão à procura de Alison.
– Belinha, você veio! Que bom! - comemorou Alison, abraçando a amiga assim que a viu.
– Eu disse que ia dar um jeito.
Cris se aproximou:
– Espero que sua mãe ainda esteja respirando.
– Que exagerado. O que tem pra comer?
– Tava demorando. Disfarça Belinha. Finja que veio só pra prestigiar sua melhor amiga e não pela comida da festa – falou Cris.
– Alison sabe que eu a amo, mas também sabe que eu amo a comida, não é mesmo?
– Claro que sei Belinha, também te amo e pode comer a vontade – respondeu Alison.
Freddie voltou ao Bushwell Plaza e encontrou Sam contrariada:
– Aposto que levou a Belinha pra festa da Alison sem a minha permissão. Você sabia que ela estava de castigo. Não pode ficar me desautorizando, essa menina já tá mimada demais por você, tá até estragada.
– Mas ela disse que você deixou ela ir.
– Eu deixei, depois que ela compartilhasse comigo a minha tradição de Halloween.
– Que diferença isso faz?
– Pra você nenhuma, pra mim muita. Deixa pra lá, você nunca me entende mesmo.
– Porque você nunca me explica.
– Não tenho culpa se você é lesado – disse Sam.
– Não precisa ser grossa comigo. Você tem mania de me agredir verbalmente sempre que fica contrariada por qualquer coisinha, você não me respeita.
– Posso começar a te agredir fisicamente se está reclamando.
– Pra mim chega, deu por hoje Puckett – declarou Freddie, saindo do apartamento.
Freddie resolveu ir conversar com Gibby. Tocou a campainha do apartamento 8C, mas ninguém atendeu. Virou a maçaneta e estava aberta. Entrou e ouviu passos no andar de cima, subindo. Viu Tasha e Gibby aos beijos no quarto de Carly. Ele ficou sem saber o que fazer, começou a sair de fininho e viu Carly subindo as escadas com Sophie no colo e Mabel ao seu lado. As duas crianças estavam fantasiadas e a mais velha carregava um saco cheio de doces toda contente.
– Carly, você não pode subir – falou o moreno, contendo a amiga.
– Por que não? Sophie está quase dormindo, preciso colocá-la no berço. A propósito, o que faz aqui?
– Eu vim convesar com você... vamos descer – puxando Carly para a sala.
Sophie começou a choramingar.
– Ela quer dormir – observou Carly.
– Eu levo – falou Freddie, pegando a afilhada no colo – Eu tenho jeito com crianças, lembra? Ela vai dormir num segundo, volto logo. Fiquei aí sentada, descansando, você tá precisando, tá com uma aparência péssima de cansaço.
– O que? - perguntou Carly, nervosa, levando a mão ao rosto – Eu tô péssima Mabel?
– Não, tá normal – respondeu a menina.
– O Freddie tá muito estranho, melhor eu ir falar com ele – concluiu Carly, subindo.
Freddie foi direto ao quarto de Carly e falou, nervoso:
– Gibby, Carly tá aí! - chamando a anteção de Tasha e Gibby que se encaravam tensos – Tasha tem que sumir daqui, rápido. Sabe como Carly é ciumenta.
– Eu não vou a lugar nenhum – declarou Tasha.
Freddie ouviu passos na escada, entregou Sophie para Gibby, pegou Tasha no colo e entrou com ela correndo no banheiro, trancando a porta.
Carly entrou desconfiada:
– Cadê o Freddie?
– No banheiro.
– Ele tava estranho, não achou?
– Ele tá com dor de barriga – mentiu Gibby – Vamos descer amor?
– Por que todo mundo quer que eu fique lá em baixo?
– Você precisa descansar, assistir televisão, quer que eu prepare um lanche?
– Eu devo estar péssima mesmo, Freddie disse a mesma coisa.
No banheiro, Freddie falou à Tasha:
– Acho que eles desceram. Vamos subir até o estúdio e sair por aquele elevador.
– Por que? Tá tão bom aqui! Sabe Freddie, você ficou muito gostoso com o tempo – dando um apertão nas nádegas dele.
Freddie ficou constrangido e puxou a mão de Tasha, dizendo:
– Você também tá muito gostosa, mas eu sou casado.
– O que tá acontecendo com os homens?
– Você deveria se respeitar mais Tasha, quando isso acontecer vai aparecer um cara legal. Vamos – determinou Freddie, puxando Tasha pelo braço.
Os dois pegaram o elevador do estúdio e Freddie levou Tasha até o apartamento dela.
– Tem certeza de que não quer entrar gatinho? Podemos nos divertir nessa noite de Halloween – propôs Tasha na porta do seu apartamento.
– Vou me divertir com a Sam, na minha casa. Boa noite Tasha.
Freddie voltou e ainda encontrou Sam emburrada:
– Voltou por que nerd?
– Sam, vamos deixar essa briga boba de lado. O que você faria se descobrisse que um amigo seu está traindo uma amiga sua, sendo que você gosta muito dos dois e não gostaria que se separassem?
– Eu contaria para a minha amiga, porque meu amigo seria um safado. Quem são esses amigos?
– Eu não tenho certeza de nada, posso ter interpretado errado, preciso conversar com ele primeiro, pedir uma explicação.
– Nerd, me conta agora, sabe que sei guardar segredo.
– Eu tô falando do...
