Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Primeiramente, gostaria de agradecer a recomendação de "Torie 14", eu adorei!
Hoje a fanfic completa 7 meses com novas favoritações, 75 leitores que estão acompanhando, quase 70 mil acessos e muitos comentários.
Muito obrigada a todos!
Essa fic tem avançado graças aos seus leitores, especialmente aqueles que interagem com ideias, críticas e sugestões.
Boa leitura!
A família Puckett Benson estava a bordo de um avião rumo a Cambridge, junto com a família Shay Gibson. Todos iriam para a formatura de Melanie.
Isabelle, Cris e Mabel estavam sentados na mesma fileira.
– Cris, você tem medo de altura? - perguntou Isabelle, ao amigo.
– Não – respondeu Cris.
– Aposto que tem.
– Não tenho não.
– Se eu provar que você tem me paga 10 pratas?
– Pago, porque eu sei que não tenho.
– Mabel, você está de prova que ele apostou comigo – disse a menina mais velha à prima.
– Não me metam nas confusões de vocês, já sei que vão acabar brigando e não quero que sobre pra mim – respondeu a menina mais nova.
– Espero que você tenha palavra Cris, como um homem – provocou Isabelle.
– Eu tenho palavra.
– Ótimo! Abra a porta de emergência e ande sobre a asa do avião.
– O quê? Está mais louca que de costume Belinha? - perguntou Cris, indignado.
– Viu? Isso prova que você tem medo de altura. Agora me pague as 10 pratas.
– Não! Isso prova que eu tenho medo de morrer.
– Se você morrer vai ser caindo do alto, logo, tem medo de altura.
– Você não presta.
– Mas você gosta de mim mesmo assim.
– Gosto nada!
– Parem! - gritou Mabel – Só sabem brigar! Que coisa chata!
– Não quero brigar com o bobalhão, só quero minha grana – falou Isabelle.
– Sonha Isabelle! Eu não vou te pagar nunca! - garantiu Cris.
– Eu sabia, você não tem palavra de homem, porque não é um homem, é só um frangote.
– Eu tenho palavra! Tá aqui suas dez pratas – disse Cris, pegando na sua carteira – E lá se vai minha mesada – lamentou.
Isabelle pegou o dinheiro e começou a rir:
– Enganar você é muito fácil Cris, assim vou ficar rica.
Aterrizaram em Cambridge e foram direto para casa de Melanie, onde Pam já estava com a filha.
Melanie correu para pegar Mabel no colo:
– Como está ficando pesada a minha bebê! Mais um pouco a mamãe não consegue dar colo! Estava morrendo de saudade de você.
– Eu também mamãe – disse Mabel, abraçando a mãe.
Como já era esperado, Melanie formou-se com a honra de ganhar a medalha pelo primeiro lugar no curso de Direito de Havard.
Depois da colação de grau, foram todos para o baile, onde dançaram a noite toda.
Na manhã seguinte, acordaram para o almoço.
Sam perguntou à irmã:
– E quais são seus planos agora Mel? Vai voltar pra Seattle?
– Volta mamãe! Vai ser muito legal ter você perto de mim! - disse Mabel, empolgada.
– Eu gostaria muito de voltar – começou a dizer Melanie, sem graça – Mas, o escritório no qual eu estava estagiando resolveu me contratar, por um bom salário, uma proposta irrecusável.
Mabel ficou triste, largou o garfo sobre o prato e abaixou a cabeça.
– Vai fazer isso com a sua filha Melanie? - perguntou Sam, irritada.
Melanie afastou um pouco a cadeira e pediu para Mabel se sentar no seu colo, dizendo à pequena:
– Belzinha, lembra que a mamãe falou que quando acabasse a faculdade seríamos só nós duas, juntinhas, pra sempre?
– Lembro, mas não era verdade.
– Era verdade sim. Eu não posso ir para Seattle, mas você pode ficar aqui comigo.
– Não quero morar aqui.
– Já sei! Está com medo de que a mamãe tenha um namorado né? Mas, não precisa se preocupar, seremos só nós duas, eu juro.
– Não é isso mamãe. Eu não quero deixar o papai, a Carly e o Cris – saindo do colo de Melanie e indo para o de Gibby.
– Mas eu sou a sua mãe! É comigo que você deve ficar Mabel – disse Melanie, indignada.
Carly se manifestou:
– Melanie, ela já está muito acostumada com o Gibby e comigo, quem sabe quando ela crescer mais...
– Quer roubar a minha filha né Carly?
– Nunca! Sempre deixei claro para a Mabel que eu não iria ocupar o seu lugar.
– Eu já saquei qual é a sua! Não pode gerar uma menina e quer pegar a minha para você!
Carly ficou sentida com o comentário de Melanie e saiu da mesa em direção ao quintal.
– Não tinha o direito de falar assim com a minha mulher Melanie! - falou Gibby, nervoso, levantando-se e indo atrás de Carly.
