S.C.M escrita por lagrimas estelares


Capítulo 15
Espuma do mar.


Notas iniciais do capítulo

GENTE, QUE RECEPÇÃO FOI AQUELA NA FIC "EXISTIA UM GAROTO"? OMFG, cinco recomendações em um único capítulo, 10 comentários! Eu estou realizada, feliz, contente. Obrigada :3

Esse capítulo está pequeno, por que eu não sabia como desenvolvê-lo. Todavia, o próximo vai ter mais Destiel - vocês vão perceber as investidas puras do Cass hahah - e vai falar mais sobre o estado do Cass, se ele vai poder sair do hospital etc. TALVEZ, MAS EU NÃO SEI, eu possa terminar a fic em três capítulos.

SIM NÃO ME MATEM! Mas eu acho que posso fazer isso mwhahaha. Se vai ter lemon...? Não sei... sim, vai ter lemon. Então lemon está perto, independente do que aconteça. MWHAHAHAHH

Vou demorar um pouco a postar novamente, mas o próximo vai ter várias palavras. Talvez de três à cinco mil.

Obrigada à todos que acompanham. Eu amo vocês. Sério.



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❝I dreamed I was missing

Dean achava que independente de quantas vezes ele acariciasse a mão gélida de Castiel, ele nunca o perdoaria. Ecoava, em sua mente limpa de pensamentos vazios e condensada de memórias, os gritos de Castiel que ele ouvira, mesmo que vagos, na voz do paciente pela última vez antes de partir.

Se a culpa era sua? De Sammy e de Gabe? Ele gostaria de dizer que não culpava ninguém, que sabia que ninguém tinha culpa, mas particularmente ele sabia de quem era a culpa: Deus.

Não que acreditasse a ponto de chorar lágrimas generosas pelo fato de culpar alguém que não conseguiria alcançar, mas se existia mesmo alguém lá em cima, pra que causar tanta dor a alguém com olhos tão bonitos como Castiel?

O contador de histórias queria que Castiel se livrasse da síndrome da criança maltratada. Queria que ele deslizasse para fora das suas alucinações. Queria conhecer o verdadeiro Castiel, com seu autismo e da maneira que ele deveria ser.

– Cass? – chamou em vão, sem se importar. Odiava ver Castiel com o oxigênio ligado às narinas, odiava ver aquela agulha horrenda espetada em seu braço, odiava as manchas escuras espalhadas por ele, comprovando que algumas veias estouraram – Eu vou te contar uma das suas histórias favoritas.

O Winchester mais velho limpou a garganta e começou a narrar uma história qualquer que lhe viera à mente. Os lábios mexiam-se no mesmo ritmo em que ele acariciava os dedos levemente arroxeados do pequeno homem com nome de anjo, os olhos estavam fechados assim como o que estava deitado, mas ele esperava ouvir uma aceleração cardíaca, esperava sentir Cass se movendo embaixo dos dedos. Estava ansioso.

Dean esperava alguma reação.

Ofereceram-lhe um punhal para que matasse o príncipe. Assim, poderia voltar a ser uma sereia. A Pequena Sereia aproximou-se da cama do príncipe com o punhal, mas não teve coragem de matá-lo e jogou a arma no mar – o ex enfermeiro daquele hospital tossiu levemente - A pobre sereia, muda e sozinha, jogou-se na água, conformada em transformar-se em espuma do mar.

– Um dia... – Dean arregalou os olhos, ouvindo a voz profunda, pura e rouca soar. Os olhos procuraram orbes azuis, mas não as encontraram. Apenas lábios rachados entreabertos soltando palavras tão bem moldadas que o contador de histórias achou que não havia insegurança – Talvez eu me torne espuma do mar.

– Não, não, não. Cass, você não vai se tornar espuma do mar. Abra os olhos, hey! – Dean levantou-se e pousou uma coxa dobrada por debaixo do corpo sobre a cama de Castiel, tomando cuidado com os aparelhos. Os olhos de Dean encheram-se de lágrimas e elas não demoraram a escorrer pelo rosto sardento – Eu rezei tanto pra isso não acontecer, anjo...

– D-desculpe-me – houve uma pausa, os olhos azuis intensos se abriram e as pupilas dilatadas tornaram-se reduzidas. Os sonhos de Dean não chegavam nem perto do que eram os olhos de Castiel de verdade, observados de perto – Por n-não ouvir-te a-as pr-preces.

Dean lembrou-se de quando estudava enfermagem e soube que os autistas levavam tudo ao pé da letra, ele ficou surpreso. Então sorriu pelas preces não ouvidas do “anjo”.

– Todos precisam de uma folga, Cass – Dean levantou-se rapidamente e alcançou na poltrona o sobretudo cor-de-creme – Eu lavei, mas eu usei o meu perfume, ent-

Com a mão livre de agulhas, Castiel não deu abertura para Dean continuar falando. Ele agarrou com os dedos o tecido cor-de-creme e olhou suplicante para Dean, quase pedindo que ele soltasse.

Dean soltou.

Castiel levou o tecido na direção do rosto e inspirou o cheiro. Ficaram naquela situação durante dez segundos, e quando o paciente abriu os olhos novamente, estavam repletos de lágrimas. Os lábios voltaram-se para baixo, como se fosse desatar um choro contínuo e sem fim naquele momento.

– Ach-achei que v-você era uma mosca – as bochechas enrubesceram, e os olhos se desviaram na direção da janela com grades do pequeno quarto. As últimas lágrimas que estavam nos olhos de Dean escorreram e ele quase não esboçou reação pelo elogio. De fato era um elogio. O primeiro vindo espontaneamente de Cass.

Dean sabia que, não importava o que acontecesse daquele momento em diante com Castiel, todas as suas apostas estavam sobre ele. Eles eram feitos de espuma do mar, já haviam se sacrificado há tempos por quem gostavam.

Era a hora deles serem felizes.

– Todos se enganam, Cass – Dean estendeu a mão na direção de Castiel, esperando que ele a aceitasse.

Felizmente foi o que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Os capítulos normais voltaram, sem mais Dean, Gabe, Sam e Castiel. Agora alternam entre Dean e Cass.

LEIAM AS NOTAS INICIAIS.

p.s: notaram que há uma frase com link no começo do capítulo? É uma música que eu escolhi para você acompanhar a leitura. Eu fiz isso no resto da fic também. Se quiser ver, pode ir.



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