Descongelando um coração escrita por Last Mafagafo
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, desculpe a demora, mas com o Ano Novo eu mal escrevi. Espero que um pouquinho do amor da Anna recém-casada e a Elsa desconfiada compensem minha falta.
OBS: Obrigada pelos comentários e pelo apoio. É um grande incentivo saber que tem gente lendo e gostando do que eu escrevo :D
A cerimônia fora belíssima, o amor dos noivos contagiou os convidados e o povo vibrava de felicidade. Depois do “pode beijar a noiva”, todos foram ao lindo salão com a pista de patinação em que o casal dançou lindamente, apesar de terem caído uma ou outra vez, sempre trazendo risos a todos. Depois da valsa, os convidados ficaram a conversar pelo salão e, vez ou outra, alguém se aproximava e cumprimentava a rainha e o casal. Em dado momento, um jovem de cabelos longos presos e barba ruiva se aproximou do casal.
– Meus parabéns pela bela cerimônia, princesa Anna – o rapaz se curvou.
– Muito obrigada! Eu e Kristoff agradecemos pela sua presença – Anna sorriu radiante, olhando para seu amado.
– Aproveite a festa, principalmente a fonte de chocolate – Kristoff piscou para Anna, que sorriu.
O rapaz também se aproximou de Elsa e reverenciou.
– A senhora deve estar muito feliz, Majestade. A festa está muito bonita...
Elsa olhou para o rapaz e, quando ele levantou, seus olhos cruzaram com os olhos verdes dele e ela sentiu um arrepio. Sem saber o porquê, Elsa sentiu que o conhecia, só não sabia de onde. Antes que ela pudesse perguntar algo, ele desapareceu no meio da multidão.
– Você também achou este rapaz estranho? – sussurrou Elsa para sua irmã.
– Estranho? Não, ele me pareceu muito gentil. O que você quer dizer com estranho?
– Eu não sei bem mas, seus olhos tinham algo... eu não sei dizer. Ele me lembra alguém, talvez...
– Você não está pensando que é o Hans, está? – perguntou Anna.
– Claro que não é aquele sujeito. Ele não teria coragem de aparecer no nosso casamento, com tantos guardas... e seu irmão. Não, não é ele – disse Kristoff.
– Você deve ter razão... Pensando bem, acho até que o rapaz gostou de você e por isso você ficou nervosa. Ah sim, eu te conheço muito bem, Elsa, é isso!
– Claro que não, vocês dois. O amor é assunto de vocês, eu não tenho nenhum interesse nisso.
Kristoff e Anna se encararam, um olhar de conspiração. Elsa às vezes imaginava se eles tinham combinado de irritá-la com aquelas futilidades por toda a eternidade. Anna e o marido eram bem intrometidos às vezes.
Se aproximou, então, um dos irmãos de Hans, das Ilhas do Sul, e sua esposa. O casal era tão diferente que chegava a ser cômico. Ela era bem baixa e tagarela, tinha cabelos loiros e lisos, soltos, com um vestido cor de rosa quase infantil. Já ele era moreno, com as mesmas costeletas de Hans e olhos verdes. Alto e aristocrático, porém um pouco gordo, ele parecia muito mais tímido que a esposa.
– Oh querida, parabéns!!! O casamento... eu lembro tão bem do meu! Há dois anos, mais ou menos eu estava tão nervosa quanto você deve estar hoje. Meu Gustave é um homem tão bom para mim!!! Você também tem um homem e tanto, hein? – nesta hora Kristoff corou e o irmão de Hans pigarreou, incomodado – Ah, querida, e pensar que quase viramos irmãs, mas você fez uma boa escolha. O Hans não era boa gente, meu Gustave vive dizendo que ele é a vergonha da família, e é mesmo! Matar vocês duas, imagina! – Kristoff rangeu os dentes, e Anna agarrou o braço do esposo com mais força. Elsa sentiu o mesmo arrepio que antes, e se lembrou do rapaz.
– Sentimos muito por tudo o que nosso irmão fez aqui. Mas ele paga por seus erros no exílio e creio que não volte a fazer nenhuma insensatez – Gustave acrescentou, tentando reparar o erro da mulher.
– Não se preocupem, pois não culpo as Ilhas do Sul pelo erro do príncipe.
– Obrigado rainha, nossa parceria é muito importante para nosso reino.
– Para Arendelle, também.
– Oh querida, nós apreciamos muito seu reino. Seus poderes, então, um luxo só. Adoraria fazer neve como você!
– Pode ser uma dádiva ou maldição...
– Não diga isso, querida. Pena que ficará sozinha com sua irmã casada. Lembro quando a minha se casou. Eu já estava noiva de Gustave, mas foi tão difícil! Morria de inveja de seu vestido, da sua festa! Mas quando a minha chegou, fiz tudo mais bonito e caro, mais ou menos como essa, só que um pouco melhor! Por isso, não fique preocupada. É o que eu digo, um rapaz vai chegar na sua vida.
Anna e Kristoff não conseguiram conter as risadas e a moça não pode suportar a curiosidade.
– Não me diga que já encontrou o sortudo?
– Não, eu... Anna!
– Um rapaz pareceu bem interessado na “rainha” – disse Anna.
– Um rapaz? Ele está aqui?
Anna o apontou e Elsa teve a impressão que ele escondeu o rosto. Ela também reparou que Gustave parecia o reconhecer.
– Vocês não o conhecem, conhecem?
– Ele me parece familiar, mas não sei de onde... – respondeu Gustave.
– Pois eu nunca o vi – disse a loirinha irritante.
– Senhor Gustave, não imagina que possa ser seu irmão, imagina?
– Não, estou certo que não! Ele não tem como escapar da ilha e, espero que ele já esteja de fato arrependido.
– Claro que sim. Não duvido do que diz. Aproveitem a festa, por favor.
Os dois casais saíram e os noivos ficaram sozinhos novamente com a rainha.
– Elsa, você realmente suspeita dele? – perguntou Anna.
– Não sei... é que eu tive uma impressão, mas eles devem estar certos.
– Espero que sim, pelo bem do Hans – acrescentou Kristoff, abraçando sua amada que riu e o beijou docemente.
A festa continuou animada e sem maiores preocupações. Elsa até esqueceu do estranho, até porque ele não pôde mais ser visto por nenhum convidado.
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E então, gostaram?
OBS: Eu queria agradecer a minhas "Panteras", minhas amigas que me ajudaram me dando sugestões e revisando meu texto. Vocês são maravilhosas!!!!