Carly chorava sentada num balanço velho do jardim. Gibby ajoelhou-se e a abraçou:
– Não fica assim meu amorzinho. A Melanie tá com ciúme de você, porque eu te amo e a Mabel também.
– As pessoas têm sido muito crueis comigo. Qual o problema de uma mulher não gerar filhos?
– Nenhum.
– Mas as pessoas acham que tem. Estamos no século XXI, as coisas mudaram, mas a sociedade ainda pensa que as mulheres não podem ser plenamente felizes se não se casarem e tiverem filhos, ainda que sejam independentes e tenham um ótimo trabalho.
– É triste. Mas, já te falei, podemos tentar uma inseminação artificial...
– E eu já te falei que não quero. Deus deve ter tido um bom motivo pra me dar um útero estragado.
– Não fale assim.
Carly secou as lágrimas e disse:
– Melhor irmos embora daqui de uma vez.
– Não sei se vamos conseguir um vôo agora.
– Vamos para um hotel. Não fico nem mais um minuto sob o mesmo teto que a sua ex.
– Tá bom, se vai se sentir melhor assim...
– Eu vou sim.
Carly e Gibby foram passar a noite em um hotel, prometendo a Cris e Mabel que voltariam para pegá-los na manhã seguinte.
No quarto de Melanie, Sam conversava com a irmã:
– Pegou pesado com a Carly, não precisava ter falado daquele jeito.
– A Carly é uma sonsa. Você sempre confiou muito mais nela que em mim, sempre preferiu passar seu tempo com ela que comigo e olha só: ela transou com o seu marido.
– Já me arrependi de ter te contado isso Melanie. Faz muito tempo e estávamos separados.
– É isso que a Carly faz: fica com o seu ex-marido, com a sua irmã, com a sua filha...
– Mel! Você tem ciúme da Carly? O fato de eu ter passado mais tempo da minha infância e adolescência com ela que com você te incomodou?
– O que você acha?
– Eu achava que você não dava a mínima pra mim. Pensava que seus livros fossem mais interessantes que a minha companhia. Perto de você eu sempre me sentia burra e sem noção, por isso que eu nem gostava quando saía do colégio interno para casa.
– Pois é, muitas vezes pensamos em vez de perguntar.
Pam abriu a porta do quarto:
– Espero que não estejam se estapeando da mesma forma que Eddie e Nick lá na sala.
– Meus filhos estão brigando? - perguntou Sam, preocupada, indo para a sala apressada.
Naquela noite, no quarto de hóspedes da casa de Melanie, Sam não conseguia dormir.
– Amor, quer conversar? - perguntou Freddie, ascendendo o abajur, ciente de que a esposa não dormia devido aos seus movimentos na cama.
– Não. Se está incomodado vai dormir na sala.
– Precisa ser tão grossa? Só estou preocupado com você.
– Tá, desculpa. Eu tô nervosa. É a Melanie...
– Fale. É bom desabafar, não vai encontrar o sono enquanto não colocar pra fora.
– Tá, você pode ter razão. Hoje a Mel me falou uma coisa que me deixou pensativa. Ela deu a entender que queria a minha companhia quando éramos mais jovens.
– É normal, vocês são irmãs gêmeas, mas praticamente nunca se viam. Tanto que eu nem sabia que ela existia.
– A presença dela na minha casa me incomodava. Eu já estava acostumada sem ela. Na verdade, minha vida se tornava um inferno quando ela aparecia. Era só minha mãe vê-la para começar a comparar nós duas e enaltecer as notas altas da Melanie e o seu bom comportamento.
– Você fez isso uma vez com a Belinha, comparando-a à Mabel, lembra?
– Não me orgulho disso.
– O fato é que nem a Belinha, nem a Mabel tinham culpa disso. As duas eram só crianças, que, no fundo, se amavam muito e ainda se amam, veja como se dão bem agora. Talvez você tenha jogado na sua irmã a culpa pela conduta da sua mãe.
– É, faz algum sentido. Minha mãe fazia eu me sentir como uma versão mal-acabada da Melanie, que era a filha perfeita, mas a Mel nunca se colocou em situação de superioridade em relação a mim. Quando ela nos visita em Seattle, queria sempre acompanhar à mim e à Carly ao cinema, shopping, lanchonete e qualquer outra coisa que fóssemos fazer.
– Ela sentia a sua falta.
– Não sei como eu demorei tanto tempo para perceber isso.
– Antes tarde do que nunca. Agora dorme – puxando Sam para que se deitasse sobre o peito dele – Amanhã você diz a sua irmã tudo o que tem vontade.
Enquanto isso, no quarto de hotel.
– Amorzinho, dá um sorriso pra mim, não gosto de te ver tão triste – pediu Gibby à Carly, deitando-se na cama ao lado dela.
– Como você espera que eu esteja feliz?
– Feliz ou triste, você vai rir – disse Gibby, fazendo cócegas em Carly.
– Para Gibby! Para! - pediu Carly, começando a rir sem parar de doer a barriga e sair lágrimas dos olhos - Por isso que eu te amo, você consegue me fazer rir até nos momentos mais difíceis.