O celular de Freddie tocou, era mensagem de Isabelle.
– Belinha quer que eu vá buscá-la. Depois a gente conversa – disse Freddie, levantando-se e saindo.
– Não acredito que vai me deixar com essa curiosidade.
Freddie não demorou a voltar com a filha e Sam logo indagou ao marido:
– Carly e Gibby estão com problemas né?
– Você é esperta Sam. Vamos conversar no quarto.
– Porque eu nunca posso ficar sabendo das fofocas dos adultos? - perguntou Isabelle.
– Melhor não ficar se metendo onde não foi chamada, a menos que queira arranjar confusão como arrumou naquele almoço de domingo da sua madrinha – lembrou Sam.
– Tá, eu não tô nem aí pros adultos. Vou dormir, boa noite.
– Cadê o beijo do papai de boa noite? - perguntou Freddie.
Isabelle aproximou-se do pai e deu um beijo na bochecha dele.
– E a mamãe não ganha um? - perguntou Sam.
– Eu vou te dar um, só porque eu fui na festa, ainda que eu tenha chegado quando ela já estava quase acabando – falou Isabelle, indo beijar a mãe na bochecha.
Na suíte do casal, Freddie contou tudo que viu à Sam.
– Precisamos contar pra Carly, ela não pode ser enganada desse jeito – disse Sam, indignada.
– Sam, você tem noção de que a Carly já sofreu demais né? E de que o Gibby deu pra Carly a família que ela sempre sonhou e de que ela é feliz com ele, né?
– Do que adianta uma felicidade que é pura ilusão? A Carly merece ser feliz de verdade e não viver enganada.
– Sam, na próxima semana é o primeiro aniversário da Sophie. Carly tá radiante com essa festa, preparando tudo feliz da vida. Ela vai ficar deprimida se contarmos do Gibby com a Tasha agora. Vamos fazer assim: esperamos passar a festa da Sophie, nesse meio tempo vou levar um papo sério com o Gibby, depois a gente vê o que faz.
– Eu só vou esperar até o aniversário da Sophie, nem um dia a mais.
Um trovão foi ouvido e o quarto se iluminou. Começou a despencar uma tempestade em Seattle.
Freddie começou a contagem:
– Em 5, 4, 3, 2 e...
Eddie e Nick entraram correndo no quarto dos pais, pulando na cama e acomodando-se entre Sam e Freddie. Eddie abraçou Sam e Nick a Freddie.
Isabelle também acordou com os trovões, mas não tinha medo. Puxou a cortina e ficou observando os raios, achava bonito vê-los riscando o céu, embora soubesse que tal admiração só tinha cabimento quando estava num local seguro, como dentro de um prédio com para-raios.
Bolinha começou a latir assustado na caminha de cachorro ao lado da cama da menina.
– Quietinho, vem com a mamãe – falou Isabelle, pegando o cachorro no colo e acomodando-o na cama dela, em baixo das cobertas.
A semana passou rápido e chegou o dia da festa de um ano de Sophie. Carly acompanhava a filha na sessão de fotos para o book do primeiro aniversário.
Sam aproximou-se, entregando um guardanapo para a morena:
– Limpa a baba amiga, tá escorrendo.
– Muito engraçadinha Sam. Eu babo mesmo! Olha como a minha bonequinha está linda!
– Tá linda mesmo. Não fica convencida, mas ela tá a tua cara.
Carly sorriu.
A sessão terminou e Carly foi arrumar Sophie para a festa com a ajuda de Sam.
– Que vestido eu coloco nela? O azul, o amarelo, o vermelho, o roxo, o rosa, o verde ou o branco? Tô na dúvida – perguntou Carly em tom dramático.
– Eu não acredito que comprou tudo isso de vestido pro primeiro aniversário da sua filha! Nem na festa de 15 anos da prima do Freddie, a Stephanie, teve tanta troca de vestido – observou Sam.
– São todos lindos! Na dúvida, comprei todos.
– E do que adiantou? Continua na dúvida.
– Me ajuda Sam, você é a madrinha, escolhe.
– Tá bom, eu gosto de roxo.
– Ótimo, então vai ser esse.
Carly terminou de arrumar Sophie e falou à pequena:
– Você está linda meu amor! Vamos descer e mostrar pro papai. Ele vai gostar de ver a princesinha dele toda arrumada.
Sophie deu uma risadinha e repetiu:
– Papá.
– Carly, você gosta mesmo do Gibby né? - perguntou Sam.
– Que pergunta estranha. É claro que sim. Eu o amo, ele é o meu marido e o pai da minha filha.
– E você acha que pode confiar inteiramente nele?
– Sim, Gibby nunca fez nada para eu pensar o contrário, ou fez? Sam, você tá sabendo de alguma coisa?
– Não. Vamos pra festa. A aniversariante tem que receber os convidados.
A festa rolava animada no "Gibby's", com crianças brincando e adultos conversando, com muitos salgados e doces. Sophie brincava na piscina de bolinhas com o primo Júnior de quase 3 anos.
De repente, Tasha entrou no local, colocou-se no centro do salão e disse alto:
– Eu tenho algo a contar para a Carly!
Pouco depois, Jonah entrou e anunciou:
– E eu tenho algo a contar pra você Tasha!
Todas as atenções se voltaram aos recém-chegados e surpresa foi ainda maior ao verem a polícia adentrar ao local.
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