Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 141
O bebê Cibby


Notas iniciais do capítulo

Não consegui colar a imagem no texto, então vejam o bebê Cibby aqui: http://www.chelino.es/wp-content/uploads/2013/08/bebe-prematuro.jpg



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O parto estava tenso. Carly ouvia os sons ao longe e tudo ficou embaçado. O médico abria a barriga dela com pressa, tentando manter a pressão estável.

De repente, Carly viu a sua mãe, que lhe sorria.

– Mamãe... veio me buscar? Eu vou morrer?

– Não querida, eu vim dizer o quanto te amo e o quanto eu sinto pelo o que fiz. Se eu pudesse voltar no tempo, teria escolhido ficar com você. Escolha a sua filha e seja feliz. Força minha menininha – dizia Sra. Shay.

Um choro foi ouvido. A bebê morena com os olhos amendoados havia acabado de ser retirada da barriga da mãe.

– A pressão está muito alta! - gritou um dos médicos.

Carly começou a ter convulsões. A bebê foi levada para a incubadora rapidamente.

Um túnel abriu-se a frente da morena. Do outro lado tinha uma luz. Sra. Shay começou a caminhar em direção à luz. Carly olhou para o lado oposto e viu Cris, Mabel e Gibby segurando a filha do casal, recém-nascida, no colo. Uma voz disse a ela:

– Eles precisam de você.

– Adeus mamãe! - falou Carly, despedindo-se e correndo para fora do túnel.

Carly parou de ter convulsões e abriu os olhos.

– A paciente resistiu! - comemorou um dos médicos, acompanhado dos demais, que vibravam.

– Cadê a minha filha? - perguntou Carly.

– Ainda faltavam 2 meses para ela nascer naturalmente, deve ficar na incubadora, poderá vê-la em breve – garantiu o obstetra.

Pouco depois, uma enfermeira foi informar a Gibby e aos demais que a bebê estava na incubodora e poderia ser vista através do vidro do berçário.

– E como está a Carly? - quis saber Gibby, preocupado.

– Ela está se recuperando bem. Talvez nem precise ir para a UTI.

Gibby, Sam, Freddie e Spencer admiravam a bebê, dentro da incubadora, que era examinada pelo médico.

– Minha filha é linda! A cara da Carly! - elogiou Gibby.

– Sorte a dela que a sua genética é fraca né Gibby? - zombou Sam.

– Coisinha mais linda do titio – disse Spencer, emocioando – Parece que tô vendo a minha irmãzinha quando era assim como ela.

– Será que ela vai ter que ficar muito tempo na incubadora? - questinou Freddie.

Uma enfermeira passou e Gibby perguntou sobre o estado de saúde da sua filha:

– Ela precisa ganhar peso, ainda está muito fraquinha. O médico vai acompanhar a evolução do estado de saúde dela e ver quando ela terá condições de sair da incubadora.

Carly foi para o quarto e ficou contente ao ver o marido, o irmão e os amigos.

– Você nos deu um susto maninha – falou Spencer.

– Nunca mais faça isso – disse Sam.

– Você foi muito corajosa Carly – elogiou Freddie.

– E tudo valeu a pena. Nossa filha é linda, meu amor – contou Gibby, abraçando-a.

– Eu quero vê-la. Não me mostraram ela até agora, isso é cruel – reclamou Carly.

– Ela está na incubadora, não podem tirá-la de lá – explicou Freddie.

– Alguém tem que me levar lá – disse Carly, tentando se levantar, sem sucesso, sentindo uma dor lacinante no lugar dos pontos da cesariana.

– Eu vou pedir pra te levarem lá, agora você precisa descansar amorzinho, a Sophie vai precisar de você forte – disse Gibby.

– Quem é Sophie? - indagou Sam.

– Minha filha. Foi esse nome que eu e Gibby escolhemos para ela – contou Carly.

– Na verdade, foi mais você que eu – observou Gibby.

– Claro, minha filha não iria se chamar Flersbina.

– Eu acho um nome bonito.

– Então coloque na sua peixinha de estimação, não na nossa filha.

Sam e Freddie riram.

Mais tarde, Carly foi colocada numa cadeira de rodas e levada ao berçário para amamentar sua filha pela primeira vez.

Ao colocarem a bebê no seio, ela não teve força pra sugar.

– Ela é muito prematura, não consegue puxar o leite – explicou a enfermeira, colocando a bebê de volta na incubadora rapidamente – Vai ter que tirar o leite para darmos a ela na mamadeira.

Carly não quis voltar ao quarto, ficou observando a enfermeira dar o leite para a sua filha. Estava encantada pela bebê e preocupada:

– Será que ela vai se recuperar logo?

– Vamos cuidar dela para que isso aconteça.

Sam e Freddie voltaram ao Bushwell pela manhã e logo viram caminhões do corpo de bombeiros parados na frente.

– O Spencer não pode ter colocado fogo em nada, estava no hospital conosco o tempo todo – observou Sam.

– Fazia tempo que o corpo de bombeiros não visitava o Bushwell, desde que Spencer se mudou. Deve ser outro vizinho incendiário – falou Freddie.