– E eu te amo por vários motivos, na verdade, eu te amo por tudo o que você é – declarou Gibby, beijando-a.
O beijo começou calmo e foi ficando intenso. Ele parou o beijo na boca dela, passando para o pescoço e já abaixando a alça da camisola da morena.
Na manhã seguinte, Sam terminava de arrumar suas malas e de seus filhos para voltar para Seattle. Melanie entrou no quarto de hóspedes:
– Uma pena que tenha vindo por tão pouco tempo Sam.
Sam levantou-se, caminhou até a irmã e abraçou:
– Eu também lamento minha irmã, gostaria de ficar mais tempo com você. Prometo que vou voltar com mais calma e trago a Bel.
– Espero que isso seja verdade.
– É sim. Eu te amo gêmea – declarou Sam, beijando o rosto de Melanie.
– Eu também te amo gêmea – falou Melanie sorrindo.
– Não se esqueça que temos o pacto das gêmeas, quando uma precisar a outra vem correndo, pode me chamar pra qualquer coisa.
– Você também, desde que não seja para assustar uma de suas amigas que ainda não sabem da minha existência – recordou-se Melanie, do susto de Cat, rindo.
– Isso não vai acontecer. Vou fazer questão que todos os meus amigos e conhecidos saibam que eu tenho uma irmã muito linda.
– Tão linda quanto você né? - indagou Melanie, rindo mais uma vez.
– Não posso fazer nada se é você que se parece comigo, já que eu nasci primeiro.
– Ainda bem que você é muito bonita.
As duas se abraçaram de novo. Sam fechou a mala e chamou Freddie, que a ajudou a levar tudo para o táxi.
No avião, Freddie perguntou à Sam:
– Falou com a sua irmã?
– Sim.
– E como está se sentindo?
– Mais leve e feliz.
– Que bom – disse o moreno contente, dando um beijo na cabeça de Sam, que havia se acomodado sobre o ombro dele.
Algum tempo depois, a família Puckett Benson terminava o café da manhã quando a campainha tocou. Nick foi abrir a porta e voltou à cozinha acompanhado de Spencer, que disse:
– E aí gente boa? Preparados para a super-comemoração do aniversário de 27 anos da minha irmãzinha?
– Pensei que era só a noite – observou Sam.
– Mas temos que dar um super-presente para ela! Essa data tem que ser mais que especial.
– Você não fez algo que vai incendiar o quarto dela né Spencer? - indagou Freddie.
– Ou vai levá-la para uma mini fazenda com um bode maluco? - zombou Sam.
– Ou vai... - prosseguiu Freddie.
– Chega! - gritou Spencer – Não vou fazer nada, vocês vão.
– Já compramos presentes pra dinda – contou Isabelle.
– Não estou falando de um presente comum, tem que ser um presente super-especial.
– Por que não para de falar super? - perguntou Sam.
– Gosto de falar assim.
– Parece um super-chato – caçoou Sam.
– O fato é que preciso das “nerdices” do Freddie e da mente criativa da Sam para bolar uma homenagem para a Carly num telão com os melhores momentos da vida dela – explicou Spencer.
– Até que não é má ideia. Realmente Spencer, tornar-se pai te fez bem, ajustou alguns parafusos – falou Sam.
– Deve ser a falta de sono. A fase das cólicas já passou, mas Júnior troca o dia pela noite.
– Já estou tendo grandes ideias de edição com vídeos e fotografias – disse Freddie.
– E eu já até sei que momentos do ICarly devem estar nessa edição – completou Sam.
– Então, mãos a obra, vejo vocês a noite.
– Espera! Não vai nos ajudar? - perguntou Sam.
– Não. Tenho que cuidar do Júnior, Audrey tem que trabalhar – explicou Spencer.
Sam e Freddie ficaram encarando Spencer, sérios.
– Qual é pessoal? Eu já dei a ideia... e nem precisam me agradecer – falou Spencer, saindo.
– Esse cara é inacreditável – comentou Sam com o marido.
– Esse cara é o Spencer. Agora, mãos à obra “chica” - falou Freddie, indo pegar o notebook, seguido por Sam.
Mais tarde, a festa rolava animada no apartamento 8C. Carly recebia os convidados com sua habitual simpatia, entre amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
Logo após o “parabéns”, Spencer chamou a atenção de todos e pediu a Freddie para rodar o vídeo.
Freddie apertou um controle remoto e uma tela gigante desceu do teto para o meio da sala. A música tema do ICarly começou a tocar (Leave it all to me) e imagens começaram a surgir na tela, desde a infância de Carly, até o ICarly e os dias atuais. Ao final todos aplaudiram e começaram a pedir discurso para Carly.
A morena foi para o centro da sala junto com o marido e começou:
– Eu amei a homenagem do meu irmão e dos meus amigos queridos. Estou realmente emocionada e... - ela parou de falar sentindo um forte enjôo seguido de tontura.
Gibby conseguiu segurar Carly, antes que ela caísse no chão, desmaiada.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!