Assim que chegaram à portaria, encontraram Marissa mais histérica que o normal:

– A peste do filho da Puckett colocou fogo no meu apartamento, porque resolveu brincar com fósforos no meio da noite. Se não fosse os meus treinamentos de incêndio, teríamos morridos todos queimados!

– Também é filho do seu filho! - defendeu-se Sam.

– Mas herdou seu gênio ruim.

– Não é hora para vocês começarem uma discussão! - interveio Freddie – Onde estão as crianças?

Antes que Marissa pudesse responder, Isabelle, Eddie e Nick apareceram correndo, abraçando os pais.

– Estão bem? Não estão machucados? - perguntou Sam, preocupada.

As crianças disseram que estavam bem. Marissa falou:

– Saíram sem nenhum arranhão, já o meu apartamento, em compensação, deu perda total, pelo menos na sala. Vai ter que me indenizar Puckett.

– Sonha.

– Sam! - falou Freddie – Mãe, nós vamos dar um jeito. Eu sinto muito pelo o Nick fez. Já pediu desculpa a sua avó? - indagou ao filho.

– Sim, já pedi – respondeu Nick – Eu não queria que pegasse fogo, mas caiu sem querer na cortina.

– Peça de novo – pediu Freddie.

– Desculpa vovó.

– Não quero papo com você, pestinha – disse Marissa, afastando-se.

– Está de castigo o mês inteiro Nicolas! Agora você conseguiu passar de todos os limites! Tem noção de que poderia ter matado sua avó, seus irmãos e seus amigos? - perguntou Freddie, repreendendo o filho.

Nick olhou para Sam, mas esta disse:

– Dessa vez seu pai tem razão, o que fez foi grave Nicolas, passou dos limites de uma brincadeira.

O menino abaixou a cabeça, envergonhado.

Cris e Mabel estavam sentados num sofá da portaria, abraçados. Sam foi falar com eles:

– Estão bem? Assustados?

– Um pouco – falou Mabel.

– Eu cuido de você – garantiu Cris, tirando um sorriso da menina.

– A irmãzinha de vocês nasceu – contou Sam.

– Eba! Eu quero ver a minha bonequinha viva! - disse Mabel, empolgada.

– Minha mãe está bem? - quis saber Cris.

– A Carly está bem, já a bonequinha, tá na incubadora – explicou Sam.

– O que é isso? - perguntou Mabel.

– É um lugar quente com um vidro em volta apropriado para bebês que nascem antes do tempo.

– Ela vai ficar bem? - indagou a menina.

– Acho que sim, só questão de tempo. Seu pai deve vir mais tarde para levar vocês para conhecerem a bebê.

Como o esperado, Gibby foi ao Bushwell tomar banho, trocar-se e levar os filhos para conhecer a irmãzinha. Os dois pequenos ficaram encantados. Gibby teve trabalho para convencer Mabel que Sophie não poderia ser retirada da incubadora pra ela segurar.

Naquela noite, a família Puckett Benson estava jantando quando a campainha tocou.

– Ninguém abre! Estou cansada de ser interrompida por gente sem noção na hora das refeições – determinou Sam.

Bolinha começou a latir sem parar e Sam resolveu abrir a porta de uma vez:

– O que faz aqui? E com essas malas? Nunca tinha visto uma mala carregando outras – falou ela ao ver a sogra.

– Vou morar aqui até que meu apartamento seja reformado – disse Marissa, entrando no apartamento sem esperar ser convidada.

– Não vai não.

– Aqui é o apartamento do meu filho, não pode me colocar na rua Samantha.

Freddie apareceu:

– Mãe, o que faz aqui?

– Estou dizendo a essa mulher que você, infelizmente, escolheu pra esposa, que vou morar aqui até que vocês reformem meu apartamento.

– Mas eu pensei que só a sala estivesse queimada, a senhora ainda pode usar os outros cômodos.

– Meu próprio filho não quer me receber na sua casa e ainda quer ver sua pobre e velha mãe jogada num apartamento incendiado?

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Mas eu quero dizer isso – falou Sam – Além do mais, a senhora vive de pouca vergonha com meu pai há anos, porque não vai viver na mansão com ele?

– Olha como ela tem coragem de falar com a sua mãe Fredward! Quem sempre viveu de pouca vergonha com meu filho é você Samantha. Não é a toa que acabou grávida na adolescência em vez de agir como uma moça cristã e se guardar para o casamento.

– Quem vive pregando valores morais e religiosos costuma ser a pessoa mais imoral querendo se esconder atrás de palavras e recriminando os outros para não olhar para si próprio.

– Vai deixar ela falar assim comigo Fredward?!

– Eu tô cansado. Se quer ficar mãe, fique. Mas, não me metam nas brigas sem fim de vocês – disse Freddie, voltando para a cozinha.

– Vai lá covardão! - gritou Sam para o marido – Já pode ir agora Senhora Benson – disse à sogra.

– Não vou a lugar nenhum. Você ouviu Samantha, meu filho disse para eu ficar.

– Eu mereço!

Logo depois do jantar, Sam chamou Freddie no quarto e falou:

– Manda a sua mãe sair daqui!

– Não posso fazer isso, é minha mãe.

– Ela vai transformar a minha vida num inferno e é capaz de querer acabar com o nosso casamento de novo. Ele nunca desiste.

– Ela pode até tentar, mas nós nos amamos e nosso amor é mais forte que qualquer coisa.

– Muito bonito, mas eu não tô a fim de aturar essa megera.

– A minha mãe é chata sim, mas ela cuida das crianças, teremos mais tempo pra nós dois, podemos fazer passeios como no tempo que éramos namorados, já pensou nisso?

– Não me convence.

– Sam, ela me criou com dificuldade. Já te contei o que houve com o meu pai. Minha mãe teve que dar duro no hospital como enfermeira, fazer plantões seguidos, só pra não me deixar faltar nada. Não posso simplesmente dizer a ela que não é bem-vinda na minha casa.

– Então talvez eu deva ir embora.

– Não torne as coisas mais difíceis.

– Ou ela sai ou eu saio.

– Sam, não posso fazer essa escolha.

– Já fez – disse Sam, pegando a chave da moto e saindo do apartamento apressada.

No dia seguinte, Carly teve alta do hospital, mas não queria ir embora deixando sua filha.

O médico falou:

– A senhora não pode mais permanecer no hospital, os leitos devem ser usados por quem realmente precisa.

– Não vou abandonar a minha bebê!

– Amorzinho, vamos pra casa. Nós podemos vir aqui visitar a Sophie o tempo todo né Doutor? - questionou Gibby.

– Claro que sim. A senhora precisará vir sempre para tirar o leite.

Carly acabou cedendo e indo para casa, mas logo quis voltar para ver a filha.

No Bushwell...

Na hora do almoço, Marissa chamou os netos para comer e disse:

– A partir de hoje eu serei a responsável por tudo que diz respeito a vocês. Eu mando nessa casa e nos seu horários.

– A mamãe não vai gostar disso – falou Isabelle.

– A mãe de vocês foi embora. Abandonou vocês. Sempre soube que aquela lá ia acabar fazendo isso, só estava esperando a oportunidade.

– Mamãe foi embora? - perguntou Eddie, começando a chorar.

– É claro que eu não fui! - falou Sam, chamando a atenção de todos – Pensou que seria fácil né Senhora Benson? Iria ficar com tudo que é meu... Não sou tão burra quanto pensa.

– Onde dormiu Samantha? Na casa de um amigo? - perguntou a senhora com maldade.

– Na casa da minha avó, mas eu não te devo satisfações. Meus filhos não precisam comer sua gororoba. Vamos aproveitar o sábado no shopping, comendo alguma coisa com gosto.

– Eba! - comemoraram Isabelle, Eddie e Nick, saindo da mesa para abraçar a mãe.

– Crie seus filhos comendo porcaria e depois não reclame quando ficarem doentes – falou Marissa.

– Doente é a senhora, de amargura na alma.

Alguns dias depois, Carly estava toda contente, pois, finalmente, Sophie teve alta e foi para casa com os pais.

A bebê estava deitada na cama, observada pela mãe e pela madrinha. A morena falou:

– Minha filha não é linda Sam?

– É sim, é a coisinha mais linda da dinda.

– Sam, eu tô te achando meio estranha, parece chateada. O que tá pegando?

– A minha sogra. Aquilo não é sogra, é uma praga que me rogaram.

– Ela ainda tá morando no seu apartamento?

– Infelizmente. Já tô pagando pros pedreiros arrumarem a sala da bruxa, mas ela nunca tá satisfeita com nada, já pediu pra pintar as paredes de outra cor três vezes. Acho que ela não quer mais ir embora lá de casa. O esporte preferido dela é torrar a minha paciência. Depois a pessoa perde a cabeça e mata a outra e a sociedade chama de assassina.

– Não precisa tomar uma atitude tão drástica Sam – disse Carly, rindo - Você deveria conversar com o Freddie.

– Acha que eu não tentei? Várias vezes! Da última cheguei a arrancar um punhado de cabelo dele no meio da discussão e só serviu pra ele querer ir domir no sofá e eu ter que ficar ouvindo no dia seguinte, da minha sogrinha, o quanto eu sou uma esposa horrível.

Sophie começou a chorar e Carly a pegou no colo, abrindo a blusa:

– Vamos ver se essa princesa já consegue sugar – colocando-a no seio – Ai!

– Ela te mordeu?

– Sam, ela não tem dentes – respondeu Carly, rindo – Ela finalmente conseguiu sugar, mas doi um pouco.

– Normal, primeiro filho. Com a Belinha foi assim também, com os gêmeos não senti mais nada.

Cris entrou no quarto:

– Mamãe, a Melanie tá lá na sala.

– Ela veio ver a Mabel?

– Também, mas quer falar com você.

– Mande ela subir.

Melanie entrou no quarto e contou à Carly:

– Eu descobri como o August conseguiu o direito de visita na justiça. Posso reverter isso e, de quebra, conseguir a guarda do Cris pra você, definitivamente...


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